A produção de cereja em Alfândega da Fé é relativamente recente. Foi na década de 60 graças ao projeto visionário do Engenheiro Camilo de Mendonça que a cereja começou a assumir importância na economia concelhia. Este engenheiro, natural de Vilarelhos, uma freguesia do concelho de Alfândega da Fé, idealizou um projeto hidroagrícola para dinamizar a agricultura Transmontana. Tal implicou também a criação da Cooperativa Agrícola local, ainda hoje responsável pela maior mancha de pomares de cereja existente em Alfândega da Fé, cerca de 60h.
Aliás, o trabalho desenvolvido em Alfândega estava integrado num projeto mais vasto que este engenheiro delineou para a região transmontana. Camilo de Mendonça programou e implementou a construção de barragens, do complexo agroindustrial do Cachão e também plantações adaptadas às características de solo e climáticas dos diferentes concelhos. Um projeto inacabado, mas que permitiu fazer de Alfândega da Fé a capital da Cereja do Nordeste Transmontano.A cereja de Alfândega pelas suas características qualitativas, mas também apelativas foi-se afirmando, ao longo dos anos, como a principal imagem de marca deste concelho do Nordeste Trasmontano, a tal ponto que o logótipo do Município é uns brincos de cereja, a fazer lembrar que há mais de 50 anos o Eng. Camilo de Mendonça projetou para o concelho a maior plantação de cerejais da península Ibérica. Nos últimos anos a produção sofreu uma quebra significativa, fruto também da reconversão da plantação efetuada com cerca de 20 anos de atraso. Atualmente, o concelho é responsável pela produção de cerca de 150 toneladas de cereja, distribuídos pela Cooperativa Agrícola e cerca de 15 pequenos e médios Produtores. Dentro de 2 anos o concelho poderá ultrapassar a fasquia das 200 toneladas, altura em que as novas árvores plantadas começarem a produzir em pleno.
Principais variedades
Em Alfândega da Fé a principais variedades de cereja são:
burlat, sunburst, van e summit.A Apanha
A floração acontece por volta dos meses de março abril, proporcionando um espetáculo de rara beleza. A apanha é mais tardia do que noutras zonas produtoras, inicia-se na 2ª quinzena de maio e prolonga-se até meados de junho.
Consumo/comercialização
Em fresco o fruto é comercializado, principalmente, na região Norte do país, destacando-se a grande quantidade de cerejas vendidas durante a FESTA DA CEREJA As cerejas de Alfândega servem-se à mesa até meados de junho e a partir daí podem encontrar-se em compotas, bebidas licorosas ou até em pratos da gastronomia local.
Recentemente a cereja e os seus subprodutos conhecem também aplicações na área da saúde e bem-estar. È o caso das Almofadas de Caroços de Cereja, do Chá de Pés de Cereja ou mesmo de tratamentos de saúde e bem-estar como é o caso da Cerejoterapia existente no Hotel & SPA Alfândega da Fé.
Foi na década de 60 graças ao projeto visionário do Engenheiro Camilo de Mendonça ...Começa-se a fazer justiça a este grande homem transmontano,visionário,que trouxe para o Nordeste a industrialização dos produtos agrícolas. Só seguindo a sua obra é que podemos sair do marasmo que nos encontramos.A culpa é nossa e não são os senhores de Lisboa,mesmo nascidos em Trás-Os-Montes que vão encontrar a solução.Faltam CAMILOS e sobram camelos.
ResponderEliminarAgostinho da Selva
Começa a Primavera e as cerejeiras respondem com esta beleza.É a cereja no bolo primaveril.
ResponderEliminarN.
A beleza feita flores de cerejeira. E o inverso também é verdadeiro.
ResponderEliminarJúlia
Fernanda Calçada escreveu:
ResponderEliminarGostei de ler, eu nem sabia que havia tanta variedade de cereja....