terça-feira, 21 de outubro de 2014

FELGAR - 1974

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10 comentários:

  1. Espero que a capela esteja de fachada renovada.
    Que de recordações!

    Júlia

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  2. São efeito do vendaval de 1941?

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  3. Os efeitos não são do ciclone de 15/2/1941.
    Eram o resultado da incúria do tempo e do homem, este mais virado para outros restauros ou recuperações doutros templos considerados mais necessitados e por 1978, por precaução, esta capela foi ao chão, face à sua ruina que ameaçava desabar a qq. momento.

    Era uma capela, sob a invocação da Santa Cruz, com alguma história e uma arquitectura algo interessante, na sua torre sineira, no óculo da sacristia e nesta estava esculpida uma data de 1143, garantidamente apocrifa uma vez que esta capela era do séc. XVIII, e que veio substituir outra capela anterior no mesmo local.

    Serviu, em tempo de obras na matriz, de igreja matriz, fizeram lá casamnetos, missas, baptizados e até enterramentos, entre Nov. 1835 a Jun. 1836, e se lá fizerem escavações aparecem as ossadas.

    Nos inicios de 80, com inauguração em 1982 - e com tantas estórias, enredos, coragem de uns poucos e situações ainda impublicáveis - foi no mesmo local, mas com uma menor dimensão, edificada a actual capela da Santa Cruz, com muitas pedras da anterior, que desempenha a função de morgue ou onde se velam os defuntos aquando dos velórios.

    Blueberry.

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  4. Partindo da Vila de Torre de Moncorvo, tomando a estrada nacional 220 em direcção às terras de Miranda, percorridos cerca de 8 Km entramos no termo da freguesia de Felgar, deparando com a anexa de Carvalhal, neófita e pujante localidade, filha da industrialização da actividade mineira que, nos anos cinquenta, aí ocorreu, no monte da Carvalhosa e no cabeço da Mua e que se prolongou por mais três décadas.
    Finda a exploração mineira soube esta localidade adaptar-se, continuar a crescer e ser hoje uma localidade com uma boa qualidade de vida.

    1ªparte
    Googleman

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  5. 2ªParte
    Tem uma população jovem e dinâmica e é servida por um conjunto de infra-estruturas e equipamentos onde podemos destacar a recém construída Igreja, as escolas, o parque desportivo.
    Aí, rumando a norte e tomando a estrada municipal 613, percorridos que sejam 4 Km chegamos à aldeia de Felgar, sede de freguesia. Já referenciada nos inícios do século XIII, passou airosamente pelo correr do tempo, sempre boa anfitriã e hospitaleira a quem a honra com a sua visita.
    O viajante, qual romeiro à procura do seu oásis, encontra, desde logo, o primeiro e o mais importante elemento da civilização: a água, cuja abundância é a marca intemporal desta terra.
    Jorra das fontes, fresca e abundante, mata a sede e durante os meses de verão percorre, em regos centenários, a malha urbana regando as cerca de 300 hortas que rodeiam a aldeia, denotando uma beleza de um quadro sócio-etnográfico único na região.
    Já dessedentado, resta ao visitante reconfortar o estômago e descansar o corpo. A Casa da Santa Cruz – Turismo de Habitação de Espaço Rural – instalada num solar do século XVII, recentemente recuperado de forma exemplar, oferece todas as comodidades ao mais exigente dos hóspedes. Esta unidade hoteleira proporciona uma rica gastronomia regional e todo um conjunto diversificado de actividades de lazer e lúdicas que, certamente tornarão inesquecível a estadia, visto que se privilegia o contacto com a natureza.

    Googleman

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  6. 3ªParte
    Reconfortado o corpo, alimente-se o espírito. A esta luz, o primeiro passo é em direcção à vetusta igreja matriz que tem por orago o arcanjo S. Miguel. Edifício antigo, foi profundamente restaurado em 1681 conforme inscrição granítica com o informe “valia o pan 600”. Ampla igreja de duas naves, tem o coro sustentado por duas colunas com quatro pias em cada base. Nesta panorâmica entrará nos olhos do visitante o magnífico altar mor e o altar das almas. A talha dourada resplandece. Os motivos religiosos aí representados estarrecem a alma. A arte escorre a jorros e o espírito do mortal reconhece o simbolismo aí representado.
    A jornada prosseguirá com a visita ao demais património religioso. É o momento de rumar às capelas. Comece-se pela capela de N.ª S.ª da Conceição (séc. XVII) sita junto ao cemitério público edificado em 1835, precisamente antes da revolta da Maria da Fonte. Facto curioso e singular.
    Logo de seguida encontramos a capela de Santa Cruz, edifício do século XVI, mas que já sofreu profundas alterações. De enorme interesse para um qualquer interessado pela arqueologia será a ara funerária, do século III da nossa era, que se encontra no seu interior e que testemunha a presença romana por estas paragens.
    Por sua vez a capela de Santa Bárbara, edificada no século XVIII sobre um morro de escórias, relembra-nos a actividade mineira desenvolvida desde tempos imemoriais sendo aquela mártir a padroeira dos ferreiros e mineiros. Nesta pequena capela de arte barroca deparamos no seu interior com o pavimento a granito, com cobertura em abóbada formando doze caixotões pintados com passagens da vida da Santa Bárbara.
    Já fora do aro da aldeia está a capela do Espírito Santo, edifício do século XVIII à qual se faziam grandes romarias conforme atestam as memórias paroquiais de 1758.
    Mais abaixo, na margem direita do rio Sabor, deparamos com o povoado antiquíssimo de Silhades, berço da freguesia, com cerca de duas dezenas de casas em xisto, edificadas em redor da capela de S. Lourenço. Aí é o local de veraneio por excelência da freguesia: boas praias fluviais, excelente água, locais aprazíveis para usufruir de sombras refrescantes e paisagens bucólicas. Já no inverno o rio Sabor toma fôlego e permite a prática de desportos mais radicais como o rafting e outros.
    Regressando à aldeia, não podemos deixar de visitar o Santuário de N.ª S.ª do Amparo local onde, no penúltimo domingo do mês de Agosto, se realiza a tradicional romaria e festa. Aí acorrem centenas de romeiros numa manifestação de fé e devoção. De facto, este Santuário situa-se num local cativante atenta a beleza das capelas, do espaço envolvente e de duas fontes que conferem ao local uma frescura ímpar.
    Senhor viajante fica o convite feito. Venha visitar-nos e descobrir os encantos de uma aldeia transmontana que respeita o passado, está atenta ao presente e com os olhos postos nas gerações vindouras.

    Googleman

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  7. 3ªParte
    Reconfortado o corpo, alimente-se o espírito. A esta luz, o primeiro passo é em direcção à vetusta igreja matriz que tem por orago o arcanjo S. Miguel. Edifício antigo, foi profundamente restaurado em 1681 conforme inscrição granítica com o informe “valia o pan 600”. Ampla igreja de duas naves, tem o coro sustentado por duas colunas com quatro pias em cada base. Nesta panorâmica entrará nos olhos do visitante o magnífico altar mor e o altar das almas. A talha dourada resplandece. Os motivos religiosos aí representados estarrecem a alma. A arte escorre a jorros e o espírito do mortal reconhece o simbolismo aí representado.
    A jornada prosseguirá com a visita ao demais património religioso. É o momento de rumar às capelas. Comece-se pela capela de N.ª S.ª da Conceição (séc. XVII) sita junto ao cemitério público edificado em 1835, precisamente antes da revolta da Maria da Fonte. Facto curioso e singular.
    Logo de seguida encontramos a capela de Santa Cruz, edifício do século XVI, mas que já sofreu profundas alterações. De enorme interesse para um qualquer interessado pela arqueologia será a ara funerária, do século III da nossa era, que se encontra no seu interior e que testemunha a presença romana por estas paragens.
    Por sua vez a capela de Santa Bárbara, edificada no século XVIII sobre um morro de escórias, relembra-nos a actividade mineira desenvolvida desde tempos imemoriais sendo aquela mártir a padroeira dos ferreiros e mineiros. Nesta pequena capela de arte barroca deparamos no seu interior com o pavimento a granito, com cobertura em abóbada formando doze caixotões pintados com passagens da vida da Santa Bárbara.
    Já fora do aro da aldeia está a capela do Espírito Santo, edifício do século XVIII à qual se faziam grandes romarias conforme atestam as memórias paroquiais de 1758.
    Mais abaixo, na margem direita do rio Sabor, deparamos com o povoado antiquíssimo de Silhades, berço da freguesia, com cerca de duas dezenas de casas em xisto, edificadas em redor da capela de S. Lourenço. Aí é o local de veraneio por excelência da freguesia: boas praias fluviais, excelente água, locais aprazíveis para usufruir de sombras refrescantes e paisagens bucólicas. Já no inverno o rio Sabor toma fôlego e permite a prática de desportos mais radicais como o rafting e outros.
    Regressando à aldeia, não podemos deixar de visitar o Santuário de N.ª S.ª do Amparo local onde, no penúltimo domingo do mês de Agosto, se realiza a tradicional romaria e festa. Aí acorrem centenas de romeiros numa manifestação de fé e devoção. De facto, este Santuário situa-se num local cativante atenta a beleza das capelas, do espaço envolvente e de duas fontes que conferem ao local uma frescura ímpar.
    Senhor viajante fica o convite feito. Venha visitar-nos e descobrir os encantos de uma aldeia transmontana que respeita o passado, está atenta ao presente e com os olhos postos nas gerações vindouras.
    Googleman

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  8. 2 piquenas notas :

    A 1ª para rectificar a data da inauguração da actual capela da Sa. Cruz para 1984 ( e não 1982 como aí foi escrito de rajada)e, já agora, a 2ª para, por amor à verdade, dizer que o texto supra postado por um anónimo em 3 Partes e sob o nome de Googleman é, na realidade, da co-autoria de 2 felgarenses - o A.M. e o C.S. - que, há uns 6/7 anos, o escreveram a pedido da Junta de Freguesia de então e gratuitamente, como é evidente.

    Blueberry.

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  9. Sou assim,busco no google e coloco nos comentários esperando que sejam úteis e o postador aceite.Quando não vem assinado e, é um texto de qualidade ,espero que os verdadeiros donos apareçam.É o caso.Os vossos textos fazem falta em todos os blogs que divulgam a região.
    Googleman

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  10. E faz o Googleman muito bem. Não plagiou nada. Pela assinatura, vê-se que foi ao Google e prestou informação a quem a não tinha ou não teve tempo de ir informar-se ou nunca iria informar-se.

    Abraço
    Júlia

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