terça-feira, 11 de agosto de 2015

LETRAS DO NORDESTE - RAUL REGO, por Rogério Rodrigues

Homenagem a Raul Rego na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro
António Batista Lopes,editor da Âncora,
 junto a um retrato de Raúl Rêgo
Conheci o Raul Rego antes do 25 de Abril. No República pela mão do Afonso Praça, nosso conterrâneo, do Felgar ( concelho de Moncorvo) e do Fernando Assis Pacheco, meu compadre. Baixote, de boina espanhola, traços muito vincados, com um sotaque que nunca perdeu e que soava à distância às nossas terras, de uma sensualidade tentada ainda que não realizada, que me perdoe a Manuela Rego, e me foi confirmada por vários jornalistas que com ele trabalharam. Raul Rego era um exímio conversador e contador de histórias.
Para alguns que aqui estejam e possam não saber subscrevo um pequeno registo biográfico de Raul de Assumpção Pimenta Rego, nascido em Morais, Macedo de Cavaleiros, a 15 de Abril de 1913 e falecido em Lisboa a um de Fevereiro de 2002.
Lembro-me que ao seu velório no Palácio do Grémio Lusitano o próprio António Guterres foi apresentar condolências à família do homem que desferira ataques ao líder socialista por este ser demasiado católico.
Rogério Rodrigues
Continuando: Raul Rego frequentou, de 1924 a 1936, o Seminário das Missões do Espírito Santo, em Viana do Castelo, tendo tirado o curso de Teologia. Como muitos do que aqui estão sabem, jovens transmontanos iam para os seminários, o único espaço em que podiam estudar graciosamente, já que os pais não tinham posses para os colocar em qualquer outro estabelecimento de ensino. Acabou por abandonar a carreira eclesiástica. Tornou-se anticlerical, porque conhecera o clero, deixou de ser católico, porque conhecera a Igreja apostólica e romana, mas nunca deixou de ser cristão, como ele próprio afirmou ao longo da sua vida.
Um parêntesis aberto: foi candidato a deputado pelo círculo de Braga.E numa das candidaturas de Mário Soares, levou o Raul Rego consigo, pedindo-lhe, encarecidamente, que não falasse enquanto estivesse em audiência com o arcebispo de Braga. Raul Rego prometeu que sim.O arcebispo foi mostrar a Mário Soares a sala nobre onde estavam os retratos de todos os seus antecessores, até que chegou a um que deveria ser o bispo do tempo em que Raul Rego era seminarista e o Rego não resistiu e disse em alta voz: “Esse era um bom filho da puta”.
 Foi sujeito a várias prisões (três vezes, pelo menos) e viu um livro seu apreendido. Uma das prisões que muito lhe custou foi aquela em que um conterrâneo Abílio Pires de uma aldeia de Bragança ( o que levou Mário Soares para o desterro de S. Tomé), inspector da PIDE para o interrogatório dos intelectuais lhe deu uma bofetada. Nunca mais perdoou. Além de ser Pide fora um conterrâneo seu.
Não gostaria, nesta simples charla de aprofundar, como os académicos podem fazer, a figura, a imagem e a obra do Raul Rego. Gostaria que os meus afectos viessem também ao de cimo. Quando fui convidado para os jornais, o primeiro em que fui aceite foi pelo República ( onde, por questões várias não cheguei a trabalhar). Fui proposto pelo Afonso Praça e pelo Assis Pacheco e o facto de ser transmontano contou muito.

Mas regressemos a Raul Rego que é a essência desta homenagem: foi membro do MUD (Movimento de Unidade Democrática) que o levou à primeira prisão em 1945. Dirigiu os serviços de imprensa das candidaturas presidenciais de Norton de Matos (1949) e de Humberto Delgado (1958).
Foi proibido de leccionar no ensino oficial. Tornou-se jornalista e bibliófilo. De tal forma era conhecido e querido nos alfarrabistas que a sua associação emitiu um comunicado profundamente elogioso sobre o seu passamento.
Colaborou na Seara Nova, no Jornal do Comércio, no Diário de Lisboa e no Jornal República. Quando entrei nos quadros do Diário de Lisboa, de que Raul Rego saíra três anos antes, ainda se comentava a célebre história do seu desaguisado com o Manuel de Azevedo, também um transmontano de Vila Real ligado ao PC. Manuel de Azevedo era um homem grande. E, no entanto, como dizia o César dos Santos ( na altura jornalista doDiário de Lisboa), “O Rego foi-se a ele que nem um leão”.
Não deixo de recordar aqui outro episódio que diz muito do Raul Rego e da sua capacidade de tolerância e indignação. Durante anos fez parte da tertúlia da Sá da Costa onde também perorava Armindo Rodrigues, comunista, médico e com muitos e muitos centímetros a mais do que o Raul Rego. Já depois do 25 de Abril, Raul Rego encontra-o frente à Sá da Costa e como é habitual entre tertulianos estende-lhe a mão. O Armindo Rodrigues responde-lhe: “Não aperto a mão a fascistas”. E o Raul Rego não fez mais nada: deu-lhe um violento pontapé nas canelas que o obrigou a andar durante alguns meses de canadianas.

O Político

Ligado sempre à oposição, o República que tinha sido fundado por António José de Almeida, nos finais da década de 60 estava em lenta agonia. A sua tiragem não ultrapassava os 10 mil exemplares. Em 1971 um grupo toma conta do jornal, com alguns elementos vindos do Diário de Lisboa e cito, sem pretender ser exaustivo, o Raul Rego, o Vítor Direito, Afonso Praça, Fernando Assis Pacheco, Eugénio Alves e profissionais mais tarde ligados ao Partido Socialista como Mário Mesquita, Arons de Carvalho, Álvaro Guerra, Jaime Gama, António Reis. A subscrição , ainda na década de 60, dera ao República, uma nova e moderna rotativa. O jornal sobe de tiragem e de influência política. É nos dois últimos anos do regime marcelista o esteio da estratégia do general Spínola.
Raul Rego fora fundador do Partido Socialista. Quando se dá o 25 de Abril, o general Spínola propõe-no para Primeiro-Ministro. Mas Mário Soares é contra. Raul Rego aceita o cargo de ministro da Comunicação Social.
De 1975 a 1999 é deputado pelo Partido Socialista. Primeiro, na Assembleia Constituinte e depois na Assembleia da República.
Fiz, como jornalista, a cobertura da Assembleia Constituinte tendo algumas conversas com Raul Rego sobre o nosso conterrâneo José Gama ( mais tarde presidente da Câmara de Mirandela, e já falecido), cuja opinião eu não me atrevo aqui publicitar. O que eu posso também testemunhar é isto: deu-me uma vez boleia e não encontrei um condutor tão mau como o Raul Rego.
Não quero deixar de sublinhar que Raul Rego foi um cidadão a tempo inteiro até ao fim da sua vida. Basta dizer que quando da votação da Lei do Aborto, em 1997, na Assembleia da República, Raul Rego fez questão de comparecer, mesmo que já tivesse vindo numa cadeira de rodas.
Também já tivera outro gesto de honradez quando nas eleições de 69, na mesa de voto de Alvalade, virou as costas na fila onde se encontrava à passagem de Marcelo Caetano, então presidente do Conselho e seu vizinho a quem todos os dias chagava com as prosas censuradas cujas cópias metia na caixa do correio de Marcelo.

Jornalista e maçon
Em Maio de 1974, tipógrafos do PC ( curiosamente muitos dos jornalistas do PC já tinham abandonado a redacção, poucas semanas antes, não me atrevo a dizer em manobra concertada) e elementos da extrema-esquerda tomam de assalto o República. Sequestram os jornalistas adversos, cortam os ligações telefónicas, mas esquecem-se de neutralizar um telefone directo de Raul Rego que assim consegue comunicar com o exterior e relatar o que se estava a passar. O COPCON tem altas responsabilidades no que se passou. Mário Soares consegue que a imprensa internacional se interesse pelo chamado caso República. A primeira notícia, se bem me lembro, surge no Quotidien de Paris, mais tarde em Le Monde e, e depois, com muito desenvolvimento, no “Jornal do Caso República”.
O República acaba por encerrar. Em Agosto de 1975 é fundado A Luta que deixa de se publicar em Março de 1979. Os tempos já são outros.
Em 1976,o Congresso da Federação Internacional dos Editores de Jornais distinguiu-o com a Pena de Ouro da Liberdade.
Foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem da Liberdade em 1980 e com a Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago da Espada em 1998.

Como maçon atingiu os graus e funções máximos na Maçonaria.
Raul Rego entra para a Maçonaria em 1971, em plena clandestinidade. É necessária muita coragem e convicções. Tem, desde sempre, uma grande paixão pelo humanista Erasmo,que escolherá, aliás para seu nome simbólico.
Em 1979, sai em língua portuguesa o clássico de Paul Naudon, A Franco-Maçonaria. Raul Rego escreve o posfácio, uma breve história da Maçonaria Portuguesa e também um relato de parte das suas vivências maçónicas.
Dentro do GOL foi Grão-Mestre nos anos de 1988 a 1990. Já antes fora Soberano Comendador do Supremo Conselho do Grau 33.

O escritor
A História da República em cinco volumes, editada pelo Círculo de Leitores com prefácio de Mário Soares foi a obra da sua vida. Não é hoje possível falar da Primeira República sem ler Raul Rego. A História da República deverá ser reeditada a partir deste ano. Mas além desta obra, fruto do trabalho de uma vida inteira, publicou ainda “Horizontes Fechados”, e, já depois do 25 de Abril, “Diário Político”, “Violência Inútil”, “O Último regimento da Inquisição”, “Para um Diálogo com o senhor cardeal Cerejeira” e o “Processo de Damião de Góis na Inquisição”.
Para os interessados , diga-se que existe uma tese de mestrado, defendida em Coimbra em 2007, Raul Rego:o Jornalista e o Político” da autoria de Natália Sofia Neves dos Santos.
Não queria terminar, sem transcrever o voto de pesar nº 171, da Assembleia da República, datado de 6 de Fevereiro de 2002: (ler a cópia, ver anexo)
Para mim, a tripla honra que confesso: ter conhecido Raul Rego, ter lido Raul Rego e ter podido prestar-lhe homenagem, como transmontano, numa iniciativa da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Rogério Rodrigues
Lisboa ( Palácio Galveias), 7 de Maio de 2010.

Nota : A Editora Âncora vai reeditar a "HISTÓRIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA" de Raúl Rêgo.
Rogério Rodrigues colaborou na revisão do livro.

4 comentários:

  1. CONTINUAÇÃO:

    Mas regressemos a Raul Rego que é a essência desta homenagem: foi membro do MUD (Movimento de Unidade Democrática) que o levou à primeira prisão em 1945. Dirigiu os serviços de imprensa das candidaturas presidenciais de Norton de Matos (1949) e de Humberto Delgado (1958).
    Foi proibido de leccionar no ensino oficial. Tornou-se jornalista e bibliófilo. De tal forma era conhecido e querido nos alfarrabistas que a sua associação emitiu um comunicado profundamente elogioso sobre o seu passamento.
    Colaborou na Seara Nova, no Jornal do Comércio, no Diário de Lisboa e no Jornal República. Quando entrei nos quadros do Diário de Lisboa, de que Raul Rego saíra três anos antes, ainda se comentava a célebre história do seu desaguisado com o Manuel de Azevedo, também um transmontano de Vila Real ligado ao PC. Manuel de Azevedo era um homem grande. E, no entanto, como dizia o César dos Santos ( na altura jornalista doDiário de Lisboa), “O Rego foi-se a ele que nem um leão”.
    Não deixo de recordar aqui outro episódio que diz muito do Raul Rego e da sua capacidade de tolerância e indignação. Durante anos fez parte da tertúlia da Sá da Costa onde também perorava Armindo Rodrigues, comunista, médico e com muitos e muitos centímetros a mais do que o Raul Rego. Já depois do 25 de Abril, Raul Rego encontra-o frente à Sá da Costa e como é habitual entre tertulianos estende-lhe a mão. O Armindo Rodrigues responde-lhe: “Não aperto a mão a fascistas”. E o Raul Rego não fez mais nada: deu-lhe um violento pontapé nas canelas que o obrigou a andar durante alguns meses de canadianas.

    O Político

    Ligado sempre à oposição, o República que tinha sido fundado por António José de Almeida, nos finais da década de 60 estava em lenta agonia. A sua tiragem não ultrapassava os 10 mil exemplares. Em 1971 um grupo toma conta do jornal, com alguns elementos vindos do Diário de Lisboa e cito, sem pretender ser exaustivo, o Raul Rego, o Vítor Direito, Afonso Praça, Fernando Assis Pacheco, Eugénio Alves e profissionais mais tarde ligados ao Partido Socialista como Mário Mesquita, Arons de Carvalho, Álvaro Guerra, Jaime Gama, António Reis. A subscrição , ainda na década de 60, dera ao República, uma nova e moderna rotativa. O jornal sobe de tiragem e de influência política. É nos dois últimos anos do regime marcelista o esteio da estratégia do general Spínola.
    Raul Rego fora fundador do Partido Socialista. Quando se dá o 25 de Abril, o general Spínola propõe-no para Primeiro-Ministro. Mas Mário Soares é contra. Raul Rego aceita o cargo de ministro da Comunicação Social.
    De 1975 a 1999 é deputado pelo Partido Socialista. Primeiro, na Assembleia Constituinte e depois na Assembleia da República.
    Fiz, como jornalista, a cobertura da Assembleia Constituinte tendo algumas conversas com Raul Rego sobre o nosso conterrâneo José Gama ( mais tarde presidente da Câmara de Mirandela, e já falecido), cuja opinião eu não me atrevo aqui publicitar. O que eu posso também testemunhar é isto: deu-me uma vez boleia e não encontrei um condutor tão mau como o Raul Rego.
    Não quero deixar de sublinhar que Raul Rego foi um cidadão a tempo inteiro até ao fim da sua vida. Basta dizer que quando da votação da Lei do Aborto, em 1997, na Assembleia da República, Raul Rego fez questão de comparecer, mesmo que já tivesse vindo numa cadeira de rodas.
    Também já tivera outro gesto de honradez quando nas eleições de 69, na mesa de voto de Alvalade, virou as costas na fila onde se encontrava à passagem de Marcelo Caetano, então presidente do Conselho e seu vizinho a quem todos os dias chagava com as prosas censuradas cujas cópias metia na caixa do correio de Marcelo.

    CONTINUA

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  2. CONTINUAÇÃO:
    Jornalista e maçon
    Em Maio de 1974, tipógrafos do PC ( curiosamente muitos dos jornalistas do PC já tinham abandonado a redacção, poucas semanas antes, não me atrevo a dizer em manobra concertada) e elementos da extrema-esquerda tomam de assalto o República. Sequestram os jornalistas adversos, cortam os ligações telefónicas, mas esquecem-se de neutralizar um telefone directo de Raul Rego que assim consegue comunicar com o exterior e relatar o que se estava a passar. O COPCON tem altas responsabilidades no que se passou. Mário Soares consegue que a imprensa internacional se interesse pelo chamado caso República. A primeira notícia, se bem me lembro, surge no Quotidien de Paris, mais tarde em Le Monde e, e depois, com muito desenvolvimento, no “Jornal do Caso República”.
    O República acaba por encerrar. Em Agosto de 1975 é fundado A Luta que deixa de se publicar em Março de 1979. Os tempos já são outros.
    Em 1976,o Congresso da Federação Internacional dos Editores de Jornais distinguiu-o com a Pena de Ouro da Liberdade.
    Foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem da Liberdade em 1980 e com a Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago da Espada em 1998.

    Como maçon atingiu os graus e funções máximos na Maçonaria.
    Raul Rego entra para a Maçonaria em 1971, em plena clandestinidade. É necessária muita coragem e convicções. Tem, desde sempre, uma grande paixão pelo humanista Erasmo,que escolherá, aliás para seu nome simbólico.
    Em 1979, sai em língua portuguesa o clássico de Paul Naudon, A Franco-Maçonaria. Raul Rego escreve o posfácio, uma breve história da Maçonaria Portuguesa e também um relato de parte das suas vivências maçónicas.
    Dentro do GOL foi Grão-Mestre nos anos de 1988 a 1990. Já antes fora Soberano Comendador do Supremo Conselho do Grau 33.

    O escritor
    A História da República em cinco volumes, editada pelo Círculo de Leitores com prefácio de Mário Soares foi a obra da sua vida. Não é hoje possível falar da Primeira República sem ler Raul Rego. A História da República deverá ser reeditada a partir deste ano. Mas além desta obra, fruto do trabalho de uma vida inteira, publicou ainda “Horizontes Fechados”, e, já depois do 25 de Abril, “Diário Político”, “Violência Inútil”, “O Último regimento da Inquisição”, “Para um Diálogo com o senhor cardeal Cerejeira” e o “Processo de Damião de Góis na Inquisição”.
    Para os interessados , diga-se que existe uma tese de mestrado, defendida em Coimbra em 2007, Raul Rego:o Jornalista e o Político” da autoria de Natália Sofia Neves dos Santos.
    Não queria terminar, sem transcrever o voto de pesar nº 171, da Assembleia da República, datado de 6 de Fevereiro de 2002: (ler a cópia, ver anexo)
    Para mim, a tripla honra que confesso: ter conhecido Raul Rego, ter lido Raul Rego e ter podido prestar-lhe homenagem, como transmontano, numa iniciativa da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro.

    Rogério Rodrigues
    Lisboa ( Palácio Galveias), 7 de Maio de 2010.

    Nota : A Editora Âncora vai reeditar a "HISTÓRIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA" de Raúl Rêgo.
    Rogério Rodrigues colaborou na revisão do livro.

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  3. Rogério Rodrigues, natural do Peredo dos Castelhanos, mas, um amigo de Foz Côa, onde viveu e estudou durante alguns anos e naturalmente, continua com grandes amigos.
    Não somas da mesma geração, o Rogério é um pouco “menos jovem”. Felizmente, há muito pouco tempo, tive oportunidade de o reencontrar ocasionalmente num restaurante em Foz Côa, confesso, forcei o encontro, o Rogério não se lembrava de mim, já não nos víamos há mais de 35 anos, nessa época, eu um miúdo que estudava em Moncorvo, ele já professor.
    Trocamos algumas impressões sobre a actualidade e relembrei-lhe alguns bons momentos vividos em Moncorvo aquando do 25 de Abril, foi um momento que adorei.
    Obrigado Rogério
    Um forte abraço
    João Pala

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  4. Raul Rego não poderia ter tido quem, com mais acerto, conhecimento e amizade, dele falasse.
    Honra lhes seja feita, a ambos.

    Abraço
    Júlia

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