terça-feira, 30 de abril de 2013

Trás-os-Montes- Escolas fechadas viram casas, museus e capelas mortuárias

Escola -Turismo Rural
É o retrato da desertificação do interior: numa década, fecharam quase 800 escolas primárias em Trás-os-Montes. Não há crianças. Os edifícios são agora casas, sedes, museus e, até, capelas mortuárias.

A "imagem é cruel", mas Humberto da Costa Cerqueira, presidente da Câmara de Mondim de Basto, admite que é a realidade das aldeias: vendem-se as escolas para ampliar os cemitérios. "É a lei da vida", desabafa o autarca, lembrando que o concelho foi perdendo, em média, 40 alunos por ano. das 25 escolas primárias que havia em 2005, resta uma.
A situação repete-se em todos os municípios transmontanos. Contactadas todas as câmaras dos distritos de Vila Real e de Bragança, os dados espelham a razia: há 10 anos havia mais de 946 escolas primárias, agora são só 151. Criaram-se centros escolares modernos, com melhores condições, onde se juntaram as crianças de várias aldeias. As escolas com poucas crianças foram desativadas.

SONHO DE FERRADURAS NO CAMINHO (II)


     [Pastor. Castro Laboreiro]
só ao longe reluz o idílio do pastor, escuro num umbral de branca lã, não se percebendo que pesos lhe aguenta o cajado: o jeito da alça do saco e o boné não atestam muita antiguidade no ofício, talvez um ato de resistência de quem sente que a vida é para ser tocada para diante; fechados em santuários de rações, ou tugúrio ou fábrica, cada vez menos enchem os rebanhos os caminhos, e nem parece que a este lhe quadre o nome de rebanho: uma dúzia de ovelhas e cordeiros, uma vaca de quem talvez se espere um vitelo, e o imprescindível cão; quando vender os cordeiros ficará tudo reduzido a meia dúzia de ovelhas, e com mais folgado caminho a vaca: até lá, resta-lhe esperar pelo tempo e uma boa feira, que há muito lhe fugiram os sonhos que Mofina Mendes dançou; a companhia do cão lhe basta para guardar o silêncio e ajudar na merenda, que os perigos vêm de lobos de que não pode o bom amigo defendê-lo; pachorrenta, vai pensativa a vaca enquanto, aberta a boca da sua nítida fenda, sonha a pata ferraduras que, em tempos idos, o lombo do caminho marcavam com seu ferro.

Luís Borges (foto) e Amadeu Ferreira (texto)

Nordeste Transmontano - mundo rural


Bragança: Bispo condena «desprezo» pelos idosos


D. José Cordeiro pede mudança de mentalidade em carta dedicada aos mais velhos


Fernando Manuel Cordeiro | D. José Cordeiro em visita pastoral
 O bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, enviou uma carta aos idosos da diocese na qual se manifesta contra o “desprezo” que os idosos têm de sofrer e pede uma mudança de mentalidade face aos mais velhos.
“Chocam‐nos as manifestações de desprezo de idosos, o abandono destes em casa ou em lares, muitos dos quais apenas perseguindo o lucro económico, não considerando nem promovendo”, assinala a missiva, divulgada na página diocesana na internet.
O bispo transmontano elogia o “capital de vida e de conhecimento experimentado” dos mais velhos, lamentando que alguns associem esta população à “doença, à debilidade, à incapacidade e, por conseguinte, à improdutividade”.
“É certo que na sociedade contemporânea nos deparamos com uma mentalidade em que não é tão valorizada a velhice a qual, não raro, se torna objeto de contradição, tida como um ‘incómodo’, como uma declinante fase da vida”, escreve.
A mensagem surge associada à celebração do Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013), proclamado por Bento XVI, e deixa uma palavra “de estímulo e de encorajamento na esperança”.
“O facto de não sentirdes no vosso corpo o mesmo vigor e energia de outrora, o terdes deixado de exercer aquelas atividades pelas quais fostes reconhecidos ao longo dos anos não significa, de modo nenhum, que tenha cessado a vossa responsabilidade”, assinala o bispo de Bragança-Miranda.
D. José Cordeiro acredita no contributo dos idosos “para a construção de uma sociedade mais justa, mais pacífica e mais fraterna”.
“Lembro‐me de tantos de vós que vivem a cruz da solidão e do sofrimento com um sentido redentor, exemplos luminosos nos quais a Palavra do Senhor é uma força que dá sentido à existência. Agradeço‐vos, do coração, este testemunho de sabedoria”, acrescenta.
A carta tem a data de hoje, dia do 78.º aniversário de D. António Montes Moreira, bispo emérito de Bragança‐Miranda, e do 79.º aniversário da mãe de D. José Cordeiro..
Bragança, 30 abr 2013 (Ecclesia)
OC

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Padre Victor na RTP



Padre de Torre de Moncorvo é uma referência para a população

Um padre é uma referência para os habitantes de Torre de Moncorvo. Junta o sacerdócio à docência, à música e ao desporto. E cativa tudo e todos.

VER O VIDEO:

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=647083&tm=8&layout=122&visual=61

CLÁSSICOS NO MUSEU DO CÔA



As inscrições podem ser feitas através do site www.sabordouro.com ou do e-mail info@sabordouro.com e custam 2 dias sem alojamento,  refeições no total (4); provas, visitas(Museu e gravuras do Côa), Rally fotográfico, visita a adega de vinhos, animação musical, ofertas e prémios, seguro obrigatório, 94€/pessoa.

LinKs: 

Associação Douro Alliance aposta forte no Turismo do Eixo Urbano

Igreja de Foz Côa
O Turismo no Eixo Urbano Douro Alliance conta, a partir de agora, com poderosos aliados na sua divulgação. Durante a tarde do dia 22 de Abril, no Wine Bar do Museu do Douro, o Gabinete de Turismo Douro Alliance apresentou ao público o seu novo website e um conjunto alargado de materiais de informação turística que servirão de base à promoção turística deste território composto por Vila Real, Peso da Régua e Lamego.A sessão de apresentação iniciou com as palavras do Presidente da Câmara Municipal do Peso da Régua, Eng.º Nuno Gonçalves a quem se juntou o Dr. Manuel Martins, Presidente da Câmara Municipal de Vila Real e o Vereador responsável pela pasta do Turismo no Município de Lamego, Dr. Jorge Osório.

Trás-os- Montes e Alto Douro

 
Entre o Peredo dos Castelhanos,Urros e Ligares.Foto do Arquivo Fotográfico do blogue Farrapos de  Memória.

domingo, 28 de abril de 2013

Pelo Caminho das Tipóias, por Telmo Ferraz

O Padre José Telmo Ferraz, um transmontano com o coração angolano narra em poesia e em prosa as memórias na Arquidiocese de Malanje e especialmente na Casa do Gaiato malanjina e ainda por toda a grande Angola. O presente livro tem um enorme sentido porque «quando o coração vê, há mais luz no mundo!››.A profunda visão cristã do homem e do mundo que transmite o Pe.Telmo no seu livro convida-nos a entrar no coração do mistério de Deus, amigo dos homens.O título Pelo Caminho das Tipóias nasce na visão de um sonho,quando contempla o planalto malanjina, até à zona das quedas do Cuanza e quedas de Kalandula e «no regresso, passamos numa vala (julguei eu) e perguntei: 'Aqui passou água?” “Não, este era o caminho das tipóias para Luanda”. Parei focando este antigo caminho,das Lundas até Luanda ainda liso e batido por tantos pés descalços. Mil quilómetros carregando nos ombros seus donos, seus patrões e familiares! Um museu que guardasse este carreiro para beleza e fundamento da nossa História!››.Uma tipóia é uma liteira de rede que se usava em Angola para o transporte de pessoas.

Excertos do prefácio de José Manuel Cordeiro -Bispo de Bragança-Miranda

       Telmo Ferraz, O Lodo e as Estrelas -  puosto an mirandés por Fracisco Niebro:

ESCAPARATE - (LVIII) - OS RETORNADOS ESTÃO A MUDAR PORTUGAL


Os Retornados estão a mudar portugal

Paginação: Luís Teixeira

sábado, 27 de abril de 2013

ALFÂNDEGA DA FÉ - Eucísia

 
VER: http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2013/04/feiticeiras-da-eucisia.html
         http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2013/04/eucisia-terra-de-feiticeiras.html

Torre de Moncorvo - Estádio engenheiro José Aires e Campo doutor Sobrinho

    Foto  A.F.F.M.

Clássicos em passeio pelo Património da Humanidade (Vale do Côa e Alto Douro Vinhateiro)

Não perca este  fabuloso passeio de Clássicos que se vai realizar nos dias 24, 25 e 26 de Maio,  pela Régua, Pinhão, V. N. Foz Côa e Figueira de Castelo Rodrigo, onde não faltarão paisagens únicas, Patrimónios da Humanidade, Alto Douro Vinhateiro e Sítios pré-históricos do Vale do Côa, que o Museu do Côa tão bem interpreta. Locais, aldeias históricas gentes do interior de Portugal, que iremos conhecer.
Divertimento não faltará, nos jipes do Parque Arqueológico do Vale do Côa com os seus guias especializados, os participantes vão descobrir os sítios paleolíticos com arte rupestre, visitar o Museu do Côa, a aldeia histórica de Castelo Rodrigo, participar num rally fotográfico, com direito a prémio.

Os participantes ficarão alojados em Turismo no Espaço Rural (TER), de excelência. A Gastronomia estará sempre presente, com visita a adegas privadas, enólogos, prova de vinhos e muita Tertúlia!
As inscrições podem ser feitas através do site www.sabordouro.com ou do e-mail info@sabordouro.come custam 2 dias sem alojamento,  refeições no total (4); provas, visitas(Museu e gravuras do Côa), Rally fotográfico, visita a adega de vinhos, animação musical, ofertas e prémios, seguro obrigatório, 94€/pessoa.

SDA
LinKs: 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

TRANCOSO -COGULA : a arte de fazer sabão e chocolate com azeite


E dois workshops com inscrições abertas.... Quer aprender a fazer bombons de chocolate com azeite? ou sabão artesanal? .... as inscrições são limitadas!!! — 


Cogula 

Cogula foi uma das povoações doadas pelo infante D. Pedro, ainda durante o reinado de seu pai, D. Afonso V, aos irmãos da sua bem amada Inês de Castro. Devido a esse facto, este povo, ao longo dos séculos, tem vindo a dizer: “Cogula é terra dos Castros”.
Se Cogula é terra dos Castros (apelido), é-o também de um castro lusitano que se situava na confluência das ribeiras das Moitas e do Freixo, afluente do Massueime. Há quem atribua a fundação do primitivo castro aos túrdulos, no século VII a. C.. Este povo, oriundo da Bética, antiga província da Espanha meridional, a leste da Turdetânia (Andaluzia), viria a ser desalojado dessa posição cerca de 580 a. C., por uma tribo celta, sendo obrigado a procurar refúgio no planalto de Trancoso, no vale situado entre o Chafariz do Metoque e Courelas. Pouco depois, acabariam por se unir aos seus irmãos de raça do castro pastoril de Trancoso, formando um forte núcleo populacional. Seria também, como se verá, o início de uma prolongada conjugação de esforços entre as gentes de Cogula e as de Trancoso.

Nordeste Transmontano - Bom apetite

TABERNA DO CARRÓ                 Foto A.F.F.M.

Museu do Côa ultrapassa os 132 mil visitantes desde a abertura


  O presidente da Fundação Côa Parque, Fernando Real, anunciou hoje que o Museu do Côa (MC) já ultrapassou os 132 mil visitantes desde a sua abertura ao público no início de agosto de 2010.
O número de visitantes divulgados à agência Lusa refere-se a elementos apurados até ao final de dezembro de 2012.
«Os números são expressivos e significativos para uma região do interior que quer viver do turismo cultural», considerou o responsável pela fundação que gere Museu e o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC).
Diário Digital / Lusa

quinta-feira, 25 de abril de 2013

25 de Abril de 2013 -Torre de Moncorvo


Apresentação integrada no programa
oficial do 25 de Abril

“O Manco – Entre Deus e o Diabo” de António Sá Gué
“Romance alegórico”

O certo e o errado são apenas modos diferentes de entender a nossa relação com os outros, não a que temos com nós próprios.
JOSÉ SARAMAGO

António Sá Gué mostrou, desde há algum tempo, um timbre de qualidade maior e exigência de escrita a que nos fomos desabituando, face à proliferação de livros que se escrevem hoje em dia, seja quais forem os motivos que os fazem emergir em catadupa e que se vendem e se leem e se esquecem. Simplesmente passam.
Os livros de Gué permanecem! Pela intensidade de um léxico rural de valor incalculável e que ficará em memória. Pela novidade estrutural de um quase “Novo Romance” que se alia à poesia, como é o caso do que hoje, aqui, ele nos apresenta.
Um “Romance alegórico” como o designa Ernesto Rodrigues que habilmente soube ver na narrativa principal, o narrador que persegue o espaço mais íntimo de Manuel António Morgado, um “romance fora do nosso tempo, a requerer demorada exegese”, se nele soubermos também encontrar a dimensão autobiográfica de quem diz e comenta por Manuel Morgado as angústias do ser, uma vida talhada para o sofrimento e o infortúnio por destino que se agiganta face à sua pequenez entre os seus e um mundo que lhe é hostil.

Lições Julianas ,por Céu Mendes


Iniciaste a aula liceal
Com voz  segura, sem vacilar
Com a determinação num olhar
Promissor de lição seminal.

Transpuseste aquele umbral
Sóbrio, analítico, ordenado
Traçaste a linha magistral
                          Do fazer aprender planeado.

                          Jorraste ensinamentos da cerviz
                          Da transmontana montanha
                          Descidos ao meu sopé de aprendiz
                          Ditos em língua quase estranha.

                         Folheei nos meus cadernos amarelecidos
                         Por entre registos, em Inglês, soterrados
                         Versos de Blake e Kipling ressurgidos
                        Nas tuas aulas, com deleite, sufragados.


                        Construiste pontes de sabedoria,
                        Ora rectilínea, gramatical,
                        Ora curvilínea, cultural,
                        Raspando a frívola alvenaria.

                       Cruzei contigo treliças de poesia
                       Interventiva, inconformada
                       Contra a igualdade ultrajada
                       Contra a individualista demasia !

                      És senhora de vontade inquebrável,
                      Deténs a força da serrania inabalável
                      Usas a palavra como estilete acutilante
                      Com ironia certeira e humor brilhante.

                     Agradeço as tuas intemporais lições.
                     A cada encontro na esquina da vida
                     Soltas pétalas de justiça sentida
                     Dos teus dedos livres de grilhões.

                                         Céu Mendes
                             Setembro de 2012


Moncorvo - vista do Reboredo


quarta-feira, 24 de abril de 2013

RIO DOURO - OUTONO


Click na imagem para aumentar.
O Douro junto ao Museu do Côa

DOURO SUPERIOR EM VISITA - RAID TT


De 17 a 19 de Maio, a Sabor Douro e Aventura organiza o Raid TT no Douro Superior, intitulado 14º RAID TT Douro Superior em Visita, com o apoio da Focsa, SA.
 A edição deste ano cujo Programa se divulga a seguir, terá a sua ocorrência no Vale do Douro Vinhateiro, Vale do Côa e Douro Internacional. O itinerário vai ligar os concelhos de Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Figueira de Castelo Rodrigo. Vamos visitar o Museu do Côa, admirar as Quintas do Alto Douro Vinhateiro, andar por terras de Ribacôa e contemplar a beleza natural do Parque Natural do Douro Internacional!
Para realizar este programa tem que ter uma viatura 4x4. O percurso do 1º dia é feito com carta de itinerário/roadbook, o passeio é turístico e muito seguro, sempre com alternativa nas partes mais difíceis. A organização controla todo o percurso garantindo a segurança dos participantes. O 2º dia é feito com carta militar, uma prova de navegação pelo concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, incluindo a  aldeia histórica de Castelo Rodrigo, a serra da Marofa, quintas e adegas, com a gastronomia do Douro e Beira Interior sempre presente!
Vamos percorrer a região vitivinícola mais antiga do mundo e a Rota dos Caçadores Paleolíticos do Vale do Côa, um território inimitável Venha daí! Se já é um apaixonado pelas anteriores edições do Raid TT Douro Superior, esta edição vai ser surpreendente, aventure-se pelos trilhos da Sabor Douro e Aventura!


Programa 3 dias/2 noites



Confraria dos Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro


ATENOR – Miranda do Douro
XXXIX CAPÍTULO GERAL - 18 de Maio de 2013
"L Burro, l Gaiteiro i la Ronda de las Adegas"
Programa
9:30 horas – Juntança
Adro da Igreja Matriz de Atenor – Nossa Senhora das Alporcas
Purmeiro Almuorço: figos secos, nuozes, sódos "farta-rapazes", licores, binos i augardientes…
10:00 horas
CAPÍTULO GERAL DE PRIMAVERA
Ordenança e Cerimónias de Confirmação - Entronização
12:00 horas – Visita ao Centro «O Palheirico» da AEPGA-Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino
13:00 horas
Segundo Almurço: pumientos ne l binagre, chouriças i bocheiras mirandesas, caldeirada de cordeiro, chichas assadas, saladas de yerbas, cumpotas i bola doce mirandesa, queisos i requeijones, binos alhá de l sítio… gaiteiros i tamborileiros…
16:00 horas
Ronda das Adegas de Atenor, Proba de binos i cerbeijas artesanales (Sartigalhos Palgrinos), Venda de produtos tradicionais, percursos e burrancadas…
Terceiro Almurço: l qu'inda houbir de sobra
PREÇO: 35,00€
A transferência Bancária deverá ser feita para a conta aberta em nome da nossa Confraria, NIB: 003504740003089783098.
Inscrições para o e-mail: confraria.trasosmontes@gmail.com
Nota: l Cunfrade Amadeu Ferreira bai tener que mos perdoar ls atropelos a la léngua mirandesa

PRIMAVERA - Papoilas


O Manco - Entre Deus e o Diabo . Novo livro de António Sá Gué


Sinopse:

O Manco é uma figura que procura a sua unidade, enquanto ser humano, entre a dura realidade  em que sobrevive e a busca de uma religiosidade que parece não lhe trazer respostas. Uma figura que se busca entre o seu mundo interior e exterior.
O Manco - Entre Deus e o Diabo é um grito em silêncio de uma revolta contida.

Vai ser apresentado na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, no 25 de Abril, pela dra. Teresa Leonardo Fernandes.


Um romance alegórico

Este romance de António Sá Gué conjuga várias linhas de força que o magnificam.  Externamente, cada capítulo é precedido de um poema, cuja função emotiva nos dá, em primeira pessoa, um sujeito depois narrado na terceira. Conjunto de vinte e três peças, articula-se, aqui, uma biografia psicológica. Esse direito à palavra ‒ qual didascália no teatro do ser, não só definindo uma voz, mas orientando a leitura ‒ é um traço de personagem tenaz procurando domar o seu destino. Rescende aos heróis antigos, e não seria difícil encontrar concordâncias.
O ponto de partida e chegada é o mesmo: a geografia moncorvense, a pouco e pouco, esclarecendo-se; diferentes os pontos de uma existência, quando se é jovem ou já muito sofrido: vimos dos cumes altivos de pegureiro às fundas gargantas de linfa onde se percebe melhor o vivido.

terça-feira, 23 de abril de 2013

FOZ CÔA - Crise ao fim de semana

Farmácia Andrade 
                                        https://www.facebook.com/groups/cidadedefozcoa/?fref=ts

DESCUBRA O DOURO SUPERIOR


De 17 a 19 de Maio, a Sabor Douro e Aventura organiza o 14º RAID TT Douro Superior em Visita, a edição deste ano terá a sua ocorrência na região vitivinícola mais antiga do mundo e Vale do Côa, na Rota dos Caçadores Paleolíticos.
Se já é um apaixonado pelas anteriores edições do Raid TT Douro Superior, esta edição não o vai desiludir, o percurso está definido no território inimitável, do Vale do Douro Vinhateiro, Vale do Côa e Douro Internacional. O itinerário vai ligar os concelhos de Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Figueira de Castelo Rodrigo. estão previstas visitas, ao Museu do Côa, às Quintas do Alto Douro Vinhateiro e aldeias históricas. Provas de vinhos, refeições com a gastronomia do Douro e Beira Interior sempre presente e animação musical no jantar de sábado.

Para realizar este programa  tem que se ter uma viatura 4x4. O percurso de sábado é feito com carta de itinerário/roadbook, o passeio é turístico e muito seguro, sempre com alternativa nas partes mais difíceis. A organização controla todo o percurso garantindo a segurança dos participantes. O Domingo dia é feito com carta militar, uma prova de navegação pelo concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, incluindo a  aldeia histórica de Castelo Rodrigo, a serra da Marofa, quintas e adegas. 
Para além das inúmeras ofertas previstas, durante o fim de semana decorre um concurso de fotografia que dá direito a prémio, um voucher para um fim de semana completo no Vale do Côa.
As inscrições podem ser feitas através do site www.sabordouro.com ou do e-mail info@sabordouro.com e custam 2 dias sem alojamento,  refeições no total (4); provas, visitas, Carta de  itinerário, Rally fotográfico, ofertas/prémios; seguro obrigatório, 70€/pessoa.

TORRE DE MONCORVO - Zona Industrial

     FOTO  A.F.F.M.

TORRE DE MONCORVO

O DOURO ILUSTRADO

O DOURO ILLUSTRADO : ALBUM DO RIO DOURO E PAIZ VINHATEIRO
LE DOURO ILLUSTRÉ : ALBUM DE CE FLEUVE ET DE SON PAYS VIGNOBLE
THE ILLUSTRATED DOURO : AN ALBUM OF THE RIVER DOURO AND ADJACENT WINE COUNTRY / VISCONDE DE VILLA MAIOR
 
AUTOR(ES): 
Vila Maior, 2o Visconde de, 1809-1884
PUBLICAÇÃO: 
Porto : Liv. Universal de Magalhães & Moniz 1876

Padre rockeiro é do Benfica e revoluciona missa


JOSÉ MIGUEL GASPAR

 
foto RUI MANUEL FERREIRA/GLOBAL IMAGENS
Padre rockeiro é do Benfica e revoluciona missas
Padre está em Torre de Moncorvo e vai gravar novo cd
 
Padre Victor, 37 anos, ar de galã, está a modernizar a celebração da missa nas velhas aldeias de Torre de Moncorvo. São 20 paróquias dispersas por 532 km2.
Não é o que se espera ver vir da boca de um padre, sobretudo quando ele já está de paramentos, um pé já vai no adro, a missa quase, quase a começar. Foi quando um paroquiano corado enfiou a cabeça na sacristia e atirou lá para dentro, não sem um certo à-vontade, "Então senhor padre, e logo, como é que é?". Aí, o padre, que alinhava quatro acólitos à sua frente, e compunha nos ombros a alva do mais pequeno, mais curta de um lado do que de outro, mirou de relance o paroquiano, subiu o olhar e soltou, como quem antecipa já o júbilo, um sonoro "Ai!... Aguenta coração!". Os presentes sorriram todos, agitaram-se três acólitos, o paroquiano até se riu, e aquele momento rubro desvaneceu-se graciosamente ali - mas não antes de Melanie, acólita e única menina presente, lançar um falso olhar de censura de quem diz que ali não será o melhor sítio para prognósticos de futebol.
Não foi um momento desusado para os paroquianos do padre Victor, nascido em 1975, que há três anos diz missa na igreja medieval da Lousa, aldeia do alto da Torre de Moncorvo, Bragança, que tem oito mil habitantes, menos de metade dos que tinha em 1960, e 20 paróquias dispersas num raio de 532 km2. O padre já vai na homilia, explica que o bom pastor conhece as ovelhas pelo nome, e agora parou e pergunta à assembleia sentada: "Acham que Deus valoriza mais as virtudes ou os nossos defeitos?". Não é retórica, eles sabem, ele espera, às vezes ele até gosta de andar pelo meio deles, no meio da missa, a perguntar, eles respondem "virtuuuudes!", ele apanha a palavra no ar e conclui a fiada: "Deus só quer saber das nossas qualidades. E só quer saber do amanhã, o que fizemos ontem, a Ele, não interessa". A missa tem 70 presentes, dura 29 minutos, e, tirando os quatro acólitos, não há uma criança à vista - viu-se o mesmo nas missas de Castedo e de Vide. Austelina, nascida, criada e metida na Lousa há 76 anos, explica porquê: "Aqui já fomos mais de mil, agora sobram 300. Uns emigram (e são muitos), outros morrem (e são menos) e não há ninguém, ninguém a nascer".
Chegado a Moncorvo há 10 anos para professor de moral, o padre Victor logo fez fama de moderno, com cantorias, cabelo escorrido comprido, camisa aberta dois botões, sempre em condução veloz, a mesma em que segue agora, serra abaixo, a acelerar o seu Insígnia. "O meu domingo: digo três missas, almoço com os meus pais em Castro d'Aire, tiro a tarde e à noite janto com padres colegas do seminário de Lamego", diz o prelado, que mexe no rádio e põe mais alto "Cemeteries of London" dos Coldplay. "Gosto muito, vi-os no Dragão. Também vou ver Killers ao Alive, e Blind Zero ao Hard Club".
Não é um padre normal, padre Victor, que foi notícia há quatro anos porque compôs, gravou e editou um CD de pop/rock ("Palavras", distribuição EMI) "e que teve duas canções na novela "Sentimentos" da TVI!". Faz tudo parte da pregação, "é evangelizar pela música", o projecto não parou: "Já estou a gravar o segundo CD, no Porto, sai em 2014, ainda é segredo, vai voltar a surpreender".
Sem surpresa, anteontem à noite o coração do Padre Victor aguentou: o seu Benfica venceu o Sporting por 2-0. Ele ri muito, dá um recado, ri mais: "Pronto, diga lá aos seus amigos do Porto que agora já não vão lá nem com um milagre".

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Maior empresa mineira do mundo quer investir em Torre do Moncorvo (Publicado a 20 de Outubro de 2011)

Os australianos da Rio Tinto, a maior empresa de minas do mundo, querem investir cerca de mil milhões de euros na exploração de ferro em Portugal, disse fonte próxima das negociações à Lusa.
...minas de Torre de Moncorvo
O projecto será realizado nas minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, um dos maiores depósitos de minério de ferro da Europa, com recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas de minério e recursos inferidos de mil milhões de toneladas.
O investimento está a ser negociado entre o Governo, a empresa que detém a concessão da mina até 2070, a MTI - Minning Technology Investments, e a Rio Tinto, refere a mesma fonte.
O Ministério da Economia confirma oficialmente que está «a desenvolver negociações com uma das maiores empresas do mundo para um grande investimento no sector mineiro em Portugal», sem, no entanto, avançar qualquer dado sobre o assunto.
Álvaro Santos Pereira já tinha anunciado a 27 de Setembro na RTP que existia uma multinacional que pretendia fazer um grande investimento em Portugal, escusando-se na altura a avançar com detalhes.

Texto: http://m.tsf.pt/m/newsArticle?contentId=2070921&page=1
Ver:
http://www.rtp.pt/noticias/?t=Autarca-de-Torre-de-Moncorvo-so-concorda-com-investimento-se-municipio-for-ressarcido-e-populacao-compensada.rtp&article=491154&visual=3&layout=10&tm=6
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Populacao-contente-com-possivel-investimento-nas-minas-de-Torre-de-Moncorvo.rtp&headline=46&visual=9&article=491016&tm=8

TORRE DE MONCORVO - Vista geral


TORRE DE MONCORVO - 25 DE ABRIL


Feiticeiras da Eucísia



- Há nesta povoação uma particularidade bastante curiosa que deriva da seguinte lenda:
No tempo em que a Eucisia pertencia ao arcebispado de Braga, costumava ir ali um pa-
dre, que era do Minho, visitar a igreja e ver se havia  falta de paramentos,etc.
Uma vez, hospedado  em casa de família que o recebeu bem,
com boa ceia e boa pinga, não do verde a que ele estava acostumado,o vinho principiou a surtir os seus efeitos,quando já se encontrava  o nosso padre no quarto-para  se deitar,mas
precisando satisfazer a certas necessidades fisiológicas entrou para a cavalariça aonde lhe
tinham recolhido a montada. Porém, o efeito dos vapores do álcool  subiram a tal ponto que o padre lá ficou até ao dia seguinte;sendo ali encontrado e perguntando-se-lhe a causa de tal facto,respondeu que se havia deitado na cama,e se estava  naquele sitio  é porque tinha sido levado pelas teitíceiras e que contra elas era bom usar trovisco
Eis ,o motivo porque a povoação da Eucisia é chamada a terra das feiticeiras e corre grave
risco quem ali vá com ramo de trovisco no chapéu.
In MONOGRAFIA DO CONCELHO DE ALFÂNDEGA DA FÉ, de João Batista Vilares 

Nota de editor:Este depoimento é um excerto do projecto “Gentes de Alfândega - Memórias”, desenvolvido pelo Município de Alfândega da Fé.

Imensa vastidão,por Armando Sena











A minha mais recente incursão por terras moncorvenses, não foi a fugaz descida pela ondulante estrada que passa em Cabeça Boa, rumo à Foz do Sabor. Não, desta vez foi feita por IC’s e IP’s que a evolução tem destas coisas e, mesmo sendo mais rápida, levou-me a fazer o dobro dos quilómetros. Ironias do progresso!

A entrada pelo vale da Vilariça, em inícios de Primavera, abre uma janela de cores e paisagens que aguça o apetite e é já uma premonição do que há-de vir.
Cruzam-se obras notáveis, os tais investimentos no interior que deixarão marcas, para o bem e para o mal e atinge-se o objetivo ao fim da manhã de um dia chuvoso, localizado a meio de uma encosta íngreme: Torre do Moncorvo. Haverá por certo gente mais habilitada para justificar a sua localização na encosta, eu, como simples visitante, presumo que seja uma consequência do valor que se dava outrora aos bons terrenos de cultivo, os quais não eram usados com outros fins que não os primários: produzir alimentos. 
Apesar da riqueza e preservação arquitetónica da vila, tomei como adquirido que o concelho não se limitava à zona urbana, seria muito mais do que isso. E, confirmei mais tarde que tal é uma realidade.
Vindo de Barca de Alva para terras moncorvenses, percorre-se uma estrada que é ela própria um miradouro constante, uma janela sobre o Douro, um paraíso praticamente intacto. Descobre-se ainda que o concelho é um conjunto de vários “mundos” onde, depois da vinha, existe o castanheiro e entre a horta e o olival existe um infinito naipe de variedades naturais alicerçado na sua maior riqueza, os MONCORVENSES.   

Fotos e texto de Armando Sena

Rio Douro - Imensa vastidão

                                                     FOTO DE ARMANDO SENA

domingo, 21 de abril de 2013

ALFÂNDEGA DA FÉ - Seminário Apícola da Terra Quente


Foz Côa: Emprego e salvaguarda do património rupestre preocupam trabalhadores do Vale do Côa


Os 37 trabalhadores da Fundação Côa Parque alertam para a degradação da sua situação laboral, exigindo que Estado acate com as suas obrigações de preservar o património rupestre daquela região, que é património mundial.
 "Os cortes de 30% anunciados pelo Governo colocam em causa a salvaguarda do património arqueológico do Vale do Côa, que é Património Mundial da Humanidade, para além de colocarem em risco mais de uma dezena de postos de trabalho", avançou José Branquinho, representante da Comissão de Trabalhadores da Fundação Côa Parque.
A Comissão de Trabalhadores, acusa igualmente o Governo de não ter uma estratégia cultural para salvaguardar o património arquitetónico e arqueológico.
A Côa Parque - Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, foi constituída em março de 2011, depois de extinto o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Estevais da Vilariça -Fragada


sábado, 20 de abril de 2013

Arqueologia: Novos achados "únicos" no Baixo Sabor


As investigações arqueológicas que estão a decorrer há dois anos na região do Baixo Sabor trouxeram aos olhos dos especialistas achados "únicos" em toda a Península Ibérica. As descobertas foram apresentadas durante o 1º Encontro de Arqueologia, que decorreu esta sexta-feira na vila transmontana de Mogadouro e contou com especialistas e professores universitários.
Medal.  Foto A.F.F.M.
"Estamos a terminar os trabalhos de campo que abrangeram mais de uma centena de sítios arqueológicos com uma cronologia estabelecida entre o Paleolítico Inferior e a Idade Moderna", contou à agência Lusa a arqueóloga Rita Gaspar, do Agrupamento de Empresas do Baixo Sabor.
De acordo com a cientista existem três sítios "excecionais" no Vale do Sabor, em que a intervenção será prolongada por mais uns meses, e outros onde os trabalhos já estão praticamente concluídos e em que as equipas já estão a desmobilizar.
Crestelos. Foto A.F.F.M.
Entre os pontos de interesse, desvendou Rita Gaspar, está um local situado na foz da ribeira do Medal, freguesia de Meirinhos, concelho de Mogadouro, onde foram descobertas milhares de placas de pedras com gravuras de "arte rupestre móvel".
Os arqueólogos afirmam que se trata de uma área que ultrapassa os 400 metros quadrados e que tem vindo a revelar-se um importante ponto arqueológico do Paleolítico Superior na Península Ibérica.
"Esta é, atualmente, a maior escavação do Paleolítico Superior em Portugal, num contexto de arte rupestre móvel, sendo a única do seu género ao ar livre na Península Ibérica. Muito poucas na Europa têm mais de 300 mil peças para serem estudadas", revelou a arqueóloga.
Outro dos locais mais importantes para os investigadores é o Sítio de Crestelos, também no concelho de Mogadouro, que atesta a existência de uma ocupação "contínua" de mais de dois milhões de anos.
"Aqui descobrimos estruturas da Idade do Ferro que ainda não foram encontradas em outros pontos da região", destacou Rita Gaspar, que acrescentou que "todo o material recolhido nos sítios arqueológicos está a ser analisado" nos laboratórios "e compilado para, no fim, ser publicada uma monografia", o que deverá acontecer, "ao que tudo indica, em 2014/2015".

2.300 sítios arqueológicos já sinalizados
Antes do início das obras de construção da barragem do Baixo Sabor, os especialistas tinham sinalizados 300 sítios arqueológicos. Depois destes trabalhos, o número "saltou" para os 2.300, o que, segundo Rita Gaspar, se traduz "num enorme incremento nos trabalhos arqueológicos", com uma grande concentração de meios humanos e materiais, "que deu frutos fabulosos".
A especialista salientou, portanto, que, no decurso dos trabalhos arqueológicos, todas as expetativas "foram ultrapassadas" na região do Vale do Sabor.
De realçar que os trabalhos estão a decorrer na área da albufeira que abrange os quatro concelhos da região do Baixo Sabor (Mogadouro, Macedo de Cavaleiros, Alfandega da Fé e Torre de Moncorvo), que ficará submersa aquando do enchimento da albufeira da barragem do Baixo Sabor, programado para 2013.
Sábado, 20 de Abril de 2013