O bispo da diocese de Bragança-Miranda, José Cordeiro, marcou o arranque do Curso de Missiologia, em Fátima, esta segunda-feira, 24 de agosto, com a intervenção «A missão em Portugal e desde Portugal. Contextos e desafios». Perante 82 formandos, maioritariamente religiosos, o prelado pediu dinamização e atividade.
«Temos de caminhar e de aparecer cada vez mais numa atitude de missão porque a maior parte das nossas comunidades está numa atitude de demissão e de acomodação. Estão ali assim na sua zona de conforto», disse José Cordeiro. Nesse sentido, o prelado realçou a importância de «alargar os horizontes» e deixou um apelo: «temos de viver em constante inquietação».
O bispo de Bragança-Miranda admite que «ainda há um longo caminho a percorrer nas nossas comunidades», mas, «felizmente, já há muitas que têm esta consciência missionária e da missão presente». «Nós também temos de despertar e acordar Portugal para a missão. É o nosso desafio», frisou.
A partir de um local de peregrinações, como Fátima, o prelado falou aos cursistas sobre um outro tipo de peregrinação. «A peregrinação mais difícil de fazer não é ao Santuário de Fátima a pé a partir de Bragança ou de outro sítio qualquer. Nem indo a Santiago de Compostela, a Roma, ou à Terra Santa. A peregrinação mais difícil é ao coração. São poucos os que a fazem. Pouquíssimos. Porque é no coração que está a fonte da paz, da alegria e da missão. E o coração do coração é o Evangelho. E por isso, é a partir do coração do Evangelho, que nasce a missão», referiu.
O Curso de Missiologia está a decorrer no Seminário da Consolata até ao próximo sábado, 29 de agosto, para qualificar o missionário e a missão. Além de religiosos, entre os participantes encontra-se uma osteopata, uma médica dentista e uma enfermeira. A formação é promovida anualmente pelos Institutos Ad Gentes, com o apoio das Obras Missionárias Pontifícias.
Fonte: http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=32808&sec=6
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