Convém relembrar que todas fotos da Exposição Fotográfica “Memórias da Nossa Terra” foram cedidas por Arnaldo Silva, Carlos Seixas e Adriano Vasco Rodrigues. (Creio que não me esqueço de ninguém).
Lemos em " Felgar"- obra do casal Maria da Assunção Carqueja e Adriano Vasco Rodrigues -, que a aterragem forçada do avião militar que a foto nos mostra, aconteceu a 20 de Julho de 1936. Tratava-se de uma aterragem forçada do avião espanhol devido a falta de combustível. 67 anos já lá vão e a imagem mostra-nos a indumentária burguesa e feminina com chapéu de palhinha para que o combustível solar não queime pele macia e delicada..No canto inferior direito enxerga-se jovens de " luto carregado", ainda que nubentes fossem! As roupas são o reflexo do estatuto do seu portador. E o que tira o frio tira o calor, talvez por não haver outras! Eram tempos difíceis, de fome e de guerra . A civil espanhola iniciada por razões politicas põe em confronto os homens de António Primo de Rivera e das forças conservadoras de direita contra os republicanos que tinham ganho eleições em 1931 e pretendiam derrubar a Monarquia espanhola..As divisões eram muito grandes e o nazismo ensaiava os seus propósitos no rescaldo da Grande depressão capitalista de 1929...era um tempo de greves e de levantamentos populares..nas Astúrias operários das minas de carvão lutavam , através de greves de melhores condições de vida..mas o rastilho próximo foi o atentado contra o deputado monárquico Calvo Sotelo( uma semana antes da aterragem forçada do avião militar espanhol no lugar do Carvalhal/Felgar ) Seria republicano ou falangista/franquista? Outro despiste aconteceu naqueles dias na zona de Cascais. Do acidente morreu ( ?) Sanjurjo e o piloto..de memória , espero não estar equivocado)..Se não tivesse havido esse acidente os historiadores especulam que talvez Franco não tivesse ascendido ao poder e saisse vencedor em 1939 ..para vir a morrer naquele Outono de 1975, depois dee ter recusado fusilado mulher grávida no " Processo de Burgos " Nem o pedido do Papa e da Comunidade internacional o demoveu..Mas soube e quis condecorar Pinochet..E eu que fiz viagem no Sud Express naqueles dias com o Le Monde, nas mãos ainda ouvi de um Tenente da Guarda Civil que revistavam todos os compartimentos do combóios com a metralheta em punho: E tu te callas si nom...deviam andar na peugada de um qualquer etarra,, muitos deles dormirão como o ditador em Vale de Caídos..e o Ti Chico Espanhol, seria de sinal contrário aos viriatos portugueses recrutados por cinco escudos para a carnificina ao lado dos franquistas,? Apenas sei que viveu muitos anos sózinho no Moinho do Senhor Gualdino..Faço minha a pergunta, sem resposta, do Afonso Praça: O Ti Espanhol seria um refugiado da Guerra?
Gostei de ver aqui de novo estas fotos.
ResponderEliminarConvém relembrar que todas fotos da Exposição Fotográfica “Memórias da Nossa Terra” foram cedidas por Arnaldo Silva, Carlos Seixas e Adriano Vasco Rodrigues. (Creio que não me esqueço de ninguém).
Foi uma bela exposição.
A. Manuel
Lemos em " Felgar"- obra do casal Maria da Assunção Carqueja e Adriano Vasco Rodrigues -, que a aterragem forçada do avião militar que a foto nos mostra, aconteceu a 20 de Julho de 1936. Tratava-se de uma aterragem forçada do avião espanhol devido a falta de combustível.
ResponderEliminar67 anos já lá vão e a imagem mostra-nos a indumentária burguesa e feminina com chapéu de palhinha para que o combustível solar não queime pele macia e delicada..No canto inferior direito enxerga-se jovens de " luto carregado", ainda que nubentes fossem! As roupas são o reflexo do estatuto do seu portador. E o que tira o frio tira o calor, talvez por não haver outras! Eram tempos difíceis, de fome e de guerra . A civil espanhola iniciada por razões politicas põe em confronto os homens de António Primo de Rivera e das forças conservadoras de direita contra os republicanos que tinham ganho eleições em 1931 e pretendiam derrubar a Monarquia espanhola..As divisões eram muito grandes e o nazismo ensaiava os seus propósitos no rescaldo da Grande depressão capitalista de 1929...era um tempo de greves e de levantamentos populares..nas Astúrias operários das minas de carvão lutavam , através de greves de melhores condições de vida..mas o rastilho próximo foi o atentado contra o deputado monárquico Calvo Sotelo( uma semana antes da aterragem forçada do avião militar espanhol no lugar do Carvalhal/Felgar ) Seria republicano ou falangista/franquista? Outro despiste aconteceu naqueles dias na zona de Cascais. Do acidente morreu ( ?) Sanjurjo e o piloto..de memória , espero não estar equivocado)..Se não tivesse havido esse acidente os historiadores especulam que talvez Franco não tivesse ascendido ao poder e saisse vencedor em 1939 ..para vir a morrer naquele Outono de 1975, depois dee ter recusado fusilado mulher grávida no " Processo de Burgos " Nem o pedido do Papa e da Comunidade internacional o demoveu..Mas soube e quis condecorar Pinochet..E eu que fiz viagem no Sud Express naqueles dias com o Le Monde, nas mãos ainda ouvi de um Tenente da Guarda Civil que revistavam todos os compartimentos do combóios com a metralheta em punho: E tu te callas si nom...deviam andar na peugada de um qualquer etarra,, muitos deles dormirão como o ditador em Vale de Caídos..e o Ti Chico Espanhol, seria de sinal contrário aos viriatos portugueses recrutados por cinco escudos para a carnificina ao lado dos franquistas,? Apenas sei que viveu muitos anos sózinho no Moinho do Senhor Gualdino..Faço minha a pergunta, sem resposta, do Afonso Praça: O Ti Espanhol seria um refugiado da Guerra?