A peça da primeira metade do século XVIII foi restaurada. É o exemplar mais autêntico e melhor conservado no nosso país.
O marcador do tempo, peça da primeira metade do século
XVIII, está de regresso à antiga Sé de Miranda do Douro, após um “rigoroso
processo de restauro”.
Segundo a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), a
peça “é o exemplar mais autêntico e melhor conservado no nosso país” e o seu
valor patrimonial justifica que seja "integrado no circuito de visita ao
conjunto catedralício”.
O marcador do tempo é um mecanismo de relojoaria grossa,
sendo o de Miranda do Douro formado por peças de ferro forjado cavilhadas.
O instrumento manteve as peças de origem até ao inicio deste
século, ainda que em mau estado. Foi agora restaurado “tendo sido apenas
fabricada de novo a peça central sujeita a maior desgaste - o ‘escape’”, indica
uma nota da DRCN.
Este mecanismo, da primeira metade do século XVIII, era
animado por sistema de pêndulo e corda para um dia e dotado de um único
ponteiro (marcava os quartos de hora).
“Provavelmente de origem espanhola - em zona raiana exposta
a tal influência –, a sua encomenda foi coetânea dos melhoramentos e reformas
levados a cabo, no período joanino, por todo o país”, destaca a DRCN, realçando
que “há notícia da existência de mecanismos idênticos, entretanto desaparecidos
ou substituídos por aparelhos modernos”.
Assim, segundo a DRCN, o marcador do tempo da antiga Sé de
Miranda será, talvez, o exemplar mais autêntico e melhor conservado deste tipo
de relógios arcaicos que chegaram aos nossos dias.
O restauro e remonte das peças foram executados pela Casa
Cousinha, uma das mais reputadas deste tipo de relojoaria a nível europeu.
O marcador do tempo foi colocado na torre do relógio, a sul,
depois de ter estado instalado na torre norte, até ter sido desmontado para a
reparação.
Fonte: http://rr.sapo.pt/noticia/66887/pendulo_e_corda_voltam_a_marcar_o_tempo_em_miranda_do_douro
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