GASPAR DA PIEDADE - Padre, natural de Moncorvo. Avulta na sua vida a sua viagem aos Lugares Santos de Jerusalém, fundando, no regresso, a ermida do Salvador do Mundo, junto ao rio Douro, em S.João da Pesqueira. Aí colocou várias relíquias muito veneradas por todos, as quais trouxe das suas peregrinações, e lá morreu com fama de santidade, na gruta onde passou o resto da vida em dura penitência e prática da caridade. Morreu com noventa e cinco anos de idade em 1615.
in "Vultos Médicos Bragançanos"
(Reedição de posts desde o inicio do blogue)
Mais uma foto espectacular!! E que lindo nome tem a ermida!
ResponderEliminarVou copiar a foto, se me permite. E sugiro que a coloque também no facebook em 'descobrir portugal'
http://www.facebook.com/pages/Descobrir-PORTUGAL/124331758934
Meia dúzia de remadas nervosas, - e o barco abalou. Logo, tomado pela corrente impetuosa, começou de fugir como uma flecha. Entrávamos no ponto da Valeira. A água precipitava-se, escachoando, batendo como um aríete as rochas escaveiradas, refluindo em caprichosas volutas, atirando-se contra o costado da embarcação, que gemia sob o embate. Seguindo a depressão cavada pelo redemoinhos no eixo do rio, o rabelo corria como numa calha. Sobre a ponte, o velho arrais, de semblante adusto, olhos fitos na proa e músculos retesados, movia à direita e à esquerda a pesada espadela, guinando ora para o pego ora para a margem, procurando evitar os parcéis e manter-se no sinuoso canal – na certeza de que o menor desvio seria o irremediável naufrágio. De repente, sentiu-se uma pancada surda na quilha. Batêramos num penedo submerso. Alguns passageiros, violentamente projectados, estatelaram-se no fundo da embarcação. Uma golpe de água entrou, como vaga alterosa, molhando-nos a todos. E um brado uníssono de angústia vibrou no ar, ecoou nos penhascos das arribas, ao mesmo tempo que nos erguíamos dos bancos.
ResponderEliminar-Má raios! – gritou o arrais.
E logo, imperativamente:
-Tudo sentado já! Rema à esquerda! à direita!
O barco atravessou-se, oscilou, conseguiu libertar-se das garras agudas do granito. Metros abaixo, entrámos no poço do Salvador, tranquilo como um lago. Estávamos salvos. No alto da escarpa., por cima das nossas cabeças, alvejava a ermida do Salvador do Mundo…
Duas horas depois, avistávamos o apeadeiro de S. Mamede do Tua, e a par dele, fumegando, a locomotiva atrelada à longa fila de trens, negros e sujos, que devia conduzir-nos vale do Douro abaixo. »
[ Ares da Minha Serra.
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Responder |Anónimo para mim
ResponderEliminarmostrar detalhes 16:52 (há 18 minutos)
Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Douro - Ermida do Salvador do Mundo":
Meia dúzia de remadas nervosas, - e o barco abalou. Logo, tomado pela corrente impetuosa, começou de fugir como uma flecha. Entrávamos no ponto da Valeira. A água precipitava-se, escachoando, batendo como um aríete as rochas escaveiradas, refluindo em caprichosas volutas, atirando-se contra o costado da embarcação, que gemia sob o embate. Seguindo a depressão cavada pelo redemoinhos no eixo do rio, o rabelo corria como numa calha. Sobre a ponte, o velho arrais, de semblante adusto, olhos fitos na proa e músculos retesados, movia à direita e à esquerda a pesada espadela, guinando ora para o pego ora para a margem, procurando evitar os parcéis e manter-se no sinuoso canal – na certeza de que o menor desvio seria o irremediável naufrágio. De repente, sentiu-se uma pancada surda na quilha. Batêramos num penedo submerso. Alguns passageiros, violentamente projectados, estatelaram-se no fundo da embarcação. Uma golpe de água entrou, como vaga alterosa, molhando-nos a todos. E um brado uníssono de angústia vibrou no ar, ecoou nos penhascos das arribas, ao mesmo tempo que nos erguíamos dos bancos.
-Má raios! – gritou o arrais.
E logo, imperativamente:
-Tudo sentado já! Rema à esquerda! à direita!
O barco atravessou-se, oscilou, conseguiu libertar-se das garras agudas do granito. Metros abaixo, entrámos no poço do Salvador, tranquilo como um lago. Estávamos salvos. No alto da escarpa., por cima das nossas cabeças, alvejava a ermida do Salvador do Mundo…
Duas horas depois, avistávamos o apeadeiro de S. Mamede do Tua, e a par dele, fumegando, a locomotiva atrelada à longa fila de trens, negros e sujos, que devia conduzir-nos vale do Douro abaixo. »
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.O sítio mais belo do Douro foi o lugar escolhido por um moncorvense para meditar. Há sempre um de Moncorvo ...
ResponderEliminarTenho que voltar ao miradouro do Salvador do Mundo com alma(de ferro) e orgulho de eu, também ser moncorvense. Nascido na aldeia e criado na vila.
Um sítio fabuloso.
ResponderEliminarÉ mesmo de São salvador do Mundo, junto à barragem da Valeira?
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