quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

TRANCOSO - Álbum de memória




Feira Medieval - Programa


NEVE- Quadras populares


"Alta serra da neve,
Deita cá uma faísca;
Quem tem o amor defronte
Até com os olhos petisca.

Alta serra da neve,
Quando serás derretida?
Rica jóia do meu peito
Nunca serás esquecida."

Fonte: Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança (Tomo X) - Francisco Manuel Alves (Abade de Baçal).

Visite o Museu Abade de Baçal.
Fotos A.F.F.M.

FEIRA DE ARTESANATO

Hoje, dia 28 de Fevereiro, Quinta-feira, pelas 15h00, tem início a XVII Feira de Artesanato de Torre de Moncorvo, no Largo da República, realizando- se a sua inauguração pelas 17h30.
Nesta edição estão presentes 50 expositores de várias localidades do país, sendo que 20 são novidade em Torre de Moncorvo.
Os visitantes podem admirar vários tipos de artesanato, adquirir alguns desses artigos e ver ao vivo os artesãos a trabalhar as suas peças. Podem ser encontrados artigos confecionados com tecidos, papel, conchas, cortiça, madeira, couro, lã, vidro, barro, estanho, escamas de peixe, etc.
Com esta iniciativa o Município pretende divulgar e promover o artesanato do concelho e do país, assim como preservar a riqueza da arte tradicional, do património e da cultura, saberes tradicionais e talentos que estão associados ao estilo de vida das pessoas.
A Feira de Artesanato pode ser visitada até dia 3 de Março no seguinte horário: na Quinta e Sexta-feira das 15h00 às 23h00, no Sábado das 11h00 às 23h30 e no Domingo das 11h00 às 18h30.
http://www.torredemoncorvo.pt/xvii-feira-de-artesanato-de-torre-de-moncorvo

Inauguração da Exposição “Olhares” e apresentação dos livros “Histórias de Benlhevai” e “Terra Parda: Contos”


O Centro de Memória recebeu no dia 23 de Fevereiro a inauguração da exposição de pintura “Olhares” de Fernanda Ferreira.
 A exposição constituída por cerca de 30 quadros estará patente no Centro de Memória de Torre de Moncorvo até dia 22 de Março de 2013.
De seguida no auditório da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, o Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Eng.º Aires Ferreira, deu continuidade à sessão referindo que este ano o Município decidiu iniciar o programa das Amendoeiras em Flor com atividades culturais. Rogério Rodrigues tomou a palavra para apresentar o livro “Histórias de Benlhevai” de José Maria Fernandes. O autor explicou que este livro surgiu porque tinha necessidade de deixar guardadas memórias escritas de algumas histórias que ele conhecia e outras que ouviu.
Hélder Rodrigues, autor de “Terra Parda: Contos” fez a apresentação do seu próprio livro referindo que se divide em 22 contos que contam a história da ruralidade transmontana e que contempla temáticas atuais da vida agreste do nordeste transmontano.
https://mail.google.com/mail/u/0/?tab=wm#inbox/13d2078818b300be

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Amadeu Ferreira na Poética


BALADA DE NEVE

 Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…


E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

Augusto Gil


Fotos A.F.F.M.


FEIRA MEDIEVAL - TORRE DE MONCORVO


Arte Rupestre do Vale do Côa vai andar nas latas de coca-cola


A Arte Rupestre do Vale do Côa vai andar nas latas de Coca-Cola. A marca vai comercializar a bebida num novo modelo de lata que chegará até aos consumidores decorada com grafismos inspirados nas representações rupestres do Vale do Côa.
A multinacional Coca-Cola fez uma parceria com a Direcção-Geral do Património Cultural e as novas latas do refrigerante mais famoso do mundo vão ser decoradas como três monumentos portugueses, distinguidos como Património da Humanidade pela UNESCO: o Convento de Cristo, em Tomar, o Palácio da Pena, em Sintra, ou as gravuras rupestres de Foz Côa. 
Durante esta primavera e verão as novas latas de coca-cola serão decoradas com desenhos inspirados nas gravuras rupestres do Vale do Côa, esperando a multinacional comercializar cerca de 50 milhões de latas de “Património Revisitado” até ao final da época de verão deste ano.
NOTÍCIAS DO NORDESTE

MOGADOURO - FESTA


Neve fecha escolas no distrito da Guarda

Trancoso às 11,20 h.(A.F.F.M.)
As aulas estão hoje suspensas nas escolas de cinco concelhos do distrito da Guarda devido à queda de neve, disse à agência Lusa fonte autárquica e do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).A neve obrigou a fechar os estabelecimentos de ensino dos municípios de Meda, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. "Caiu bastante neve nestas zonas e os transportes escolares não funcionaram", explicou a fonte do CDOS da Guarda.O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, Gustavo Duarte, adiantou à Lusa que no seu concelho "está a nevar com intensidade", situação que já não se registava há alguns anos. Na cidade da Guarda, onde tem nevado durante a manhã de hoje, "não há registo de constrangimentos rodoviários", referiu o CDOS.
 LUSA

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ferro de Moncorvo no Canadá

Foto  A.F.F.M.

 - A MIT- Ferro de Moncorvo S.A. anunciou hoje que estará presente na "maior feira internacional do mundo" dedicada ao setor mineiro para promover o projeto que está a desenvolver na região de Torre de Moncorvo.
O certame vai decorrer de 03 as 06 de março na cidade de Toronto, no Canadá, onde a MTI quer consolidar a projeção internacional da empresa e do projeto mineiro que está a desenvolver em Moncorvo desde de 2008, disse hoje à Lusa o presidente do seu conselho de administração, Vítor Correia.
"Têm sido inúmeros os pedidos de informação por parte de potenciais investidores internacionais, sobretudo desde que em novembro de 2012 foi assinado com o Estado português o contrato para a exploração experimental de depósitos de minério de ferro em Moncorvo", explicou.

 (Lusa)

FEIRA DA ALHEIRA


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Prémio Douro Empreendedor


O Prémio Douro Empreendedor recebeu 69 candidaturas às três categorias deste concurso que quer distinguir e impulsionar a criação de projetos inovadores na região do Douro.

O prémio, que será entregue em maio, foi lançado pela Rede EmpreenDouro, que envolve 26 entidades públicas e privadas.
Este prémio tem como objetivo mostrar que o Douro é uma boa região para investir e visa distinguir projetos inovadores de cariz empresarial que valorizem os produtos endógenos e contribuam para a competitividade da região.
O prazo para entrega das candidaturas terminou na quarta-feira, superando "todas as expectativas". Ao todo apresentaram-se a concurso 69 concorrentes.
"As candidaturas apresentadas confirmam que as temáticas do turismo e do vinho constituem áreas basilares na região do Douro" afirmou Fontaínhas Fernandes, coordenador da Rede EmpreenDouro.
Contudo, segundo o responsável, "a maioria dos projetos são de natureza multidisciplinar e claramente diferenciadores".

MUSEU DO CÔA -Olhares cativos


Macedo de Cavaleiros -Mortos na guerra colonial


Moncorvo - Pombas


FOTO A.F.FM.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

RIO SABOR - OBRAS

Foto A.F.F.M.

Zulmira morreu 11: A felicidade anda descalça,por Virgínia do Carmo


 Houve um tempo na vida de Zulmira, antes do cansaço último, daquele sopro de morte, [apagão definitivo das claridades], em que a mulher dentro de si soube conciliar a paz com o silêncio da alegria. Essa capacidade vinha-lhe, talvez, dos filhos. Dos seus olhos a pedirem essa sua paz. Nesse tempo Zulmira aprendera a viver por dentro das coisas verdadeiramente importantes: leite morno, arroz doce e fatias de bolo de laranja, o cheiro a refogado de ternura e dedicação. E deixara para lá da porta da sua casa tudo o que não lhe fazia falta: roupa apertada, julgamentos alheios, e sapatos.
Esta última opção provocava estranheza nas almas desocupadas dos outros, os que não importavam, os que gostavam de atirar à cara de Zulmira a sua sorte por ter um sapateiro em casa. Nessas ocasiões uma frase emergia das suas entranhas mais profundas para lhe subir através da pele e se lhe alojar nos olhos, que corriam a fixar-se num ponto imperceptível do tempo, naquele segundo fora de todos os relógios, como se em busca de um infinito inacessível: A felicidade anda descalça. Zulmira não sabia colocar esta ideia de outra forma. Era como um poema de um verso só a bailar-lhe no pensamento: A felicidade anda descalça.
Por vezes Zulmira floreava o seu poema, e acrescentava à felicidade a ausência de rímel nos olhos. Ou de tinta no cabelo. Mas o verso continuava ainda assim único. Porque só ele fazia sentido quando lhe falavam da sua sorte. Como se estar descalça já implicasse estar desprovida de todos os outros artifícios que a humanidade foi inventando para complicar a vida.
Se a felicidade usasse sapatos, não haveria forma de sentir as cócegas das flores sob as plantas dos pés. Nem a textura das suas pétalas, nem o viço da  sua seiva. E que dizer da neve branca, do arrepio matinal da relva húmida, ou da areia quente das praias deste mundo?
E foi por isso que Zulmira deixou de usar sapatos. Só os calçava quando a saída à rua impunha que o fizesse. Em casa Zulmira recusava tudo o que pudesse incomodar o contacto dos seus pés com o chão. O chão que era a sua verdade, o seu jardim de doces flores e fresca relva. Da fria neve e das areias quentes. O chão onde os muros começavam sem que nunca se tocassem.
Zulmira já sabia o que era ter a alma dos sapatos partida, já sabia o que era usar sapatos apertados e desajustados, e se por algum tempo podia descansar dos apertos e dar passos mais livres, aproveitava.
Em pouco tempo Zulmira contagiara os filhos com aquela sensação de contacto com a simplicidade das coisas através da libertação dos pés. E a determinada altura, andavam todos descalços lá em casa. Todos, menos o pai dos filhos de Zulmira, Joaquim, o sapateiro. 



Amadeu Ferreira na Poética

O novo livro de Fracisco Niebro (pseudónimo de Amadeu Ferreira) é constituído por um conjunto de poemas originais em mirandês, divididos pelos temas «Ls trabalhos i ls diuses / Os trabalhos e os deuses», «L camino de casa / O caminho de casa» e «Chinas fázen siempre mosaicos / Pedrinhas fazem sempre mosaicos».

Todos os poemas são acompanhados pela respectiva tradução para português, efectuada por António Cangueiro e Rogério Rodrigues.
http://poetica-livrosarteeeventos.blogspot.pt/

sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Terra da Rainha – Retratos Portugueses no Reino Unido,Novo livro de Isabel Mateus


Residente no Reino Unido desde 2001, a autora Isabel Mateus prossegue a sua produção literária com a obra A Terra da Rainha – Retratos Portugueses no Reino Unido, cuja temática incide de novo na diáspora portuguesa.
A Terra da Rainha conta-nos a realidade da emigração portuguesa para o Reino Unido nas últimas décadas, que vai para além das histórias contadas pelos próprios quando voltam à pátria: desde a experiência de quem vive num país sem conseguir falar a língua local, passando pelo papel das Comunidades Portuguesas e dos apoios das entidades das duas nações, até ao desenrolar do dia a dia do emigrante. É, acima de tudo, um livro para quem veio, para quem pensa vir e para quem conhece quem cá está.
De uma forma inspiradora entre prosa e poesia, a autora transmite-nos assim a noção de como a emigração portuguesa comunica a força da palavra que é única no nosso vocabulário português – a saudade.” (Filipa de Jesus, autora do blogue http://tugaemlondres.blogs.sapo.pt/)
A Terra da Rainha - Retratos Portugueses no Reino Unido encontra-se à venda nos sites www.isabelmateus.com, www.amazon.co.uk, www.amazon.fr, www.wook.pt  e www.bertrand.pt .
No site da autora (http://www.isabelmateus.com/) é ainda possível descarregar gratuitamente a ficha técnica, o índice e o prefácio da obra, bem como o poema introdutório “Pátria”.


CAVALO DE MAZOUCO


Peça em pasta de barro vermelho, vidrada e cozida a 1000 graus.
Porta lápis, alusivo à primeira gravura rupestre do Paleolítico Superior encontrada em Portugal - (CAVALO DE MAZOUCO).

Autor: Franclim Páscoa Caetano

BTL: TPNP e Missão Douro promovem o melhor da região

Foto A.F.F.M.
A Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) vai apresentar-se na BTL 2013 juntamente com a Missão Douro, “pela primeira vez”, no âmbito da reforma regional que está a ser levada a cabo e que inclui a extinção por fusão desse Pólo de Desenvolvimento Turístico na região. O evento começa no próximo dia 27 de Fevereiro e decorre até 3 de Março, na FIL, em Lisboa.
Provas de Vinho do Porto e espumante, degustação de azeite biológico ou apresentações de enólogos são algumas das actividades previstas para o stand do Porto e Norte de Portugal.
A participação será feita em conjunto com os municípios e agentes económicos da região, “numa estratégia de afirmação do Porto e Norte de Portugal como destino turístico que tem registado uma tendência crescente de evolução dos diferentes segmentos da procura turística”.Em destaque estarão produtos estratégicos para o destino como o turismo de natureza, touring cultural e paisagístico e turismo religioso, entre outros.
“Numa perspectiva de continuidade com as edições anteriores, haverá uma grande aposta na área do negócio, evidenciando a possibilidade da realização de reservas e venda de pacotes de férias/fins-de-semana criados pelos players privados, contribuindo, assim, para aumentar a visibilidade e promoção do Turismo do Porto e Norte de Portugal”, conclui a Entidade Regional de Turismo.
http://www.publituris.pt

Linha do Sabor- Pocinho / Moncorvo

Autor desconhecido

Estado da Nação ,por Armando Sena

Agora que se estende a mão do vento
E pródiga te surge a crispação
Tudo de novo te recorda
O que foste nessa vasta imensidão
Das searas em que ceifaste ilusões
Cujo adubo eram sonhos começados
Que as pragas lentamente anteciparam
E as colheitas apenas confirmaram
Que o fruto era falho de sustento
E da alma te levou todo o alento

Nada mais que a eterna nostalgia
De deixar mais uma vez nesse pousio
O que antes solo fértil tinha sido
E agora entre o cheiro a bravio
Tão só azia e larvas produzia

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

IV GALA LOURDES GIRÃO


LOUSA - Sarilho

Foto enviada por Orlando Félix

VILA FLOR - Exposição de Jorge Delfim


Morcegos 2 - Moncorvo 0


Ambientalistas preocupados com colónias de morcegos nas minas de Moncorvo.

No dia em que o Ministério da Economia assina novos contratos para a exploração de minas em Portugal, os ambientalistas fazem saber que não aceitam o que está a acontecer com os trabalhos de prospeção nas minas de Moncorvo, que estão a pôr em risco duas espécies de morcegos em vias de extinção.Ainda há pouco tempo, uma das barragens do plano nacional - a barragem de Padroselos - ficou pelo caminho por causa de uma espécie rara de mexilhão, levando o Ministério do Ambiente a travar a obra.Os ambientalistas avisam que o mesmo pode acontecer nas minas de Moncorvo.
Arlinda Brandão (Com Marcos Celso)
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=629596&tm=8&layout=123&visual=61
OBRIGATÓRIO VER:
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2013/01/morcegos-1-moncorvo-0.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2013/01/ambientalistas-preocupados-com-morcegos.html

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Trancoso -Feira do Fumeiro

Padre António Fontes e Bento da Cruz em Montalegre


Barragem do Baixo Sabor

Foto enviada pelo Camané

IV Workshop de Castração de Equídeos, nos dias 2 e 3 de Março


Num curso abrangente como o de medicina veterinária, muitos procedimentos ficam por experimentar. Nesse sentido e após o sucesso de anteriores edições, a AEPGA organiza o IV Workshop de Castração de Equídeos, nos dias 2 e 3 de Março, no Centro de Valorização do Burro de Miranda, localizado na aldeia de Atenor.
Este curso direcciona-se a todos os estudantes de medicina veterinária e médicos veterinários que pretendam experimentar e familiarizar-se com a castração de equídeos em condições de campo. E ainda a todos os estudantes de enfermagem veterinária e enfermeiros veterinários que ambicionem familiarizar-se com anestesia em condições de campo e com o apoio a esta técnica cirúrgica.
Durante o curso, todos os médicos veterinários e futuros médicos veterinários terão oportunidade de proceder à remoção de pelo menos um testículo e todos os enfermeiros veterinários e futuros enfermeiros veterinários, terão oportunidade de ajudar em pelo menos uma castração e ficarão responsáveis pela anestesia dos animais.

Para mais informações, 
por favor contacte-nos 
96 6151131 ou para o burranco@gmail.com.
As inscrições são limitadas!

*Fotografia de topo da autoria de Miguel Nóvoa


ARMANDO SENA - Convite


Às voltas em Paris, por Armando Sena


Depois de meia hora a vaguear e verificando que era noite, Videira decidiu-se a apanhar um táxi.
Numa praça próximo, entrou no que estava em primeiro na fila e desdobrando o papel, mostrou-o ao taxista.
Trés bien, respondeu este.
Depois de se acomodar no interior do Peugeot 304, e passados os primeiros trezentos metros, o condutor do táxi virou-se para ele e perguntou:
- Português?
- Sim, como adivinhou, perguntou Videira.
- Como poderia não adivinhar, respondeu-lhe o motorista de forma enigmática.
Parecia então evidente que os portugueses tinham cara de portugueses e assim eram facilmente identificados pelos seus pares. E esta hein?
-O amigo de onde é? Eu sou de Leiria, dizia o taxista empolgado.
- Transmontano, respondeu o Videira.
- Oh lá lá, retorquiu o taxista, il y a baeucoup de transmontanos ici.
- Como, perguntou Videira.
- Ah, três bien, há muitos transmontanos aqui. Em Chaves por exemplo, je ne connais pas, mas já não deve lá haver vivalma. Vieram todos para Saint Dennis. Boa gente, trabalhadores e sinceros. Bebem menos que os minhotos. Trabalham todos nos batiments. Todos a pensar em regressar com retraite.
- Como, perguntou Videira intrigado.
- A reforma, o dinheiro para a maison lá na terra. Por mim, não volto. Aqui se não pudermos trabalhar temos a chômage, temos assistência médica. Lá é só miséria, un bordel, c’est un bordel.
Videira já nem perguntou o que é que aquilo de bordel seria, com a certeza que não era nada agradável.
- Fui dos primeiros a chegar a Paris. Suei muito para ter esta voiture. Já disse à minha Florentina, por mim não volto.
O Peugeuot seguia lentamente ao sabor do complicado trânsito de Paris. Depois de passar por cima do Sena, dirigindo-se para sul, uns quilómetros à frente, o taxista parou em frente de um colossal arranha-céus.
- Vê, há quinze anos não existia nada disto. Tudo mão-de-obra portuguesa, dizia o taxista.
- É aqui, perguntou Videira.
- Não, é mais abaixo, mas de carro é difícil ir lá. Segue por esse beco e deve ser aí a meio, do lado direito. Eu conheço porque mora aí um cunhado meu, também de lá. Se não tivesse arranjado um chauffer português tenho dúvidas que conseguisse descobrir isto, disse o leiriense.
- Muito obrigado então.
- São cem francos. Devia ser cento e cinco, mas esses, poupo-lhos para uma bierre.
- Certo. Felicidades, disse-lhe Videira, estendendo-lhe uma nota de cem.

Excerto de Na Demanda do Ideal



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MAÇORES

Foto A.F.P.D.S.J.
O nome desta aldeia, situada entre várias serras, aparece nos livros de registo paroquiais como "Massores", que deve radicar do termo arcaico "masores", que significa testamenteiro, executor de testamentos e das mandas. Os machados de pedra polida e as moedas antigas que apareceram no termo desta freguesia comprovam que esta é povoada desde os tempos pré-históricos e romanos. Pensa-se ter havido ali indústrias de tapetes e colchas de lã e linho em teares manuais, o que não é de estranhar, visto que a freguesia fica bem perto de Urros onde ainda há quem trabalhe com teares. 
Nos meses de Fevereiro e Março as encostas ficam vestidas do branco das flores das amendoeiras. Mas, é no Outono na festa de S. Martinho que as pessoas vivem a mais ancestral das festas populares. A festa é composta por um magusto colectivo, uma caldeira cheia de vinho, onde as pessoas bebem de bruços, uma gaita de foles e foguetes.
http://www.torredemoncorvo.pt/macores

dos nós em que nos damos, Virgínia do Carmo


                                                       
                                                       Passou o tempo em que o susto de nos continuarmos, trespassados
um pelo outro, nos foi um enxame de âncoras, agitando-nos. Passou
o tempo em que a estranheza nos empurrou para o cais do silêncio
onde recolhemos em gaiolas de água os pássaros que haveríamos de ser.

Agora
temos asas que rasgam oceanos. E temos guelras para respirar as estrelas.

Perdemos o ponto preciso onde as tuas mãos começam e as minhas
terminam. Perdemos o toque da linha onde a nossa pele se divide.

E temos um mastro de sílabas que nos dizem numa palavra única. Um vocábulo
que nos mistura na síntese perfeita de todas as coisas que não têm nome.

E perdemos aquele vazio de procurar significados.
Esse chão de secas raízes.

 
 http://olugardossentidos.blogspot.pt/

Rio Douro -Foz do Sabor

Foto A.F.F.M.

WELCOME BY TAXI TO DOURO


A Escola de Hotelaria e Turismo do Douro – Lamego a exemplo de outras Escolas da rede do Turismo de Portugal vai dinamizar o projeto “Welcome by Taxi to Douro” que pretende melhorar a hospitalidade e a qualidade do atendimento dos motoristas de táxi da região do Douro. O curso, que decorrerá a partir do próximo dia 21 e cujas inscrições se encontram abertas, inclui um módulo de aprendizagem da língua inglesa dirigido às necessidades dos profissionais de táxi no seu relacionamento com estrangeiros, outro de formação nas áreas da hospitalidade, como a imagem, comportamento e cortesia no atendimento, para além de módulos que abordam os Vinhos do Porto e do Douro, Turismo Religioso e Segurança.Pretende-se ainda preparar os profissionais de táxi na identificação dos principais pontos de atração turística das cidades e região onde desenvolvem a sua atividade, de modo a capacitá-los para o aconselhamento de espaços de animação diurna e noturna, restaurantes, bairros típicos, cafés, museus, esplanadas ou jardins.A frequência desta ação de formação, dará automaticamente acesso ao selo de qualidade Welcome By Taxi, criado pelo Autoridade Turística Nacional, e que funcionará futuramente como uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento da sua atividade. Por outro lado, a frequência desta ação de formação é reconhecida para efeitos de renovação do CAP (Certificado de Aptidão Profissional) de motorista de táxi pelo IMTT (Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres).Este projeto do Turismo de Portugal e da EHTDouro – Lamego tem o apoio da Turismo do Douro, do Museu de Lamego, das autarquias de Lamego e do Peso da Régua, do IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto) e da PSP de Lamego ente outras entidades locais e regionais.
http://escolas.turismodeportugal.pt/noticia/formacao-welcome-taxo-douro-inscricoes-abertas
Nota do editor:  foto A.F.N.M.D.S..(anos 50 do séc.XX)

Moncorvo - AMENDOEIRAS EM FLOR


AMENDOEIRAS EM FLOR - CONVITE


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

SAMBADE - Postal

Fotografia cedida pela gerência das Casas do Bairrinho
   
             http://www.casasdobairrinho.com/sobre.html                         

Alheira Transmontana

Foto cedida pela Taberna do Carró

A alheira, prato tipo português, é um enchido fumado que tem por principais ingredientes a carne e a gordura de porco,aos quais se juntam carne de aves, pão de trigo, azeite, banha, sal, alho e colorau, doce ou picante. Também podem ser utilizados ingredientes como carne de caça ou de vaca e salpicão e presunto envelhecidos.
A alheira tem a forma de uma ferradura e é cilíndrica. O interior é constituído por uma pasta onde é possível distinguir pedaços de carne desfiada. Esta pasta é envolvida por um invólucro feito de tripa de vaca ou de porco. As extremidades são atadas com fio de algodão. A alheira é de cor alaranjada e o seu comprimento varia entre 20 a 25 centímetros, enquanto o diâmetro tem entre dois a três centímetros. Relativamente ao peso, a alheira tem entre 150 200 gramas.
Por norma, a alheira é frita (em azeite ou em seco, uma vez que  possui gordura), assada ou estufada depois de envolvida em couve lombarda.