O Centro de Conservação e Restauro da Diocese
de Bragança-Miranda entrará em funcionamento até ao final do ano com intuito de
recuperar o património religioso da região nordestina, disse hoje à Lusa fonte
da Igreja Católica.
"O espaço onde vão funcionar as oficinas
de restauros e os gabinetes dos técnicos estão praticamente concluídos, bem
como salas de apoio à formação de futuros especialistas em restauro de arte
sacra", acrescentou o padre António Pires, da Comissão de Arte Sacra
diocesana.
Esta unidade vai funcionar em Sendim, concelho
de Miranda do Douro, e resulta de uma necessidade de restaurar arte sacra da
diocese nordestina, já que muitas vezes esse trabalho era feito longe dos
lugares de origem das peças. "Para além do restauro, a diocese vai
utilizar o futuro centro para fazer o inventário das peças de arte sacra de
toda a região, com rigor científico", destacou o clérigo.
O centro servirá ainda de apoio e
aconselhamento aos sacerdotes e comissões fabriqueiras, sempre que seja
necessário, para intervenções nas igrejas ou na estatuária. Segundo os mentores
do projecto, este apoio vai de encontro às necessidades actuais da diocese,
dado que as intervenções nos templos ocorrem nas igrejas muitas vezes sem
qualquer tipo de ajuda especializada, nem supervisão.
A vertente formativa do projecto pretende, por
outro lado, criar mais equipas que possam responder às necessidades da região
mas também actuar noutras zonas do país. A ideia é contratar técnicos
qualificados em escultura e pintura numa tentativa de salvaguardar o
património, mas a pretensão é também criar parcerias com empresas locais que
estejam habilitadas para a intervenção patrimonial.
A Comissão Diocesana de Arte Sacra vai ainda
dispor de todo o inventário do património móvel já elaborado, devendo
providenciar todos os trâmites necessário para concluir o processo. O Centro de
Restauro de Arte Sacra, de acordo com o projeto já candidatado aos apoios
comunitários, vai custar cerca de 90 mil euros e vai ficar instalado na Casa da
Criança Mirandesa, em Sendim, Miranda do Douro.
Finalmente.Será que é desta? Ou vão deixar cair tudo em ruinas?
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