A paisagem do Douro é única, magnífica. É possível conhecer
essa região de carro, trem ou barco. E as vinhas e os vinhos estão por toda
parte
O Douro é uma das mais belas regiões produtoras de vinhos do
mundo. Uma paisagem vitivinícola deslumbrante, única, marcada por montanhas em
cujas encostas estão patamares sobre os quais frutificam as videiras que
fornecem a rica matéria-prima para os vinhos regionais, leia-se os vinhos do
Porto e Douro DOC. Gente hospitaleira, culinária saborosa e um fascinante
roteiro cultural são outros grandes atrativos locais.
O Douro tem uma paisagem dramática, diria um amigo
sommelier. Uma paisagem árida e esmaecida no inverno, vibrante e verdejante no
verão, rica em tons vermelhos e alaranjados no outono. É o ciclo das vinhas,
cujas folhas mudam de cor ao longo das estações.
E possível conhecer o Douro vinhateiro de três maneiras: de
carro, trem ou barco. As três formas oferecem ao viajante paisagens incríveis,
marcadas quase sempre pela presença do lendário rio, caminho natural do vinho
do Porto.
Para conhecer o Vale do Douro de carro, basta pegar um mapa
e se aventurar pelas encostas íngremes dos montes e montanhas que margeiam o
rio. No caminho ficam pequenas aldeias e cidades, nas quais se pode fazer um
contato mais próximo com os moradores, conhecer pratos típicos e, é claro,
provar os vinhos regionais. Algumas agências de turismo oferecem serviços de
guias, que mostram com conhecimento a área vinhateira.
De trem, é possível conhecer o Douro de duas maneiras. Uma
delas é no trem
convencional, que faz regularmente o trajeto entre a cidade
do Porto, capital da região, e Pocinho, último ponto da linha. Esse trem
circula o ano inteiro. Entre abril e outubro há uma Maria-Fumaça que percorre
um trecho mais curto, o roteiro vai da estação de Peso da Régua até o terminal
de Tua. É uma viagem charmosa, numa Maria-Fumaça totalmente restaurada e cujos
apitos fazem os viajantes voltar no tempo.
Nos rabelos é possível provar os vinhos e pratos do Douro -
João Lombardo/ND
Pelo rio, é possível passear nos iates, embarcações de
grande porte, que oferecem conforto e prazer a quem viaja. Ou então nos
rabelos, embarcações típicas do rio Douro, que no passado transportavam os
vinhos das áreas produtoras até a cidade de Vila Nova de Gaia, na frente do
Porto, onde ficam os armazéns das vinícolas. Os rabelos comerciais são
adaptados para transportar turistas e oferecem, à bordo, vinho e comida
típicas.
Algumas agências de turismo oferecem pacotes e serviços para
a prática do enoturismo no Douro. Entre elas a Pinto Lopes Viagens
(www.pintolopesviagens.com).
Provei, na região, alguns vinhos, cujas notas de prova estão
a seguir:
Um vinho com a alma do Douro - João Lombardo/ND
HO Grande Escolha Vinhas Velhas 2012 – Horta Osorio Wines –
Douro – Portugal
Castas variadas do Douro. 14% de álcool. Estágio de 15 meses
em barricas novas de carvalho francês. Cor rubi com reflexos violáceos. Aromas
de frutas vermelhas maduras, ameixas frescas, framboesas. Notas de especiarias
doces, baunilha, chocolate, toque floral, sutil mineralidade. Paladar intenso,
acidez balanceada, taninos macios, equilibrado e longo.
Quinta do Vallado Touriga Nacional 2014 – Quinta do Vallado
– Douro – Portugal.
100% Touriga Nacional. 14,5% de álcool. Passagem de 8 meses
por barricas de carvalho francês. Cor rubi com reflexos violáceos. Aromas de
frutas negras, amora, mirtilo; nota floral de violeta, especiarias doces, toque
herbáceo, musgo.
Tostado, mineral, balsâmico. Acidez importante no paladar,
taninos finos, macio, longo. Ainda jovem.
Fonte: http://ndonline.com.br/florianopolis/blog/paoevinho/o-douro-o-rio-e-ouro-liquido-que-brota-nas-encostas-do-vale
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