A minha mãe foi Regente Escolar. Mas faleceu em 1973 e já não beneficiou desse curso. Coitadinha, tanto que trabalhou. Elas é que mereciam uma medalha de mérito . A.B.
Eu era professora nas Anexas. Não em Leiria, mas em Bragança. E o que achei de melhor nas Escolas do Magistério foi darem a mão às Regentes. Só elas se sugeitaram às condições em que tiveram de trabalhar no tempo do fascismo. Realmente, nem sabiam copiar.
Se atá juizes copiam !!! e que mal lhes aconteceu? Eu se estivesse na sala com as Regentes, também as deixava copiar. Sra. Directora e professoras fizeram muito bem dar as cábulas às Regentes e darem-lhes os canudos.
Esqueci-me de escrever umas palavras sobre a 2ª parte : não me admiro que algumas dessas senhoras idosas, sempre maltratadas pelo regime salazarista, procurassem alguma esperança em crenças malucas. Eu, no lugar delas, teria dado em doido. Desculpem o desabafo. Dou os meus parabéns a essa senhora directora da Escola, que não conheço, mas vou procurar conhecer.
JUDITE DISSE : Fiz esse curso na Escola do Magistério Primário de Portalagre. Tinha 45 anos de idade e 26 de trabalho como Regente. Já tinha feito o 5º Ano dos Liceus em Cursos à noite. Era a mais nova entre as minhas colegas e não tive as facilidades das mais velhas. Até entendi, porque eu ainda ia trabalhar pelo menos mais uns 12 anos. As condições em que muitas Regentes trabalharam em pequenas aldeias do interior eram sub-humanas. Algumas chegaram a dar aulas em lojas dos bois, sempre de porta aberta, mesmo no inverno , porque não havia janelas nem luz eléctrica ... E mais não digo , porque não me acreditariam.
Que caixa de Pandora a autora abriu,que mundo tão estranho aos dias de hoje onde os professores ,sindicatos e ministério andam 4 anos a discutir as promoções.Quem era esta gente?Onde estão as estátuas a tanto sacrificio,tanta dedicação? e tanto alheamento. Foram a geração das nossas avós e tudo parece tão distante.Maldita seja a memória e os seus lapsos.Obrigado doutora Júlia por ter trazido para a praça pública um tema que, muitos como eu, ignorávamos. Leitor
Em Leiria havia e ainda há uma seita (não sei se se chama ssim) espirita muito forte. Tem imensos adeptos, muitos com cursos superiores. Não vou dizer mais nada. Quem quiser que se informe.
A estas senhoras foi concedido o canudo como justa recompensa pelo trabalho esforçado e mal pago durante anos. Não o deveram à colossal fraude designada Novas Oportunidades que,vergonhosa e obscenamente,ofereceu diplomas a cerca de milhão e meio de criaturas a quem só foi pedido o "esforço" de escreverem uma redacção.
Como em todas as profissões, houve muito bom, bom e insuficiente. Mas, face ao que lhes era pago e às condições em que tinham de trabalhar, o que fizeram foi EXCELENTE. Quantas destas senhoras Regentes Escolares iam gostar de ler as vossas palavras e ver reconhecido o seu trabalho !
Qauerida Júlia!Será que a maior parte das pessoas sabem qual foi o trabalho dessas senhoras no tempo do Salazarismo?A minha Mãe que exerceu essa profissão com mto brio e dignidade alfebatizou centenas de homens e mulheres à luz ténue de um candeeiro a petróleo.Beijinhos.Irene
Foi com muita emoção que li quanto acima se diz sobre essas GRANDES obreiras do ensino que eu sempre admirei (e admiro) e pelas quais nutri o maior respeito. Como disse o poeta: «Também de asas precisa a criancinha e quem dar-lhas souber bendito seja» Pela sua dedicação, pelo seu profissionalismo, benditas foram (e são) as Senhoras Regentes Escolares!
Conheci algumas destas GRANDES obreiras do ensino, que, em precárias condições não só logísticas mas tb a nível de "vencimento" nunca regatearam sacrifícios que lhes eram impostos e estiveram na vanguarda do ensino primário, em montes, aldeias, vilas... Foram as Senhoras Regentes Escolares, mas também foram os Senhores Regentes Escolares, porque também os houve. Felizmente que muitos ainda foram compensados com a frequência das Escolas do Magistério Primário para poderem usufruir de uma pensão de reforma mais justa. Bem o mereceram; só pecou por vir tarde demais. Deixo aqui a minha sincera homenagem, o meu respeito e a minha gratidão, a todos, homens e mulheres, se dedicaram ao ensino com muito brio, dedicação e, sobretudo, muito sacrifício devido às condições que enfrentavam para exercerem o seu ministério. É muito bom, diria até muito digno, lembrar a estas gerações o que foram e como trabalharam REPITO, este/as Grandes obreiro/as do ensino em Portugal. Benditos sois vós que fostes REGENTES ESCOLARES. O que os homens se esqueceram de vos dar pelo vosso ingente e dedicado trabalho ao serviço da Pátria, Deus vo-lo concederá.
A minha mãe foi Regente Escolar. Mas faleceu em 1973 e já não beneficiou desse curso. Coitadinha, tanto que trabalhou. Elas é que mereciam uma medalha de mérito .
ResponderEliminarA.B.
Eu era professora nas Anexas. Não em Leiria, mas em Bragança. E o que achei de melhor nas Escolas do Magistério foi darem a mão às Regentes. Só elas se sugeitaram às condições em que tiveram de trabalhar no tempo do fascismo.
ResponderEliminarRealmente, nem sabiam copiar.
M.R.
Se atá juizes copiam !!! e que mal lhes aconteceu? Eu se estivesse na sala com as Regentes, também as deixava copiar. Sra. Directora e professoras fizeram muito bem dar as cábulas às Regentes e darem-lhes os canudos.
ResponderEliminarVítor Santos
Esqueci-me de escrever umas palavras sobre a 2ª parte : não me admiro que algumas dessas senhoras idosas, sempre maltratadas pelo regime salazarista, procurassem alguma esperança em crenças malucas. Eu, no lugar delas, teria dado em doido. Desculpem o desabafo. Dou os meus parabéns a essa senhora directora da Escola, que não conheço, mas vou procurar conhecer.
ResponderEliminarVítor
JUDITE DISSE : Fiz esse curso na Escola do Magistério Primário de Portalagre. Tinha 45 anos de idade e 26 de trabalho como Regente. Já tinha feito o 5º Ano dos Liceus em Cursos à noite. Era a mais nova entre as minhas colegas e não tive as facilidades das mais velhas. Até entendi, porque eu ainda ia trabalhar pelo menos mais uns 12 anos.
ResponderEliminarAs condições em que muitas Regentes trabalharam em pequenas aldeias do interior eram sub-humanas. Algumas chegaram a dar aulas em lojas dos bois, sempre de porta aberta, mesmo no inverno , porque não havia janelas nem luz eléctrica ... E mais não digo , porque não me acreditariam.
Judite N.
Que caixa de Pandora a autora abriu,que mundo tão estranho aos dias de hoje onde os professores ,sindicatos e ministério andam 4 anos a discutir as promoções.Quem era esta gente?Onde estão as estátuas a tanto sacrificio,tanta dedicação? e tanto alheamento.
ResponderEliminarForam a geração das nossas avós e tudo parece tão distante.Maldita seja a memória e os seus lapsos.Obrigado doutora Júlia por ter trazido para a praça pública um tema que, muitos como eu, ignorávamos.
Leitor
Em Leiria havia e ainda há uma seita (não sei se se chama ssim) espirita muito forte. Tem imensos adeptos, muitos com cursos superiores. Não vou dizer mais nada. Quem quiser que se informe.
ResponderEliminarA estas senhoras foi concedido o canudo como justa recompensa pelo trabalho esforçado e mal pago durante anos.
ResponderEliminarNão o deveram à colossal fraude designada Novas Oportunidades que,vergonhosa e obscenamente,ofereceu diplomas a cerca de milhão e meio de criaturas a quem só foi pedido o "esforço" de escreverem uma redacção.
Uma moncorvense
Como em todas as profissões, houve muito bom, bom e insuficiente. Mas, face ao que lhes era pago e às condições em que tinham de trabalhar, o que fizeram foi EXCELENTE.
ResponderEliminarQuantas destas senhoras Regentes Escolares iam gostar de ler as vossas palavras e ver reconhecido o seu trabalho !
Abraços
Júlia
Qauerida Júlia!Será que a maior parte das pessoas sabem qual foi o trabalho dessas senhoras no tempo do Salazarismo?A minha Mãe que exerceu essa profissão com mto brio e dignidade alfebatizou centenas de homens e mulheres à luz ténue de um candeeiro a petróleo.Beijinhos.Irene
ResponderEliminarFoi com muita emoção que li quanto acima se diz sobre essas GRANDES obreiras do ensino que eu sempre admirei (e admiro) e pelas quais nutri o maior respeito. Como disse o poeta: «Também de asas precisa a criancinha e quem dar-lhas souber bendito seja»
ResponderEliminarPela sua dedicação, pelo seu profissionalismo, benditas foram (e são) as Senhoras Regentes Escolares!
Conheci algumas destas GRANDES obreiras do ensino, que, em precárias condições não só logísticas mas tb a nível de "vencimento" nunca regatearam sacrifícios que lhes eram impostos e estiveram na vanguarda do ensino primário, em montes, aldeias, vilas... Foram as Senhoras Regentes Escolares, mas também foram os Senhores Regentes Escolares, porque também os houve. Felizmente que muitos ainda foram compensados com a frequência das Escolas do Magistério Primário para poderem usufruir de uma pensão de reforma mais justa. Bem o mereceram; só pecou por vir tarde demais. Deixo aqui a minha sincera homenagem, o meu respeito e a minha gratidão, a todos, homens e mulheres, se dedicaram ao ensino com muito brio, dedicação e, sobretudo, muito sacrifício devido às condições que enfrentavam para exercerem o seu ministério. É muito bom, diria até muito digno, lembrar a estas gerações o que foram e como trabalharam REPITO, este/as Grandes obreiro/as do ensino em Portugal. Benditos sois vós que fostes REGENTES ESCOLARES. O que os homens se esqueceram de vos dar pelo vosso ingente e dedicado trabalho ao serviço da Pátria, Deus vo-lo concederá.
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