O
município de Montalegre organizou mais uma edição da Feira do Livro entre os
dias 1 e 5 de junho. O certame literário serviu igualmente para promover
encontros culturais entre as várias instituições do concelho e apresentar o
prémio literário Bento da Cruz.
www.cm-montalegre.pt__src17O
primeiro dia da XVII Feira do Livro de Montalegre ficou marcado pelo anúncio
público do prémio literário Bento da Cruz. Desaparecido em 2015, o maior vulto
das letras do concelho passa a receber novo reconhecimento. A decisão foi
comunicada pelo presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, que explicou
como esta ideia, “cozinhada” ao longo dos últimos meses, ganhou forma: «é um
projeto que já está em marcha e que vamos levar a cabo com muito empenho porque
é uma outra forma de dar visibilidade ao território barrosão». Nesse prisma, é
«uma forma de competirmos com os grandes prémios literários do país», defendeu.
Saído
do orçamento municipal, a verba irá rondar os 20 mil euros. O valor exato ainda
não está definido bem como o júri, para já, em período de auscultação. Contudo,
acentua Orlando Alves, «queremos que façam parte dele os grandes nomes da
literatura nacional», daí que o autarca não tenha dúvidas que «será muito
participado» porque «o prémio é tentador». Esta decisão, remata, «irá apoiar a
literatura portuguesa, dar visibilidade ao território e perpetuar o nome do
maior escritor barrosão de todos os tempos que foi Bento da Cruz».
No
segundo dia da Feira do Livro, o Centro de Recrutamento da Força Aérea realizou
uma sessão de esclarecimento sob o tema “Força Aérea Portuguesa – Um futuro a
ponderar”. Uma palestra destinada aos alunos do 11º e 12º anos do Agrupamento
de Escolas Dr. Bento da Cruz. Antes da apresentação, atuou a turma de música do
6.º ano com um repertório tradicional do Barroso.
Durante
o certame foi ainda inaugurada uma exposição denominada “Ferreira de Castro –
Viajante, Jornalista, Escritor – Da origem à eternidade”. Trata-se de um
conjunto de trabalhos que sintetizam a vida pessoal, literária e profissional
de Ferreira de Castro, escritor nascido em Oliveira de Azeméis, e que passou
pelo concelho de Montalegre, onde escreveu o romance “Terra Fria”. A iniciativa
foi reforçada com a exibição de um documentário realizado pelo conhecido
jornalista Mário Augusto. Ainda neste particular, destaque para a presença,
entre outros, de António Ponte, rosto máximo da Direção Regional da Cultura do
Norte, que explicou o objetivo desta iniciativa.
«Este
documentário insere-se num projeto chamado Escritores a Norte, de valorização
do território através de grandes nomes da literatura. O documentário sobre
Ferreira de Castro foi construído em parceria com a Câmara de Oliveira de
Azeméis mas que atinge outros municípios aos quais o escritor tem ligações.
Este projeto é composto pela edição de nove vídeos, um livro e uma página na
internet onde constará toda a informação sobre os escritores. É um projeto de
turismo cultural e de dinamização socioeconómica do território».
Ao
nível literário foram apresentados os livros “Respira…Respira comigo”, de Irene
Silva, natural de Solveira, e “A Educação que vem – Entre a Performatividade e
a esperança” da autoria de Eusébio Machado.
Integrado
também na feira, subiu ao palco do auditório municipal a peça de teatro
infantil “A Princesa e o Dragão”, de Óscar Branco e a peça do barrosão Abel
Neves “El Gringo”.
Fonte: http://diarioatual.com/?p=251746
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.