Redução de custos leva a CP a substituir a locomotiva a
vapor por uma máquina a diesel no comboio turístico entre Régua e Tua.
No próximo Verão a locomotiva a vapor que costuma rebocar o comboio turístico entre a Régua e o Tua não vai circular no vale do Douro.
Em seu lugar, a CP vai utilizar uma locomotiva a diesel,
pintada com as cores originais dos anos sessenta, mantendo o mesmo percurso,
mas baixando os preços da viagem de 45 para 35 euros.
A empresa promete, no entanto, que o comboio a vapor
regressará em 2014, depois de reconverter a locomotiva 0186, que deixará de
trabalhar a carvão, passando o aquecimento da caldeira a ser feito com a queima
de diesel. O resultado será o mesmo: a tracção será a vapor e deitará fumo como
os comboios de antigamente, se bem que os nostálgicos dessa era lamentem que já
não se sinta o cheiro do carvão.
Para a CP, porém, isso representa um diminuição
significativa dos custos de produção. O comboio a vapor no Douro foi lançado em
1998 e está longe de ter proporcionado lucros à empresa. Só nos últimos cinco
anos acumulou 370 mil euros de prejuízos, o que levou a CP a ponderar acabar
com o serviço.
No entanto, segundo fonte oficial da empresa, esta
considerou “que a importância do produto justifica a sua continuidade, pelo
relevo que assume ao nível do turismo da região, da imagem da CP, em
particular, e da ferrovia em geral”. Daí
a opção pelo meio termo, que será a manutenção do comboio turístico com uma
locomotiva a diesel, que é mais barata do que a vapor, regressando a velha 0186
aos carris do Douro no próximo ano.
A CP diz que em 2012 o comboio turístico foi muito afectado
pelas greves dos maquinistas às horas extraordinárias, o que levou a que a
empresa, em alguns dias, tivesse de substituir a tracção a vapor por diesel.
Essa condicionante, que apanhou muitos clientes desprevenidos, mais os dias em
que não houve comboio por motivo de greve, e ainda a retracção económica, levou
a que no Verão passado o número de passageiros ficasse aquém dos 2000,
contrariando a média dos últimos anos.
A eventual interrupção deste serviço já tinha sido colocada
há dois anos, devido aos seus constantes prejuízos, tendo a CP assumido então
que estava em causa a continuidade do comboio histórico.
CARLOS CIPRIANO 16/05/2013 - 13:33
Nota do editor: foto retirada da net.
Nada se perde ,nada se cria,tudo se transforma em C.P.
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