quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Torre de Moncorvo - Boas Entradas

A Tasquinha.Fotografia de Leonel Brito.
Ver:http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2014/07/torre-de-moncorvo-tasquinha.html

Moncorvo - BOM ANO

TORRE DE MONCORVO - BOAS ENTRADAS

Taberna do Carró -Moncorvo

TRÁS-OS-MONTES - Boas entradas

Taberna do Carró, Torre de Moncorvo

Torre de Moncorvo - Boas entradas

Restaurante "Artur"
Fotografia de Filipe Calado

Torre de Moncorvo - Igreja Matriz acolheu Concerto de Natal

 Igreja Matriz de Torre de Moncorvo acolheu Concerto de Natal

Os alunos da Escola Municipal Sabor Artes promoveram no dia 21 de Dezembro, na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo um concerto de Natal.
Durante o espetáculo os alunos das classes de acordeão, cavaquinhos, coro adulto, coro infantil e prática de conjunto tocaram e interpretaram vários temas de Natal bem conhecidos do público em geral.
Os moncorveneses não faltaram à chamada e foram muitos os que se deslocaram à Igreja Matriz para assistirem a este concerto. De salientar também a presença do Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, que deixou algumas palavras a todos os presentes, do Vice-Presidente, Victor Moreira e da Vereadora do Município, Piedade Meneses.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 30 de Dezembro de 2014

Luciana Raimundo

TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES (31/12)

31 Dez. 1908 – Aprovação dos Estatutos do Asilo Francisco António Meireles que foi criado para apoio aos mais pobres, aos que não tinham nada que doar para nele entrar. Do ponto de vista arquitectónico o edifício - sede é um dos mais emblemáticos da vila e que merece ser preservado e para isso precisa ser condignamente utilizado.

31 Dez. 1947 – Aquisição de um aparelho de Raio X para o hospital D. Amélia, grande inovação em Trás-os-Montes naquela época!

António Júlio Andrade

Torre de Moncorvo - Idosos reunidos em festa de Natal

Os idosos das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s) do concelho de Torre de Moncorvo participaram, na tarde do dia 19 de Dezembro, numa festa de Natal promovida pelo Município de Torre de Moncorvo no âmbito da Rede Social. Presente, em representação do Câmara Municipal esteve a Vereadora do pelouro da Ação Social, Piedade Meneses.

No total participaram na festa cerca de 200 idosos e funcionários das IPSS’s, que assistiram a uma oração de Natal e a uma peça de teatro sobre o Natal, interpretada pelo Agrupamento de Escuteiros de Moncorvo. Estes interpretaram ainda alguns temas musicais, seguindo-se depois a atuação do Padre Victor. Ainda durante a tarde os alunos da Escola Municipal Sabor Artes animaram os mais velhos com alguns temas natalícios.
De salientar também a atuação de um grupo de idosas da Santa Casa da Misericórdia de Torre de Moncorvo que presenteou o público presente com a interpretação de alguns temas relacionados com esta quadra festiva.
No final, o Pai Natal distribuiu os presentes a todos os participantes, seguindo-se um lanche convívio onde não faltaram os doces tradicionais da época de Natal.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 29 de Dezembro de 2014


Luciana Raimundo

TORRE DE MONCORVO X MAÇORES - TEMPOS HERÓICOS

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Fotografia enviada pelo Camané
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TORRE DE MONCORVO - 1971

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Jornal "A TORRE".Recolha do saudoso P.Rebelo

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Revista Colégio Campos Monteiro - Excertos ( V )


“À medida que as visitas se foram sucedendo, com meses de intervalo e correspondência trocada, Berta foi desenvolvendo uma relação ambígua, quase protectora em relação a Abel Olímpio. Quando o Dente de Ouro adoeceu, chegou a oferecer-se para lhe pagar o tratamento médico em troca de informações. No entanto, foi só quando Berta ameaçou contar tudo à mãe de Abel, ainda viva em Torre de Moncorvo e ignorante das malfeitorias do filho que este aceitou confessar”

(O Vilão de Moncorvo---Tiago Rodrigues)

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Torre de Moncorvo - Castedo recebeu apresentação do livro “O Menino Rei” de Carlos Carvalheira

Castedo recebeu apresentação do livro “O Menino Rei” de Carlos Carvalheira
Teve lugar no passado dia 21 de Dezembro na Freguesia do Castedo, concelho de Torre de Moncorvo, a apresentação do livro “O Menino Rei” de Carlos Carvalheira.
A sessão teve início com as palavras da Presidente de Junta de Freguesia, Luísa Ferreira, seguindo-se a intervenção do autor do livro, Carlos Carvalheira, que falou um pouco sobre a obra. “ O Menino Rei” é um livro destinado aos mais novos que conta a história do menino Jesus, nomeadamente a sua fuga para o Egipto devido à crueldade e perseguição do Rei Herodes.
Falou ainda ao público presente o Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves.
A atividade estava inserida na festa de Natal, promovida pela Junta de Freguesia do Castedo destinada tanto aos mais novos como aos mais idosos.
Importa ainda referir que o autor possui grande afinidade com o concelho de Moncorvo, nomeadamente com a freguesia do Castedo, onde casou.
A apresentação do livro é da organização da Junta de Freguesia do Castedo e teve o apoio do Município de Torre de Moncorvo.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 30 de Dezembro de 2014


Luciana Raimundo

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Museu do Côa - Sala sobre fase mais antiga da arte paleolítica chama novos visitantes

museu coa DR
A sala D do Museu do Côa (MC), que esteve fechada três anos por motivos técnicos e que mostra a fase mais antiga do “santuário” paleolítico do vale, voltou a ser atrativo da estrutura museológica.
Reabrindo no final do mês de novembro, num período habitualmente marcado por baixa afluência de público ao museu, recebeu, em 20 dias, meio milhar de visitantes, segundo números oficiais.
“Este é um local onde se explica a fase mais antiga da Arte do Côa, com incidência no sítio da Penascosa e da Quinta da Barca”, disse à agência Lusa o diretor do Parque Arqueológico do Vale do Côa, Martinho Batista.
Naquelas duas zonas do vale estão concentradas, frente a frente, as “gravuras picotadas”.
“Na sala D tentamos simular precisamente essa organização que está disposta no próprio rio. Desmontamos e apresentamos ao público o chamado ‘santuário arcaico’, apresentando-o aos visitantes como este seria vivenciado”, explicou o também arqueólogo.

Torre de Moncorvo - Exposição de Presépios ao Ar Livre durante a quadra natalícia (4)





Fotografias de Carlos Ricardo (Camané)

Nordeste Transmontano - Efemérides (29/12)

29.12.1792 – Notícia da gazeta de Lisboa:
Barca de Alva (2009).Foto A. Cunha
De Freixo de Espada à Cinta, comarca de Torre de Moncorvo, avisam que a parte do rio douro que ali corre junto àquela vila, na distância de meia légua, se acha já navegável, em consequência do plano executado pelo engº José Maria Jolla que bem conhecido se fez por ter desfeito o cachão de S. João da Pesqueira. De ambas as ditas operações, que são executadas à custa da Companhia do Alto Douro, com o beneplácito de Sua Majestade, resultou grande utilidade às províncias de Trás-os-Montes e Beira.
29.12.1826 – Por Torre de Moncorvo, com destino a Chaves, passam muitos corpos de tropas. Estava-se no auge das lutas entre Liberais e Miguelistas.
29.12.1899 – Nota da caderneta de Lembranças: - mudarão o correio da casa do António Moita, da praça para as quatro esquinas, para a casa que foi do Peixoto.
António Júlio Andrade



TORRE DE MONCORVO - GENTES



Fotos de Paulo Patoleia
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TORRE DE MONCORVO - ILUSTRES

  Crisóstomo Pedro de Moraes Sarmento

Nasceu o 1.° Barão de Torre de Moncorvo, Cristóvão Pedro de Moraes Sarmento, na Baía de Todos os Santos (Brasil), a 13 de Maio de 1788, filho legitimado de Tomás Inácio de Moraes Sarmento, desembargador dos agravos na Casa da Suplicação. Em 1814 alistou se como voluntário no Exército e serviu até ao fim da Guerra Peninsular, razão pela qual foi condecorado com a Cruz de Prata n.° 2 da Guerra Peninsular, bem como auferirá a comenda da Ordem de Nossa Senhora das Conceição de Vila Viçosa e será Cavaleiro da Ordem de Cristo. Regressando a paz ao país, bacharelar se á em Direito pela Universidade de Coimbra e será nomeado superintendente das Alfândegas e do Tabaco em Trás os Montes. Ingressou depois na diplomacia e serviu como encarregado de negócios em Londres e Copenhaga, aí sendo agraciado com a Comenda de Daneborg. Casou a primeira vez em Copenhaga, a 1 de Dezembro de 1828, com D. Carlota Amália Jordan. que nasceu em 1806 e morreu em Londres a 7 de Fevereiro de 1842, tendo deixado geração. Posteriormente, casará a segunda vez em Londres com sua cunhada, D. Carolina Guilhermina Jordan, que nasceu a 8 de Julho de 1809, ambas estas senhoras filhas de Cristiano João Jordan e de sua mulher, Ana Thora Jordan. O título de Barão foi lhe concedido por Decreto de 23 de Maio de 1835, as Binado por D. Maria II, que o elevou a Visconde por decreto de 13 de Julho de 1847. Em 1833, Cristóvão Sarmento foi ministro plenipotenciário em Londres para a assinatura do Tratado da Quádrupla Aliança, ficando a residir na capital inglesa até à sua morte, a 8 de Janeiro de 1851. Era ainda fidalgo da Casa Real, do Conselho de Sua Majestade Fidelíssima, par do reino, Grã Cruz das Ordens de Sant'Iago, de Isabel a Católica de Espanha, de Ernesto Pio, de saxe, e grande oficial das da Legião de Honra, em França, e do Nicham Iftikar, de Tunes.
.Eduardo Proença Mamede
In volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses,
coordenado por Barroso da Fonte


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TORRE DE MONCORVO - CORREDOURA (1894)


Fotografia  da autoria do padre Adriano Guerra, pertencente ao arquivo do dr. Carlos Seixas.

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domingo, 28 de dezembro de 2014

DO CULTO DOS MONUMENTOS À POLÍTICA DO PATRIMÓNIO, por António Ponte

No contexto europeu oitocentista, o fenómeno monumental tornou-se uma realidade incontornável na área da cultura. Nas palavras plenas de atualidade de A. Riegl (1858-1905), este fenómeno configura um verdadeiro culto. Segundo a teorização de Riegl, os critérios em que se apoia o culto monumental oscilam entre a intenção e a receção, ou seja, entre os monumentos criados para permanentemente lembrarem alguém ou alguma coisa e aqueles cuja significação monumental constitui uma aquisição resultante do modo como as mensagens de que é portador são percecionadas pelos indivíduos num dado momento histórico. A publicação que ora temos a honra de apresentar estrutura-se a partir de monumentos cuja significação monumental decorre, justamente, da receção / perceção: os monumentos são-no na medida em que, no tempo presente, a(s) sua(s) mensagem(ns) são significantemente atualizadas. Eis o como e o porquê dos monumentos se constituírem em trama para uma infinidade de narrativas. Com a publicação do presente livro - dedicado aos monumentos do Vale do Douro - cumprimos o propósito de demonstrar que a relação com a(s) Pessoa(s) e a estima que nela se constrói e fortalece, é uma verdadeira seiva que mantém vivos os monumentos / património.
O presente livro dá pois rosto a uma política do património; política que se faz com e para a(s) Pessoa(s) e as Comunidades.
 No exercício da missão que legalmente lhe foi confiada nos termos do Decreto Regulamentar n° 114/2012, de 25 de maio «A Direção Regional de Cultura do Norte tem por missão, na respetiva circunscrição territorial e em articulação com os organismos centrais da Secretaria de Estado da Cultura, a criação de condições de acesso aos bens culturais, o acompanhamento das atividades e a fiscalização das estruturas de produção artística financiadas pelo Secretaria de Estado da Cultura, o acompanhamento das ações relativas à salvaguarda, valorização e divulgação do património arquitetónico e arqueológico e, ainda, o apoio a museus», entendemos dever ter sempre presente que «... o essencial não está na conservação do que é material e visível. O que torna o quotidiano ainda habitável e poético são as artes, inúmeras e secretas, da memória e do esquecimento.  Que as narrativas que publicamos possam suscitar e renovar o envolvimento da(s) Pessoas(s) com os seus monumentos.
O Diretor Regional
António Ponte
Abril 2014

Fonte: "ONDE NADA SE REPETE" - crónicas à volta do património.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Boas Festas

Nordeste Transmontano -Efemérides (24/12)

24.12.1837 – António Marcelino Monteiro, de Urros, foi nomeado major comandante das Guardas nacionais de Moncorvo e Albino Frederico Monteiro, também de Urros, nomeado porta bandeiras das mesmas Guardas, por alvará régio.
24.12.1898 – Criação do Externato Académico Mirandez, em Miranda do Douro.
24.12.1900 – Nota da Caderneta de Lembranças:
- á noite, na ocasião em que se intrava para a missa do gallo veio uma malta da corredoura armada de paus e foices dando vivas á rapaziada da corredoura… também andarão pelas ruas a dar os mesmos vivas feitos pimpões e no adro quando estava o abbade a dar o menino deos nacido a beijar ó altar armarão um grande barulho que athe houve tiros de revolve, e querião matar o António da Assunpção Albardeiro que o administrador e o filho e o pulicia nº 8 virão-se parvos para os acomodar que athe quizerão bater ó administrador e depois na praça tornou áver outra desordem, e também tiros de revolve, os fridos que aparecrão forão o filho mais velho de luís Patuleia que lhe abrirão a cabeça com uma arrochada, e com o jaquetão e a faixa furada por uma bala; e o filho do Sebastiãozinho Pastor da cotdoura também com um tiro no braço esquerdo, e o filho mais mais novo do luís patuleia também com a cabeça rachada, o snr. Admnistrador mandou alevantar um auto de investigação mas as testemunhas que depuzerão nem uma viu quem deu os tiros, nem quem bateu.
A.S.M.A. Mirandelenses
24.12.1901 – Aprovação dos Estatutos da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas Mirandelenses, colectividade que se mantém cheia de pujança, com uma boa filarmónica.
24.12.1903 – Notícia de Vinhais publicada no “Trasmontano” anunciando a adjudicação da construção de uma ponte sobre o rio Tinhela ao empreiteiro Agostinho Pires por 1 999$000 réis.
24.12.1941 – Inauguração do quartel de bombeiros de Carrazeda de Ansiães.
25.12.1860 – Exonerado o director do Correio de Moncorvo, Luís António Carneiro de Vasconcelos, sendo substituído por Francisco José Cardoso.

TORRE DE MONCORVO - INICIADOS

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TORRE DE MONCORVO - FELGAR (1860)




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TORRE DE MONCORVO - MARTIM TIRADO

                             LÁ PARA OS LADOS DE MARTIM TIRADO, S.CRISTÓVÃO (CARVIÇAIS)


A viagem de hoje começa, lá para os lados de Martim Tirado. Mais concretamente em São Cristóvão no termo da freguesia de Carviçais, a três quilómetros de distância, pouco mais ou menos, junto à foz do Vilela. Neste local, são abundantes os vestígios de uma povoação romana, que ocupa quase todo um planalto, ligeiramente inclinado na direcção norte-sul, tendo à sua direita o ribeiro da Trapa e, à esquerda, o ribeiro de Cananor. Esta povoação romana foi localizada pelo Abade Tavares no ano de 1902.
Durante muito tempo, as sepulturas antropomórficas (sepulturas que apresentam a forma humana) eram associadas a Covas de Mouras encantadas…mas não são mais que sepulturas do Período Medieval….e o concelho de Torre de Moncorvo está cheio delas.
Santos Júnior também nos falou das covas das mouras e, em especial, do local onde foi tirada esta fotografia. Os seus apontamentos começam por falar desse local, da seguinte forma:
A norte S. Cristóvão ao pé dos (?) do Padre Zé, ao fundo da ribeira de Vilela, apareceram covas de enterrar; era cemitério, o padre Tavares achou lá muitas coisas, cacos, pedras com letras antigas dentro das covas, até dinheiro lá achou. Era além a antiga povoação e a gente desta povoação ia à missa da capela dos Anjos, na ribeira das Arcas, que fica em baixo.”
Há quem diga que a antiga aldeia de Carviçais era o tal lugar de S. Cristóvão onde o Abade Tavares, nas suas incursões arqueológicas, terá identificado diversos vestígios arqueológicos do período romano.
Neste local são visíveis catorze sepulturas antropomórficas divididas em cinco grupos. O abade Baçal refere que uma delas apresenta um pequeno orifício por baixo da zona dos pés, à qual o povo chamava de “pia baptismal” e que noutros tempos os habitantes se baptizavam nesta pia.
Neste local ainda são visíveis restos de muros, mós manuais e alguma cerâmica.
Para além do interesse inquestionável do Abade Tavares e do Dr. Santos Júnior, este local continua por estudar e investigar. Foi identificado pelo primeiro que terá tentado salvaguardar algum do espólio encontrado para fundar o Museu de Torre de Moncorvo, desejo esse que nunca chegou a concretizar. Lamentou-se do facto em cartas ao amigo José Leite de Vasconcelos (o fundador do Museu Nacional de Arqueologia) e acabou por enviar parte desse espólio para Lisboa, com o objectivo de o salvaguardar.

Susana Bailarim

PARA SABER MAIS SOBRE O ASSUNTO , abrir o primeiro comentário.

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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Património Imaterial do Douro vol. III e Meia dúzia de contos Tão alegres como tontos, de Alexandre Parafita

Património Imaterial do Douro vol. III
 
Da introdução: “Uma nova definição de património cultural emergiu, entretanto, desde que as ciências sociais, nos seus enfoques antropológicos, passaram a concentrar a atenção mais nos processos do que nos objetos. Ganhou assim dimensão uma nova entidade composta por expressões que se manifestam de forma diversa e complexa através dos usos, costumes, crenças e vivências éticas e estéticas do povo, a que chamamos Património Cultural Imaterial 2. E ao ampliar-se, desse jeito, a noção de património cultural, permitiu reconhecer-se que nela se contemplam tanto os aspetos materiais como imateriais das culturas, ao mesmo tempo que se reforça o seu valor como fonte de identidade, diversidade e criatividade dos povos.”

Sinopse: “Num tempo de globalização, de consequências paradoxalmente homogeneizadoras e desintegradoras das identidades, a cultura da memória (dos lugares, dos rituais, do imaginário), assume, cada vez mais, um papel importante na compreensão do tempo e do espaço, num processo de construção e afirmação de uma identidade coletiva, inequivocamente aceite como estrutura de ancoragem para cada indivíduo. Da espiritualidade da paisagem, à emergência de uma interpretação mítica dos fenómenos naturais e culturais, a região do Douro é, toda ela, um imenso filão ativo de Património Cultural Imaterial.
Este 3º Volume é dedicado às Narrações Orais dos concelhos de Sabrosa e Vila Real. Dois concelhos onde a magia das pedras e dos socalcos ainda harmoniza com os rostos e as vozes de um povo que resiste com os seus valores, as suas crenças, a sua cultura.”

Meia dúzia de contos Tão alegres como tontos

Nordeste Transmontano - Maior produtor de cogumelos: “Temos problemas quando queremos empregar”

O principal grupo ibérico de cogumelos, Sousacamp, queixa-se da dificuldade em encontrar mão-de-obra para a empresa-mãe, sediada na aldeia de Benlhevai, no distrito de Bragança. A empresa é "obrigada" a ir buscar trabalhadores a Espanha e outros de países do Leste europeu.
O grupo, que controla 90% do mercado português de cogumelos e é líder na Península Ibérica, tem unidades em Paredes, Vila Real e Espanha, mas nasceu e mantém a sede e a principal fábrica nesta aldeia transmontana.
É nesta unidade, com cerca de 170 postos de trabalho, que tem a maior dificuldade em recrutar trabalhadores e onde continua a precisar de mão-de-obra, segundo afirmou à agência Lusa Amável Teixeira, director do departamento de produção do grupo. "Muita gente fala de desemprego, mas nós continuamos a ter problemas quando queremos empregar pessoas", apontou.
O responsável reconhece que tanto neste concelho, com menos de 6.500 habitantes, como em todo o Nordeste Transmontano, os recursos humanos são cada vez menos, devido ao despovoamento e ao envelhecimento da população. Porém, afirmou não entender "por que é que as pessoas não migram para o Interior", onde " a qualidade de vida será muito melhor do que no Litoral".

TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES (23/12)

23 Dez. 1911Atribuída à mancha florestal do Roboredo a classificação de Mata Nacional. Esta medida, parecendo hoje corriqueira, revelou-se de largo alcance naquela época, muito contribuindo para a eficácia do seu ordenamento, para a boa gestão dos recursos económicos que encerra, para a satisfação das necessidades da vila no que respeita a material lenhoso e preservação do carvalhal primitivo e de espécies animais e vegetais que vêm rareando desde há décadas.

António Júlio Andrade

TORRE DE MONCORVO - PUBLICAÇÕES

Os autores são dois moncorvenses : dr. Balbino Rêgo ,médico ; e Francisco António Correia ,director do Instituto Superior de Comércio de Lisboa.

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TORRE DE MONCORVO - BOLA (VIII)


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TORRE DE MONCORVO - 1645

JERÓNIMO - Padre e frade dos Capuchos de Santo António. Natural de Moncorvo, falecido em 1645• As muitas virtudes que praticou grangearam-lhe a fama de varão perfeito e o título de venerável.

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Teresa Martins Marques - POEIRA DO TEMPO

DEGRAUS DO PASSADO 


Corria ensolarado o mês de Maio de 1973. Leonor, apressada, corria também da Faculdade para o Colégio. De manhã era aluna, pela tarde, professora. O companheiro terminava o curso de Direito na Clássica, os escritórios da TAP pagavam-lhe um parco ordenado de subsistência. Vinte e dois anos, grávida de dois meses, a jovem mulher, casada de fresco, deitara mãos ao trabalho, liberdade não é dependência dos pais.
Almoço no bar da cantina, corria para o autocarro 35, que seguia ronceiro entre Sapadores e o Hospital de Santa Maria. Leonor descia em frente ao Técnico, logo no início da Alameda, era assim desde Outubro passado, quando aluna, professora e quase-mãe, tinham começado as aulas. O mistério de três pessoas numa só verdadeira.
Sorriu ao lembrar-se da infância protegida, da madrinha catequista:
 – Quantas são as pessoas da Santíssima Trindade?
 – Três, madrinha: o Pai, o Filho e a Pomba.
Sorriso maroto da menina, gargalhada estancada à pressa da madrinha catequista, esta menina é um mafarrico, pensou.
– Então, são três pessoas e são três deuses, não é verdade? Interroga a madrinha catequista, não para examinar a criança em matéria de fé, apenas para ver o que dali saía … e logo o mafarrico galhofeiro:
– Ah! Ah! Isso é que era bom! Se fossem três pessoas e três deuses, lá ia o mistério de patas ao ar!

 A jovem mulher continua a sorrir lembrando a criança que foi. Conserva dela a garridice e sobretudo a vocação para o protesto. Naquele dia, mal conseguira engolir o almoço, os enjoos matinais duravam até tarde, a médica Cesina Bermudes dizia-lhe que iam passar depois dos três meses. Acolheram-se mutuamente num sorriso cúmplice desde a primeira consulta, na Rua Santos Dumont. Cesina Bermudes fora a primeira mulher doutorada em Medicina em Portugal, corria o ano de 1947, e logo em 1949 participara activamente nas eleições do Norton de Matos. Expulsa da Faculdade de Medicina, a nota de dezanove do doutoramento não fora suficiente para lhe compensar as ideias subversivas. A jovem médica não demorou a ser presa. Estava no Aljube quando, no ano seguinte, Leonor nasceu.
Proibida de exercer a profissão nos Hospitais Civis, Cesina Bermudes ajudava as crianças a virem ao mundo na Clínica Cabral Sacadura, propriedade de gente abastada, uma casa cor-de-rosa junto ao metro do Parque, onde as mulheres controlavam como podiam as contracções, graças ao parto sem dor, que Cesina Bermudes introduzira em Portugal.

Nordeste Transmontano -Efemérides (22/12)

Igreja Matriz
22.12.1895 – Nota da Caderneta de Lembranças:
-domingo, pela manhem assim que a gente acabou de sair da missa dalva caiu uma pedra da abóbeda no meio da Ygreja foi um milagre de deos, ella não cair quando a gente estava no meio da missa, porque se ella cai nesta ocasião talvez ficaça alguma pessoa esmagada debaixo della.
  22.12.1931 – Criação da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas Macedenses.

Trancoso lança cinco rotas e circuitos culturais para dinamizar o turismo

TrancosoA Câmara Municipal de Trancoso anunciou hoje o lançamento de cinco rotas e circuitos culturais com o objetivo de aumentar a oferta turística do concelho e de melhorar a informação disponibilizada aos visitantes.
“É a ação mais relevante realizada na última década, em termos de promoção e de divulgação, porque todos os monumentos passam a estar sinalizados”, disse hoje à agência Lusa o presidente da autarquia de Trancoso, Amílcar Salvador.
Segundo o autarca, o projeto, integrado no programa das Aldeias Históricas de Portugal, envolveu a criação de cinco circuitos culturais, sendo quatro na cidade e um que faz a ligação entre Trancoso e a aldeia de Moreira de Rei.
O primeiro circuito, denominado “Perímetro Amuralhado”, envolve todos os monumentos situados no interior das muralhas de Trancoso.
O segundo, com a designação de “Campo da Feira”, abrange a zona onde estão situadas as capelas de São Bartolomeu, Santa Eufémia e o antigo Convento dos Frades.
“Campo Militar da Batalha de Trancoso” é a denominação do terceiro roteiro que, segundo o autarca, “faz a ligação desde a cidade até ao Planalto de São Marcos”, onde ocorreu a Batalha de Trancoso, travada em 29 de maio de 1385, entre forças portuguesas e castelhanas.
O quarto circuito cultural designa-se “Legado Medieval Extra-Muros” e dá a conhecer aos visitantes, entre outros monumentos, as capelas de Santa Luzia e de Nossa Senhora da Festa, as portas D´El Rei, necrópoles, a estátua de João Tição e um caminho medieval.

Vila Real - FAN – FESTIVAL DE ANO NOVO VAI NA 9.ª EDIÇÃO

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VILA REAL – O FAN – Festival de Ano Novo é um ciclo sobretudo à volta da música clássica, organizado durante o mês de Janeiro pelos teatros municipais de Vila Real e de Bragança. Na sua nona edição, apresenta diversas formações e repertórios num total de cerca de 25 espectáculos e workshops.

De destacar nesta edição a participação da Companhia Nacional de Bailado com duas excelentes produções: “O Lago dos Cisnes”, bailado inspirado na grande música de Tchaikovsky, a que se adicionam imagens e a dramaturgia do cineasta Edgar Pêra, e “Orfeu e Eurídice”, a revolucionária ópera de Christoph W. Gluck, coreografada por Olga Roriz.
Especial relevo merece ainda o concerto que une em palco a Orquestra Filarmonia das Beiras e o quarteto de concertinas Danças Ocultas.
Participam também no FAN instrumentistas de importantes orquestras nacionais, como as Damas de S. Carlos, elementos da Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Teatro Nacional de S. Carlos, e um trio de Solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Os públicos infanto-juvenis terão sessões específicas, os Concertinhos pedagógicos em escolas de Vila Real e “Canções Nómadas”, em Bragança.

A participação de músicos jovens da comunidade transmontana é, aliás, uma das apostas este ano, com convites à Orquestra Sinfónica Esproarte, de Mirandela, e ao Conservatório Regional de Música de Vila Real. Além de um concerto pela Orquestra de Sopros, diversas formações desta instituição apresentam-se nos foyers do Teatro de Vila Real, na abertura dos espectáculos, dentro do mote do festival. Mote que é reforçado com a colaboração da Poças Júnior, que oferecerá um porto aos espectadores que aceitem aquecer o seu mês de Janeiro com “Música Séria Para Gente Divertida”.

Fonte: http://www.cardapio.pt/outdoor/12878-fan-festival-de-ano-novo-vai-na-9a-edicao/

Bragança - Governo autoriza €7,8 milhões para ligação aérea Bragança-Portimão

Comunicado divulgado após a reunião de hoje do Conselho de Ministros refere que foi autorizada a "despesa relativa à adjudicação da prestação de serviços aéreos regulares, em regime de concessão" na rota Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, pelo período de três anos.
O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira uma despesa máxima de cerca de 7,8 milhões de euros para a adjudicação, em regime de concessão, da rota aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, durante três anos.
O comunicado divulgado após a reunião do Conselho de Ministros refere que foi autorizada a "despesa relativa à adjudicação da prestação de serviços aéreos regulares, em regime de concessão" naquela rota pelo período de três anos".
Fonte do Ministério da Economia explicou à agência Lusa que este valor representa um subsídio que vai ser atribuído à empresa a que for adjudicada a concessão da rota. O concurso público está previsto ser lançado no próximo ano.
O Governo justifica esta decisão com a necessidade de "garantir a prestação do serviço aéreo entre o nordeste transmontano e o sul do país", bem como "a salvaguarda do interesse público" na rota Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão.
Esta ligação aérea surge depois de o Governo ter suspendido os voos entre Trás-os-Montes e Lisboa, em novembro de 2012, com o argumento de que Bruxelas não autorizava mais o financiamento direto de 2,5 milhões de euros por ano à operadora

sábado, 20 de dezembro de 2014

Torre de Moncorvo - Exposição de Presépios ao Ar Livre durante a quadra natalícia (3)

Açoreira

Cabeça Boa

Castedo
Fotografias enviadas por Carlos Ricardo (Camané)

IGREJA MATRIZ DE FREIXO DE ESPADA À CINTA, por Emílio Remelhe

MATRIZ COM "M" DE MEMÓRIA

Durante o sonho dos homens, a Terra não dorme. Dá muitas voltas consigo mesma. Em tempos de que não há memória, os planaltos mudaram de Lugar, as montanhas afastaram-se dos mares, os vales convidaram rios a passar. Quando se acalmou, o corpo feito terra, água, fogo e ar, fez-se também abrigo. Os homens guardaram-se das intempéries e dos animais. Desenharam espaços, dividiram lugares, levantaram paredes. Para se protegerem de outros homens, para se encontrarem com deuses. Muros para o corpo, desenhos para a alma. Nada nasceu do nada. Lugares, formas e gestos nasceram por necessidade, por desejo, por determinação. Por isso, cada memória traz consigo muitas outras, entrelaçadas. Nas nossas viagens cabe a terra toda. Na nossa memória cabe o mundo inteiro. No nosso mapa liga-se o conhecido e o desconhecido, à espera de oportunidade. Chegámos a Freixo de Espada à Cinta, onde a terra parece estar mais perto do sol e o rio brinca às escondidas com as montanhas, sem pressa de chegar ao mar. Vimos igrejas-salão na Alemanha, em França, na Inglaterra. Em Portugal, o Mosteiro dos Jerónimos e o Convento de Jesus em Setúbal. Ver uma coisa é ver e saber outras. E é preciso fechar os olhos a tudo o que vemos de igual ou parecido, para melhor ver o irrepetível. Cada lugar é único, tal como cada rosto. Para conhecer o templo de São Miguel Arcanjo é preciso ouvir, ver e sentir, dentro e fora de portas. Sentir este e o outro lado das paredes. É que a fé dos homens é uma só e distribui-se pela terra, pelos frutos, pelas mãos, pelas palavras, por Deus. Alguém com ar de quem atravessou todos os séculos diz que as coisas são como são, que sabemos apenas o que sabemos e pronto. Alguém que nos leva a ver muito mais do que poderíamos imaginar.
EMÍLIO REMELHE

Fonte: "ONDE NADA SE REPETE" - crónicas à volta do património. (excerto)

Academia de Letras, PROGRAMA DE NOVEMBRO, na Rádio Brigantia - Dia do livro e do livreiro



Fonte:
http://altm-academiadeletrasdetrasosmontes.blogspot.pt/2014/12/academia-de-letras-programa-de-novembro.html

Comidas conversadas,por Ernesto Rodrigues


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22 de Novembro: almoço de excepção, no Restaurante Nobre - da macedense Justa Nobre -, em Lisboa, para lançamento de António Manuel Monteiro, Comidas Conversadas. Memórias de Herança Transmontana, com que Virgílio Nogueiro Gomes decidiu inaugurar a Colecção Gastronomia & Cultura na Âncora Editora. 
Sem longos discursos, e sessão de autógrafos no fim, tivemos um sábado de encher peito e alma, bebendo, no meu caso, além de um Consensual, as «conversas gastrófilas» (p. 146) do Embaixador Francisco Seixas da Costa e especialistas convidados, em cujos roteiros cabem alguns restaurantes disseminados por esta obra magnífica.
Onze capítulos bem fornidos abrem com alheiras de Mirandela, tabafeias e vilões, larotas e azedos, encerrando com hino ao azeite, que dará passagem - assim esperamos - a romance protagonizado pela… oliveira, que já tratou em crónica e livro. António Monteiro equilibra a prosa entre rememoração, saber académico («Como agrónomo que sou», p. 114), fundas pesquisas histórico-etimológicas e receituário, em que experiência de viageiro e provador, bibliografia apurada - saliento uso da dicionarística - e testemunhos de quem mete a mão na massa, ou informantes, são decisivos em cada «comida conversada» (p. 101).  O poder evocativo faz emergir uma tal riqueza lexical, que o glossário é bem-vindo para a maioria dos leitores - sem solução, já, na montanha de fonemas de “Uma carambina alustrada” (p. 104-109), que recoloca o problema da leitura ‘fonética’ desde Mau Tempo no Canal, e que também pratiquei em Várias Bulhas e Algumas Vítimas (1980). Temos ficcionista.

Cuscos de Vinhais, urtigas (gostei da fórmula «ler urtigamente», p. 137), polvo, vegetais diversos, elogio do bacalhau e do castanheiro, vinhos e doçuras, eis outras tentações que pedem demora, como esta longa reunião prandial que chamou outros convivas: o editor António Baptista Lopes, Amadeu Ferreira e filhos, Licínio Martins (da Multitipo, que imprime qualidade aos livros), Nuno Aires, Teresa Martins Marques, Maria do Loreto, Natália Praça, António Ramos Preto e mulher, Rogério Rodrigues e família do autor, também grão-mestre, justificadamente, da Confraria de Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro, entre dezenas que não caberiam aqui. Venham mais simpósios destes.

Ernesto Rodrigues

Fonte :M.B.