segunda-feira, 30 de novembro de 2015

TORRE DE MONCORVO - ESCAPARATE (VIII)

INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende ser um modesto contributo para o conhecimento e compreensão da igreja matriz de Torre de Moncorvo.
Avultando no meio do casario, ela é motivo de veneração e orgulho, por parte dos moncorvenses, de curiosidade e interesse, para os visitantes.
Num momento em que se verificam maiores solicitações, com um relativo aumento da procura turística, e em que o poder local aposta na valorização da sua envolvente, tornava-se urgente o preenchimento do vazio de informação sobre este monumento.
A igreja matriz surge, assim, como a pedra-de-toque de um programa cultural mais vasto, tendo por cenário o centro histórico exterior ao castelo. A sua volta gravitam já instituições culturais como o Museu, Biblio¬teca e o Arquivo Municipal.
"Monstro de pedra desafiando os séculos", no dizer de um escritor local, a igreja matriz, nunca passou despercebida aos escritores de viagens, corógrafos e dicionaristas, repetindo-se estes, muitas vezes, sem sequer a verem. Por outro lado, os historiadores de arte, seja por falta de documentação ou pelo pouco purismo do monumento, parece não se terem interessado muito pelo mesmo. Assim, este trabalho pretende ser também uma chamada de atenção aos investigadores, para esta igreja.
Os autores, não sendo especialistas, procuraram apenas compilar um conjunto de conhecimentos dispersos e, juntamente com algumas obser-vações superficiais do edifício, tentaram extrair algumas conclusões sobre a sua fundação, seus autores e características.



Dissemos que este trabalho não se destina a especialistas. Admitimos, no entanto, que seja pouco acessível ao cidadão comum, talvez mais interessado numa leitura mais aligeirada sobre a igreja. Assim sendo, e num momento em que se espera que o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico) contrate um guarda/guia para este monumento, é indispensável a elaboração de uma brochura ou folheto (gratuito), para informação do publico em geral. Aqui fica a proposta.
Quanto ao trabalho que se segue, compõe-se de três partes essenciais: a primeira, sobre os antecedentes da igreja e as hipotéticas razões da sua construção; a segunda é um conjunto de especulações sobre as fases e modo da sua construção; a terceira é composta por uma descrição geral da igreja e de alguns aspectos artísticos mais notáveis, tanto a ftível estrutu¬ral como de peças interiores (retábulos de talha). Não se tratou a parte de imaginária religiosa, por serem peças móveis e que, só por si, justificarão um outro trabalho.
Para uma visão mais global e complementar da "vida" da igreja, jun-tam-se em Anexos, um conjunto de Descrições feitas por diversos autores ao longo dos séculos, e uma Cronologia dos principais eventos com ela relacionados.
Para uma maior facilidade de leitura, entendemos conveniente inserir nos Anexos, um breve Glossário que explicitasse alguns termos técnicos empregues ao longo do texto.
As siglas referentes a Arquivos e outras instituições são desdobradas no capítulo de Documentação e Bibliografia. Quanto às referências bibliográficas foi usado ao longo do texto, um sistema de referências compostas pelo apelido do(s) autor(es), seguido da data de publicação. Estas referências serão descodificadas na lista bibliográfica inserida no final.
A finalizar, importa dizer que os autores são membros do PARM (Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo), uma associação que desde há anos, com grande dose de carolice, tem vindo a estudar, divul¬gar e lutar pela preservação do património cultural da região. Esta publicação é também um resultado deste esforço. Resta-nos envolver num agradecimento colectivo todos os colegas e amigos que, de uma maneira ou de outra, deram a sua colaboração. Permitam-nos destacar o Dr. Armando Lopes Gonçalves que nos transmitiu preciosas informa¬ções documentais, recolhidas em diversos arquivos, e a D.ra Maria João Moita, por todo o apoio logístico. A Susana
Bailarim e jovens formandos do Curso de Património Cultural coordenado pelo PARM, devemos o auxílio nas medições da igreja. Ao Arq.t0 João Carlos Santos, do IPPAR, agradecemos o fornecimento da planta da igreja e à Foto-Bento, algumas fotografias. À família Félix, agradecemos terem posto amavelmente à nossa disposição o desenho à pena do seu antepassado Bernardo Doutel. Ao Sr. Cardenha a autorização de reprodução da fotografia do tríptico de S.ta Ana. Para todos os nosso muito obrigado.

EUGÊNIO CAVALHEIRO E NELSON REBANDA
Título: Igreja Matriz de Torre de Moncorvo
© João Azevedo, Editor Casa do Alto, 5370 Mirandela
Composição, impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu
Depósito legal n.° 121606/98 ISBN 972-9001-27-8

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6 comentários:

  1. CONTINUAÇÃO:
    Dissemos que este trabalho não se destina a especialistas. Admitimos, no entanto, que seja pouco acessível ao cidadão comum, talvez mais interessado numa leitura mais aligeirada sobre a igreja. Assim sendo, e num momento em que se espera que o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico) contrate um guarda/guia para este monumento, é indispensável a elaboração de uma brochura ou folheto (gratuito), para informação do publico em geral. Aqui fica a proposta.
    Quanto ao trabalho que se segue, compõe-se de três partes essenciais: a primeira, sobre os antecedentes da igreja e as hipotéticas razões da sua construção; a segunda é um conjunto de especulações sobre as fases e modo da sua construção; a terceira é composta por uma descrição geral da igreja e de alguns aspectos artísticos mais notáveis, tanto a ftível estrutu¬ral como de peças interiores (retábulos de talha). Não se tratou a parte de imaginária religiosa, por serem peças móveis e que, só por si, justificarão um outro trabalho.
    Para uma visão mais global e complementar da "vida" da igreja, jun-tam-se em Anexos, um conjunto de Descrições feitas por diversos autores ao longo dos séculos, e uma Cronologia dos principais eventos com ela relacionados.
    Para uma maior facilidade de leitura, entendemos conveniente inserir nos Anexos, um breve Glossário que explicitasse alguns termos técnicos empregues ao longo do texto.
    As siglas referentes a Arquivos e outras instituições são desdobradas no capítulo de Documentação e Bibliografia. Quanto às referências bibliográficas foi usado ao longo do texto, um sistema de referências compostas pelo apelido do(s) autor(es), seguido da data de publicação. Estas referências serão descodificadas na lista bibliográfica inserida no final.
    A finalizar, importa dizer que os autores são membros do PARM (Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo), uma associação que desde há anos, com grande dose de carolice, tem vindo a estudar, divul¬gar e lutar pela preservação do património cultural da região. Esta publicação é também um resultado deste esforço. Resta-nos envolver num agradecimento colectivo todos os colegas e amigos que, de uma maneira ou de outra, deram a sua colaboração. Permitam-nos destacar o Dr. Armando Lopes Gonçalves que nos transmitiu preciosas informa¬ções documentais, recolhidas em diversos arquivos, e a D.ra Maria João Moita, por todo o apoio logístico. A Susana
    Bailarim e jovens formandos do Curso de Património Cultural coordenado pelo PARM, devemos o auxílio nas medições da igreja. Ao Arq.t0 João Carlos Santos, do IPPAR, agradecemos o fornecimento da planta da igreja e à Foto-Bento, algumas fotografias. À família Félix, agradecemos terem posto amavelmente à nossa disposição o desenho à pena do seu antepassado Bernardo Doutel. Ao Sr. Cardenha a autorização de reprodução da fotografia do tríptico de S.ta Ana. Para todos os nosso muito obrigado.
    EUGÊNIO CAVALHEIRO E NELSON REBANDA

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  2. CONTINUAÇÃO:
    Título: Igreja Matriz de Torre de Moncorvo
    © João Azevedo, Editor Casa do Alto, 5370 Mirandela

    Composição, impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu
    Depósito legal n.° 121606/98 ISBN 972-9001-27-8

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  3. Julgo que é o único livro sobre a nossa igreja, mas chega. Tem qualidade e é pena que não se saiba o nome do arquitecto e da data do inicio das obras. Estes livros são fundamentais e como me dizem que a edição está esgotada era boa altura da câmara ou o IGESPAR assumirem a 2ª edição.
    LAG

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  4. De leitura obrigatória para quem quiser ter um conhecimento aprofundado sobre a nossa Igreja.
    E, claro, quanto a uma 2ª edição , apoio a sugestão de LAG.

    Júlia

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  5. uma 2ª edição, pois claro!
    Tininha

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  6. REBANDA, Nelson Henrique de Campos
    nasceu em Angola, em 01 01 1962. Mas as suas raízes radicam em Mazouco, concelho de Freixo de Espada à Cinta e em Vilarinho de Galegos (Mogadouro
    . É técnico superior do IPPAR. Trabalha, como arqueólogo, no programa arqueológico da região de Moncorvo.
    Escreveu e publicou variadíssimos trabalhos científicos sobre a sua especialidade. Fez inúmeras comunicações. Autor de: "Introdução a um programa de investigação regional Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo (PARM)", Arqueologia (ed. GEAP), n.° 11. Junho de 1985, pp. 144 148. (Em colaboração com Alexandra Pinto, António Leal, Carlos Ferreira, Joaquim Henriques, Jorge Almeida, Maria João Coelho, Miguel Rodrigues, Paulo Amaral, Paulo Dordio, Ricardo Teixeira); "A Região de Moncorvo na Idade Média", Projectos de Investigação em Arqueologia, documento de trabalho e planeamento. (Ed. Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte IPPC). Porto, Janeiro 1989. Pp. 105 113. (Em colaboração com Alexandra Lima, Miguel Rodrigues, Paulo Dordio Gomes, Ricardo Teixeira); "Escavações arqueológicas da igreja de S. Mamede (Torre de Moncorvo)

    ; "Centros Oleiros do distrito de Bragança, Olarias do Felgar e Larinho ".
    "Cerâmicas medievais do Baldoeiro, freg. de Adeganha, Torre de Moncorvo".Actas das 1 Jornadas sobe Cerâmica Medieval e PósMedieval, métodos e resultados para o seu estudo, Tondela, 28 31 de Outubro de 1992 (Em colaboração com Miguel Rodrigues), Tondela, 1995; "Trás os Montes e Alto Douro. Dos berrões aos castelos da fronteira", Trás os Montes Zamora, la frontera que nos une. Ed. Deputación Prov. De Zamora. Zamora, 1993. Pp. 72 77 (Em colaboração com Miguel Rodrigues); "O Leste Transmontano. Enquadramento históricogeográfico". Museu do Abade de Baçal, Bragança (Catálogo). Ed. Instituto Português de Museus, 1994. Pp. 17 28; "Centros Oleiros do Distrito de Bragança. Olarias de Felgar e Larinho", Ed. Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, 1996 (Em colaboração com Miguel Rodrigues); "Museu do Ferro e da Região de Moncorvo. Introdução a um programa museológico". In Trabalhos do Museu, n.° 1, Ed. do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, 1996 (Em colaboração com Miguel Rodrigues e Ana Maria Mascarenhas); "Produções de olaria na terra de Miranda e o seu enquadramento regional", in Tellus, Revista de cultura transmontana e ditriense, n.° 25, Vila Real, Junho de 1996, Pp. 25 38 (Em colaboração com Miguel Rodrigues);
    A Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, João Azevedo Editor, Mirandela, 1998 (em colaboração com Eugênio Cavalheiro); "Do "Carneiro" ao cavalo de Mazouco Percurso de um olhar", Entre Ditas Margens. Douro Internacional. João Azevedo Editor. Mirandela, 1998, pp. 143 147; "Cerâmicas préhistóricas do Baldoeiro (Adeganha, Torre de Moncorvo", Olaria, Estudos arqueológicos, históricos e etnográficos, n.° 2, Dez. 1998. Ed. da Câmara Municipal de Barcelos. (Em colaboração com Miguel Rodrigues); "Cerâmicas medievais do povoado desertificado de Santa Cruz da Vilariça", Actas das 2.°as Jornadas de Cerâmica Medieval e Pós Medieval, Métodos e Resultados para o seu estudo. Tondela, 2225 de Março de 1995. Ed. Câmara Municipal de Tondela. Tondela, 1998. Pp. 101 126 (Em colaboração com Miguel Rodrigues). Artigos de Imprensa:
    . Trabalhos em Preparação: "As Pinturas rupestres da Fraga do Gato, Poiares, Freixo de Espada à Cinta"; "As pinturas rupestres da Fonte Santa, Lagoaça, Freixo de Espada à Cinta" (Em colaboração com Miguel Rodrigues e Orlando Sousa); "As gravuras rupestres de Cigadonha, Carviçais, Torre de Moncorvo" (Em colaboração com Miguel Rodrigues e Orlando Sousa); "Arte rupestre pós glaciar no Leste Transmontano" (Em colaboração com Armando Coelho Ferreira da Silva e Orlando Sousa).
    excertos do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses,

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