30.06.1828 – Dissolvida a câmara de deputados e convocada a reunião das Cortes pelo rei D. Miguel. Nestas, por Moncorvo, tiveram assento : Bernardo Tomás de Gouveia e Vasconcelos, por Moncorvo; Bernardo José de Sousa Fonseca, por Freixo de Espada à Cinta ; António Ferreira de Castro Figueiredo e José Inácio de Morais, por Bragança.
30.06.1834 – Os Liberais tinham finalmente derrotado os Miguelista, seguindo-se, logicamente, uma nova vaga de mudanças e remodelações em toda a vida política. Em Moncorvo, nesta data, o professor de primeiras letras Sabino Manuel de Barros foi preso e encarcerado em Lamego. Para o substituir “deitaram mão” do professor de
Urros que estava refugiado em Moncorvo e que fora preso pelos Miguelistas, entregando-lhe a escola de Sabino pois era ali méis necessário que em Urros. Este professor chamava-se
Francisco António de Azevedo Lima e deixou escrita uma interessante Caderneta de Lembranças que só em 1998 foi descoberta pelo saudoso Toninho Gil. Foi publicada em diversos números do jornal Terra Quente, em preito de homenagem a esse meu grande amigo e colaborador do dito jornal.
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Freixiel- forca |
Esta deliberação foi tomada na reunião da câmara do dia anterior dizendo-se, nomeadamente:
- Por se achar a residir nesta vila
Francisco António de Azevedo (…) aqui refugiado pela perseguição que a este lhe faziam os sectários do Governo Usurpador.
Este é mais um nome a ter em conta na história do Liberalismo em Torre de Moncorvo.
Outra medida foi a nomeação na mesma data de Luís Cláudio de Oliveira Pimentel para o cargo de Sub-Prefeito de Trás-os-Montes.
30.06.1890 – Augusto dos Santos Morais, natural de Freixiel, morador em Vila Flor, procede ao registo da patente do “Vinho Eupéptico Nutritivo de Moraes”.
30.06.1895 – Por qualquer razão que eu desconheço, neste ano a câmara de Lisboa celebrou com inusitada relevância as festas em honra de Santo António. E convidou autarquias de todo o País. Também a de Bragança. Esta terá respondido que não podia annuir a tal convite visto não haver segurança para os forasteiros”. Noticiando o caso, o semanário O Moncorvense saído neste dia, teceu irónicos comentários de que copiamos o seguinte parágrafo:
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Moncorvo (1898) |
- Consta-nos que a câmara de Lisboa enviou immediatamente para Bragança alguns cães vadios para acompanharem nesta cidade durante os festejos os timoratos camaristas brigantinos e uma mensagem em verso, que termina assim: - Deu-te a tolice o porvir… Tens um lugar na história!
António Júlio Andrade