domingo, 29 de junho de 2014

RENOVAR A ESPERANÇA - CONVITE


"Contos no Terreiro ao Luar de Agosto" no Moínho do Papel em Leiria

Foi ontem a apresentação dos "Contos no Terreiro ao Luar de Agosto" no Moínho do Papel em Leiria. O Dr. Baptista Lopes não pôde vir, veio a Sofia Diogo em representação da Editora.
A data também não foi a mais adequada : inicio de férias, pais  e meninos mortinhos por praia e por passear...
Só estiveram vinte e poucas pessoas. Mas vá lá que todas compraram livros. A Câmara, apesar do livro nada ter a ver com Leiria, também vai comprar alguns para distribuir pelas bibliotecas.
O Augusto Mota fez uma apresentação muito curiosa e que muito agradou aos ouvintes . 
Já estão combinadas duas sessões em escolas para Setembro (início de aulas).
J.R.

Escola Municipal Sabor Artes - Torre de Moncorvo


Tiago Patrício leva o processo revolucionário até uma terra perdida no meio das serras transmontanas.

Mil novecentos e Setenta e Cinco, assim mesmo por extenso, é a Revolução de Abril a atiçar eufórica o fogo revolucionário numa aldeia de Trás-os-Montes.
Na raia, à vista das serras e das fragas, entre senhores feudais, bastardos, criadas, lavadeiras e pastoras, o espírito novo tenta germinar em terra seca de arrebatamentos. Num lugar onde a autoridade terrena e espiritual partilham dono — e não é o altíssimo — e os sonhos se enterram mais depressa do que os homens.
    
Ao segundo romance, Tiago Patrício volta às paisagens que bem conhece, as mesmas terras que davam título ao livro com que ganhou o prémio revelação Agustina Bessa Luís em 2011 (Trás-os-Montes), para nos oferecer um primoroso estudo de um lugar identificável no espaço mas avesso a submeter-se ao tempo. A qualquer um: no interior atávico, a mudança é adjectivo ruim, coisa do diabo. “Há muitos montes à nossa volta, dizem que o Estado Novo também teve dificuldade em chegar cá e agora somos o último reduto da servidão”, diz um dos personagens no decurso do Processo Revolucionário (p. 62). É difícil arrancar maus hábitos, resignações.
Remetendo pelo título ao Noventa e Três de Victor Hugo e, por consequência, à Revolução Francesa, Mil Novecentos e Setenta e Cinco é menos idealista no seu retrato e mais terreno nos que retrata. E embora se possam usar os personagens como arquétipos de um mundo que se basta a si mesmo por não querer (saber?) olhar mais além, o escritor evita que isso seja da sua lavra. Prefere que seja o leitor a colher.
O que, sim, há neste livro é um domínio invejável do diálogo como motor essencial da narrativa — fruto do gosto pelo teatro e do trabalho de Tiago Patrício na dramaturgia —, uma preocupação atenta à caracterização rigorosa de um microcosmos com linguagem e características próprias — não só no espaço, também no tempo —, fechado às influências externas: um feudo onde ainda não chegara a televisão, esse instrumento essencial da democratização — e da uniformização. Como afirma Fernanda, a estudante que vem do Porto para ver de perto a revolução a acontecer: “Estou fascinada com a tua aldeia, Horácio. Se a pudesse descrever com uma frase, acho que diria que é um paraíso desconhecido até para quem cá mora. Parece que vive aqui um povo isolado do mundo.” (p. 265) E Horácio não tem outra coisa para responder que um “nós somos de ferro… Fernanda.”
A aldeia é um microcosmos suspendido durante um ano, como um limbo histórico, um parêntesis de modernidade na narrativa habitual, onde até a morte descansa para desgraça do coveiro que acabará dedicado às leituras e às escritas por ausência de quem enterrar (“Bons tempos, em que as pessoas ficavam doentes e dali a um par de meses morriam. Agora não, é uma desgraça”). Há nas suas narrativas, introduzidas quase no fim do livro, contornos de fantasia que nos remetem para Alexandre Herculano: “Vós, os que não credes em bruxas, nem em almas penadas, nem em tropelias de Satanás, sentai-vos aqui à lareira, bem juntos ao pé de mim (…) e não me digam no fim: — ‘não pode ser.’ – Pois, eu sei cá inventar coisas destas? Se a conto, é porque a li num livro muito velho. E o autor do livro velho leu-a algures ou ouviu-a contar, que é o mesmo, a algum jogral nos seus cantares” (Lendas e Narrativas).
É como a revolução: outros continuarão a usá-la como assunto literário e a contar o que nela foi feito e o que dela se fez com narrativa empolgante, metáfora boa, personagens de se lhe tirar o chapéu, mas ninguém contará tão bem como Tiago Patrício a história da revolução nesta aldeia.

 ANTÓNIO RODRIGUES 
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/ha-revolucao-na-aldeia-1659130

O Douro é património mundial mas quanto é que isso vale para a região?

Comissão Nacional da UNESCO quer estudar importância económica da classificação dos locais como património mundial

Reforçar a aliança entre a ciência e a cultura e apurar quais são os benefícios reais que esta união - a razão de ser da UNESCO - representa para uma região classificada é o principal objectivo de várias entidades ligadas ao Alto Douro Vinhateiro (ADV) que se reuniram nesta quarta-feira na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). A Comissão Nacional da UNESCO, o Comité Português para o Programa Internacional das Geociências e a UTAD realizaram um ciclo de conferências para debater o futuro do Douro Património Mundial.
Perceber e demonstrar a importância e o valor da aliança entre ciência e cultura para um território que conta com duas chancelas UNESCO - o Alto Douro Vinhateiro e o Parque Arqueológico do Côa - é um dos principais objectivos da Comissão Nacional da UNESCO. “A ciência e a cultura devem funcionar em conjunto para promover de forma sustentada o desenvolvimento do território”, adianta o presidente do Comité Nacional para o Programa Internacional de Geociências, Artur Sá. Nesse sentido, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura já está a realizar um estudo sobre o real valor da "marca" UNESCO em termos económicos.
Depois do Reino Unido, Portugal é o 2º Estado Membro dentro dos 195 estados-membros existentes que vai fazer esta investigação. O objectivo é perceber se esta certificação de qualidade é ou não uma mais-valia, até que ponto é monitorizado e avaliado o número de turistas, o impacto que causa no território e que novas oportunidades se criaram com essa chancela.
Para isso, a Comissão Nacional da UNESCO lançou um desafio aos gestores dos quinze sítios nacionais, classificados como Património Mundial da Humanidade, às sete reservas da biosfera e aos três geoparques  para que colaborem nesse estudo. “Não há estudos efectivos que apurem se faz diferença ou não um território ter a chancela da UNESCO. Queremos ter esse estudo para depois, comparativamente, perceber o que é que podemos melhorar e como é que podemos colaborar para tentar rentabilizar" essa classficação, adianta Elizabeth Silva, representante do sector das ciências da Comissão Nacional da UNESCO.
“Estas duas chancelas têm contribuído para uma maior notoriedade do Douro”, não tem dúvidas o vice-reitor para o Planeamento e Estratégia e Organização da UTAD, Artur Cristóvão.
Mas, apesar da classificação e das enormes mais-valias da região, também há fragilidades. Artur Cristóvão, recordou que “o Douro tem activos fundamentais para o seu desenvolvimento mas também tem debilidades que têm de ser vencidas com mais articulação”.
João Rebelo, professor da UTAD e um dos oradores do seminário, adiantou que o Douro está “em condições de manter a sua classificação apesar de haver algumas actividades que afectam negativamente os seus valores”. Entre estas ameaças, foram referidas as vinhas em patamares largos, alguns novos hotéis e problemas pontuais resultantes do próprio desenvolvimento económico. A barragem de Foz Tua, como as linhas de alta tensão, foram consideradas por João Rebelo “problemas pontuais que não vão pôr em causa a classificação do Alto Douro Vinhateiro”. Este investigador está a participar no estudo sobre o estado de conservação do ADV, que está em fase de conclusão, para ser apresentado à UNESCO no início do próximo ano.
Uma das principais conclusões do debate sublinhou que só com uma aliança entre a ciência, a educação e a cultura se conseguem criar sinergias e parcerias vitais para a salvaguarda, desenvolvimento e sustentabilidade do Alto Douro Vinhateiro, estando já a ser realizados projectos nesse sentido.
Célia Ramos, da CCDRN, garante que “é importante uma aproximação à comunidade científica e cultural pois o Douro transpira valor económico e social”, acrescentando que, no entanto, “ainda há muito a fazer” no campo da inovação social.
Incrementar o conhecimento científico como motor de desenvolvimento regional é, assim, essencial. Nesse sentido, a Fundação Côa Parque, através do projecto “Côa na escola”, quer que as escolas da região façam visitas ao património do Vale do Côa para lhes mostrar as facetas geológicas, os valores culturais e o património arqueológico característico da região, como a arte rupestre. “É muito importante avançar com este tipo de projectos porque estamos a preparar as gerações futuras para serem os guardiões destes patrimónios mundiais”, explica António Batarda Fernandes, da Fundação Côa Parque.

Elizabeth Silva concorda e reforça que é importante que as pessoas reconheçam não só os locais classificados como património mundial, mas que tenham um sentido de pertença a esses bens: “É necessário que as comunidades escolares estejam envolvidas e sensibilizadas para o património.”

Fonte: http://www.publico.pt/local/noticia/utad-e-unesco-querem-que-ciencia-e-cultura-andem-de-maosdadas-1660494

Torre de Moncorvo - Capela de Santo António e solar

Capela

Solar

 Descrição

A capela integra-se ao centro do solar da família do Visconde de Marmeleiro. Esta está separada do resto do edifício por duas pilastras que sobem até à cornija. A porta é de vão recto, sendo ladeada por pilastras que terminam por duas pequenas pirâmides boleadas. Entre estas situa-se o frontão triangular estando inscrito no meio a data da instituição da capela. Por cima do frontão mostra-se o brasão policromo da família e, por cima da cobertura exterior, existe uma pequena sineira sobrepujada por cruz. No interior a nave é simples realçando o altar-mor que é ornamentado com talha. Digna de reparo é a falsa abóbada de berço em caixotões pintada com cenas de temática religiosa e naturezas mortas que alguns autores atribuem a Josefa de Óbidos.

Acessos

Rua Visconde de Vila Maior

Município de Torre de Moncorvo - Newsletter Nº38




sexta-feira, 27 de junho de 2014

Torre de Moncorvo - Casa da Avó (Turismo de Habitação)



http://www.casaavo.com/

Torre de Moncorvo - Produtos de qualidade

Cozinha Regional de Carviçais
Queijo Terrincho
Entende-se por:

"Queijo Terrincho", o queijo curado, de pasta semidura, ligeiramente untuosa e com alguns olhos, branca e uniforme, obtido por esgotamento lento da coalhada, após a coagulação do leite cru de ovelha da raça Churra da Terra Quente (terrinchas), estreme, por acção de coalho animal.
"Queijo Terrincho Velho" , o queijo curado a 90 ou mais dias, de pasta dura, untuoso, com alguns olhos, amarelada, crosta de cor vermelho, obtido por ser untado com colorau ou massa de pimentão, sendo conhecido também por Queijo Terrincho Apimentado.

Características:

Torre de Moncorvo - 5º Encontro de Idosos

 

Decorreu hoje o 5º Encontro de Idosos na praia Fluvial da Foz do Sabor.

"Mil Novecentos e Setenta e Cinco", de Tiago Patrício, no Palácio Galveias


Abade de Baçal- Completo (12 Tomos )


Clique no Tomo que pretende ver e aguarde a abertura do mesmo.

                                                                          Tomo XII parte 2

Aldeia de Uva - II Encontro de Arquitectura tradicional e sustentabilidade - Concelho de Vimioso

Numa época marcada pela crise e também por uma crescente consciência ambiental, a eco- ou bio-construção tem tido uma projecção cada vez maior. Ainda que os seus princípios fundamentais possam parecer novidade face às práticas que se tornaram mais comuns durante as últimas décadas, a verdade é que grande parte deles está presente em exemplares de arquitectura tradicional um pouco por todo o mundo. Assim, compreender esse conhecimento que, em muitos casos, foi construído ao longo de séculos, vem reforçar a importância e o potencial de técnicas de construção tradicionais sustentáveis.

Depois de uma primeira edição que decorreu num simpático e produtivo ambiente familiar, o II Encontro de Arquitectura Tradicional e Sustentabilidade, a ter lugar em Uva, de 11 a 13 de Julho, procurará encontrar coesão na diversidade, com exposições, cursos práticos introdutórios e intensivos, cinema e palestras, espaços de discussão e convívio.



PROGRAMA


Sexta-feira, dia 11 de Julho9h00: Recepção aos participantes9h30: Cursos práticos intensivos (a decorrer em paralelo) - Construção em terra – Tierra de l Praino - Participação nos trabalhos de recuperação de um pombal tradicional – Palombar (a confirmar, dependendo do número de participantes)

Júlia Ribeiro em Leiria (Convite)


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Guardia Civil de Vitigudino em Moncorvo

Vitigudino é um município da Espanha na província de Salamanca, comunidade autónoma de Castela e Leão, de área 52,33 km² com população de 2923 habitantes e densidade populacional de 56,67 hab/km².

Torre de Moncorvo promove Férias de Verão na Biblioteca

De 16 de Junho até 12 de Setembro decorrem de segunda a sexta-feira na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo as “Férias de Verão na Biblioteca”.
Este programa destina-se a crianças dos 6 aos 12 anos e desenrola-se das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 16h00, com o apoio de uma educadora de infância e um animador.
Normalmente durante a manhã os mais novos assistem à exibição de um filme de animação na sala do conto e à tarde participam num atelier de construção onde podem aprender a criar vários animais e objetos com diversos materiais.
O Município de Torre de Moncorvo disponibiliza gratuitamente uma forma de ocupar as crianças durante as férias, enquanto os pais exercem a sua atividade profissional.

Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 25 de Junho de 2014

Luciana Raimundo          

Torre de Moncorvo - 5º Encontro de Idosos

A Praia Fluvial da Foz do Sabor, em Torre de Moncorvo, recebe no próximo dia 27 de Junho, sexta-feira, o 5º Encontro de Idosos.
Às 10h30 tem lugar uma missa campal seguida da atividade “Idosos em Movimento”, onde os utentes das Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho são chamados a fazer alguns exercícios físicos. Logo depois realiza-se um almoço convívio entre todos.
Durante a tarde decorrem as atuações das Instituições Particulares de Solidariedade Social, onde a animação será garantida. Este dia especial para os idosos do concelho termina com um lanche convívio.
Esta iniciativa é promovida pelo Município de Torre de Moncorvo através da Rede Social e em conjunto com os parceiros do Conselho Local de Ação Social de Torre de Moncorvo.



Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 26 de Junho de 2014
Luciana Raimundo          

Torre de Moncorvo - Programa Natação 2014


Piscinas Municipais de Ar Livre10 Bilhetes20 Bilhetes
Dos 7 aos 17 anos1,50 €13,50 €25,00 €
Cartão Jovem2,00 €18,00€35,00 €
Dos 18 aos 65 anos2,50 €22,00 €40,00 €
+ 65 anos1,50 €13,50 €25,00 €
A partir das 17h00 (dias úteis)                       1,00 €

Aluguer de espreguiçadeiras:
Diário: 3,50€
Até 14h00: 2,50€
A partir das 14h00 - 2,50€

Torre de Moncorvo - 1ª maratona Futsal


Aldeia de Uva - Workshop de Carpintaria 5 e 6 de Julho - Concelho de Vimioso

Antigamente, nas aldeias do Planalto Mirandês, eram muitos os que tinham conhecimentos básicos de carpintaria, suficientes para fazer um banco ou remendar uma porta. Eram poucos, contudo, aqueles que trabalhavam a madeira com mestria, dela fazendo ofício.

É no sentido de transmitir e, assim, dar continuidade a alguns destes saberes e técnicas que a Palombar decidiu organizar este primeiro Workshop de Carpintaria, a realizar na aldeia de Uva, a 5 e 6 de Julho. Os conhecimentos adquiridos serão aplicados na construção de portas para os pombais, contribuindo assim o trabalho dos participantes para o esforço que a Palombar tem vindo a desenvolver para recuperar estes símbolos da paisagem transmontana.


PROGRAMA

Sábado, dia 5 de Julho9h00: Recepção dos participantes
9h30: Introdução teórica
10h00: Início da componente prática: Construção de portas a meia esquadria
12h30: Almoço
14h30: Continuação dos trabalhos
18h00: Fim dos trabalhos do dia

Domingo, dia 6 de Julho9h30: Continuação dos trabalhos
12h30: Fim dos trabalhos e almoço

Torre de Moncorvo - Visita de estudo


Alunos da escola de Benlhevai, Vila Flor, visitaram o N.M.F.D.S., a Casa da Roda e o núcleo museológico de Arte Sacra de Torre de Moncorvo

Afastada hipótese de desclassificação do Douro como património mundial

A classificação do Alto Douro Vinhateiro não constou da agenda do encontro do Comité do Património Mundial da UNESCO, que termina nesta quarta-feira no Qatar. A Comissão Nacional da UNESCO tem acompanhado o processo da construção da barragem de Foz Tua e considera que não há motivos para preocupação. Foi essa a garantia deixada ao deputado vila-realense, Luís Ramos, que reuniu, na última semana, com a presidente da Comissão Nacional da UNESCO, a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional e com a Secretaria de Estado do Ambiente.
“Depois das diversas reuniões realizadas esta semana fiquei com a noção clara de duas coisas: os compromissos assumidos pelo Estado português perante a UNESCO estão a ser cumpridos e o processo de avaliação ambiental da linha de muita alta tensão que está a decorrer não põe em causa aqueles que são os princípios dos critérios que a UNESCO exigiu em todo este processo”, explica Luís Ramos.
Todos os anos são levadas situações de risco ou de ameaça ao Comité do Património Mundial da UNESCO. O início da construção da barragem de Foz Tua levou a organização das Nações Unidas, numa primeira fase, a incluir o Alto Douro Vinhateiro na lista do património em risco. Neste momento, o risco de desclassificação do Douro Património Mundial está afastado. Este ano, o Douro Vinhateiro não vai ser discutido, o que, segundo Luís Ramos, “é um bom sinal”. “Havia a ideia de que há uma série de violações neste processo mas a UNESCO, pelo menos por agora, não tem razões para preocupações maiores com a situação do Douro e a classificação do Douro como Património Mundial”.
A UNESCO exigiu na decisão de São Petesburgo que a avaliação do processo tivesse em conta dois critérios fundamentais: que a linha de muito alta tensão saísse o mais rapidamente da zona classificada e que fossem utilizados canais por onde já passam linhas eléctricas para implantar a nova linha eléctrica. “Quanto me foi dado a saber, a solução respeita integralmente estes dois critérios, o que naturalmente constitui um factor de tranquilidade relativamente à manutenção do estatuto e à preservação do património mundial do Alto Douro Vinhateiro”, adianta Luís Ramos.
A consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para a linha de alta tensão que ligará a barragem do Tua à rede eléctrica no Douro já terminou, estando agora a ser ultimado o relatório do EIA para seguir para a UNESCO. Em junho do ano passado, a organização aprovou o projecto de deliberação que compatibiliza a Barragem de Foz Tua com o Douro Património Mundial.

A Comissão Parlamentar do Poder Local vai realizar uma visita ao Douro no dia 21 de Setembro. O Bloco de Esquerda e Os Verdes apresentaram petições relativamente aos impactos da construção da barragem de Foz Tua. No âmbito da desta discussão, foram ouvidas várias entidades e o objectivo da visita será a realização de um debate no Tua sobre esta questão.

Fonte: 
http://www.publico.pt/local/noticia/afastada-hipotese-de-desclassificacao-do-douro-como-patrimonio-mundial-1660347

quarta-feira, 25 de junho de 2014

"Raúl Rêgo - O Jornalista e o Político" na Feira do Livro de Braga


Estevais - Torre de Moncorvo


Fonte:
"Torre de Moncorvo Município Tradicional",de Ilda Fernandes.
Editora: Lema d'Origem

Moncorvo - Escola Municipal Sabor Artes

Aula de Canto da Escola Municipal Sabor Artes

Moncorvo - Final de Ano letivo da Escola Municipal Sabor Artes assinalado com Concerto

A Escola Municipal Sabor Artes promove no próximo dia 28 de Junho, no Largo da Corredoura, pelas 21h00, um concerto que assinala o final de mais um ano lectivo.
Ao palco sobem todas as classes da escola, nomeadamente as turmas de Piano, Guitarra, Cavaquinho, Acordeão, Violino, Bateria, Coro, Coro Infantil, Canto, Prática de Conjunto, Formação Musical, Dança Clássica e Dança de Salão, com actuações individuais ou em conjunto.
O espectáculo realiza-se ao ar livre e é gratuito.



Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 24 de Junho de 2014

Luciana Raimundo      

Autarcas de Trás-os-Montes não sabem que escolas vão encerrar

Os autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Trás-os-Montes continuam sem saber quais as escolas que o Governo pretende encerrar nos respetivos concelhos depois de uma reunião com a Direção Regional de Educação do Norte (DREN).
No final da reunião, que decorreu esta segunda-feira no Porto, o presidente da Câmara de Mirandela, o António Branco, afirmou à Lusa que a DREN «não adiantou nada» com o argumento de que «tem de ser o Ministério da Educação a divulgar essa informação».
Segundo o autarca social-democrata, a reunião já estava agendada há algum tempo e coincidiu com o anúncio do Ministério da Educação e Ciência de que vai fechar 311 escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico e integrá-las em centros escolares ou outros estabelecimentos de ensino, no âmbito do processo de reorganização da rede escolar.
Quais as escolas que constam desta lista, era o que os autarcas pretendiam saber, mas, de acordo com o presidente da Câmara de Mirandela, a reunião com a DREN «não serviu para nada».
Em Trás-os-Montes têm surgido posições de contestação ao encerramento de mais escolas desde que, em março, o ministério fez chegar aos municípios orientações para fechar escolas com menos de 21 alunos e jardins-de-infância com menos de 20 crianças, no próximo ano letivo.
A concretizar-se esta orientação, o concelho de Bragança, que é o mais populoso do Nordeste Transmontano, ficaria reduzido praticamente aos dois polos escolares da cidade.
O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, que não esteve na reunião de hoje no Porto - fez-se representar - garantiu à Lusa que não conhece a lista das 311 escolas anunciada recentemente pelo Ministério da Educação e, concretamente, a que diz respeito ao seu concelho.
O autarca social-democrata afirmou que ainda aguarda a resposta do ministério à contestação feita pelo município quando foram conhecidas as primeiras orientações do Governo.
Nesse cenário, Bragança perdia três escolas do ensino básico e três jardins-de-infância.
Hernâni Dias espera que a contestação seja aceite e que encerrem menos estabelecimentos, sem adiantar números.
Já o autarca de Mirandela, recusa «assumir qualquer responsabilidade» neste processo.
«Não me responsabilizo por esse processo», declarou António Branco, vincando que, se o Ministério da Educação avançar com os encerramentos, «que assuma tudo o que isso implica», incluindo os custos, nomeadamente de transporte das crianças.
António Branco sublinhou que «o encerramento pressupõe a transferência das crianças para melhores equipamentos», o que não é o caso de Mirandela que aguarda há quase três anos por verbas para renovar o «degradado parque escolar».

Fonte:
http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/braganca-escolas-mec-ensino-encerramento-tvi24/1561215-4071.html

terça-feira, 24 de junho de 2014

Sendim - Investigador da cultura mirandesa "rendilha" pedaços de madeiras

Artesão de Sendim faz máscaras ancestrais utilizadas nos rituais transmontanos. Encontram-se expostas ao público, pela primeira vez, no Ecomuseu do Barroso, em Montalegre.
Audio RR clique aqui







Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=153089

GDM (Moncorvo) - I Torneio de Petizes e Traquinas com participação de cerca de 90 atletas

O Estádio Eng.º José Aires recebeu no passado dia 21 de Junho, Sábado, o I Torneiro de Petizes e Traquinas.
Participaram nesta competição a Geração Benfica-Mãe de Água de Bragança com a escola de petizes e a escola de traquinas, Macedo de Cavaleiros e Trancoso com uma equipa de traquinas, o Grupo Desportivo de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta com duas equipas cada, uma de traquinas e outra de petizes.
O torneio teve início às 10h00 e terminou às 17h30, realizando-se a meio do dia um almoço de confraternização entre todos os participantes.
No final foram entregues medalhas a todos os atletas e um troféu alusivo ao torneio a cada clube, pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e responsável pelo pelouro o desporto, Victor Moreira, pelo Presidente da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, José Meneses, pelo Presidente do Grupo Desportivo de Torre de Moncorvo, José Aires, pelo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo, Manuel Almeida e pelo representante dos pais, Carlos Fonseca.
Esta iniciativa foi organizada pela Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e Grupo Desportivo de Torre de Moncorvo, com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo e do Destacamento Territorial da Guarda Nacional Republicana de Torre de Moncorvo.

Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 23 de Junho de 2014

Luciana Raimundo          

domingo, 22 de junho de 2014

O CASTELO DE BRAGANÇA

.                           O Castelo de Bragança localiza-se  no centro histórico da cidade.

LÍNGUA MIRANDESA - Manifesto em Forma de Hino, por Amadeu Ferreira (Fracisco Niebro)

Nosso Senhor é como as pessoas de Miranda, não fala mirandês.
Quando uma língua não serve para rezar. Quando se dizem todos os pecados a Deus, sem medo, e se tem vergonha de rezar em mirandês. Quando é assim, não há língua que resista. Parece que Deus, quando andou pelo mundo a aprender as línguas, chegou aqui e passou ao lado. Eu creio que o desviaram. É tempo de Deus não ter vergonha de falar em mirandês.
Quando uma língua não se escreve, dizem que a história ainda não começou, porque não há como contar essa história. Apenas pode ser contada pela língua dos outros. Uma língua sem história não pode durar para sempre.
O pior é quando a língua deixa de servir para pensar. Ou, quando dormimos, não aparece a falar nos sonhos, porque a língua dos sonhos é aquela que está dentro de nós. Fala-se como se respira. Se o leite que mamamos não vem misturado com a língua, esta não pode ficar metida dentro de nós e ser tão importante para a vida como o estômago, o coração, a cabeça, o fígado. Só dessa maneira não se pode viver sem ela. Apenas assim aparece nos sonhos, ainda que não queiramos. Uma língua que não fala nos sonhos não vai longe.
Há palavras que, quando as dizemos, nos deixam com pele de galinha, mas apenas nós nos apercebemos; há sons que mos envolvem como uma onda de calor, mas apenas nós sentimos o gelo que por vezes trazemos dentro de nós a derreter; há trejeitos da língua dentro da boca, falando, que nos fazem cócegas que ninguém mais sente; há ditos que não têm outra maneira de se dizer e ninguém se apercebe quando não conseguimos traduzi-los; há coisas que, quando usamos outra língua para as dizer, soam como estranhas e, no fim, ficamos com a ideia de que não fomos capazes de as dizer. Há palavras, sons, ditos, coisas, que dormiram durante tanto tempo connosco, que tomaram cama para um lado e quando não nos deitamos para esse lado é como dormir sobre uma pedra.

"Derivações Do Ser", de Lara de Léon (Maria Idalina Brito)



Sob um pseudónimo líquido, aliterante, esconde-se uma voz lírica a ouvir — tão intensamente quanto ela se dá. Diversa nas tonalidades que ecoam nesta tripartição, a primeira ideia é estarmos face ao diário de uma paixão amorosa («A Paixão / é o motor da poesia»), com alguns dias mais inspirados e dolorosos. São derivações do ser no que se tem e não se tem, no que se quis ser e não se conseguiu, nos sinais de desfasamento, na perpétua incoincidência — centramento anímico esse que evoca gritos e epístolas de grandes apaixonadas (lembrem-se as cinco missivas de Maria Alcoforado), como se percebe num dos mais belos e cantantes poemas, "Neste inquieto grito": «Silêncio mudo / que no coração trago. / Olhos de veludo / com que te afago. // Meu corpo cansado, / minha mente louca, / tal cavalo alado, / voando pra tua boca. // Corre mais além / neste frenético beijo. / Não existe ninguém / que pare o meu desejo. // A ti me dou, / ao amor me entrego. / Eu toda sou, / o teu imenso ego. // Neste inquieto grito / de árvore florida, / alcanço o infinito, / num abraço perdida...» Recorda-nos, também, a memória vazada no romance histórico Despedimo-nos, então (2009), assinado por Idalina Brito, que é um adeus de amantes nas perdidas ilusões de um 25 de Abril agitada e esperançosamente vivido. Na segunda parte, emergem cenários e olha-se às terceiras pessoas. Intervala-se aquela obsessão com toques descritivos. As naturezas mortas não são muito comuns em poesia, mas, aqui, até as folhas secas tomam cor. "Searas  maduras", com que encerra este ciclo, é uma reflexão sobre a nossa passagem terrena; o envolvimento, porém, é vegetal, animal, e anuncia, mesmo, uma solução a dois, em quadros enfim harmónicos. Das árvores cuidadosamente nomeadas ao lameiro, da inesperada gataria ao palhaço, o ser soltou-se, olhou em redor, sente em si as dificuldades alheias que a loquacidade política não resolve.
O terceiro 'livro' sintetiza amor e vida; abre com aquela imagem do «cavalo alado», que vai em frente, porque estamos em continuum, e porque os sentimentos não morrem (só mudam os protagonistas), enquanto entreluzem instantes de felicidade. Vemo-nos crianças sob olhar dos mais velhos, e outro "Parque infantil", a fechar itinerário, é sinal de esperança, de «encantamento», «De vida». Os gritos, agora, são outros; passámos de longo subterrâneo opressivo ao ar livre invadido por crianças, que são nossa permanência. A poesia portuguesa de hoje caminha por diferentes areais. O à-vontade de alguns títulos, o descritivismo e uma prosa poética cavalgando bem os versos situam esta seleção no que por aí fora se vai fazendo; acrescenta-se, todavia, algo de que ainda se cuida pouco: um regresso aos rostos e derivas do ser, empatia com os outros, e, sobretudo, com a natureza, aqui, variamente aguarelada, quase toda transmontana. É, , isso, refrescante acompanhar esta aventura.

Ernesto Rodrigues

Fonte:
"Derivações do Ser", de Lara de Léon
 Edição Calendário de Letras

Aguarela de: Manuel Correia

Alfândega da Fé - ATL de Verão de 2014



O Município de Alfândega da Fé disponibiliza durante o mês de julho um A.T.L destinado às crianças do pré- escolar (3 aos 6 anos).


As atividades irão decorrer na Biblioteca Municipal de 7 de julho a 1 de agosto das 07:50h -12:30h / 14:00h- 18:00h.

As atividades a realizar serão: piscinas, festas temáticas, passeios e muitas outras........
Para mais informações contacte a Biblioteca Municipal.

sábado, 21 de junho de 2014

Alice Bártolo, uma pintora moncorvense


Alice Bártolo nasceu em 1952 na vila de Torre de Moncorvo.
Artista autodidata, a pintura é um hobby ao qual se dedica intensamente.
Participou em exposições colectivas e realizou em 2012, uma exposição individual " Transparências", no museu Abade de Baçal em Bragança.
Vê nas Artes Plásticas a magia da transformação e a capacidade criativa original própria do Homem.
As suas obras são a materialização de estados de alma, formas de expressar pensamentos, posturas e emoções.
65 fotografias em:https://plus.google.com/107729556831919110662/posts

Inauguração da Exposição sobre Santos Populares no Museu do Ferro e da Região de Moncorvo


No próximo dia 23 de Junho, pelas 18h00, tem lugar a inauguração da exposição sobre os Santos Populares, no Museu do Ferro e da Região de Moncorvo.
Em destaque nesta mostra estão os três Santos Populares: S. António, S. João e S. Pedro. Em exposição está a biografia de cada um deles e toda a parte lúdica que também faz parte das comemorações dos santos populares.
A exposição pode ser visitada no Museu do Ferro e da Região de Moncorvo até ao próximo dia 13 de Julho, de Terça-feira a Domingo, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.


Luciana Raimundo

Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 20 de Junho de 2014      

Montalegre - Zona Histórica


Tiago Patrício no JL (Caderno de Significados)


Fonte:
 JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias
de 11 a 24 de junho de 2014.

Moncorvo - Petizes e Traquinas


Miguel Torga e Moncorvo

Diário de Miguel Torga 

Moncorvo, 5 de Novembro de 1967 - Mal a caçado acabou, pus-me o curar no dicionário da memória uma palavra onde pudesse caber a serra do Reboredo, que calcorreei, o dia inteiro. Queria guardar nela as emoções que senti, para as ter à disposição quando novamente me apetecessem algumas horas  de violência e dispersão. Teria de ser negra, pesada, férrea, e ao mesmo tem, alta e circular, aberta a onfindos e seros horizontes de luz doirada, reflectida dos restolhos ondulados. Mas não havia maneira de a encontrar. E quando desesperava, dei conta que tinha os óculos na testa, como os velhos tontos. Era Reboredo, mesmo.

Este texto está incluído no livro "Pátria Breve" de Ernesto Rodrigues, edição Textype.

Nota do editor: fotografia de Leonel Brito - Arquivo Fotográfico do Blogue.