O presidente do Conselho Distrital da Ordem
dos Médicos está preocupado com a média de idades dos médicos de clínica geral
do Nordeste Transmontano, que se situa nos 55 anos.
Marcelino Marques da Silva afirma que, se esta
tendência não for revertida, pode-se chegar a uma situação “catastrófica”,
quando estes médicos se reformarem.
“Se não forem tomadas medidas a breve prazo,
dentro de 5 a 7 anos, vai haver uma catástrofe. De um momento para o outro
vão-se reformar praticamente todos os médicos de família da primeira geração”,
considera o responsável.
O médico, que integra também o Conselho de
Administração da ULS Nordeste, não tem dúvidas que para fixar os jovens médicos
à região é necessário aumentar os salários destes profissionais de saúde.
“Dou o exemplo de países que têm falta de
médicos como Angola, Arábia Saudita, Alemanha… e pagam mais para ter esses
profissionais. O interior tem que pagar mais aos profissionais para estarem
aqui, porque as condições são adversas”, frisa o médico.
Por outro lado, Ponciano Oliveira, do Conselho
Directivo da ARS Norte, acredita que brevemente o Nordeste Transmontano terá os
médicos que necessita. “Os incentivos existem até mesmo pela forma de
organização dos cuidados primários, hoje em dia, que têm vindo a ser implementada
desde 2008”, salienta Ponciano Oliveira.
Nesta altura estão 25 internos de medicina
geral e familiar nas unidades hospitalares da ULS do Nordeste, que em breve
estarão aptos para exercer a profissão.
Declarações à margem do XXI Encontro do
Internato de Medicina Geral e Familiar do Norte, que decorreu na passada quinta
e sexta-feira, no Teatro Municipal de Bragança.
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