quarta-feira, 19 de julho de 2017

E a Foz do Sabor aqui tão perto


MONCORVO- Incêndios. Camané (texto e fotos)

Não sei se vos lembrais de um email sobre o estado de conservação das bermas da estrada e dos jardins suspensos no monumento nacional desta vila, Torre de Moncorvo. Esse mesmo email encaminhei-o para os vários grupos parlamentares da Assembleia da Republica, Presidente da Republica, Ministério do Ambiente, órgãos de informação e… ,  tendo obtido uma resposta do Bloco de Esquerda e do PAN, em que diziam que iriam fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para solucionar o problema (palavras de circunstância, mais nada). Dos outros partidos, nem uma palavra. Isso foi há um ano, e muitas coisas se passaram desde então. Agora todos eles são defensores de não sei o quê, e  dispõem de  uma solução para o problema. Pena é que essa solução milagrosa que todos têm não venha a tempo. Esses partidos dirão que a solução vai passar por um melhor ordenamento do território português, pedirão a demissão deste ministro como se isso fosse prioritário. Agora é que vai ser e não vêem que a questão dos fogos passa por uma melhor organização da parte de quem comanda esses homens. A desorganização dos bombeiros perante um caso destes é total, é vê-los no terreno desorientados sem saber o que fazer, muito  não conhecem o terreno, são de outras localidades, perguntam a quem passa,  não sendo bombeiro,  se determinado caminho tem saída e olham para o lado com o fogo a poucos metros de distância de onde estão e não têm ordens para lhe fazer frente ,como me foi dito por um deles. Meus amigos é uma tristeza aquilo que se passa neste país

Para atar os “molhos” depois do que aconteceu nesta terra e nas outras que tiveram este azar por esse país fora, há que fazer bailaricos onde não faltarão foguetes e cervejas a festejar o “santo” pelo “regalo” dado, e, no meio da bebedeira, discutimos  se o nosso clube do “coração” (mesmo que esteja a 500 km de distância e nunca pusemos lá os pés) fez a melhor contratação e  dizemos que este ano é que vai ser,  e a bebedeira continua, não vá o "santo" prejudicar-nos, quer na vida quer no clube do coração.
Assim vai o nosso querido PAÍS

 Nota:
Não mandem este email para o “famoso”, que ainda me mete na “pildra”  e dirá que fui eu que peguei fogo. 

Beijinhos e abraços

 Carlos Ricardo (Camané)

Texto e fotos enviados pelo Camané





terça-feira, 18 de julho de 2017

Moncorvo -Hoje, 18/07/17

Foto de Paulo Patuleia

TORRE DE MONCORVO 2011 - a serra do Reboredo a arder!













Uma dor de alma
Moncorvo esteve ontem ao fim da tarde de olhos colados na serra do Reboredo e, desde então, o medo continua. Na praça da vila, no castelo, todos os lugares altos serviam de observatório..."sim...o Reboredo estava a arder".

Dois helicópteros com balde sobrevoaram a zona, sem parar, tentando salvar, o mais que pudessem do nosso “pulmão”.
Mas e a capela? A Santa Leocádia ? Dado o espetáculo, temia-se a destruição total....como por milagre, salvou-se….a santa e a capela. E a Quinta das Aveleiras? Também…está tudo a salvo.
Por volta das 19h, o fogo parecia amainar dando um pouco de paz aos combatentes das forças terrestres e aéreas.
Durante toda a noite, foram feitos os rescaldos….e quase ninguém dormiu.
Hoje de manhã, temia-se pelo que a luz do dia pudesse mostrar. A visão era, de fato, fantasmagórica…e demasiado dolorosa.
Hoje, perto das 14h00, tocou novamente a sirene…toda a gente virava a cabeça, buscando o ROBOREDO. “Não…não é! Parece que é para Vila Flor….coitados…também precisam de ajuda. Não têm viaturas. Os nossos que corram então.”
E neste verão que se apresenta incendiário, lá seguiram os Bombeiros de Torre de Moncorvo a prestar ajuda aos vizinhos.
Obs- Parece que o fogo afinal é para o Perêdo dos Castelhanos e Açoreira….

Texo e fotos enviados por Susana Bailarim

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Festival de Migas e Peixe do Rio - Foz do Sabor


Bragança recebe prova do Campeonato Nacional de Trial 4×4

Depois de Valongo, Torres Vedras, Mação e Gondomar, o Campeonato Nacional de Trial 4×4 ruma até terras de Trás-os-Montes. Bragança recebe pela segunda vez uma prova da competição, com a Associação TT sem Limites ao volante da organização. Depois do sucesso que foi a etapa da época anterior, as equipas já sabem o que as espera em Bragança: boa comida, pessoas simpáticas e uma prova extremamente exigente.
À chegada a Bragança, e depois de 4 provas, Rui Querido (Euro4x4parts/veicomer) segue na frente da classificação geral, com mais 19 pontos do que o segundo classificado, Luís Jorge (Hortícolas/Snack bar a Curva). António Calçada (Nordhigiene Team) continua na frente da classificação da Extreme, mas agora com apenas mais 1 ponto do que Pedro Alves (MonsTTer/Cistus) e António Silva (Canelas Pneus), ambos com 67 pontos.
Na classificação geral da classe Proto, Rui Querido lidera a Classe Proto com 69 pontos, seguido de Álvaro Alves (Dream car) com 57 e Flávio Gomes (TáBô Team 4×4) com 54 pontos. Luís Jorge chega a Bragança na frente da classe Super Proto. Tem agora 66 pontos, mais 5 do que Cláudio Ferreira (Auto Higino).
Na Promoção, João Fernandes (jovi Team) tem agora 8 pontos de vantagem sobre João Vicente (Santerchips/AM turbocharger/Jot4x). Na Classe UTV/Buggy Daniel Duque (Duque TT) tem 74 pontos, mais 5 do que Domingos Diniz (team Revi-clap).

Cuidados Continuados reforçados em Bragança

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Bragança anunciou que as 20 camas que a instituição tem vazias há três anos vão ser ocupadas “em breve” por doentes a necessitarem de cuidados continuados.
Eleutério Alves adiantou que está para “muito breve” a resolução do impasse que dura há quase três anos, desde a abertura da Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia com capacidade para 60 camas, mas 20 das quais nunca foram utilizadas por falta de comparticipação do Estado.
“Tenho quase a certeza de que muito breve essas camas estarão também já em atividade para receber todas as pessoas que necessitarem dos cuidados continuados”, afirmou, concretizando que “o brevemente é [a] curto prazo, ainda este ano”.
O provedor falava à margem das comemorações dos 499 anos da Santa Casa da Misericórdia de Bragança que, entre as várias valências, tem a maior Unidade de Cuidados Continuados do distrito de Bragança.
Recorde-se que o equipamento foi financiado pelo Estado para reforçar a rede de Cuidados Continuados com 60 camas, porém apenas 40 estão a ser utilizadas, desde a abertura, em setembro de 2014.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Oficinas de Alfândega da Fé acolhem e promovem técnica de produção de livros inovadora

Alfândega da Fé acolheu a primeira oficina "Malha Fina Cartonera" em Portugal.
Trata-se de um técnica editorial alternativa com recurso a papelão reaproveitado e que estimula a criatividade.
O objetivo é percorrer alguns concelhos transmontanos.

http://portocanal.sapo.pt/noticia/127058

Um oásis desconhecido na região que chama campistas de 17 países a Vila Flor

Às portas de Vila Flor há um espaço singular no Nordeste Transmontano que nos meses de verão contabiliza 40 mil dormidas de 17 nacionalidades num complexo que oferece campismo, natureza e lazer.
Com mais de 30 anos, o Complexo Turístico do Peneireiro é pouco conhecido na região, mas tem fidelizado gerações de campistas a um espaço com 60 hectares, dotado de parque de merendas, parque infantil, piscina com restaurante, animais, espaços desportivos, loja de artesanato e produtos regionais e o "lago" da barragem.
"É uma das joias de coroa de Vila Flor", como salientou à Lusa Fernando Barros, presidente do município que investiu, este ano, 800 mil euros em novas infraestruturas como a ciclovia até à vila, pavimentação, vestiários e restaurante e bar de apoio à piscina.
Em 2016, passaram pela piscina "72 mil pessoas" e acamparam no Peneireiro 12 mil, que totalizaram mais de 40 mil dormidas, segundo dados da autarquia.
"É muita gente para o interior. Muitas pessoas têm a noção de que é o interior onde ninguém vem, mas não é o caso. Esta é efetivamente uma das joias onde nós temos muita gente no verão e queremos continuar a ter", defende o autarca.
O casal Jacinta e José Soares são de Matosinhos e descobriram este "oásis" no Nordeste Transmontano há perto de trinta anos.
Pararam algum tempo e voltaram no ano passado. Montam a tenda e acampam "aqui para não sair até acabar".
Têm "tudo o que é preciso", garantem.
Fazem, todos os anos, uma semana de férias fora do país, já fizeram campismo noutros locais, mas dizem que agora é em Vila Flor que se sentem bem.
Desta vez, trouxeram um dos netos, o Rodrigo, que destaca a piscina, o poder jogar futebol, passear no lago e usar as máquinas de atividades.
Jacinta é mais entusiasta do campismo do que o marido e, talvez, por ter sido o primeiro parque que experimentou, gosta especialmente de Vila Flor.
"Gosto da verdura, da natureza, de ir à vila, das pessoas, são mais meigas, aqui é tudo mais terra a terra", apontou.
O único reparo que faz é aos melhoramentos que as casas de banho reclamam.
"Praticamente ainda são as mesmas de há 30 anos. Este ano houve melhoramentos [no parque], aqui também precisa", alertou.
Os campistas chegam, sobretudo, do norte litoral de Portugal, mas também estrangeiros de 17 nacionalidades contabilizadas pelos responsáveis locais.
"Há um casal belga que fica três meses", atalhou um funcionário.
O parque tem capacidade para mais de mil pessoas. Não tem cantões. Os campistas "instalam-se só com a condição de não prejudicar o vizinho". Quanto a preços? "É muito baratinho", diz o presidente.
O espaço é todo arborizado e tem ainda a atração de animais, além das condições para a prática de várias atividades ao ar livre, um dos motivos que, há 11 anos, leva os professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) dos três agrupamentos de escolas de Bragança a escolherem esta local para um retiro de fim de ano letivo.
Este ano, foram perto de 200 jovens a, durante uma semana, desfrutaram do espaço, da piscina, atividades como escalada ou slide e até foram ao cinema, a pé, à vila.
"Está entre os melhores parques nacionais", afiançam os professores Helder Pereira e Alcino José Barros, com outro elemento da organização, Jorge Novo, a realçar que "reúne condições de segurança e realização de atividades que mais nenhum parque tem".
A publicidade que o município faz deste espaço "passa, muitas vezes, por oferecer a estes grupos de jovens a estadia gratuita, ainda não na época alta".
"Porque sabemos que eles ficam fidelizados e, quando crescem, continuam a ser clientes do parque ", defendeu o autarca.
Fernando Barros reconhece que este espaço "não é tão conhecido" dentro do Nordeste Transmontano e lamenta que haja "condições na região e, às vezes, não se utilizam".
O complexo está aberto todo o ano, mas é na época alta do verão que tem maior afluência e emprega 40 pessoas.
Este ano tem a novidade do restaurante que "fez regressar à terra", depois de uma carreira no Porto, Olímpia Ligório e José Rodrigues, uma enfermeira e um polícia aposentados e que veem aqui "um negócio interessante", com comida exclusivamente regional.
Ficaram com a concessão do restaurante e, como diz Fernando Bonifácio, marido de Olímpia, "isto tem asas para voar" porque já vinha muita gente e espera ainda mais agora com a nova estrada IC5 a passar por ali.
Ainda não sabem quantos postos de trabalho vão criar. Esperam a ajuda da família e resposta ao anúncio na vidraça: "precisa-se empregada".

terça-feira, 11 de julho de 2017

Montalegre: Central Solar Fotovoltaica instalada na Barragem dos Pisões

A primeira Central Solar Fotovoltaica Flutuante da Europa foi instalada para o aproveitamento hidroelétrico da albufeira do Alto Rabagão, no concelho de Montalegre.
“É um projecto arrojado, inovador e prestigiante para a EDP mas também para o Município de Montalegre. Faz com que possamos contribuir para que o nosso governo consiga cumprir os acórdãos de Paris e as metas de defesa e preservação do planeta”, congratulou-se o presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, durante a cerimónia de inauguração, que contou também com a presença do secretário de Estado do Ambiente.
Trata-se de um projecto pioneiro que está em fase de testes e onde a empresa investiu 450 mil euros. São 840 painéis solares flutuantes numa espécie de jangada, com uma produção anual estimada de 300 MWh, o equivalente ao consumo de 100 famílias.
“Felicito a empresa que escolheu Montalegre para investimentos pioneiros. Lembro que a EDP tem, cada vez mais, a obrigação de contribuir para a sustentabilidade do território”, desafiou ainda o autarca de Montalegre. A Central Solar Fotovoltaica Flutuante do Alto Rabagão arrancou em Novembro de 2016 e, até ao final de Junho, ultrapassou as metas de produção em 6 por cento, ainda que este sucesso possa ser até certo ponto ser explicado por um “ano atípico”, muito sol, vento e pouca chuva. A avaliação da viabilidade técnica e comercial será feita ao fim do primeiro do ano de produção desta unidade.

Sobreiros ameaçados pela seca extrema em algumas freguesias de Alfândega da Fé

Todos os dias há sobreiros a secar em Trás-os-Montes.
A situação não é nova e acontece um pouco por todo o país, mas em Alfândega da Fé este cenário começa a preocupar quem vai retirando algum proveito da cortiça.
A autarquia já está em contacto com as entidades responsáveis.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Apresentação do Livro “ Elementais”

NOTA DE IMPRENSA
Apresentação do Livro “ Elementais” de Álvaro Leonardo Teixeira


No passado dia 25 de Junho, teve lugar a apresentação do livro “Elementais” de Álvaro Leonardo Teixeira. 
A sessão teve lugar num ambiente bastante agradável, no Jardim Dr Horácio de Sousa, no decorrer do Festival do Solstício. A cerimónia teve início com as palavras do Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, seguido da intervenção de António Lopes, da editora Lema de Origem. Rogério Rodrigues apresentou a obra referindo que “Elementais de Álvaro Teixeira Leonardo mais do que um conjunto de poemas é um poema. Enquanto no anterior livro "O Ocidental Acidental" a realidade material e visível é vivida , aqui, através da iluminação interior, na procura da realidade oculta, parte para uma viagem iniciática de purificação, mergulhando nos quatro elementos, sonhando atingir o estádio alquímico da Quinta Essência , a volatilidade do Éter, até terminar na música das esferas.”
No decorrer da apresentação, dois elementos do Grupo Alma de Ferro Teatro procederam à declamação de alguns poemas que fazem parte desta obra.
O autor também falou ao público presente e no final autografou alguns exemplares do livro.
Álvaro Leonardo Teixeira é natural do Larinho, Torre de Moncorvo. Foi professor do Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo e Diretor do Centro de Formação Intermunicipal do Douro Superior, desde 1992 até 2008. Desse ano até 2011, ano em que se aposentou, foi Diretor do CFAE do Tua e Douro Superior. Foi, igualmente, professor de História e Literatura Infanto-Juvenil, na Escola Superior Jean Piaget do Nordeste, em Macedo de Cavaleiros. Foi autor das “Crónicas do Tempo que Passa” no Jornal Terra Quente.

Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 29 de Junho de 2017
Luciana Raimundo

Novo presidente da Fundação Côa Parque pede injecção de capital

O novo presidente do Conselho Directivo da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro, vai realizar um conjunto de reuniões sectoriais para analisar as medidas mais urgentes a tomar no Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa e, apesar de descartar despedimentos, diz que será necessária uma injecção de capital.
“Não há forma de acudir ao futuro da Fundação Côa Parque sem haver uma injecção de capital por parte das entidades que tutelam a fundação”, referiu Bruno Navarro, citado pela Lusa, durante a cerimónia de apresentação pública dos novos responsáveis da Fundação Côa Parque, cujo mandato teve início a 26 de Junho.
De acordo com o novo presidente do Conselho Directivo da Fundação Côa Parque, as medidas mais urgentes passam por rever a segurança dos núcleos arqueológicos do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) e do museu, bem como pela renovação da frota de viaturas destinadas às visitas guiadas e a nomeação provisória de um director para o Museu do Côa até que esteja concluído o processo de concurso público.
“Há um conjunto de funcionários cuja situação laboral vai ter de ser revista para os vincular à instituição, um processo que terá se seguir os seus trâmites. Contudo, não faz sentido falar em despedimentos e vamos analisar todas as possibilidades, sabendo que todos são importantes”, vincou.
Segundo Bruno Navarro, “estão criadas todas as condições” para relançar o projecto arqueológico do Vale do Côa, ainda que seja necessária uma injecção de capital.

domingo, 9 de julho de 2017

A maratona de José Mário Leite

A Câmara de Moncorvo foi convidada a participar na Maratona da Saúde 2016, com oferta de duas generosas reportagens na RTP sobre o concelho, uma em estúdio outra na vila, tendo sido assegurada, adicionalmente, a colaboração e participação da Escola Superior de Saúde do IPB.
Sem qualquer custo para a autarquia.
Inexplicavelmente esta oferta foi ignorada e desprezada.
A Doutora Sofia Rodrigues e a Doutora Maria João Leão deslocaram-se de propósito de Lisboa a Moncorvo, no dia 28 de setembro de 2015 para se reunirem, ao final da tarde, com a vereadora Piedade Menezes para acordarem a participação do Município na Maratona da Saúde de 2016. Antes tinham ido comigo a Bragança, almoçar com o Presidente do IPB, Professor João Sobrinho Teixeira para assegurar a colaboração da Escola Superior de Saúde.
A vereadora confirmou o interesse do executivo em participar e com isso garantindo duas intervenções na RTP, uma em estúdio, outra em Moncorvo. Nunca mais disse nada e nunca mais lhes atendeu o telefone!

Publicado por José Mário Leite na página de Facebook de Torre de Moncorvo.

Tomei a liberdade de copiar por entender que o texto é importante e reflecte a vida política da vila.

UTAD promove curso internacional sobre turismo cultural

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está promover um curso internacional sobre turismo cultural.
“Cultural Tour Guiding. Theory & Practice; Skills and competences for guiding, interpretation and mediation in cultural tourism” é o nome da atividade que se realiza na academia entre os dias 9 e 15 de julho.
O curso, lecionado em inglês, dará a conhecer princípios e técnicas para orientação turística, interpretação do património cultural e da paisagem e práticas de campo em vários ambientes.
Todas as componentes do curso serão lecionados por professores, investigadores e especialistas de universidades e guias europeues, sendo que o curso terá uma componente prática muito forte, enquanto desfrutam da região através de uma visita a São Pedro do Sul, às Fisgas de Ermelo, ao local de produção do barro de Bisalhães e uma prova de vinhos na Adega Cooperativa de Vila Real.

Museus vão levar arte e ciência aos idosos de lares de Bragança e Vimioso

Os museus de Bragança vão visitar os lares e levar arte e ciência aos idosos sem condições para se deslocarem e trocar experiências com a cultura e sabedoria dos mais velhos, anunciou hoje um dos parceiros.
"Do Museu ao Lar" é o lema da iniciativa que, a partir de outubro, arranca em três lares, dois no concelho de Vimioso, os de Vimioso e Carção, e um do concelho de Bragança, a Fundação Betânia.
Os idosos vão ser visitados pelo Museu Abade de Baçal, Centro de Arte Contemporânea Graça Morais e Centro de Ciência Viva de Bragança, como disse à Lusa a responsável por este último equipamento, Ivone Fachada.
Segundo explicou, a ideia partiu de Fátima Alves, uma especialista em acessibilidade que trabalhou no Museu do Louvre, em Paris, e que é natural de Carção, concelho de Vimioso, no Nordeste Transmontano.
O desafio lançado é "para, a partir de outubro, começar esta dinâmica de os três museus irem visitar os seniores que não se podem deslocar" para visitar estes espaços culturais.
A iniciativa prevê também que os idosos com mobilidade possam visitar os museus envolvidos, "num intercâmbio e troca de experiências".

Conhecer o Douro vinhateiro num comboio da década de 1960

Uma composição formada por carruagens da década de 40 voltou a circular na Linha do Douro, num novo comboio diário. O público-alvo são os turistas que no período de Verão visitam a região.
“Este comboio visa dar resposta a uma procura exponencial que a Linha do Douro regista, em particular nesta altura do ano, pelos turistas”, explica Bruno Martins, do gabinete de comunicação da CP – Comboios de Portugal.
As viagens prolongam-se até 30 de Setembro. Partem de Porto São Bento, às 9h25, com chegada à estação do Tua às 12h28. O regresso é feito a partir do Tua, às 16h34, com chegada a Porto São Bento às 20h55, nos dias úteis e às 20h30 aos sábados, domingos e feriados.
O serviço designado de MiraDouro resulta da recuperação de “seis charmosas carruagens produzidas na década de 40 pela fabricante suíça Schindler e colocadas ao serviço na rede ferroviária nacional entre 1949 e 1977”. Durante esse período, circularam na Linha do Douro por duas décadas, primeiro com tracção a vapor e mais tarde puxadas por locomotivas diesel.
A tracção é feita com uma locomotiva dos anos 60, que mantém todas as características da sua época original.
As composições distinguem-se sobretudo pelas cores vivas que variam entre cada carruagem, e interiores mais confortáveis, que permitem abrir janelas amplas e panorâmicas para melhor contemplar as paisagens do Douro vinhateiro, reconhecidas pela UNESCO como património da humanidade.
Trata-se de um conjunto de material circulante de grande relevância na história do transporte ferroviário português, tendo servido as populações durante vários anos e em diferentes zonas do país.
O novo comboio turístico tem paragem na estação de Campanhã, Régua, Pinhão e Tua e os preços são idênticos aos praticados no serviço Interregional da CP, concretamente 11,60 euros para o percurso Porto – Tua e 9,75 euros entre o Porto e o Peso da Régua.

Solstício de Verão assinalado em Torre de Moncorvo

NOTA DE IMPRENSA
Solstício de Verão assinalado em Torre de Moncorvo

Nos dias 23, 24 e 25 de Junho de 2017 teve lugar o Festival do Solstício  no Jardim Dr. Horácio de Sousa e nos Jardins do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, em Torre de Moncorvo.  
Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, “o Festival do Solstício tem várias perspectivas, uma lúdica e uma de aprendizagem, em que se ensinam boas práticas ambientais às crianças”. “É dirigido aos mais novos com oficinas de ciência e criativas, desfile do fantástico, performances, mas também aos adultos porque tem aulas de yoga, reiki, de como conviver com o stress de forma mais saudável e astronomia”. 
Destaque para o Desfile do Fantástico com a participação das crianças dos Jardins de Infância e do 1º Ciclo do concelho transformando-se em fadas, duendes e magos, o espetáculo de magia com o mágico Nuno Rodrigues (finalista do Got Talent Portugal), a atuação do “Padre Victor”, “Dj Who?”, Escola Municipal Sabor Artes e a “Djane Merche”.
Realçamos as oficinas cientificas, do Projeto Mais Ciência, onde a eletricidade foi explorada com a criação de sabres de luz e a sessão de astronomia, onde os mais novos ficaram a conhecer melhor o Universo através do telescópio e sessões contínuas em planetário portátil. 
No âmbito da literatura realizou-se, no Jardim Horácio de Sousa, a apresentação do livro “Elementais” da autoria de Álvaro Leonardo Teixeira. O autor é natural do Larinho, concelho de Torre de Moncorvo, que lança o seu 2º livro de poesia que percorre os quatro elementos da natureza.
Ainiciativa foi um sucesso e pretende celebrar o fenómeno astronómico e pagão que marca e celebra o início do Verão, estando o festival inserido no mês do Ambiente e da Ciência, promovido pelo Município de Torre de Moncorvo. 

Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 28 de Junho de 2017
Luciana Raimundo

Bruno Navarro preside ao Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque

O Ministério da Cultura anunciou a composição do novo Conselho Diretivo da Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, presidido por Bruno Navarro.
Bruno Navarro foi designado para o cargo de presidente do Conselho Diretivo sob proposta do Ministério da Cultura, enquanto Maria Manuel de Oliveira foi indicada para vice-presidente, sob proposta da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O mandato do novo Conselho Diretivo iniciou-se no dia 26 de junho e tem a duração de cinco anos.
Foram ainda designados vogais não executivos do Conselho Diretivo da fundação Nuno Fazenda, diretor do Departamento de Gestão de Programas Comunitários do Turismo de Portugal, e Gustavo Duarte, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, propostos, respetivamente, pela Secretária de Estado do Turismo e pelo município de Vila Nova de Foz Côa e Associação de Municípios do Vale do Côa.
Já Pedro Bacelar de Vasconcelos, antigo presidente da Associação dos Amigos do Côa (ACÔA) foi convidado para presidir ao Conselho Consultivo da Fundação.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

"Amêndoa Coberta de Moncorvo" IG.

Exmos. Senhores,

Informamos que, por despacho do Senhor Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, foi concedida proteção nacional à denominação "Amêndoa Coberta de Moncorvo" como IG, ao abrigo do artigo 9.º do Regulamento (UE) n.º 1151/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de novembro.

Com os melhores cumprimentos,

DSPAA / Direcão de Serviços de Promoção da Atividade Agrícola


Larinho - Boas notícias


Juiz violento de Mirandela

O Tribunal da Relação de Guimarães (TRG) condenou por violência doméstica um antigo presidente do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela por "maus-tratos físicos e psíquicos" à companheira, que incluem "a ausência de relações sexuais" durante 11 anos.
PUB
O acórdão, a que a agência Lusa teve acesso nesta quinta-feira, deu como provado que, além das agressões físicas e verbais, a recusa de o arguido manter relações sexuais com a ofendida, com quem vivia em união de facto, constitui "um factor atentatório da dignidade e da saúde mental e social" da mulher, "que, pelo menos, tem um desejo sempre manifestado de procriar".
"O facto de ao longo de 11 anos não ter mantido com a ofendida relações sexuais de cópula completa (...) integra um grave e muito intenso mau trato psíquico (...), não obstante saber, como ele próprio admite, que a companheira ofendida sempre quis casar e ter filhos da relação que os unia", sublinha o acórdão da Relação de Guimarães, datado de 3 de Julho.

Concerto “Terra do Zeca” no Cineteatro de Torre de Moncorvo

NOTA DE IMPRENSA
Concerto “Terra do Zeca” no Cineteatro de Torre de Moncorvo
No próximo dia 8 de Julho, pelas 21h30, realiza-se no Cineteatro de Torre de Moncorvo o espetáculo “Terra do Zeca”.
Enquanto concerto centralizado na figura de Zeca Afonso, este trabalho é um tributo à sua obra, quer como compositor, quer como poeta.
No decorrer do espetáculo serão interpretadas as suas composições mais conhecidas, como “ Verdes são os Campos”, “Que o Amor Não Me Engana”, “Índios de Meia Praia” e “ Venham Mais Cinco”, que surgem revestidas de novos arranjos, a temas originais baseados na sua figura.
Também serão apresentados temas menos conhecidos do público, como “Papuça”, “Lá no Xepangara” e “Ali está o Rio”.
Os arranjos e direcção musical são da responsabilidade de Davide Zaccaria, as vozes dos cantores Zeca Medeiros, Filipa Pais, Maria Anadon e João Afonso, acompanhados por Armindo Neves, na guitarra elétrica,


Pedro Batalha, no baixo, André Sousa Machado, na bateria e Davide Zaccaria, na guitarra acústica e violoncelo.


Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 29 de Junho de 2017
Luciana Raimundo




domingo, 2 de julho de 2017

Minas da Borralha - 2014

Fotografia de Lb.


A aldeia das Minas da Borralha faz parte da freguesia de Salto, concelho de Montalegre, e foi durante várias décadas o principal pólo empregador e populacional de Montalegre. Durante a primeira guerra mundial foi iniciada a actividade mineira, tendo vindo operários de todo o país para trabalhar nesta mina atraídos pelo precioso minério.
Mas foi nos anos 40 a 60 que a aldeia foi muito requisitada e invejada, pela riqueza do volfrâmio abundante nas suas terras. As minas vieram a fechar em 1986.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_da_Borralha

Torre de Moncorvo - Quinta da Laranjeira

Fotografia de José Rodrigues. 23/09/14

DOURO - TEMPO DE VINDIMAS

Estação do Pocinho

TORRE DE MONCORVO -NOVA CENTRALIDADE

Se, durante séculos, a Praça foi o centro da vida política e social da Vila, nos últimos 25 anos, nasceu e cresceu uma nova centralidade, na Corredoura, em ruptura quase total com a sua antiga geografia. Restam dos tempos anteriores aos fundos comunitários, a capela de S. Sebastião e das duas escolas do ensino primário já desactivadas. Cresceram pavilhões, novas urbanizações, um mercado, repartição de finanças, escolas do ensino básico e secundário, um complexo desportivo com piscinas e campo de ténis no antigo campo de futebol, um pelado que não resistiu à evolução do tempo. A feira do gado deixou de existir, surgiu um bairro novo no Santo Cristo e os pré-fabricados vindos da Suécia, encostados às paredes do cemitério foram erradicados e no seu lugar surgiu mais um parque ou espaço de feira e circo.
A Corredoura era um bairro essencialmente habitado pelo proletariado agrícola, com os olhos postos na Vilariça, minimizado pelo poder de Praça e, por vezes, ridicularizado pelas gentes da Vila. Hoje é a centralidade mais activa do município.
Mas o quotidiano continua lento, na lenta erosão da paisagem humana, com as muitas esplanadas praticamente vazias, só cheias nos fins de semana, com os jovens de regresso à terra, vindos dos múltiplos politécnicos que vão proliferando, como cogumelos de ensino, pelos distritos de Bragança e Vila Real, Guarda e Viseu. Animam as noites com muita cerveja e shots, abundância de telemóveis e mesmo portáteis em esplanada, a par de música maldita para os tímpanos. Cursos sobre cursos, mas sem saída para esta “geração pendura” como lhe chamou Daniel Sampaio. “Geração pendura” porque, à falta de saídas, no mercado de trabalho, demoram a abandonar a casa dos pais.
Multiplicam-se como soluções precárias e transitórias os vários e mais variados cursos de formação profissional, e das três promessas do actual poder político – barragem do Sabor, acesso ao IP 2 e criação de um pólo de ensino superior-- só esta não foi cumprida, muito embora numa antiga casa dos magistrados, funcionem cursos temporários de Turismo e Património.

Texto de Rogério Rodrigues.In TORRE DE MONCORVO Março de 1974 a 2009
De Fernando Assis Pacheco ,Leonel Brito, Rogério Rodrigues
Edição da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo

Felgar (Reedição de posts desde o início do blogue)


Doutor Ramiro Máximo Guerra,nascido no Felgar,médico e oficial da Marinha.1906.

PRIMEIRA REPÚBLICA - ENSINO (Reedição de posts desde o início do blogue)



Dona Isabel e alunos.Escola Primária da Corredoura.A última menina sentada é a Maria Olimpia Miranda Brito, com seis anos.A foto é de 1924.

AMENDOAL DE REGADIO

Novos amendoais no Alto Alentejo. 120 hectares . Num raio de 30km de Elvas, dentro de 3 anos, há 5000 ha .


sábado, 1 de julho de 2017

Texto de José Mário Leite publicado na página de Moncorvo no facebook.

As razões da razão do meu pedido de demissão
Na reunião de 23 de junho de 2017 a Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo votou maioritariamente contra (treze votos contra, dez a favor e duas abstenções) a proposta de adesão à ANAM – Associação Nacional de Assembleias Municipais. Quem promoveu, defendeu e justificou o voto de não aprovação foi o Sr. Presidente da Junta de Moncorvo, José Meneses.
Esta proposta já tinha vindo à sessão anterior (de abril) e a sua votação foi adiada precisamente a pedido do sr. Deputado José Meneses para que pudessem ser esclarecidas algumas dúvidas. É bom referir que, ao contrário de outra informação, os documentos de suporte foram enviados a todos os membros da Assembleia, com várias semanas de antecedência. Também não é displicente informar que desde abril até junho, nenhum pedido de esclarecimento foi solicitado. É interessante contudo consultar a ata da reunião de abril, já aprovada, e verificar o que ali foi dito pelo sr. deputado:
“Eu até concordo em fazermos parte da Associação de Municípios, isso é lógico”
E disse mais:
“Aliás, eu até faria outra proposta ao Município de Torre de Moncorvo, que é a sede desta associação ser em Torre de Moncorvo. Porque há-de ser no Porto? Poderia ser aqui em Torre de Moncorvo.”
Mas também elencou e detetou problemas reafirmando, contudo, concordância com a inicitiva:
“Eu também concordo com a parte e congratulamo-nos por sermos sócios fundadores, claro que sim, nisso não tenho nenhum entrave. Mas, também quando analisamos a parte das considerações preleminares, tal como a Constituição da República Portuguesa, são todos artigos que fazem referência a pessoas coletivas e nós estamos aqui a aprovar uma associação de direito privado. Ou seja também há aqui uma incongruência nos próprios artigos”.
Não vislumbro qualquer incongruência. As pessoas coletivas podem ser entidades públicas ou privadas!
Mas disse ainda que achava que esta proposta só deveria vir à Assembleia depois das próximas eleições autárquicas e lá foi justificando:
“Claro que o sr. Presidente ao estar a fazer parte já dos órgãos , devia também vir o seu nome aqui para ser votado, porque poderia haver outra pessoa que gostasse de fazer parte dos órgãos eleitos.”
Podia ter começado por aí. Ou ter ficado apenas por aí!
Esteja tranquilo sr. Deputado. O meu pedido de demissão dos órgãos sociais da ANAM para os quais fui indicado por unanimidade e insistência de todos os meus colegas Presidentes de Assembleia presentes na reunião de Lisboa, vai seguir de imediato.
Sem qualquer lamento meu, quanto a esta parte.
O único lamento que tenho é o de Moncorvo ficar assim excluído do grupo de municipios fundadores da ANAM e, com isso, impedir o sr deputado de poder repetir o que disse em abril passado onde se congratulava com esse facto.
José Mário Leite

 Documento publicado no Face por Urbelina Sabor

Larinho, Torre de Moncorvo


SAUDAÇÃO
Este livro nasce de um desafio lançado pela professora Maria Amélia Madaleno. Eu apenas sugeri que fosse um trabalho coletivo e para isso transmiti o desafio a várias pessoas naturais do Larinho que conhecia no mundo da escrita. Não era eu, vindo de fora, que me atreveria a tão árdua tarefa. Sim, que livros deste tipo não podem ser escritos por um qualquer. Há coisas que só são apercebidas e só podem ser escritas por alguém que as aprendeu bebendo o leite materno na terra onde nasceu. Isso marca a nossa maneira de ser, o modo de cada um estar na vida. À expressão dessa cultura eu chamo literatura telúrica, porque crava as raízes na terra. Os homens são como a terra e como as árvores. Têm raízes na terra, têm a cor da terra e os que bebem a água das nascentes da sua terra e comem do pão que semearam são os verdadeiros possuidores da alma da terra com as suas belezas. A flor mais bonita, arrancada da terra, logo fenece. E há muita gente que nem sequer pensa que as flores têm raízes.
Numa época em que tudo convida as pessoas a esquecer as suas raízes na terra e a comunidade humana a que pertencem, transformando-se em nómadas acampados em apartamentos, gostaria que a "diáspora Larinhata" fosse um exemplo de amor à sua terra, de respeito pelos seus antepassados e paixão pelos valores culturais do passado coletivo.
Num mundo moderno em que a comunicação circula por invisíveis auto-estradas, imagino um emissor plantado no Larinho de onde enviamos este livro feito mensagem de amizade e gratidão para todos os que aqui nasceram mas foram dar a vida em chãos estranhos, dentro ou fora do País. Este livro pretende ser um meio de nos mantermos ligados uns aos outros, na emigração ou na "pátria pequena", uma oportunidade de continuarmos a viver o Larinho em qualquer parte do mundo. Sim, as aldeias, por vezes, também morrem. Mas nós não queremos que o Larinho morra.
A mais terrível das doenças será a de Alzheimer que, com a perda definitiva da memória, transforma as pessoas em meros seres vegetativos. O mesmo se passa com as terras, com as comunidades humanas que deixam de conviver. Mas nós não queremos que isso aconteça com a nossa aldeia. Nós queremos manter-nos fiéis aos nossos antepassados.
Miguel Torga escreveu que "o maior bem que se pode ter é o nome de Transmontano". Daniel de Sá, um Larinhato que foi emigrante no Brasil e que infelizmente já não está entre nós, pois foi ceifado pela morte na flor da vida, ensinou-me um maravilhoso poema que aqui deixo:
Trasmontenos? Sim, senhor!
Larinhatos? Pois então!
E exibo, de lavrador,
Com orgulho o meu brasão.

Do Reboredo ao Sabor
Há riqueza em profusão.
E há-de ver, quem lá for,
Azeite, vinho e feijão

Que produz o braço forte
Daquela gente do Norte,
Com merenda a pão e vinho,

Que tem por emblema o corvo.
É concelho de Moncorvo
 Freguesia do Larinho.

Larinho Abril de 2017
António Júlio Andrade