Foto A.F.M. |
O presidente da Cooperativa Côa-Amêndoa alertou hoje para a existência de produtores que continuam a "viver" da atribuição de subsídios ao amendoal, abdicando do cultivo dos pomares.
"Tenho conhecimento de uma propriedade com 90 hectares de amendoal, cujo proprietário recebeu, nos últimos sete anos, mais de 350 mil euros em subsídios e não trabalha a terra. Este é apenas um dos exemplos. Isto é uma loucura", disse à Lusa Joaquim Grácio, que é também presidente da Associação dos Amigos da Amendoeira.
Segundo o dirigente, Portugal é um país deficitário na produção de amêndoa, importando mais de dois milhões de quilos de miolo de amêndoa da Califórnia e não pode continuar com um política de "subsidiodependência".
O responsável adiantou ainda que as ajudas provenientes da União Europeia para o setor dos frutos de casca rija rondam "os cinco milhões de euros" por ano. Em Portugal, há "cerca de 15 mil hectares" para este tipo de produção.
"Em 2006, as ajudas ao amendoal rondavam os 498 euros por hectare. Atualmente estão fixadas nos 360 euros e são atribuídas a agricultores associados a organizações de produtores de frutos de casca rija", acrescentou o responsável.
"As pessoas deviam produzir, para assim ajudar a aumentar os resultados do PIB. É impensável continuar a receber ajudas e não se produzir", atirou dirigente associativo.
Joaquim Grácio acrescentou que, na região do Douro, o amendoal poderá "ser fonte de riqueza" e tornar-se "na segunda produção agrícola mais rentável", logo a seguir ao vinho generoso.
Estas preocupações foram manifestadas na véspera de uma visita que a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território vai fazer ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, na sexta-feira.
Assunção Cristas vai inaugurar aquele que é considerado "o primeiro entreposto" de recolha de frutos de casca rija do país, construído de raiz para este fim e situado na freguesia da Touça (Vila Nova de Foz Côa), resultado de um investimento de cerca de 380 mil euros.
"Quando tivemos a coragem para avançar com este empreendimento foi porque acreditámos que o setor do amendoal é crucial para o desenvolvimento económico agrícola dos concelhos do Douro e da Beira Alta", defendeu Joaquim Grácio.
Nos concelhos a sul do rio Douro (Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Meda e Penedono), a Côa-Amêndoa já incentivou nos últimos anos o plantio de cerca de 600 hectares de amendoal, esperando aquela cooperativa de produtora de frutos de casca rija plantar mais 50 mil pés de amendoeira ainda no decurso do corrente ano.
Por outro lado, a câmara de Vila Nova de Foz Côa vai atribuir um total de 10 mil euros/ano para a Côa-Amêndoa distribuir pelos agricultores que mantenham plantadas ou plantem amendoeiras nas bordaduras dos seus terrenos ou no meio de outras culturas.
A distribuição dos montantes será feito de acordo com um boletim de candidatura, a apresentar pelos produtores de amêndoa.
Lusa
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Segundo o dirigente, Portugal é um país deficitário na produção de amêndoa, importando mais de dois milhões de quilos de miolo de amêndoa da Califórnia e não pode continuar com um política de "subsidiodependência".
O responsável adiantou ainda que as ajudas provenientes da União Europeia para o setor dos frutos de casca rija rondam "os cinco milhões de euros" por ano. Em Portugal, há "cerca de 15 mil hectares" para este tipo de produção.
"Em 2006, as ajudas ao amendoal rondavam os 498 euros por hectare. Atualmente estão fixadas nos 360 euros e são atribuídas a agricultores associados a organizações de produtores de frutos de casca rija", acrescentou o responsável.
"As pessoas deviam produzir, para assim ajudar a aumentar os resultados do PIB. É impensável continuar a receber ajudas e não se produzir", atirou dirigente associativo.
Joaquim Grácio acrescentou que, na região do Douro, o amendoal poderá "ser fonte de riqueza" e tornar-se "na segunda produção agrícola mais rentável", logo a seguir ao vinho generoso.
Estas preocupações foram manifestadas na véspera de uma visita que a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território vai fazer ao concelho de Vila Nova de Foz Côa, na sexta-feira.
Assunção Cristas vai inaugurar aquele que é considerado "o primeiro entreposto" de recolha de frutos de casca rija do país, construído de raiz para este fim e situado na freguesia da Touça (Vila Nova de Foz Côa), resultado de um investimento de cerca de 380 mil euros.
"Quando tivemos a coragem para avançar com este empreendimento foi porque acreditámos que o setor do amendoal é crucial para o desenvolvimento económico agrícola dos concelhos do Douro e da Beira Alta", defendeu Joaquim Grácio.
Nos concelhos a sul do rio Douro (Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel, Meda e Penedono), a Côa-Amêndoa já incentivou nos últimos anos o plantio de cerca de 600 hectares de amendoal, esperando aquela cooperativa de produtora de frutos de casca rija plantar mais 50 mil pés de amendoeira ainda no decurso do corrente ano.
Por outro lado, a câmara de Vila Nova de Foz Côa vai atribuir um total de 10 mil euros/ano para a Côa-Amêndoa distribuir pelos agricultores que mantenham plantadas ou plantem amendoeiras nas bordaduras dos seus terrenos ou no meio de outras culturas.
A distribuição dos montantes será feito de acordo com um boletim de candidatura, a apresentar pelos produtores de amêndoa.
Lusa
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Helena Ferreira escreveu: "loucura sim , mas infelizmente realidade . nessa area e segundo o dito , Portugal ( os agricultores ) não precisava desse subsidio !!!!!Para onde passaram os euros ??????"
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