No
passado sábado os freixenistas viram a sua árvore mais emblemática ser alvo de
um debate intenso que contou com a participação de especialistas que estão a
intervencionar a árvore.
O
Freixo, com mais de cinco séculos, está há um ano a ser alvo de uma intervenção
de requalificação que visa melhorar a saúde da árvore secular.
A
necessidade de requalificar o Freixo surgiu quando o município quis ver
classificada a árvore como Planta Monumental Nacional mas se deparou com a
eminência de a árvore morrer, e dessa forma a classificação não pode ser
concluída, no entanto o técnico do município responsável pela classificação da
árvore, Jorge Duarte, tem esperança que “dentro de pouco tempo a classificação
esteja concluída”.
O
Freixo mais antigo do país necessitou que especialistas cuidassem dele, de
forma a não deixar que uma árvore com tanta história se perdesse.
O
cimento que figurava no tronco da árvore e a calçada encostada ao tronco foram
alguns dos motivos que levaram a que a árvore fosse ficando cada vez mais
debilitada. Para inverter essa situação os técnicos da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro da Universidade do Algarve e do Instituto de
Conservação da Natureza e das Florestas tiveram de retirar parte do cimento e
da calçada, pois estavam a asfixiar a árvore, não a deixavam respirar nem
deixava que as suas raízes absorvessem água.
Para
além disso os técnicos tiveram de construir uma estrutura dentro do tronco do Freixo,
tornando-o mais forte, já que o interior do tronco está podre, e nas suas
ramagens dando novamente estabilidade à velhinha árvore, e evitando que esta se
parta ao meio.
Para
Luís Martins, investigador da UTAD, o próximo passo é proibir o estacionamento
junto ao Freixo, “pois o peso dos veículos faz com que a calçada vá abatendo, o
que está a danificar as raízes do Freixo”. Luís Martins teme ainda que a longo
prazo, a escultura que agora se encontra ao redor do tronco do Freixo, asfixie
a árvore e não a deixe revigorar-se.
O
município de Freixo comprometeu-se em tomar medidas relativamente ao
estacionamento, pois esta “árvore é a identidade do nosso povo, e de tudo vamos
fazer para que se mantenha viva”, disse a presidente da autarquia, Maria do Céu
Quintas.
Segundo,
Luís Martins, da UTAD, “a idade de um Freixo é de 200 anos, e este tem, pelo
que se conseguiu apurar, 500”, um dado que muito contribuiu para que o Freixo
fosse alvo de requalificação e de estudo, nomeadamente na área da clonagem, já
que as equipas que estão a estudar o Freixo de Duarte d’Armas estão a tentar
clonar o Freixo para que este possa vir a figurar noutras zonas do concelho de
Freixo, e mesmo em todos os concelhos do país.
O
Freixo, que segundo muitos deu o nome à vila manuelina, vai continuar a ser alvo
de estudo e de intervenção, para garantir que volta a ser saudável, sendo que
atualmente já se verifica que a árvore está a revigorar a bom ritmo.
O
debate, que decorreu no sábado passado, foi moderado por Fernando Alves,
jornalista da TSF, que recentemente escreveu uma crónica sobre o Freixo, e
contou com a presença dos investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro, da Universidade do Algarve, do Instituto de Conservação da Natureza
e das Florestas, do Jornalista do JN Eduardo Pinto, e do técnico do município
Jorge Duarte, numa mesa redonda de troca de ideias e esclarecimentos sobre o
Freixo Duarte d’Armas.
Gabinete
de Comunicação da CM de Freixo de Espada à Cinta, 04 de novembro de 2015
Sara
Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.