segunda-feira, 31 de março de 2014

Humor com humor se paga ,por Júlia Ribeiro

Aí vai a estorinha que me foi contada pelo João Bernardo Correia ( um velho colega de Coimbra que me encontrou aqui no Blog) .
Parece anedota mas é real. Não sei a data , mas sei que se passou entre 1956 e 1961. Não começo com a célebre expressão “In illo tempore”, porque ela pertence de direito ao grande contista transmontano Trindade Coelho e contistas como ele há muito poucos.
Então vamos lá à dita estorinha : o nosso professor de Inglês na Faculdade em Coimbra era o famoso Whitcomb. “Ui, te come” para os estudantes de Germânicas, pois o número de alunos a quem ele dava nota para passar rondava os 3%. É isso mesmo, leu muito bem : três por cento. Era um medo dele, pavor mesmo, que nem queiram imaginar!
Mas parece que nas patuscadas, o Whitcomb era, além de um bom garfo, um grande ponto. Comia como um galês ( segundo ele, nasceu por acaso no País de Gales) , bebia como um irlandês (um bisavô fora irlandês) e tinha o humor de português.
Pertencia ao Orfeão de Coimbra - que era na altura só masculino - e tocava violino na orquestra de câmara.
Num jantar , numa das muitas digressões do Orfeão por esse país fora, o Whitcomb, já bem bebido (ficava muito vermelhusco com o vinho e, nas piadas, muito carroceiro português), diz para um estudante de pêra um tanto rala e talvez comprida demais : “Ih, sor João Maria, com essa barbicha, só lhe faltam os cornos pra parecer um bode”. O rapaz, não menos bebido, olhou para os minúsculos olhinhos do Whitcomb, mirou-lhe a careca rosada e reluzente e respondeu com bom humor inglês : “Ih, sor prefssor, a si só lhe falta a barbicha pra ser um bode” .

Leiria, 24 de Novº de 2011
Júlia Ribeiro

domingo, 30 de março de 2014

ESTEVAIS -CARDANHA

Fotografia cedida pela Dona Aurélia Sendas
Construção da estrada da Portela à Adeganha /Cardanha (anos 50 do século XX).Troço Estevais/Cardanha

FEIRA MEDIEVAL -BALANÇO POSITIVO

A Feira Medieval decorreu de 14 a 16 de Março no centro histórico da vila de Torre de Moncorvo.
Foram milhares os visitantes que estiveram presentes na Feira Medieval, onde ao mesmo tempo decorria uma Feira de Artesanato com 33 expositores, uma Feira de Produtos da Terra com 27 expositores e 7 Tasquinhas.
A feira teve início, no dia 14 de Março, com o Cortejo Medieval que se deslocou do Agrupamento de Escolas até à Praça Francisco Meireles, onde se realizou a leitura da carta de feira.
Durante os três dias não faltou a animação de rua com mendigos, ciganos, magos, bobos da corte, malabaristas e cuspidores de fogo. Tiveram ainda lugar algumas peças de teatro medievais, danças medievais, jogos tradicionais e falcoaria.
Destaque para os espetáculos de vídeo mapping, espetáculo de luz projetado na fachada da Igreja Matriz que fez a delícia das centenas de pessoas que assistiram diariamente.
A animação musical ficou a cargo dos gaiteiros Lengalenga, na sexta-feira, das Çarandas, no jantar de sexta e sábado e do Grupo de Cavaquinhos da Escola Municipal Sabor Artes, no Sábado à noite.
A aposta neste formato foi ganha, sendo uma iniciativa que o Município de Torre de Moncorvo pretende manter e melhorar nos próximos anos.
A Feira Medieval foi promovida pelo Município de Torre de Moncorvo com o apoio da Associação de Comerciantes e Industriais de Torre de Moncorvo, Agrupamento de Escolas, Alma de Ferro Grupo de Teatro, Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo e Destacamento da Guarda Nacional Republicana de Torre de Moncorvo.
Fonte: http://www.torredemoncorvo.pt/feira-medieval-de-torre-de-moncorvo-contou-com-cerca-de-1000-figurantes

O Lobisomem ,por Júlia Guarda Ribeiro

A Teresa acabou de lavar a louça da ceia e soltou um profundo suspiro:
- Eh, mulher, até parece que estás  p’ra morrer.
- Se queres que te diga, estou mais morta que viva. Todo o dia derreada a mondar… Que é que tu pensas? Tu nunca andaste à monda, pois não?
- Andei empoleirado a podar oliveiras. Eu também estou estafado, mas ainda vou beber um copo com os amigos.
- Estou  p’ra ver como chegas a casa – e nas falas da Teresa já se notava um tom azedo.
- Alguma vez me viste bêbado? Olha que um copo de vinho a mim dá-me para a noite  inteira. Fico é com a rapaziada a jogar a bisca .
- Ora, não bebes mas jogas…
- A feijões.  A feijões. Olha, Teresa, de contente te dói um dente. Não é p’ra me gabar, mas melhor que eu não arranjavas.
- Ora, ora, gaba-te cesto…
E o Zé foi saindo a rir de mansinho.
 A Teresa gritou-lhe ainda: - Zé, manda os garotos  p’ra casa. São horas de ir à deita.
- Amanhã é Domingo, mulher. Deixa a canalhada dar mais uns pinotes.
A Teresa sentou-se à lareira, que as noites de Março ainda são frias lá para trás das serras. A luz da candeia era fraca, mas dava para pregar uns botões nas roupas dos miúdos.
- Diabos os levem. De certeza que os arrancam para jogarem ao botão. Ainda acabam por levar uma sova. E falando consigo mesma enquanto pregava os botões,  acabou por fechar os olhos, passou pelas brasas  e, quando acordou, ouviu as 11 horas no relógio da torre.
- Ora esta, adormeci. Dormi quase duas horas. E os catraios ainda lá por fora. Levantou-se e abriu o postigo. – Manel! João! Já  p’ra casa, seus vagueiros. Quereis fazer da noite dia?  ( Os ganapos estavam ali no terreiro a jogar o bugalho ).

Moncorco - Festa dos Emigrantes

Fotografia:N.M.F.D.S.

Histórias de África - Ernesto Carneiro


Historias de África - Ernesto Carneiro from Leonel Brito on Vimeo.

sábado, 29 de março de 2014

Exploração de minério de ferro em Moncorvo pode arrancar no final de 2016

Fotografia:Leonel Brito
A empresa concessionária das minas de ferro de Torre de Moncorvo, no Nordeste Transmontano, perspetivou que a exploração mineira comece no final de 2016.
"Estamos a fazer todos os esforços para que, no final de 2016, a exploração de minérios de ferro seja uma realidade no concelho de Torre de Moncorvo, antecipando em um ano o prazo dado pelo Governo para a conclusão da conceção experimental do projeto", disse o representante da MTI - Ferro de Moncorvo, Carlos Guerra.
A empresa concessionária acrescentou que o processo será executado de forma gradual nos próximos cincos anos. E quando se atingir "a velocidade de cruzeiro" poderão cria-se 500 postos de trabalho diretos.
A MTI - Ferro de Moncorvo já havia revelado que os trabalhos de prospeção em curso na serra do Reboredo, na zona do Carvalhal, Torre de Moncorvo, têm mostrado "resultados promissores" pela qualidade das amostras de minério de ferro já recolhidas.
A empresa já disse que irá investir cerca de 600 milhões de euros ao longo do período de concessão, que tem uma duração de 60 anos.
Espera que " uma decisão favorável sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA)", que será entregue à tutela no próximo mês de abril, tendo as entidades competentes cerca de 100 dias para se pronunciarem sobre o estudo já efetuado.
Segundo a empresa mineira, o projeto de Torre de Moncorvo incide sobre "o maior depósito" de minério de ferro não explorado na Europa Ocidental.
O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, disse estar confiante no projeto mineiro, já que o Governo tem dado "respostas positivas".
"Os benefícios para o concelho já foram negociados e uma das exigências é que a sede da empresa concessionária das minas ficasse no concelho de Torre de Moncorvo", frisou o autarca.
Quanto a outras contrapartidas, a autarquia vai poder contar com 3% do valor do minério extraído à boca da mina.

Dinheiro Digital com Lusa

ALMA DE FERRO no Cine-Teatro

Fotografia:Lucia Morais
E chegou o dia!! As pancadas de Molière bateram, às 21h30 do dia 28/03/14 no Cine Teatro de Moncorvo! Data histórica.
SINOPSE:
A acção decorre numa hospedaria da popular praia portuense da Foz do Douro (1862) e é das peças mais representativas do teatro camiliano. O autor recupera o tema do casamento e as suas implicações no seio de uma sociedade cada vez mais regrada com convenções e etiquetas, estabelecendo o confronto entre os vários estratos sociais.
A peça “ O Morgado de Fafe Amoroso” é, acima de tudo uma comédia costumes, onde se contam as peripécias do morgado que se apaixona por uma mulher muito complicada e que se faz acompanhar sempre de uma cabra – a Dejhali.
GÉNERO: Farsa
DURAÇÃO: aproximadamente 110 minutos
Visite a página do Grupo: https://www.facebook.com/events/1399955113610554/?source=1

MIRANDA DO DOURO - 1963


SENDIM - Património

Trabalho efectuado pelo senhor Abílio Ferreira.Fotografia:Leonel B.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Minas de Torre de Moncorvo querem contratar 400 pessoas

Antigo bairro da Ferrominas.Foto: Leonel Brito
28 Março 2014, 15:24 por Alexandra Noronha | anoronha@negocios.pt

A MTI, futura concessionária do projecto, pretende antecipar o início da exploração.

As futuras minas de ferro de Torre de Moncorvo precisam de 400 trabalhadores numa fase inicial, sendo que, posteriormente, a empresa MTI poderá contratar até 700 trabalhadores, segundo revelou ao Negócios Tiago Souza d’Alte, director executivo da futura concessionária do projecto.
 "O nosso contrato inicial é para quatro anos de preparação, mas queremos tentar antecipar a entrada em funcionamento das minas", explicou o responsável e porta voz da MTI. A empresa gastou em 2013 mais de um milhão de euros em estudos e pretende, em Abril, iniciar o processo para obter a Declaração de Impacto Ambiental favorável ao projecto e, assim, antecipar o início da exploração, que está provisoriamente previsto para 2016. 
 A MTI, que apresenta publicamente esta tarde o resultado dos estudos de ordem de magnitude, terá depois que passar por duas fases para aferir a viabilidade do projecto e conta depois assinar um contrato de concessão com o Estado, que pode durar entre 50 e 60 anos, segundo Tiago Souza d’Alte. O investimento previsto ronda os 600 milhões de euros, sobretudo em equipamento de extracção.
 A MTI  foi criada em 2008 por investidores nacionais para o sector. "Estamos confiantes que não haverá obstáculos ao financiamento", explicou o director executivo da MTI.

O principal mercado para as minas será o europeu que "importa 80% do ferro" que consome, explica Tiago Souza d’Alte. Mas a facturação irá depender do preço do ferro nos mercados internacionais.
 Este depósito de ferro foi explorado desde tempos históricos, mas a sua exploração moderna decorreu entre 1957 e 1986. Tiago Souza d’Alte diz que ainda há muito minério por explorar, sobretudo recorrendo às técnicas que existem actualmente. 

 Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/minas_de_torre_de_moncorvo_querem_contratar_400_pessoas.html

Dia Nacional dos Centros Históricos: Moncorvo

Fotografia de Leonel Brito

UMA JORNADA SOBRE A.M.PIRES CABRAL - Auditório da Biblioteca Central da UTAD (03/04 À 09,30)



quinta-feira, 27 de março de 2014

Empresa que recolhe lixos no Douro Superior tem a "confiança" dos municípios

Torre de Moncorvo, 27 mar (Lusa) - A Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) manifestou hoje "confiança" na empresa que faz a recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) nos quatro concelhos que integram a estrutura.
A tomada de posição surgiu após um comunicado da Concelhia de Torre de Moncorvo do PCP, segundo o qual a recolha dos RSU "não está a ser feita de forma regular" em algumas localidades da esfera da AMDS.
"Neste momento a empresa concessionária que faz a recolhas do lixo tem a confiança da 'Douro Superior'. No entanto, vamo-nos manter vigilantes não só à ação desta empresa, mas com todos os outros concessionários que prestam serviços à 'Douro Superior'", disse à Lusa o presidente da AMDS, Nuno Gonçalves.
Segundo os dirigentes da AMDS, a empresa também se comprometeu a verificar, caso a caso, eventuais problemas na recolha de lixo ou de manutenção e limpeza dos contentores.
O presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, disse igualmente que os problemas com recolha dos RSU no seu concelho estão dentro da normalidade, reconhecendo que poderá haver "falhas pontuais", mas que a fiscalizam está atenta.
A AMDS é constituída pelos municípios de Mogadouro, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta e Vila Nova de Foz Côa.
FYP // JGJ
Lusa/fim

CRÓNICAS de MOGADOURO. BANDAS DE MÚSICA – CONSERVATÓRIOS DO POVO.Por: António Pimenta de Castro

Banda de Carviçais
Muito se tem falado do património cultural do nosso país e cada vez mais se tem valorizado o muito que há a preservar, contudo muito pouco se tem falado das nossas bandas de música (filarmónicas), que são os verdadeiros Conservatórios Musicais do nosso Povo. As Filarmónicas têm desempenhado um papel único e extraordinariamente importante, sobretudo na região interior do nosso país, ao dar educação musical, ou simplesmente sensibilizar a nossa juventude para a música. A este papel fundamental não se tem dado o devido relevo, ou não tem sido devidamente reconhecido e é urgente fazê-lo!
  Todos sabemos que os tempos atuais estão difíceis, sobretudo no aspeto financeiro, ao qual se junta um escasso número de jovens disponíveis nas nossas regiões para estas atividades, por isso estas instituições estão em crise ou, simplesmente a passar por muitas dificuldades. Daí a urgência de as ajudar. Não tenhamos dúvidas, às Bandas de Música não lhes é reconhecido o seu verdadeiro valor, o seu papel junto da nossa juventude, ajudando-a a desviar-se de vícios e maus costumes e a dar-lhes uma oportunidade de “conhecerem” a verdadeira música, sensibiliza-los para a aprendizagem e prática de um instrumento musical (ou mais de um) e o prazer de a executar. Como sou professor (de História), conheço muitos ex-alunos meus que, devido a estas Academias do Povo, hoje tocam em bandas musicais do exército ou forças policiais ou mesmo em orquestras. No interior, não temos muitas ofertas para a juventude e a música é uma das mais apelativas para eles. Este é um autêntico serviço público e um benefício que a nossa juventude merece. Tudo o que se poder fazer pela cultura popular, deve ser feito. Quem não gosta de ouvir uma filarmónica tocar na rua ou a “animar” um arraial popular? Quem, como disse Chico Buarque de Holanda, não sai à rua: “Pra ouvir a banda passar, tocando coisas de amor”? Penso que ninguém, mas mesmo ninguém fica insensível ao ouvir os acordes de uma banda filarmónica!
Ajudemos a salvar este património, incentivemos a nossa juventude a “inscrever-se” na banda da sua terra.
 Quero agradecer, em nome do povo português às bandas das nossas terras (quer sejam dos Bombeiros, quer de associações Culturais e/ou recreativas), pelo excelente serviço que prestam ao nosso país e aos nossos jovens, que o Criador dos ajude e proteja.  
Por tudo o que foi dito, faço um apelo, a quem de direito, para ajudarem a nossa juventude a “desviar-se” dos vícios que a “destroem” e a praticarem a “nobre arte” da música e assim cultivarem o seu espírito, a sua sensibilidade e, quem sabe, a poder habilitar-se a um emprego.     

VIMIOSO - Centro de Interpretação dos Pombais Tradicionais

A Palombar está a preparar a abertura do Centro de Interpretação dos Pombais Tradicionais, em Uva, que pretende ser o ponto de partida para a descoberta não só da aldeia, mas também da paisagem natural envolvente, ao mesmo tempo que se aprende mais sobre esses edifícios tão peculiares.
Uva - concelho de Vimioso - encontra-se no Nordeste Transmontano, perto do rios Angueira e Douro, numa área fronteiriça geralmente conhecida como Planalto Mirandês. Apesar de ser uma aldeia muito pequena, com poucos habitantes, tem mais de 30 pombais tradicionais e outros elementos de património (construído e natural) notáveis.
O principal objectivo do XXXIV Campo de Trabalho Voluntário Internacional, que terá lugar em Uva, de 12 a 20 de Abril, é juntar um grupo de trabalho criativo, não só para aprofundar o conhecimento sobre o território, mas também para estimular o debate sobre uma abordagem integrativa ao património rural que possa ser aplicado a este caso em particular. Os voluntários vão juntar-se à equipa da Palombar para mapear o território, identificar os pontos de interesse e encontrar soluções inventivas para os mostrar, bem como para desenhar o Percurso dos Pombais Tradicionais.
As actividades de lazer serão um complemento ao trabalho realizado, já que os voluntários serão convidados a descobrir a riqueza natural e cultural da região: a Palombar irá organizar caminhadas e passeios para observação de aves, visitas às vilas e aldeias mais próximas e a outros locais de interesse (castelo de Algoso, o Centro de Valorização do Burro de Miranda), assim como irá promover o contacto com a comunidade local.
Ainda há vagas abertas!
Se tens mais de 22 anos e se te interessas por património, arquitectura e planeamento, não percas esta oportunidade!
Para saberes mais, consulta: www.palombar.pt/eventos/xxxiv-campo-de-trabalho-voluntario-internacional-751768400/


Os Asininos no Distrito de Bragança


Tiago Rodrigues no Teatro Micaelense

A produtora Mundo Perfeito apresenta esta semana, no Teatro Micaelense, 2 peças da autoria de Tiago Rodrigues, ator, dramaturgo, produtor e encenador, considerado pelo semanário Expresso como uma das 40 promessas da cultura portuguesa.
 "By Heart", que sobe ao palco no Dia Mundial do Teatro, 27 de março, é sobre a arte de aprender palavras de cor, aprender de coração. Neste espetáculo, um grupo de 10 pessoas decora um poema. Misturando histórias da sua família com narrativas reais e ficcionais, Tiago Rodrigues recorda-nos da importância de saber textos de cor. Os textos que passam a fazer parte de nós. Os textos que continuam em nós, mesmo quando todos os livros são confiscados, todas as bibliotecas fechadas.
A 29 de março é a vez de "Três Dedos Abaixo do Joelho". Interpretada por Isabel Abreu e Gonçalo Waddington, esta peça venceu, em 2012, o Prémio Autor da SPA para Melhor Espetáculo de Teatro e o Globo de Ouro para Melhor Espetáculo de Teatro, e foi escolhida pelo jornal Público como um dos melhores espetáculos desse ano. No arquivo da Torre do Tombo, Tiago Rodrigues encontrou um enorme arquivo da censura exercida sobre o teatro, durante o regime fascista. Entre milhares de textos de teatro submetidos ao exame dos censores do Secretariado Nacional de Informação, interessaram-lhe particularmente os relatórios escritos pelos próprios censores, onde estes explicam os cortes ou proibições de textos e encenações.
"'Três Dedos Abaixo do Joelho' transforma os censores em dramaturgos, usando os seus relatórios como o texto de um espetáculo, onde os atores formam uma máquina de censurar política e absurda. De alguma forma, aqueles que oprimiram a liberdade artística e política do teatro deixaram-nos uma herança que nos pode ajudar a redescobrir o perigo e a importância do teatro na sociedade", refere nota enviada à comunicação social.
Nota do editor:Tiago Rodrigues é filho do moncorvense Rogério Rodrigues.

URROS ,um video de Mizé Fernandes

Rio de Moínhos,por Artur Salgado

Fotografia: José Rodrigues
Se a velhinha, muito velha mesmo,mãe lendária da aldeia do Souto da Velha fosse viva diria: meus senhores saibam que muitas das lágrimas que deixei cair por não ter casa onde me abrigasse foram parte da fonte que ajudou a brotar tantas que engrossaram o Ribeiro dos Moinhos ou como outros preferirão chamar de Ribeira...percorrendo quase uma légua não é água bastante que ganhe forma de rio, embora na sua desembocadura se case prazenteiro e sinuoso com o seu Sabor. Homenageando tal enlace amoroso , no seu fim de principio , se estribam os Pegões no Poço dos Praça e o cilíndrico pombal, de cujos beirais as pombas, todas as primaveras, levavam em seus bicos lindos ramos de laranjeira florida cantando hossanas pelas riquezas que no leito das Olgas e através dos tempos, tanta diversidade de frutos deliciaram estomagos vazios de moleiros, pastores , jeireiros , homens do rebusco e seus senhores aristocratas. Desde a Terra da Moura, nas faldas da Mua, na interseção de noroeste da padroeira Senhora do Amparo e de seu parente souteiro e velhinho padroeiro, que abundavam os castanheiros, as bebereiras, pessegueiros vários e de rachar, nozes, amêndoas , azeitonas galegas e carrascas ,verdiais como verdes e frondosos eram os freixos, lodões, amieiros e zambujeiros, dos quais, pelos Reis se faziam os galheiros para a Festa dos Rapazes. E que belo quadro etnográfico e bairrista se apresentava no Largo da Igreja Matriz ( S. Miguel por padroeiro) de Felgar, onde garboso mancebos se desafiavam com as chouriças, as cebolas, as romãs, as uvas quilhão de galo a pedirem meças aos pichassotes , de cujo cu pendiam lágrimas de mel capazes de estancar tristezas à Velhinha do Souto da Velha. E do " inadvertido Rio de Moinhos" rogássemos aos barqueiros de Silhades por fugidias trutas eles nos diriam: ide por aí acima até á Fabrica dos Cobertores, do Miguel Moita e com elas havemos de fazer um festim que até as bogas, os escalos, as enguias e os mexilhões de água doce se esquecerão das suas camas. Mas prestai atenção: se vos apetece uns valentes barbos aproveitai os poucos dias que os da EDP e os chineses das Três Gargantas Fundas vos permitem. Eles comem tudo! nem uma árvore fica de pé! Peixes, lontras , lagartos e ovelhas todos choram no lodo que inundou o seu mundo. Nem o bezerro do Castelinho pode ser esconjurado pelo S.Lourenço nem São Cipriano lhes vale.
Artur Salgado

quarta-feira, 26 de março de 2014

MONCORVO - J.Rentes de Carvalho


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In JL nº1065

Barragem do Baixo Sabor

Fotografia: José  Rodrigues
O aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor será constituído por dois escalões. A albufeira criada pelo escalão de Montante estende-se ao longo de 60 km, desde a zona da barragem até cerca de 5,6 km a jusante da confluência do rio Maçãs com o rio Sabor, ocupando áreas dos concelhos de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.
Fonte: http://www.a-nossa-energia.edp.pt/

Recolha de resíduos em Torre de Moncorvo não está a ser feita de forma regular - PCP

Torre de Moncorvo, 26 mar (Lusa) - A Comissão Política do PCP de Torre de Moncorvo acusou a hoje a empresa que faz a recolha de lixo no concelho de não estar a efetuar uma serviço regular, situação que provoca prejuízos às populações.
"Segundo carta dirigida ao delegado de saúde de Torre de Moncorvo e outra dirigida à Associação de Municípios do Douro Superior, a que o PCP teve acesso, a prestação do serviço de recolha e tratamento de resíduos está muito longe da prestação de um serviço de qualidade e em respeito pelas normas ambientais", assegura, em comunicado, o PCP.
A estrutura concelhia afirma que a recolha do lixo nas freguesias rurais não é feita com a regularidade necessária, acumulando-se lixo nos contentores, e que a limpeza e manutenção dos contentores não são feitas com os produtos e a frequência adequados, "sendo intenso e nauseabundo o cheiro que emana dos contentores e caixotes do lixo".
"Nem as normas e regras ambientais são respeitadas, havendo relatos de munícipes de descargas de águas ruças na via pública", acrescenta o PCP.
Os comunistas acrescentam que, a par da degradação do serviço de recolha e tratamento de resíduos, a empresa em questão "tem perseguido e despedido trabalhadores por exercerem os seus direitos e reclamarem da qualidade do serviço que é prestado às populações".
Para a concelhia, as autarquias "são também responsáveis por esta situação, pois por um lado aceitam submissamente as imposições de sucessivos governos na limitação à sua autonomia e, por outro lado, não são salvaguardados os interesses das populações nem fazem valer os seus direitos ao concessionarem um serviço público, bem patente no silêncio da autarquia e da Associação e Municípios do Douro Superior".
"Se dúvidas houvesse quanto às consequências da prestação de um serviço que é e deve ser público por empresas privadas, este exemplo do concelho de Torre de Moncorvo dissipa-as, provado pela degradação do serviço, a perda de qualidade de vida das populações, a redução de direitos dos trabalhadores e perigos para a saúde pública", conclui PCP.
Os comunistas entendem que a população não se pode conformar nem resignar, apelando a que se "mobilize na exigência da reposição deste serviço na esfera e gestão pública, de onde nunca devia ter saído".
FYP // JAP

Lusa /fim

Malfadados calções A-DI-DAS , por Júlia Guarda Ribeiro

Há uns tempos relatei aqui um roubo, um tanto rocambolesco, de que fui vítima e prometi que depois, quando calhasse, vos falaria das peripécias de um outro. Parece que calha agora.
Era um dia de Agosto e decidi ir a Viana do Castelo ver a filha e as netas. Fui comprar-lhes umas predinhas: dois conjuntinhos de top e calções para a praia, mais dois livros. Para mim comprara também uns calções “adidas”. Eu que nunca vou por marcas, nesse dia deu-me para a adidas. E caros, o raio dos calções. Tudo arrumado no pequeno saco de viagem, lá vou eu para a camionagem. Leiria-Coimbra; Coimbra-Porto, onde tinha cerca de uma hora de espera para a última tirada Porto-Viana.

...ali junto do Jardim de S. Lázaro
Comprei o jornal para me ajudar a passar o tempo. Pus-me a ler tendo o cuidado de conservar sempre a carteira ao ombro. Vi chegar uma antiga colega que não via há anos, pousei o jornal sobre o saco e levantei-me para a cumprimentar. Um grande abraço mas muito apressado, porque ela embarcava de imediato. Fiquei a ver a expresso partir, acenei e fui sentar-me. O jornal estava no banco, mas o saco não. Nem queria acreditar! Perguntei a duas ou três pessoas que por ali estavam, e só um velhote disse que lhe parecera que um moço magro teria pegado nesse saco e acrescentou que costumava estar sempre um polícia por perto da Rodoviária. Estava. Expliquei-lhe o que acontecera e uma senhora que ouviu o meu relato aflito, disse que vira um rapaz novo, magro, ali junto do Jardim de S. Lázaro a tirar roupas de criança de um saco parecidíssimo com o meu e a apregoar as peças  “Para menina, conjuto novinho em folha. Vejam , ainda tem a etiqueta. Só cinco euros” . O polícia telefonou a outro colega que, em dois ou três minutos, chegou de carro. Até me espantei com tal rapidez.
Metemo-nos no carro: os dois polícias à frente, eu atrás. Num repente estávamos junto do Jardim de S.Lázaro. Vimos o ladrão com os ditos conjuntinhos na mão, a apregoar alto e bom som que eram peças novas e baratas, depois fazia os meus calções adidas rodopiar no ar: “A-DI-DAS, calções  novinhos, com a etiqueta e o preço – 30 euros. Vai por 10. Por 10”.
Os polícias sentadinhos no carro a apreciar.  Eu a apressá-los, pois perderia o expresso para Viana. Eles a recomendarem-me calma.  “Ele já não nos escapa. Esteja descansada”.  E o ladrão tirou depois os dois livros, mas pô-los no chão e não os apregoou.  Voltei a pedir aos polícias que o prendessem. E eles continuavam a gozar o espectáculo. Mas o meu receio agora era que o ladrão começasse a tirar as minhas cuecas e soutiens e os apregoasse, enquanto os faria rodopiar no ar como bandeirolas.
Então os polícias lá se resolveram a prender o fulano e eu pude reaver os fatinhos para as netas e os meus malfadados calções A-DI-DAS.
Tive de ir à esquadra assinar os papéis sobre o preso “em flagrante” , perdi o expresso para Viana e a minha filha teve de vir buscar-me ao Porto. E vinha furiosa, porque já era a quinta ou sexta vez que eu me deixava roubar...
 Júlia Barros Ribeiro

Simbologias - Do Sagrado ao Profano

Propõe-se nesta mostra, a análise das simbologias versando o sagrado e o profano, reconhecida através da leitura de espólio tão rico e diversificado, espalhado pelos quatro cantos do concelho de Vila Nova de Foz Côa, através da especificidade das suas características culturais e históricas.
FONTE:Museu Casa Grande 

TORRE DE MONCORVO - CONGRESSO DAS MINAS


Padre Fontes homenageado em Espanha

Fotografia: Leonel Brito
 Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, está este sábado em Mondariz, província de Pontevedra (Espanha), na homenagem que o "Centro de Estudios de a Paradanta y o Condado" faz ao padre Fontes atribuindo-lhe o prémio de "Comunicação e Humanidades". Um reconhecimento onde também encontramos o nome do conhecido "Bruxo Queiman", figura associada à "Sexta 13" de Montalegre.
As homenagens sucedem-se ao padre Fontes. Desta vez ocorre este sábado em Espanha, mais concretamente no Castelo de Sobroso, localizado no concelho de Mondariz, comarca de O Condado, província de Pontevedra, uma comunidade autónoma da Galiza. Um reconhecimento ao qual está associado o município de Montalegre que estará representado ao máximo nível pelo presidente da autarquia, Orlando Alves.
FONTE: http://www.cm-montalegre.pt/showNT.php?Id=2371

O GAFT-Grupo Alma de Ferro Teatro celebra o dia Mundial do Teatro



'Há 50 anos, Jean Cocteau proferia a mensagem que inaugurava as celebrações do primeiro Dia Mundial do Teatro, criado pelo Instituto Internacional de Teatro da UNESCO. Desde então que, a 27 de Março, se homenageia, um pouco por todo o mundo, as artes do espectáculo, também junto do seu objecto: o público.' (Mariana Mata)

Torre de Moncorvo não é excepção e a festa faz-se no palco do Cine Teatro de Torre de Moncorvo - 28 de Março, às 21h30 - e representa-se uma peça adaptada de Camilo Castelo Branco, 'O Morgado de Fafe Amoroso'.

O GAFT - Grupo Alma de Ferro Teatro - numa parceria com o  Município de Torre de Moncorvo tem o prazer de vos convidar a fazer parte desta celebração, pois o Teatro não é só de quem o faz mas também de quem o assiste e promove! O Teatro é de todos nós!

Os bilhetes encontram-se disponíveis na Bilheteira do Cine Teatro de Torre de Moncorvo, no horário de funcionamento da Escola Sabor Artes e têm um custo de 2,5€.

Traz um amigo também vem divertir-te com  O GAFT - Grupo Alma de Ferro Teatro
 

terça-feira, 25 de março de 2014

TABELLA AUTHENTICA

É em 13 de Dezembro de 1888 – “Está a findar o anno, carissimos diocesanos” – que o Sr. Bispo de Bragança e Miranda, Dom José Alves de Mariz, faz sair uma “Provisão” em que, após considerações apropriadas, se encontra a “tabella” que a seguir se indica.
1º - Todas as pessoas, tanto homens como mulheres, sem excepção das casadas, que tiverem quatrocentos mil réis de renda annual (e d’ahi para cima), provenientes de mercancia, officio, cargo publico ou bens de raiz, tomarão em cada anno, e cada um por si, uma Bulla de …… 300 rs.
2º - Se porém tiverem duzentos mil réis dessa renda (e d’ahi para cima, até à quantia exclusivamente de quatrocentos mil réis), tomarão da mesma fórma em cada anno, e cada um por si, uma Bulla de…… 200 rs.
3º - Todas as mais pessoas, de qualquer qualidade e condição que sejam, homens e mulheres, tomarão em cada anno, e cada um por si, uma Bulla de…… 80 rs.
4º - As pessoas, porém, que forem tão pobres, que o seu sustento depende de esmolas dos fieis, do ganho das suas mãos, ou das mercês de seus parentes, - os filhos familias que não tiverem a sobredicta renda propria e separada da de seus paes, - os creados, obreiros e jornaleiros que fóra do seu salario ou jornal não possuirem outros meios de subsistencia, - tomarão em cada anno, e cada um por si, uma Bulla de…… 40 rs.
5º - Por cada Bulla de Defunctos, qualquer que fôsse a renda ou qualidade d’elles, e quaesquer que sejam os dos que a tomarem, se dará a esmola de…… 50 rs.
6º - Por cada escripto de Jubileu de seis mezes, qualquer que seja a renda e qualidade das pessoas que o quizerem tomar, dará cada um por si a esmola de…… 20 rs.
7º - Pela Bulla de licença para se dizer Missa em qualquer oratório privado, durante cada anno da publicação da Bulla da Santa Cruzada, se dará em cada anno a esmola de…… 480 rs.
8º - Quando a composição versar sobre quantia que não exceda a cem mil réis, se tomará por cada cinco mil réis uma Bulla de Composição de…… 100 rs.
9º - Quando porém a referida quantia exceda a cem mil réis, até duzentos mil réis, se tomará por cada cinco mil réis duas Bullas de Composição, sendo cada uma de…… 100 rs.
10º - Qualquer, enfim, que seja a quantia que, passando de duzentos mil réis, haja de ser objecto de composição, será arbitrada a esmola em cada Diocese pelo Ex.mo Commissario Geral da Bulla da Santa Cruzada.

Estas “Bullas” autorizavam, designadamente, o uso de “temperos de unto e gordura de porco, nos dias de jejum e abstinencia de carnes durante um anno, que começará a contar-se desde o presente dia”, registando-se, todavia, algumas “restricções”, entre as quais a “quarta feira de Cinza” e “os tres ultimos dias da Semana Santa”. A cláusula de restrição 4ª, por exemplo, indica que, “Em toda a Quaresma, sem exceptuar os domingos, é inteiramente prohibida a mistura de comidas de carne e peixe na mesma refeição”.
Em boa verdade, estas disposições não têm o cunho exclusivo desta diocese, envolvem, designadamente, o Sr. Núncio Apostólico.

Texto e fotografia enviados por Carlos Sambade

Celtas Cortos "abrem" O Festival Intercéltico de Sendim (FIS)

O Festival Intercéltico de Sendim (FIS) já tem o programa de espetáculos fechados, apresentando como cabeça de cartaz os aclamados Celtas Cortos, uma banda histórica do folk/rock celta, disse hoje à Lusa fonte da organização.
"Este ano o FIS apresenta algumas novidades, sendo que a principal é o seu início na cidade de Miranda do Douro, indo desta forma ao encontro de vontades demonstradas ao longo dos últimos anos no sentido de as celebrações intercélticas se estenderem até à sede do concelho", explicou à Lusa o diretor do FIS, Mário Correia.
A 15ª edição do FIS, organizada pela Sons da Terra e com apoios institucionais da Câmara de Miranda do Douro, Junta de Freguesia de Sendim e Governo do Principado das Astúrias, vai decorrer entre os dias 31 de julho e 03 de agosto.
O Largo D. João III, em Miranda do Douro, acolhe a abertura do festival com as atuações dos escoceses Calum Stewart & Heikki Bourgault e dos portugueses Ginga.

VILAR de PERDIZES: Serrada da velha esta quarta às 21h00

Vilar de Perdizes.Fotografia:Leonel Brito
Realiza-se esta quarta à noite a tradicional "serrada da velha" em Vilar de Perdizes, Montalegre .
Esta é uma tradição realizada sempre durante a Quaresma, período reservado ao recolhimento e à oração. Desde há muito tempo que um grupo de homens, de noite, cantava à porta das velhas da freguesia, e tinham com elas diálogos acessos, de mal dizer e em constante desafio. Elas respondiam com longas perseguições, com paus para bater aos homens provocadores, e arremessando os mais variados objectos. Esta era uma forma encontrada pela população para se divertir, num período dedicado à meditação, jejum e abstinência.
FONTE:https://www.facebook.com/groups/107824582619539/608875482514444/?notif_t=group_activity

MONCORVO - Município atribui 500 mil euros a associações

Bombeiros Voluntários e Santa Casa da Misericórdia de Torre de Moncorvo receberam viaturas 
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O município de Torre de Moncorvo distribuiu, na passada quarta-feira, 524 mil euros por 13 instituições do concelho, a maioria desenvolvem o seu trabalho na área social.
Esta foi uma das iniciativas que marcou as comemorações do Dia do Município. O presidente da autarquia, Nuno Gonçalves, explica que o “valor diminuiu 10 por cento em relação aos anos anteriores, mas aumentou o pendor social”.
A Câmara Municipal entregou, ainda, à Santa Casa da Misericórdia uma carrinha para o projeto 112 social, que tem como objectivo a integração e a melhoria das condições habitacionais e de Saúde e é destinado a famílias e idosos do concelho. 
“Com esta plataforma de comunicação, as famílias mais vulneráveis podem pedir a intervenção dos profissionais que estão no terreno para a resolução de pequenos problemas e urgentes, nomeadamente ao nível dos cuidados de saúde básicos e pequenas reparações”, garante o provedor da Santa Casa da Misericórdia, Fernando Gil.
O projecto é promovido pelo município, Santa Casa e Juntas de Freguesia, e é constituído por um grupo de técnicos e profissionais que se deslocam, numa carrinha, junto da população para prevenir e apoiar as situações de maior vulnerabilidade social.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo recebeu um veículo com pá limpa neves e espalhador de sal. “Com este novo equipamento, os soldados da paz ficam mais bem equipados e o Município de Torre de Moncorvo reforça a aposta na proteção civil”, refere Nuno Gonçalves.
Homenagem aos funcionários
A Câmara também aproveitou o Dia do Município para homenagear os funcionários aposentados, que receberam uma placa com um excerto do foral de D. Dinis. 
A homenagem decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, que foi remodelado, passando a estar expostos dois painéis, um com os presidentes de Câmara antes do 25 de Abril e outro com os presidentes de Câmara desde o 25 de Abril. 
Vão ficar ainda expostas as varas e faixas de vereadores que eram entregues na passagem de testemunho dos executivos. 

Município adere às 35 horas
Torre de Moncorvo vai manter as 35 horas semanais para os funcionários. Depois de Alfândega da Fé, foi a vez de Moncorvo assinar o acordo das 35 horas, com o STAL- Sindicato dos Trabalhadores da Administração Regional. 
FONTE:http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=518&id=19965&idSeccao=4657&Action=noticia#.UzG0ovl_tNM

segunda-feira, 24 de março de 2014

Silhades - por António Sá Gué

SILHADES.Foto A.F.F.M.
Quando cheguei a Silhades, a primeira sensação foi de isolamento. A descida abrupta da estrada transportou-me para os meus cantos sinuosos de silêncio. A tranquilidade experimentada na Nossa Senhora da Assunção, lugar de cota bem mais elevada (mas também ele grandioso), a luz amarelenta de fim de tarde, os montes altos a envolverem o rio, tudo isso me obrigou a entrar dentro de mim, a olhar ao meu redor e a cair na fonte de chafurco que sou e onde gosto de me banhar. Brotam em mim silêncios de pequenez perante a grandiosidade dos montes, perante a sua vetustez, perante as águas selvagens que o rio transporta. Sinto-
-me especial, não por aquilo que sou, ou que deixo de ser, mas por aquilo que sou capaz de sentir em locais ermos, no meio dos montes desabridos, perante a pobreza da terra. Eu sou daqui! Sou feito destas giestas que afago com ternura quase libidinosa, sou feito destas fragas sedosas, recantos de mulher, onde me deito e descanso, sou feito desta água barrenta que corre em vales escavados por sentimentos e emoções tumultuosas, sou feito de caminhos poeirentos e dos muros que os delimitam. Eu sou feito desta terra xistosa que se parte em placas, tal como eu quebro perante a grandiosidade da arte e das pessoas que a concebem, que a estudam e que reconheço como almas gémeas, desses amantes do belo, do provocante, que me obrigam a parar, a questionar-me e, tantas vezes, a render-me às evidências mais comezinhas que me enformam. Sou desse sentir terrificamente doce, deste sentir de homens e mulheres que olham para dentro deles à procura da grandeza, da elevação, da assunção da alma humana aos céus!
Atravessa-se o rio e os casebres de pedra solta obrigam-nos a repensar a caminhada da humanidade. Sente-se o peso da história e da pré-história e sente-se a vida de quem ali se abrigou, de quem ali amou, de quem ali pariu vidas que partiram, de quem ali sofreu a agonia da morte, de quem ali viveu uma vida também ela feita de silêncios meditativos do entardecer, como aquele que agora sou, tantas vezes encapsulados na busca do divino que a pequeníssima capela de S. Lourenço me recorda. Recorda-me esse lado contemplativo da alma humana e recorda-me a lenda, a lenda do pastor Ildefonso, que foi santo porque atravessava as águas, para assistir à missa, sobre a manta feita barco. Vou mais fundo no tempo e, com esta alma mediúnica, entro no reino do deus Denso que vejo surgir no alto do Castelinho envolto em sombras longínquas. Ignorado pelo deus Homem, sinto o seu pesar. Brotam-lhe sentimentos outoniços pela face, lágrimas humanas alagam-lhe o corpo franzino, sinto compaixão pela sua breve existência, entendo a humanidade dos deuses, percebo que também eles têm pés de barro. Jaz perante mim.
Acordo.
Esse lado místico da alma humana recorda-me que brevemente ficará submerso, deixará de existir, e nunca mais o poderei sentir como o hoje o senti. Restará em mim esta memória temporária. Temporária porque também eu, em breve, ficarei submerso pelas águas do Letes, o rio do esquecimento, porque também eu, em breve, voltarei a ser esta terra que me pariu e voltarei à inorganidade merecida, eterna, voltarei a ser átomos e moléculas deste céu azul que me cobre, desta luz que se adensa em mim e que paradoxalmente me entenebrece.
Finalmente... voltarei a mim.
In Quadros da Transmontaneidade de António Sá Gué
Ver:http://antoniosague.blogspot.pt/
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2012/03/tras-os-montes-visto-por-sa-gue.html
Publicado a 21/01/13

Amendoeiras em Flor, SEMPRE!

Felgar.Fotografia de José Rodrigues

Terras de Barroso,Vilar de Perdizes - Património

Fotografia de Leonel Brito
Barroso, ou Terras de Barroso, é o nome dado, actualmente, à região formada pelos concelhos de Montalegre e Boticas.

Segundo as fontes, em 9 Junho de 1273, D. Afonso III, em carta de foral, funda a vila de Montalegre e o respectivo alcácer tornando-se cabeça das Terras de Barroso. Este foral foi depois confirmado por D. Dinis em 1289, D. Afonso IV em 1340, e D. João II em 1491. Em 1515, D. Manuel em converteu-o em foral novo. No reinado de D. João I, e na sequência da Guerra da Independência, as Terras de Barroso foram oferecidas a D. Nuno Álvares Pereira. Em 6 de Novembro de 1836, o concelho de Montalegre foi dividido, criando-se o novo município de Boticas e perdendo-se no processo, para o município de Vieira do Minho, o município de Vilar de Vacas (sediado em Ruivães) e, também, o Couto Misto de Santiago de Rubiás – Tourém.

Finalmente o "ALMA DE FERRO" no Cine -Teatro

O Município de Alfândega da Fé continua a comemorar o Mês do Teatro com mais uma peça teatral, desta vez esteve (23/03) em palco o Grupo "Alma de Ferro" de Torre de Moncorvo, com "Morgado de Fafe Amoroso".Esta peça será exibida na próxima sexta-feira (27/03) no Cine-Teatro em Torre de Moncorvo.Foto e texto enviados pelo Camané.

Baixo Sabor // Autarcas transmontanos querem maior atenção para territórios de baixa densidade

 Os autarcas do Baixo Sabor e Douro Superior reclamaram na última sexta-feira "uma maior atenção do Governo" para os territórios de baixa densidade, como forma de potenciar a economia nacional e a coesão territorial.
"O Governo tem de perceber, de uma vez por todas, a necessidade de tomar medidas concretas para as regiões de baixa densidade, nomeadamente ao nível dos benefícios fiscais ou da manutenção de serviços públicos, para ajudar a fixar população e evitar o despovoamento", explicou o presidente das Associações de Municípios do Baixo Sabor e do Douro Superior, Nuno Gonçalves.

As pretensões foram dadas a conhecer ao secretário de Estado Adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, no decurso de uma reunião com autarcas daqueles territórios do Douro e Sabor que decorreu na última sexta-feira, em Torre de Moncorvo.
Para os autarcas nordestinos, seria igualmente importante que o Governo, ao abrigo de um programa de bolsas de estudo, permitisse que os alunos pudessem frequentar cursos de mestrado ou doutoramento nestes territórios "usufruindo dos serviços locais e perceber que Portugal não é só o litoral".
O também autarca de Torre de Moncorvo (PSD) pede ao Governo um plano de "medidas concretas" para ajudar o interior "a combater o desemprego", como é caso da implantação nestes territórios de empresas de interesse público".
"Coesão territorial vê-se pela região e pela forma como a mesma é tratada", frisou o autarca social-democrata.
Por seu lado, Pedro Lomba disse que a fixação de população no interior "é uma questão particularmente sensível".
"É preciso levar a cabo um grande plano nacional para a ajudar a enraizar as pessoas nestas zonas mais isoladas, que têm óbvias dificuldades em termos de competitividade e afirmação, tendo o país de compensar estas assimetrias", acrescentou o governante.
Em cima da mesa estiveram temas "pertinentes" como os incentivos aos estudantes que se queiram fixar nestas regiões, o micro financiamento, ou uma maior ajuda na divulgação da oferta de especificidades de cada concelho do interior, como é caso do setor do turismo, cultura ou agricultura.
"O Governo, no âmbito do quadro de financiamento 2020, está a orientar recursos financeiros para a valorização do interior e para a aproximação da economia ao território", enfatizou o secretário de Estado.
Em jeito de conclusão, Pedro Lomba disse que a questão demográfica é "uma grande emergência nacional", sendo necessário "criar um conjunto de estratégias para o interior".
Das associações presentes, fazem parte os concelhos de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros e Vila Nova de Foz Côa.
Fonte:http://www.mdb.pt/noticia/autarcas-transmontanos-querem-maior-atencao-para-territorios-de-baixa-densidade-2412

Rio Sabor, Cilhades, Felgar, Torre de Moncorvo, fevereiro de 2014

Fotografia de José Rodrigues
“Algures em Cilhades estaria enterrado um bezerro de ouro e que a pesquisa teria de ser feita de noite, lendo à luz de uma candeia um texto do Livro de S. Cipriano. Certa noite, um pequeno grupo de amigos resolveu passar para lá o rio Sabor, trepar pela encosta até ao local do tesouro em busca do bezerro de ouro. Iniciaram o ritual indicado, começando pela leitura. De repente ouviram um terrível mugido de um boi. Pensando ser o diabo, correram a sete pés para o rio, procurando atravessar na barca, mas perturbados pelo medo, acabaram por lançar-se à água, felizmente sem consequências. O mugido era de um boi, que tinha ficado num campo em cilhades”.
VER:

UTAD desenvolve projeto de capacitação de empreendedores no Sabor


A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai dar início à 4ª edição do Programa de Empreendedorismo do Sabor - Empreender Sabor 2014. Na sequência da iniciativa Empreendedor Sustentável Sabor que a EDP tem vindo a promover na região do Sabor desde 2011
…vai dar-se início à 4ª edição em parceria com os municípios de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro e Torre de Moncorvo, tendo como parceiro dinamizador a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). O programa EDP Empreendedor Sustentável Sabor 2014 visa a capacitação dos empreendedores locais e a assessoria à criação de negócios. Para o efeito a UTAD constituiu uma equipa específica para o desenvolvimento deste projeto.

O Programa Empreender Sabor 2014 assenta em três fases: na primeira identificam-se os empreendedores e ideias com potencial de negócio (desenvolvidas através de Fóruns e workshops concelhios); segue-se a fase de formação e apoio à elaboração do Plano de Negócios; na terceira fase, é feito o acompanhamento (monitorização e interface) dos negócios resultantes deste projeto. 

Durante o programa será promovido um contato próximo com investigadores da UTAD, nas áreas dos projetos que cada empreendedor desenvolve, assim como sessões de esclarecimento sobre os principais temas de interesse para os empreendedores, como apoios do novo Quadro Comunitário, Financiamentos, questões jurídicas e legais. 

Os fóruns iniciais (com inscrição em cada um dos municípios, ou através do email empreendersabor@utad.pt) irão ocorrer em Alfândega da Fé, no dia26 de Março (Auditório Biblioteca Municipal), Miranda do Douro a 1 Abril(miniauditório - Pavilhão Multiusos), Macedo de Cavaleiros a 3 de Abril(Centro Cultural), Mogadouro a 8 de Abril (Auditório Municipal Casa da Cultura) e Torre de Moncorvo a 10 de Abril (Auditório da ACIM). Os fóruns terão início pelas 10 horas.

A adesão a este programa é livre, voluntária e gratuita, e o público-alvo desta iniciativa são os residentes destes cinco concelhos que queiram desenvolver uma ideia de negócio; tenham interesse nestas temáticas; ou que a ideia de negócio se desenvolva nestes espaços. Para tal os interessados poderão contactar os respetivos municípios ou a equipa do projeto da UTAD através do número 259 350 562 ou para o email: empreendesabor@utad.pt.

Fonte:http://www.noticiasdevilareal.com/noticias/index.php?action=getDetalhe&id=16880
Foto de José Rodrigues