Fez os seus estudos preparatórios e teológicos no Seminário de Bragança, onde recebeu a Ordem de presbítero no ano de 1894.
Foi pároco de Maçores, Ligares e Larinho e, finalmente, da freguesia de Carviçais onde morreu, completamente cego, a 10 de Abril de 1935.
Quadro existente no Seminário de Bragança |
Foi sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Escreveu, entre outras obras,: "Etnografia Transmontana" - Agricultura do concelho de Moncorvo. Porto, 1908.
Deixou manuscritos de certo valor, cujo paradeiro desconhecemos, como (em verso): "Crepusculos"; "Penumbra"; "O noivado do sepulcro" (poemeto que dedicou à morte de seu irmão doutor Manuel Jacinto Tavares) e "Devaneio poético popular" e outro poemeto escrito a propósito de uma viagem que fez a Roma, em 1925.
Em prosa deixou, também, em manuscrito, segundo afirma o Abade de Baçal,: "Superstições populares transmontanas" as "Monografias" de Carviçais, de Ligares, de Nossa Senhora da Teixeira, de Moncorvo e de Santo Ildefonso (Souto da Velha e Felgar).
Publicou na Revista Lusitana, n.os VIII e IX o "Romanceiro transmontano" que mereceu referências elogiosas de Carolina Michaelis de Vasconcelos.
Colaborou em alguns jornais e revistas dos quais apenas cita-mos alguns: "Gazeta de Bragança", "O Nordeste", "O Moncorvense", "O Brigantino", "O Mirandelense", "Correio Nacional", "Boletim Diocesano", "O Arqueólogo Português", "Ilustração Transmontana", "Portugália", "Revista Lusitana", "Boletim da Diocese de Bragança" etc.
Bateu-se (e de que maneira!) pela fundação de um Museu em Moncorvo e como não conseguiu o seu intento ofereceu grande parte do rico espólio arqueológico que possuía ao Seminário de Bragança e, também, algumas antiguidades arqueológicas ao Museu Regional de Bragança, hoje, Museu Abade de Baçal e ao Museu Ethnológico do Dr. José Leite de Vasconcelos, de quem foi grande amigo.
Padre Rebelo
In MONOGRAFIA de N.S. DA TEIXEIRA
Publicado em 16/05/11
Publicado em 16/05/11
Maria Jose: Um bom exemplo o Sr. Abade, homem que não se acomodou no tempo, pelo contrário, esforçou-se, batalhou pelo que achava justo e teve uma vida cheia de actividade constante, sempre ao lado do nosso POVO. Tenho pena que tivesse acabado a sua vida sem visão. É bom conhecermos um pouco da nossa História, obrigada Lelo Demoncorvo por nos presentear todos os dias com estas relíquias das nossas raízes, BEM HAJA :-))
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