“Um Olhar sobre o Reino Maravilhoso” exposição de fotografia
por Anabela Quelhas
de 1 a 30 de Junho de 2016
inauguração: dia 9 de Junho de 2016, (quinta-feira), pelas
21h00
[também no âmbito de “Vila Real – Capital da Cultura do Eixo
Atlântico 2016”]
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro,
em Vila Real
Esta pequena mostra centra-se em 21 fotografias da região
transmontana, normalmente apelidada por Reino Maravilhoso, parafraseando Miguel
Torga.
Foi uma selecção realizada para oferta à rádio Burela
(Galiza), no âmbito do projecto “A cultura que une”, pretendendo evocar o
escritor Miguel Torga, escolhido este ano como homenageado neste projeto que se
inicia, e simultaneamente fazê-lo através das imagens recolhidas pela câmara fotográfica,
na região trasmontana próxima da cidade de Vila Real.
A autora realiza fotografia regularmente como ensaio
estético, encontrando na região onde tem raízes, muitos motivos de inspiração,
que tenta fixar no registo fotográfico e partilhar na comunidade digital.
Miguel Torga ensinou-a ler esta terra imensa, feita de mares
de granito e de xisto, de montes, de vales e de rios sinuosamente belos,
levou-a a lugares que desconhecia, influenciou-a na sua avaliação sobre os
sítios e as gentes e no desenho das suas opções estéticas que se concretizam em
diversas vertentes. A fotografia é uma delas.
Não é uma fotógrafa profissional, não se faz acompanhar de
equipamento fabuloso, nem tem paciência para o “põe e tira lente, abre e fecha
diafragma, monta e desmonta tripé”.
A primeira qualidade que Anabela Quelhas vê numa máquina
fotográfica, é o seu peso, o seu tamanho comparado com a dimensão do seu bolso,
se fotografa sem flash e se é automática. Transporta-a com frequência no
dia-a-dia e não lhe dá bons tratos. Elas gastam-se em dois anos, especialmente
e lamentavelmente, após a garantia se esgotar- excesso de cliques é sempre o
diagnóstico do fim do seu equipamento.
Na fotografia procura o inesperado, aquilo que é irrepetível
e nos últimos anos tenta descobrir realidades virtuais, que acontecem à sua
volta e que as pessoas distraidamente desprezam ou ignoram.
A presente mostra é muito eclética – mostra o rural, o
urbano, o popular, o erudito e os devaneios do seu olhar- favorece a contraluz,
os enquadramentos, a cor ou ausência dela, o contraste, a psicologia da cor e
pontualmente a manipulação da imagem.
A sua ação de fotografar é um gesto instintivo, rápido e de
grande liberdade, sem compromisso com nada, estimulado apenas pelo olhar e pela
avaliação rápida na decisão de fotografar ou não. Intitula-se com uma
recolectora de imagens, onde faz acontecer o efémero e o duradouro - o efémero
na atitude quase reflexa da recolha de imagens e o tempo infinito que investe
na observação das mesmas, descobrindo, redescobrindo e seleccionando pormenores
que posteriormente são apreciados e trabalhados, explorando diversas
potencialidades da realidade captada. Em simultâneo cada fotografia é um
auto-retrato, pois é a sua interpretação da realidade, um espelho das suas
memórias, das suas vivências, dos seus sonhos e da sua cultura.
Nesta mostra a cultura chama-se Reino Maravilhoso, uma
homenagem a Miguel Torga.
Qual é a sua fotografia favorita? A próxima.
Próximos
eventos:
- 18
de Junho de 2016, sábado: participação com uma banca de livros, e mais algumas
coisas e loisas, no Mercadinho da Capella, no âmbito do Projeto Capella, em
Arroios, Vila Real – inclui também a actuação de Calhau e Cronópios e Famas, às
18h00;
-
Junho de 2016: “Actos da Cultura Galego-Portuguesa”, Cultura Que Une,
Pontevedra, Galiza;
-
dias 16 e 17 de Julho de 2016: participação com uma banca de livros, mais
algumas coisas e loisas, no PAN - Encontro e Festival Transfronteiriço de
Poesia, Património e Arte de Vanguarda, em Morille, Salamanca;
-
dias 31 de Julho e 1 de Agosto de 2016: participação com uma banca de livros,
mais algumas coisas e loisas, no PAN - Encontro e Festival Transfronteiriço de
Poesia, Património e Arte de Vanguarda, em Carviçais, Torre de Moncorvo;
-
dia 1 de Outubro de 2016: palestra “Guiné-Bissau, terra sabi!” por António
Alberto Alves, na Fundación Vicente Risco, Allariz, Galiza.
- e
ao longo de 2016 haverá mais, sempre muito mais...- e ao longo de 2016
haverá mais, sempre muito mais...
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