terça-feira, 31 de dezembro de 2013

CAMPOS MONTEIRO NO MINHO - Texto: António Pimenta de Castro

 Não sei que magia tem o feiticeiro Lethes, que encanta quem lá nasceu, ou quem simplesmente lá viveu. Esta nossa belíssima terra nunca mais se esquece. Falei-vos no meu último artigo para O Vianense de Guerra Junqueiro. Hoje venho falar-vos de outro escritor transmontano que, vivendo na nossa Ribeira Lima, se apaixonou perdidamente pela nossa região e a sua alma de poeta embebeu-se profundamente na doce e fina sensibilidade limiana. Vou falar-vos de Campos Monteiro. Um grande escritor e poeta, muito injustamente esquecido.                           Abílio Adriano de Campos Monteiro, nasceu na vila de Torre de Moncorvo, a 7 de Março de 1876, numa casa junto à Igreja da Misericórdia. Foi baptizado na Igreja Matriz de Moncorvo, em 10 de Abril desse ano. Seu pai foi José Carlos Monteiro, Contador do Juízo da Comarca de Moncorvo e era natural de Chaves. Sua mãe chamava-se Maria Joaquina de Campos, doméstica, natural de Torre de Moncorvo.
                        Em Moncorvo, fez o exame de instrução primária elementar. Feito este exame, Campos Monteiro, com apenas oito anos de idade, foi viver e estudar para Ponte de Lima, na companhia do seu tio Júlio César Monteiro, a quem chamaria «meu segundo pai» e que era escrivão da Fazenda na supracitada vila minhota. Nota curiosa, a viagem da Foz do rio Sabor até ao Porto, foi feita, em parte, de barco, como era vulgar naquela época. Mas vejamos como ele próprio descreveu essa viagem: “Tinha eu oito anos apenas quando abandonei pela primeira vez o meu pacato burgo de Moncorvo, demandando as veigas do Minho.
                       O barco de carreira entre a foz do Sabor e a do Tua – ponto terminal, nesse tempo, da linha férrea do Douro – partia do Rego-da-Barca, pelas duas horas da madrugada, às terças e sextas-feiras. E foi precisamente numa sexta-feira de Setembro que eu, cavalgando ao lado de meu pai, desci pela estrada da Vilariça, em direitura ao cais de embarque. Mergulhava o sol atrás da serra da Lousa quando me apeei no pequeno largo da povoação, onde os meus olhos infantis puderam contemplar, curiosamente, os viajantes que iam chegando: uns a pé, - os de mais cerca; outros, os que provinham lá de cima, do norte do concelho, das terras de Mogadouro e de Miranda, bifurcados em machos ou gericos, a mala de viajem à garupa e os alforges repletos de sacas de chita, uma das quais, a mais obesa e melhor acautelada, era o farnel”.

TRÁS OS MONTES - Felgar

 Felgar - descida para o Sabor (Cilhades)



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Mundo Perfeito

Queridos amigos,

Obrigado a todos os que fizeram parte desta loucura que os calendários chamam 2013. Foi uma montanha russa: dezenas de apresentações em teatros e festivais de oito países, dois prémios nacionais, três novas criações, dois livros, uma mega-celebração do nosso 10º aniversário ao longo de cinco semanas com perto de uma centena de artistas e mais de dois mil e quinhentos espectadores...
E quase a fechar o ano, recebemos a notícia de que os Prémios Time Out Lisboa nomearam a “Maratona 10 anos, 10 horas” (que organizámos com o Teatro Maria Matos e a mala voadora) para Evento do Ano e o Tónan Quito para Melhor Actor de Teatro, pela sua interpretação na peça “Entrelinhas”, que estreámos no Teatro São Luiz.
E porque acreditamos que o nosso público vai “da junta de freguesia à Via Láctea”, neste ano em que fomos a primeira companhia de teatro portuguesa a estar presente em festivais como o Kunstenfestivaldesarts de Bruxelas ou o Dublin Theatre Festival, também visitamos pela primeira vez Sever do Vouga, já no próximo sábado .
 TRÊS DEDOS ABAIXO DO JOELHO

de Tiago Rodrigues
com Isabel Abreu e Gonçalo Waddington
 14 de Dezembro – Centro de Artes de Sever do Vouga

Os livros “Ingredientes do Mundo Perfeito”, de Rui Catalão e Tiago Gandra, e “Peças de Tiago Rodrigues” – que inclui os textos Coro dos Amantes, Tristeza e alegria na vida das girafas e Três dedos abaixo do joelho - podem ser adquiridos em conjunto por 25 euros, incluindo a oferta de uma fotografia da exposição “O desconcerto do mundo” autoria de Magda Bizarro.
Os livros podem ser encomendados através do mail ritamendes@mundoperfeito.pt e levantados no espaço alkantara ou recebidos em casa (acrescentando-se o valor dos portes de envio).

Ingredientes do Mundo Perfeito
de Rui Catalão e Tiago Gandra

Peças de Tiago Rodrigues
(Coro dos Amantes, Tristeza e alegria na vida das girafas e Três dedos abaixo do joelho)

O Mundo Perfeito é uma estrutura financiada por Governo de Portugal, Secretário de Estado da Cultura, DGARtes, associada a O Espaço do Tempo e residente no alkantara.


Nota do editor do blogue: Publicamos hoje, dia 30 de Dezembro, uma informação do grupo Mundo Perfeito, retirada da newsletter 12/2013. O espectáculo realizou-se a 14 de Dezembro. 

MONCORVO - NATAL (XIV)

Foto enviada pelo Camané.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Bibliografia do Distrito de Bragança (Série Escritores – Jornalistas – Artistas),por Hirondino Fernandes


I VOLUME EM PDF:
http://www.youblisher.com/p/556774-Bibliografia-do-Distrito-de-Braganca-Volume-I/
II VOLUME EM PDF:
III VOLUME EM PDF:


Ernesto Rodrigues

Na hora em que são editados os volumes III e IV da BdB − Bibliografia do Distrito de Bragança (Série Escritores – Jornalistas – Artistas), cumpre celebrar este projecto de Hirondino da Paixão Fernandes empreendido já nos anos 60, no Mensageiro de Bragança, e que teve em António Jorge Nunes, presidente da Câmara Municipal, o necessário apoio, acertado e justo. Farei, antes, breve historial da dicionarística literária em Portugal, de modo a enquadrar a BdB e perceber a importância de iniciativa tão fecunda quão honrosa para a Cultura do distrito.
Vidas, linhagens e genealogias, bibliografias, catálogos e relações de livrarias ou bibliotecas, são imprescindíveis na investigação: por mais enfadonhos, trazem sempre algo de fresco e útil. Os tenteios inaugurais devida e obra vêm numa colecção manuscrita de Manuel Severim de Faria,Compendio de Varias Obras de Authores Portugueses (1613), e na vida de Camões, por Pedro de Mariz (1613), sendo Camões núcleo reflexivo desde Manuel de Lira (1591). Mas o século XVII – que também é o da Imprensa periódica, cujos dicionários interessam à literatura, e do impressionismo crítico no Hospital das Letras (1657; editado em 1721), após duplo esforço canonizador de Jacinto Cordeiro, Elogio de Poetas Lusitanos, e António de Sousa de Macedo, Flores de España..., ambos de 1631 – reserva dois monumentos singulares: a Biblioteca de João Franco Barreto = Biblioteca / Lusitana / Autores / Portuguesez / 1.ª Parte, etc., e Joanne [João] Soares de Brito, Theatrum Lusitaniae Litterarium [...], 1655. A Bibliotheca… consta de cinco volumes, e um sexto de Índices (de nomes, sobrenomes, pátrias dos autores), no total de 1180 páginas. Se a introdução data de 27 de Janeiro de 1648, a obra estende-se para lá de 1656. Cerca de mil autores é uma soma respeitável; este princípio de todos reunir, até os que versaram Direito Civil e Canónico, inspirará Diogo Barbosa Machado, Inocêncio Francisco da Silva… e Hirondino Fernandes. Outra preciosidade é o manuscrito Cathalogo dos Auctores Portugueses, de Manuel de Faria e Sousa (BN, COD. 361). Concomitantemente, urge compulsar os índices inquisitoriais quinhentistas e oIndex Auctorum Damnatae Memoriae (1624). No conspecto europeu, consulte-se a Bibliotheca Scriptorum Societatis Jesu […], de Pedro de Rivadeneyra, 1643.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Língua Charra – Regionalismos de Trás os Montes e Alto Douro (obra em 2 volumes) Autor: A. M. Pires Cabral


 Sinopse: Com as suas quase 23 mil entradas (muitas delas desdobrando-se em múltiplas acepções), esta é sem dúvida a mais completa recolha de vocabulário popular trasmontano e alto-duriense publicada até hoje.
Língua Charra – Regionalismos de Trás-os-Montes e Alto Douro é, por um lado, um apanhado de todas as obras congéneres a que o autor teve acesso, desde o labor pioneiro dos filólogos da Revista Lusitana, até às compilações em livro de Adamir Dias / Manuela Tender; Jorge Golias / Jorge Lage / João Rocha / Hélder Rodrigues; Jorge Lage; Rui Guimarães; e Vítor Fernando Barros, entre outros, a quem se presta aqui homenagem. Por outro lado, tem uma base sólida na memória e experiência do autor, nascido em meio rural e desde sempre apaixonado pela linguagem popular.
Neste dicionário, questiona-se a etimologia, faz-se relacionação intervocabular e adicionam-se elementos e comentários que permitem uma melhor compreensão. Para além disso, ilustram-se os vocábulos com muitas centenas de abonações, retiradas quer de obras literárias, quer do adagiário, cancioneiro, devocionário e romanceiro populares.

A. M. Pires Cabral nasceu em Chacim, Macedo de Cavaleiros, em 1941. A sua actividade literária estende-se pelas áreas da poesia, ficção, teatro, crónica, antologia e ensaio. Estreou-se em 1974 com Algures a Nordeste, poesia, e tem publicadas para cima de 50 obras.
Recebeu os seguintes prémios literários: Círculo de Leitores 1983, com Sancirilo; Prémio D. Dinis 2006, com Douro: Pizzicato e Chula eQue Comboio é este; Grande Prémio de Literatura DST 2008, com O Cónego; Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2009, com As têmporas da cinza; Prémio de Poesia do PEN Clube 2009, com Arado; e Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco APE / C. M. de Vila Nova de Famalicão 2010, com O porco de Erimanto.
Homem de fundas raízes rurais, de que muito se orgulha e que muito valoriza, tem procurado dar-lhes voz em numerosos momentos da sua obra, de que uma parte muito significativa tem como referente a identidade cultural trasmontana. É o caso deste Língua Charra – Regionalismos de Trás-os-Montes e Alto Douro, glossário que vinha paulatinamente preparando há cerca de três décadas.


Prefácio

Forma natural de comunicação, a linguagem espelha grupos, regiões, países, enlaçando distâncias ou inscrevendo tempos nas mais pequenas unidades de sentido. Comunidades fora do seu húmus, de África às Américas e à emigração europeia, revêem-se no leite expressivo de um vocabulário ancorado na infância; e, assim alimentadas, as almas fixam o transitório das suas vidas em dispositivos seculares abertos à inventiva, seja a variação de um romanceiro, a leveza de quadras soltas, um adagiário aqui e ali peculiar.
A História e a Geografia criaram nichos característicos na metade nordeste, que atraem etnógrafos desde finais de Oitocentos, antes de os etnólogos e seus filhos antropólogos rastrearem do Barroso a Rio de Onor. Pudéramos recuar a versos de António Ferreira, que veio casar a Lamas de Orelhão, Mirandela; a Diogo de Teive e Manuel Severim de Faria, demorando-se em Miranda do Douro; a D. Frei Bartolomeu dos Mártires, nas alturas barrosãs. Todos eles se espantaram com populações resistentes e conservadoras. Este adjectivo ganharia foros de virtude. A vaga mais coerente de um fundo interesse por este solo, seus modos de vida, suas músicas e falares, veio com o médico e poeta episódico José Leite de Vasconcelos, amigo de Trindade Coelho, o qual, além de fautor do Mirandês, acrescentou aos vários ângulos de uma investigação notável, em parte inédita, uma genuína paixão pelo nosso teatro e romances populares, bem como pelo cancioneiro, toponímia e colheita de pepitas vocabulares analisadas na sua Revista Lusitana. Assim, estudiosos maiores ‒ Orlando Ribeiro, Jorge Dias, Michel Giacometti ‒ navegaram por estes montes, acrescentados de linguistas como Paiva Boléo, Lindley Cintra e colaboradores. Emergiu escola autóctone em cada uma dessas disciplinas, de que saíram, até recentes teses na Sorbonne e demais universidades, contribuições indispensáveis de Francisco Manuel Alves e discípulos, não todos ministros de Deus, caso de Hirondino Fernandes (ministro de homens, paciência de santo). Antes da moderna onda de dicionaristas de falares locais, fora, todavia, o padre Joaquim Manuel Rebelo a pegar na tocha baçaliana de glossário regionalista. Exceptuamos, para o geral da língua, dicionário e consultório linguístico na Imprensa de Augusto Moreno ou prontuário de Edite Estrela; para o Rionorês, Daniel José Rodrigues; para o Mirandês, o dicionário Português-Mirandês, em curso, de Amadeu Ferreira / José Pedro Ferreira.
Ora, desde há décadas ‒ que são uma vida inteira para quem nunca perdeu o contacto com as raízes ‒, A. M. Pires Cabral vinha construindo estoutra catedral de palavras, óbolo de ouvinte, leitor e celebrante. Melhor, concelebrante, onde as vozes de vivos e redivivos vêm coroadas pelas abonações de João de Araújo Correia e Camilo Castelo Branco, que se fez em Vila Real. Este certificado de origem,em contexto, deveria ser obrigatório em trabalhos afins. No mínimo, já aponta para um quadro literário regional, que motivos convergentes universalizam, depois.
Essa caução serve à morfologia facetada de inúmeros termos, às inesperadas ocorrências, tal a variedade fonológica. Nem sempre, claro; como nem todas as acepções exigem custódia das autoridades pós-Moraes (aqui, Morais), percebendo-se, então, a capacidade definitória do dicionarista, que veio publicitando excertos ao longo dos anos e afinando metodologias. Olhámos a larga amostra de s. [substantivo], na dúvida se não devera constar m. [masculino] ou f. [feminino]. Intuitivamente, percebe-se o género, e mais facilmente o número, singular ou plural.
Neste terreno movediço, explicações que parecem evidentes ficam interrogadas, sugeridas, moduladas. Oscila-se entre a solução e a proposta etimológica. Ajuda o recurso inter-idiomático, sobretudo, com o muito presente Galego. Mas a sensação de fronteira é mais visível numa das principais dificuldades: fixar as sibilantes b / v. Outra é dar conta de metamorfoses inauditas, convocando terminologia da velha gramática, em que relevamos os fenómenos de queda ou acrescentos fonemáticas ou silábicos, e mais estes (prótese, epêntese, paragoge). Sem a representação fonética, que exigiria outra vida e várias equipas, resolve-se o drama palatal, a variável ditongação, o modo de dizer, cujo esforço interpretativo cabe ao leitor-adivinho, se não for íncola verdadeiro. Terceira vida pediria a datação.
Não vá sem assinalar a experiência de autor, chamada a terreiro, para compor procissão de razões. É maneira agradável dos pioneiros, que assim as acreditam, entre a Gramática da Linguagem Portuguesa (1536), de Fernão de Oliveira, e a Origem da Língua Portuguesa (1606), de Duarte Nunes de Leão. Este investimento do sujeito não deixa de beliscar um paradigma entretanto cristalizado.
Enfim (para encurtar, mas não os méritos), essa virtuosa presença dá azo a micro-histórias deliciosas, contagiantes, se pousarmos sobre, por exemplo, ABADE, a que a memória de cada um acrescenta um ponto, ou fio, ou botão, à batina desapertada; e, se atentarmos no ABAFADOR, sucede minicurso de história cultural, com que mais enriquecido sai o turista desprevenido.
A vantagem para professores e outros especialistas é inegável; para escritores, então, é mina inesgotável, além de desafio. Entendidas referências com apoio desta chave-mestra, a mensagem tornar-se-á mais expressiva de um universo regional (já não provincial) que vai para lá de si. Se se quer mostrar particular, desde o uso de arcaísmo à compleição moderna, só o consegue por arte de uma linguagem que inunda estas páginas.
Alicerce e incompletude, vademecum e lembrete, desvio e familiaridade, este balanço de mil tarefas conjugadas ‒ e também de uma vida em palavras ‒ responde às lamentáveis dicionarizações de língua e fala ‘charra’ (como se fosse água-chilra), trazendo lustre de dignidade ao que entranhadamente somos. Sério, fecundo e dadivoso, este opus magnum de A. M. Pires Cabral pede menagem e honra Editor.

Ernesto Rodrigues
Academia de Letras de Trás-os-Montes
Universidade de Lisboa                           

MONCORVO - NATAL (XIII)

Foto enviada pelo Camané.

Nordeste Transmontano -Efemérides (26/12)


26.12.1914 – Roubo na igreja matriz de Urros de onde desapareceram muitas jóias de grande valor.
26.12.1933 – Classificação da Fonte Romana de Vila Flor como Imóvel de Interesse Público.
António Júlio Andrade

Rio Sabor - As pontes da Portela (25/12/2013)













Baixo Sabor,Torre de Moncorvo.Fotografias enviadas pelo Camané.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O Farandulo de Tó - Convite

Da Obra: Esta obra tem como cerne de estudo o “Farandulo de Tó”, cujas raízes, segundo o autor, parecem encontrar eco nas festividades do Solstício de Inverno, durante o período de romanização da Península Ibérica, sendo inédita a hipótese explicativa dos intervenientes nesta festividade, que se perde na memória do tempo. Mas o autor não se fica por aí e, de uma forma coerente e clara, oferece-nos um retrato histórico e cultural da Aldeia de Tó, Concelho de Mogadouro, rica em património arqueológico e histórico e dessa forma, abre portas para outros estudos e outras investigações.
Do Autor: ANTERO Augusto NETO Lopes é natural de Bruçó, concelho de Mogadouro, onde nasceu em Junho de 1969. É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. É Advogado. Entre outras actividades, foi professor, autarca e dirigente associativo. Tem publicadas as seguintes obras: Serões do Planalto (contos), Editora Labirinto, 2006; Bruçó – As Memórias Paroquiais de 1747 e 1758. Notas Históricas e Etnográficas (ensaio), Editora Cidade Berço, 2010; Toleradas em Mogadouro – O Suicídio de Maria Carçôna, (ensaio), edição do autor, 2012: Homens de Granito – Lema d’Origem (contos), 2013; Marcas Arquitectónicas Judaicas e Vítimas da Inquisição no Concelho de Mogadouro. D. Luís Carvajal Y de La Cueva – Lema d’Origem, 2013. É membro da Academia de Letras de Trás-Os-Montes. Colabora esporadicamente com a imprensa regional e com as revistas “Epicur” e “CEPIHS, Centro de Estudos e Promoção da Investigação Histórica e Social. Mantém o blogue de divulgação local “Ho Mogadoyro”.

MONCORVO - NATAL (XII)

Foto enviada pelo Camané.

Las Tierras de Miranda - Festibal de Cultura Tradecional


MONCORVO - NATAL (XI)

Natal na GNR com o Grupo Alma de Ferro.Foto enviada pelo Camané.

Nordeste Transmontano -Efemérides (25/12)

25.12.1860 – Exonerado o director do Correio de Moncorvo, Luís António Carneiro de Vasconcelos, sendo substituído por Francisco José Cardoso.
25.12.1902 – O correspondente em Bragança do semanário “Trasmontano” de Torre de Moncorvo dá notícia da “primeira sessão do animatographo” naquela cidade, acrescentando que “foram 4 ou 5 enchentes à cunha, no nosso elegante theatro”.
No mesmo jornal, o correspondente de Carrazeda, escreve:
 Castelo de Ansiães
- Há dias visitei o castelo de Ansiães e encontrei quasi tudo por terra; os vândalos serviram-se de alavancas, pois destruíram fortemente os pedaços de muralha que se conhecia serem os mais sólidos; e não há pessoa alguma que ponha cobro a tão revoltante barbárie. Disseram-me que os estúpidos destruidores fizeram tais obras guiados pelo livro de São Cypriano com o sentido de acharem dinheiro; nem parece que estamos no século XX; o passado foi das Luzes, o actual é da Bandalheira!
25.12.1908 – Tomada de posse do governo chefiado por Artur Alberto de Campos Henriques, originário de Vila Nova de Fozcôa.

António Júlio Andrade

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

MONCORVO - NATAL (IX)

Foto enviada pelo Camané

Nordeste Transmontano -Efemérides (,23/12)

23.12.1860 – Petição da câmara de Moncorvo dirigida a el-Rei:
Júlio M. de O.Pimentel
Senhor! A câmara municipal do concelho de Moncorvo, confiada na ilustração do governo de Vª Majestade e nos seus desejos constantemente manifestados de melhorar as condições dos povos e promover os melhoramentos materiais do País, vem pedir submissamente a Vª Majestade o estabelecimento de uma Estação Telegráfica nesta vila (…) utilizando o fio eléctrico que atravessa esta província por Vila Real e Mirandela (…) para facilita as relações internacionais (…) continuando o fio eléctrico para Salamanca e Madrid (…) esta vila é única na Província que tem uma Companhia de seguros; uma Fábrica de Sabão e a esperança de ter, dentro em pouco, um grande estabelecimento de Fiação de Seda…
23.12.1857 – Nomeação de Júlio Máximo de Oliveira Pimentel para o lugar de director do Instituto Agrícola e Escola Regional de Lisboa.
23.12.1894 – “O Moncorvense” noticia o casamento em Carviçais do sr. Joaquim de Campos, filho do sr. Francisco de Campos, com D. Carolina de Andrade Salgado, filha do falecido sr. Eduardo Andrade.
23.12.1911 – Classificação do Reboredo como Mata Nacional.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Especialistas dão início ao processo de padronização da flauta pastoril e do tamboril nordestinos

Processo deve permitir que um conjunto de tamborileiros consiga tocar estes instrumentos em grupo e ao mesmo tempo, criando assim uma única unidade melódica.
Os Galandum Galundaina, com Manuel Meirinhos à direita, como tamborileiro ADRIANO MIRANDA
Um grupo de músicos, artesãos e etnomusicólogos da região do planalto mirandês deram início ao processo de "padronização" da flauta pastoril e do tamboril para que estes dois instrumentos possam ser tocados por vários tamborileiros em uníssono.
"O processo vai permitir que um conjunto de tamborileiros consiga tocar estes instrumentos em grupo e ao mesmo tempo, criando assim uma única unidade melódica. Desta forma os tocadores utilizarão o mesmo modelo de flauta com a mesma afinação, o que não tem acontecido ao longo dos tempos", disse à Lusa Paulo Meirinhos, instrumentista do grupo de música tradicional Galandum Galundaina.
O tamborileiro é um instrumentista que executa coordenadamente dois instrumentos musicais, a flauta pastoril e um tamboril. Tocados em simultâneo acabam por se "fundir" num só "provocando uma sonoridade única", dividida entre a parte rítmica (tamboril) e a parte melódica (flauta).

MONCORVO - NATAL (VIII)

Foto enviada pelo Camané

TRATADO DO PETISCO



















In: "FUGAS" de 21/12/2013
VER: http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2013/11/virgilio-nogueira-gomes-tratado-do.html
         http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/05/transmontanices-causas-de-comerde.html

Confraria dos Gastrónomos e Enólogos de Trás-os-Montes e Alto Douro


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Moncorvo - Apresentação de livro fora do comum,por Júlia Guarda Ribeiro



Já aqui escrevi uma crónica sobre uma a apresentação de um livrinho meu, em que houve um episódio cheio de graça, ingenuidade e até com uma dose de generosidade.
Agora vou falar-vos de um episódio recente que, visto hoje, parece não ter tido nem a mesma graça nem a mesma generosidade.
Vamos à  crónica:
No passado dia 21 de Setembro, a Associação dos Antigos Alunos do Colégio  Campos Monteiro realizou o seu encontro anual em Moncorvo. Entre as actividades a desenvolver constava a apresentação da Revista do Colégio Campos Monteiro e do meu livro  “Contos Temperados”.
Como é usual, 50 exemplares da revista foram adquiridos pela Câmara para oferta.
Por causas que acidentalmente acontecem,  a apresentação do meu livro não foi, de início, incluída no programa do referido encontro. Um simples esquecimento que, de imediato, foi resolvido.
O que não ficou resolvido foi a aquisição de 30 dos meus livros pela Câmara de Moncorvo. Enviei três mails ao Sr. Presidente Eng.º Aires Ferreira, aos quais não obtive resposta. Tal não seria talvez de admirar, pois estava-se em plena campanha eleitoral. No mesmo dia 21, no jardim da Biblioteca, falei com o Sr. Presidente que recusou o patrocínio dos 30 livros  (300 euros) , por tardio.
Desci para a sala da Biblioteca e ali, naquele momento, decidi vender os 30 livros que a Câmara não subsidiava. Pedi a duas amigas – a Olema e a Bebé – se os começavam a vender e já só restavam dois ou três quando o Engº Ramiro Salgado, com grande ar de satisfação, chegou com a grata notícia que os meus 30 livros também iriam ser patrocinados. 
O que havia a fazer era devolver o dinheiro às pessoas que haviam comprado os livros e colocar-lhes o carimbo de “Oferta”. Assim se fez.
Só que, dois dias depois, o Engº Ramiro Salgado me telefonou e, constrangidíssimo, me comunicou que para os meus 30 livros não havia patrocínio nenhum. É que o Sr.Presidente acabara declarando que “ já só exercia funções de gestão corrente e não ia assinar gastos em cima da hora”.
 O Engº Ramiro Salgado, com a sua proverbial generosidade, tentava salvar a face do Eng.º Aires Ferreira.
Mas alguém que conheça o Ramiro Salgado acredita mesmo que ele tivesse vindo à sala da Biblioteca, já cheia de gente, informar-me apressadamente que “o Sr. Presidente ia subsidiar os 30 livros”  se a conversa entre os dois tivesse sido  precisamente o contrário? O Ramiro Salgado, um homem sempre tão atento e cuidadoso, nunca iria dizer uma coisa que não ouvira. Não, ele não ia querer, dois dias depois, deitar-me um balde de água fria , enquanto que ele próprio se sentia extremamente constrangido.

As pessoas não sabem o que realmente se passou. Por isso, quero deixar bem claro que o meu livro “CONTOS TEMPERADOS” não foi oferta da Câmara de Moncorvo. Foi oferta minha.


Júlia Guarda Ribeiro

Moncorvo - NATAL (VI)

Foto enviada pelo Camané

MONCORVO - NATAL (V)

Foto enviada pelo Camané.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

MONCORVO - NATAL (IV)




















Fotos enviadas pelo Camané

“Percurso TT ao Baixo Sabor - Para mais tarde recordar!” – 7 e 8 de Dezembro 2013

A proposta lançada pela Sabor Douro e Aventura, foi aceite de bom grado por quem tinha interesse em trilhar um percurso que vai ficar dentro em breve. debaixo de água. Não se deixando intimidar pelo frio de Dezembro, participantes da região e muitos oriundos de vários pontos do país, aderiram à iniciativa com entusiasmo.
Para os amantes de todo o terreno este percurso foi de grande qualidade pelas características do Vale do rio Sabor, um vale encaixado em forma de V sendo que nalguns locais o vale abre espraiando-se em zonas muito férteis,com ocupação humana desde o paleolítico superior.
Os nevoeiros intensos característicos deste tipo de vales, as fortes geadas e temperaturas abaixo de zero, que se fizeram sentir podiam ter desanimado os participantes, mas o sol do meio do dia transformava todo este cenário e depois do almoço, as condições eram outras.
O início do percurso foi na praia fluvial da Foz do rio Sabor, junto ao rio Douro, local paradisíaco, onde os participantes fizeram uma pequena refeição e receberem toda a informação sobre o fim-de-semana que se iria seguir.
O início da grande etapa do fim-de-semana, ligou a foz do rio e a Barragem de Montante, com passagem pelo Vale da Vilariça, e após a caravana cruzar a ribeira da Vilariça que dá origem ao vale, vale sísmico e aluvionar, continuou pela fragada panorâmica de Adeganha para terminar nos estaleiros da Barragem, na Póvoa. À nossa espera estava a equipa de gestão do aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor, que a partir daí nos conduziu numa visita guiada à imponente obra de montante, do aproveitamento hidroelétrico do Baixo sabor.
Depois desta visita seguiu-se o almoço no único restaurante da aldeia de Cardanha. Com a refeição confecionada em panelas de ferro, em lume de lenha.
A etapa da tarde, foi toda ela em todo-o-terreno, o vale junto à barragem está desprovido de vegetação, fazendo-nos lembrar os trilhos do Dakar. Com a maioria dos sítios arqueológicos selados, o ponto de paragem principal foi Cilhades, no sitio do Castelinho, um esporão com amplo domínio visual sobre todo o vale e rio Sabor. As escavações arqueológicas puseram a descoberto um sítio fortificado proto-histórico (Idade do Ferro). Depois da explicação sobre o lugar de Cilhades e das suas construções diretamente relacionadas com o aproveitamento sazonal dos terrenos agrícolas, há neste pequeno lugar claras evidências de uma ocupação continuada no tempo, iniciada ainda na Pré-história Recente (c. 3000 aC).
Cilhades manteve-se, até aos anos de 1980, como uma zona de passagem fluvial importante, servida por uma barca que garantia o acesso de pessoas e bens entre as duas margens do Rio Sabor. A importância desta passagem fluvial, documentado desde pelo menos a Época Moderna, é assinalável, observando-se este lugar destacado na cartografia portuguesa mais antiga, datada do século XVI, como Barca de Silhades. Esta embarcação só seria suplantada em 1982 pela construção, nas proximidades do seu local de travessia, de um pequeno pontão.
Do sítio do Castelinho o percurso continuou até ao novo sítio do Santo Antão, para onde foi transladado o Santuário de SantoAntão da Barca, já com pouca luz foi possível ouvir as explicações do excelente guia que nos acompanhou, o chefe da equipa de arqueólogos da Barragem.Ouviu-se a explicação das pinturas descobertas e transladadas da cúpula da antiga capela e que brevemente o publico em geral, a vai poder visitar no novo Santuário. Ainda houve tempo e luz para admirar o rio Sabor deste novo local. O regresso foi de noite, cheio de aventuras!
O jantar foi no restaurante O Lagar em Torre de Moncorvo.
Domingo: Moncorvo – Paradela- Ponte de Remondes
Concentração de todos os participantes e viaturas em Torre de Moncorvo, naPraça do Município. Um Percurso TT que levou os participantes pelas aldeias da margem sul do rio Sabor. Felgar, Souto da Velha, no concelho de Torre de Moncorvo, Sto. Antão, Quintas de Mogadouro, S. Pedro, Roca, Santo André e Souto. Destas últimas três anexas da freguesia somente a última mantém residentes permanentes, uma família com duas pessoas.
O almoço de domingo foi servido em Paradela, Mogadouro, na sede gentilmente cedida, da Junta de Freguesia. Depois do almoço de “casulas”, prato tradicional transmontano, estávamos quase no final, separavam-nos 19 Km da Ponte de Remondes, o final do percurso. Mas nunca foram tão intensos 19 Km de rio, vale encaixado, abaixo da cota deinundação, sobre e desce constante, arribas de respeito, com declives mete-medopara quem tem vertigens, repletas de olivais, medronheiros carregados de frutos maduros, zimbros, sobreiros, antigas azenhas, ainda deu tempo para visitar a do lugar do Salgueiro - Paradela – Mogadouro. E admirar a paisagem deste troço encaixado de vale e terminar a meio da tarde na Ponte de Remondes que irá ficar submersa. Brinde ao Sabor, despedidas feitas, regresso a casa dos participantes, certos que há percursos que têm que ser trilhados, para mais tarde recordar!

Características Técnicas:
Data: 7 e 8 de Dezembro
Organização: Sabor, Douro e Aventura, Entretenimento e Lazer, Lda
Nº de veículos 4x4: 35
Nº participantes: 90
Local de partida: Foz do Sabor, Torre de Moncorvo
Local de Chegada: Ponte de Remondes, Mogadouro
Kms percorridos: 140
Tipo de dificuldade: média

Orientação: RoadBook

Texto e fotos enviados por: Sabor, Douro e Aventura, Entretenimento e Lazer, Lda

MONCORVO - NATAL (III)

Foto enviada pelo Camané

Entidades de turismo do norte estão de costas voltadas

MONCORVO - NATAL (II)

Foto enviada pelo Camané

Moncorvo - Natal (I)

Foto enviada pelo Camané

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

NESTE NATAL, DÊ UM PRESENTE COM SIGNIFICADO, OFEREÇA UM BURRO DE MIRANDA COMO AFILHADO!

Campanha de Apadrinhamento

A Campanha de Apadrinhamento do Burro de Miranda foi iniciada em 2005 com o propósito de angariar fundos que nos permitam continuar a desenvolver o trabalho da AEPGA, em todas as suas vertentes. Assim, ao apadrinhar um dos nossos burros, está a contribuir para a manutenção do Centro de Valorização do Burro de Miranda, para a disponibilização de apoio veterinário e logístico a todos os criadores no solar da raça, bem como para a dinamização de actividades de sensibilização, promoção e investigação. Em suma, apadrinhar um Burro de Miranda é participar activamente na sua preservação e na garantia do seu bem-estar.

Se acredita no nosso trabalho e se está à procura de presentes com significado para oferecer este Natal, faça dos seus amigos e familiares padrinhos ou madrinhas de Burros de Miranda! Poderá escolher entre oferecer um apadrinhamento simples ou um presente mais recheado.



Como apadrinhar? http://www.aepga.pt/eventos/campanha-de-apadrinhamento-202914155/como-apadrinhar--313594006/

Museu do Côa - Comemoração dos 126 anos da chegada do combóio a BARCA D'ALVA


Montalegre - Vilar de Perdizes


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Câmaras e Funcionários

Saiba quantas pessoas trabalham na Câmara da sua terra. Click sobre seu concelho, que aparece no mapa.Estão lá todos.
Ver: http://www.jornaldenegocios.pt/multimedia/infografias/detalhe/mapa_sabe_quantas_pessoas_e_que_trabalham_na_sua_camara_municipal.html

AMÊNDOAS E COMPOTAS - Produtos regionais de qualidade


Bragança-Miranda: Diocese desafia fiéis a fotografarem coroas de Advento e presépios

Bragança, 16 dez 2013 (Ecclesia) – O Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais de Bragança-Miranda, em parceria com a Pastoral do Turismo, desafiou os diocesanos a fotografarem coroas de Advento e presépios como iniciativa do tempo de Advento e de Natal.
FREIXO 2011.Foto de arquivo 
As fotografias das Coroas de Advento “estarão em votação até ao Natal” e devem ser enviadas para o correio eletrónicocomunicacao.diocesebm@gmail.com, até ao dia 22 de dezembro, e serão publicadas no facebook da Diocese Bragança-Miranda.
A iniciativa fotografar «o Presépio de sua casa, rua, paróquia ou instituição» começou este domingo e decorre até à Solenidade da Epifania do Senhor, a 5 de janeiro de 2014.
Os dois secretariados informam que “serão destacadas diariamente no facebook de D. José Cordeiro”, bispo de Bragança-Miranda, até ao “máximo” de 30 fotografias por dia com “ênfase aos presépios da Diocese” e devem ter como identificação o nome do autor e local.
“Admite-se a participação de presépios das comunidades lusas espalhadas pelo globo, desde que os autores das imagens tenham ligação natal a Bragança-Miranda”, acrescenta o Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais.
“Os autores das três fotografias mais votadas em cada passatempo receberão uma lembrança da Diocese”, explica o jornal 'Mensageiro de Bragança'.
MB/CB/OC

SENDIM e o Herman


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Estela Funerária Romana de Cabeça Boa (Torre de Moncorvo) por Susana Bailarim


VER PDF EM:

http://www.uc.pt/fluc/iarq/pdfs/Pdfs_FE/FE_112_2013

TECNOLOGIA TRADICIONAL DO SUMAGRE NO DOURO SUPERIOR,por Lois Ladra (CONVITE)


Bragança-Miranda: Diocese saldou dívidas da construção da catedral

D. José Cordeiro fala em «peso» que desaparece


Bragança, 14 dez 2013 (Ecclesia) – A Diocese de Bragança-Miranda conseguiu saldar a dívida pendente da catedral, que em outubro de 2012 ascendia aos 650 mil euros, num período de  pouco mais de um ano, anunciou o semanário diocesano ‘Mensageiro de Bragança’.

“É um grande peso do qual somos aliviados. Era um fantasma que carregávamos. Graças a Deus que deu um coração generoso a muitas instituições e fiéis”, sublinhou D. José Cordeiro, em declarações ao jornal e enviada à Agência ECCLESIA.
O prelado faz questão de frisar que “os problemas não estão todos resolvidos”, porque “a diocese gastou o que tinha e o que não tinha”.
“Depois do pagamento desta dívida, vamos partir do zero, ainda com problemas por resolver”, sublinhou.
A grande aposta passa “pela formação das pessoas do Clero e de leigos para a Evangelização”, recorda, garantindo, ainda, que com o esforço feito para pagar a dívida herdada aquando da sua nomeação, não foi “beliscada a ação social-caritativa”.
“Não nos podemos esquecer de que temos cerca de 80 por cento da ação social presente no Nordeste Transmontano sob nossa responsabilidade. Mas, mesmo com o esforço para o pagamento da dívida da catedral, a dimensão da caridade nunca foi beliscada”, assinalou D. José Cordeiro.
Os últimos donativos recebidos pela Cúria diocesana ascendem a 73 644,75 euros e permitiram saldar a dívida que estava pendente com a construção da Catedral de Bragança.
MB/OC
 http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?&id=98210