quinta-feira, 23 de outubro de 2014

TORRE DE MONCORVO 1890 - 1926

Sobre as cenas de violência e descontrolo democrático nas diversas assembleias de voto, muito haverá para dizer. Vejam, a título de exemplo, o seguinte ofício do administrador do concelho para o delegado do procurador régio:
- Acaba de se apresentar perante mim José  Augusto Lopes da Fonseca, casado, proprietário, morador nesta vila, queixando-se contra José Francisco Aires, casado, oficial de diligências do juízo de direito desta comarca, contra Manuel Maria Almeida, viúvo, da freguesia de Urros, contra José Pando, casado, pastor e contra Manuel do Nascimento Parrico, casado, jornaleiro, estes desta vila, pelo facto de todos eles ofenderem corporalmente a ele queixoso, sendo o primeiro a maltratá-lo o referido oficial de diligências, todos os arguidos armados de navalhas (…) Este facto teve lugar no dia de ontem, seriam 5 horas da tarde, pouco mais ou menos, dentro da igreja matriz desta vila, aonde se estava a proceder a uma eleição, fazendo parte da mesa o queixoso, na qualidade de escriturário (…) Queixando-se ainda contra Adriano Catalão, Júlio Henrique de Abreu, José Madeira, dr. Ramiro Guerra, Manuel Joaquim de Morais Leal, Frederico José de Abreu (…) armados de revolveres e navalhas ameaçando o queixoso no dia 3, na igreja matriz.[1]
[1] AHM, Administração – Correspondência expedida, 1901.
Excerto do livro  HISTÓRIA POLÍTICA DE TORRE DE MONCORVO 1890 - 1926 ,
de António Júlio Andrade
Âncora Editora ( com o apoio da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo)
O livro é apresentado no dia 16 de Outubro na biblioteca municipal.
(Reedição de posts desde o início do blogue)

1 comentário:

  1. Dois sítios da blogsfera a visitar:
    http://torredemoncorvoinblog.blogspot.com/2009/10/tormenta-dos-mogadouro-na-inquisicao-de.html
    http://marranosemtrasosmontes.blogspot.com/

    Googleman

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