
A marcha dos alimentos ao lado da história
das religiões, as estórias imateriais e a utopia diária da vida como a
argamassa solidificante do edifício da História e a razão do ser das suas
estórias, o contento ao aperto fisiológico e o sublimar dessa função, os
comeres e os falares enjeitados ou a ilusão e a racionalidade das escolhas
existenciais, são, tão-só, motes para a conversa e pretextos ao elogio da
castanha ou à eterna paciência de beber vinho, à espera de outros tempos ou aos
equívocos agro-alimentares, à excelência dos produtos de identidade territorial
ou à virgindade do azeite… enfim… à comemoração
da memória e da simplicidade dos saberes.
A memória é, naturalmente, a capacidade de permanência face ao tempo que
corre e que passa – o salvar do passado para serventia do Futuro que queremos!
AMMonteiro
Nota de
Abertura

António Manuel Monteiro é um autor
invulgar e possuidor de um rico conhecimento das tradições nacionais, com
particular incidência da memória transmontana. A sua escrita, com um
vocabulário muito próprio, ou das gentes de para lá dos montes, é um dos
fascínios desta obra. No entanto, e para uma melhor leitura, foi criado um
glossário simples e elucidativo dos vocábulos menos utilizados. O vigor da
informação e a precisão das fontes que confirmam as suas afirmações fazem do
conjunto destes textos uma documentação fundamental para quem queira entender a
forma como alguns produtos, ou algumas receitas, chegaram até nós.
A Âncora Editora orgulha-se de poder
começar esta colecção com este livro e este autor.
Virgílio Nogueira Gomes
Director da colecção
Nota: Apresentação do livro na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo no dia 29, por Rogério Rodrigues.
Mais um grande livro de um grande moncorvense.
ResponderEliminarJ.
Estou no Porto ,onde trabalho, não posso deslocar-me a Moncorvo.Estará à venda na internet?
ResponderEliminarLeitor