Há um ano que o campeonato do pastel de nata
tem um novo jogador: o pastel de nata de castanha de Trancoso nasceu há um ano
e continua a dar que falar.
O ex-ministro da Economia Álvaro Santos
Pereira viu nele um exemplo do que pode ser feito para internacionalizar a
economia portuguesa. O pastel de nata é cobiçado e variado: já conhecemos o
pastel de nata clássico, o de cereja do Fundão, o de maçã de Mangualde e no
último ano nasceu o de castanha, em regiões do interior, como Trancoso (Guarda)
e Vinhais (Bragança).
Trancoso é um dos maiores produtores de
castanha do país. Faz parte da região dos Soutos da Lapa, com 2.745 produtores,
responsáveis por 1.860 toneladas de castanha todos os anos.
Há um ano, na Feira da Castanha e Paladares de
Outono, nasceu o pastel: mais escuro e de sabor forte. Coube à Pastelaria
Trovador, em Trancoso, a invenção da iguaria, que estará de novo em destaque na
próxima edição da feira, de 7 a 9 de Novembro.
Ana Sobral, proprietária da Trovador, quis
tirar maior rendimento das castanhas. A Renascença não conseguiu encontrá-la na
pastelaria (andava a… apanhar castanhas). Por trás do balcão, Olga Nascimento
garante que este produto sazonal é um sucesso.
"[Os clientes] Acharam que era muito bom
e teve muita saída. Houve pessoas que gostaram mais deste [do que clássico
pastel de nata]."
Dos computadores para o campo
A região dos Soutos da Lapa tornou-se um
território atraente para os jovens agricultores.
Alfeu Magalhães, engenheiro informático de 29
anos, é um deles: deu conta que os computadores não lhe enchiam a barriga. E
decidiu pegar numa herança de família: 14 hectares.
"Vi que a engenharia informática no
interior é muito complicada", confessa. "Não queria deixar as raízes
do interior, por causa da paixão: eu cresci aqui, vinha aqui com os meus pais
apanhar castanhas desde miúdo."
Como onde há castanheiros há cogumelos, Alfeu
Magalhães aliou o útil ao agradável para fugir às quebras de produção e agora
vive da agricultura. "Os cogumelos silvestres que nascem nos soitos são
muito apreciados na alta cozinha."
Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=24&did=166322
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