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António Monteiro.Foto de arquivo. |
– Mas, então, se não é da Pampilhosa, de onde é ?
– De Vila Real.
– O quê? É transmontana? – Luís fez um sorriso de orelha a orelha.
– Sou, mas porquê? – pergunta ela, não percebendo a razão de tamanho
júbilo.
– Porque eu também sou transmontano. De Torre de Moncorvo.
– Não me diga! Tenho lá um primo de meus pais.
– Quem?
– O António Monteiro.
– O Monteiro? O engenheiro agrónomo, presidente da Cegtad?
– Sim, é engenheiro, o resto é que já não sei…
– Ah, mas sei eu. É um amigo de
peito.
– E o que é isso da Cegtad?
– Confraria de Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro.
– Nunca ouvi falar dela aos meus pais.
– Não é do tempo dos seus pais. Foi fundada há dezassete anos, em 1995.
− E tenho lá também um parente numa aldeia com um nome muito engraçado −
Peredo dos Castelhanos. É um jornalista muito conhecido que vive em Lisboa.
− Não me diga que é o Rogério
Rodrigues!
− Esse mesmo.
− Um grande senhor do jornalismo, o Rogério.
− E também poeta e dos melhores.− Mas isto são muitas
surpresas para um só dia! Havemos de ir jantar com o Rogério ao Solar dos
Presuntos.
IN:
A Mulher que Venceu Don Juan
Autora: Teresa Martins Marques