Desde tempos imemoriais, certamente pré-cristãos, os Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo têm actuado anualmente na festa local de celebrações das colheitas, num Domingo festivo de Setembro há muitos séculos dedicado a Santa Bárbara, como protectora contra trovoadas, coriscos e outras intempéries que destroem o fruto de penosas fainas agrícolas. O cerimonial daquele dia festivo de Setembro corresponde a um ritual e a um simbolismo deveras curioso, desde o romper da aurora, com o toque da "alvorada", com gaita de fole e o acompanhamento da antiga praxe. Mas os novos tempos vieram perturbar. A partir dos anos 40, a manutenção desta incalculável riqueza de carater folclórico e vivência popular. Fui assim que, depois de 20 anos de esmorecimento e interrupção, esta preciosa tradição dos Pauliteiros foi reactivada em 1961, posteriormente assumida e valorizada pela Associação Cultural De Palaçoulo, a par de outras expressões da cultura popular local, como língua autónoma, integrada na grande família românica. A partir de então os Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo têm abrilhantado garbosamente a sua festa anual, dedicada a Santa Bárbara, bem como têm sido portadores da mesma mensagem do seu Folclore até muitas localidades do País, assim com, algumas vezes também até ao estrangeiro. São danças masculinas, viris, de origem predominantemente guerreira, em Mirandês dominadas "lhaços" mas, que também constituem celebrações plenas de bucolismo agro-pastoril, de carácter familiar , lendário e outros. Remontam às antiquíssimas danças das espadas, de origem indo-europeia, trazidas pelos Celtas para este especial rincão Mirandês, onde se conservaram até ao presente, a par de outras especificidade que o caracterizam como diferente e único . http://www.caramonico.net/caramonico/pauliteiros.php
Sede de uma das mais importantes freguesias, com características rurais e industrial localizada na região sudoeste do concelho, implantado ao longo de uma suave colina, é servida em termos de rede viária pela E.M.569, sendo a distância a Miranda (via Duas Igrejas) cerca de 23 km. Faz parte desta freguesia o lugar de Prado-Gatão.
Os primeiros vestígios pré-históricos encontram-se nas gravuras rupestres do “Passadeiro” e da “Vaqueira”, assim como nos machados de pedra encontrados nas suas imediações. Da proto-história é o castro de “Penha-al-Castro”.
O nome histórico de Palaçoulo, deriva do étimo latino Palatiu(m), diminutivado para Palaciolu(m). Doou-o o 1º Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, no ano de 1172, com o nome de Palaciolo, de que derivou a já muito antiga e actual denominação Palaçoulo.
Muitas lápides funerárias e outros abundantes achados confirmam a romanização intensa desta localidade. Da sua abundância histórica, sobressai o episódio do “Santo afogado na lagoa“, ocorrido pelo ano de 1790 e conhecido pela expressão emblemática de “inda refunfunhegas, caramonico de mil demónios”. Tanto este episódio como o abundante acervo histórico desta localidade encontram-se expressivamente descritos no livro “Mirandês e Caramonico”, de José Francisco Fernandes.
A anexa de Prado Gatão, cujo nome remonta a documentos da Idade Média, como uma quinta ou simples propriedade de alguém chamado Gatão.
Património
A Fraga da Moura, Buraco Negro, gravuras rupestres, Passadeiro, Penha do Castro, Castelo da Serra, Estradica, igreja Matriz, capela de N. Srª Carrasco e S. Sebastião, forjas de ferreiros, Orrieta Castilha, cruzeiros, troncos, marras, teares artesanais, o Toural, os Casales. Prado-Gatão: Penhas Negras, igreja Matriz, capela de Stº Cristo e da Maçaneira, Frauga Comunitária, Barroco, caminho das Calçadas, Noras e Cegonhos, cruzeiro, troncos, teares e Casa Grande.
Anexa: Prado Gatão
Orago: S. Miguel
Área: 4044 ha
Residentes: 678
Actividades Económicas: Tanoaria, cutelaria, serralharia, construção civil, agricultura, artesanato, oficinas de reparação de automóveis e comércio.
Serviços:Serviço de recolha de lixo; Rede púb. abastecimento de água e águas residuais; Lar 3ª idade; Cooperat.; Inst. bancária; Tipografia; Extensão saúde; Hotelaria; Cafés e Rest.; Escola do pré-escolar e 1º Ciclo.
Colectividades: Ass. Caramonico; Zona de Caça Associativa, Grupo de Pauliteiros e Ass. Caçadores Gatões, Ass. LÉRIAS, Ass. "La Frauga d'les Gatones".
Festas: Palaçoulo: S. Sebastião (20 Jan); S. Miguel (8 Mai); N. Sr.ª do Carrasco (15 Ago); Srª Rosário (2 Set); Stª Bárbara (20 Set ou no Dom a seguir);
Desde tempos imemoriais, certamente pré-cristãos, os Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo têm actuado anualmente na festa local de celebrações das colheitas, num Domingo festivo de Setembro há muitos séculos dedicado a Santa Bárbara, como protectora contra trovoadas, coriscos e outras intempéries que destroem o fruto de penosas fainas agrícolas.
ResponderEliminarO cerimonial daquele dia festivo de Setembro corresponde a um ritual e a um simbolismo deveras curioso, desde o romper da aurora, com o toque da "alvorada", com gaita de fole e o acompanhamento da antiga praxe. Mas os novos tempos vieram perturbar. A partir dos anos 40, a manutenção desta incalculável riqueza de carater folclórico e vivência popular. Fui assim que, depois de 20 anos de esmorecimento e interrupção, esta preciosa tradição dos Pauliteiros foi reactivada em 1961, posteriormente assumida e valorizada pela Associação Cultural De Palaçoulo, a par de outras expressões da cultura popular local, como língua autónoma, integrada na grande família românica. A partir de então os Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo têm abrilhantado garbosamente a sua festa anual, dedicada a Santa Bárbara, bem como têm sido portadores da mesma mensagem do seu Folclore até muitas localidades do País, assim com, algumas vezes também até ao estrangeiro.
São danças masculinas, viris, de origem predominantemente guerreira, em Mirandês dominadas "lhaços" mas, que também constituem celebrações plenas de bucolismo agro-pastoril, de carácter familiar , lendário e outros. Remontam às antiquíssimas danças das espadas, de origem indo-europeia, trazidas pelos Celtas para este especial rincão Mirandês, onde se conservaram até ao presente, a par de outras especificidade que o caracterizam como diferente e único .
http://www.caramonico.net/caramonico/pauliteiros.php
Sede de uma das mais importantes freguesias, com características rurais e industrial localizada na região sudoeste do concelho, implantado ao longo de uma suave colina, é servida em termos de rede viária pela E.M.569, sendo a distância a Miranda (via Duas Igrejas) cerca de 23 km. Faz parte desta freguesia o lugar de Prado-Gatão.
ResponderEliminarOs primeiros vestígios pré-históricos encontram-se nas gravuras rupestres do “Passadeiro” e da “Vaqueira”, assim como nos machados de pedra encontrados nas suas imediações. Da proto-história é o castro de “Penha-al-Castro”.
O nome histórico de Palaçoulo, deriva do étimo latino Palatiu(m), diminutivado para Palaciolu(m). Doou-o o 1º Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, no ano de 1172, com o nome de Palaciolo, de que derivou a já muito antiga e actual denominação Palaçoulo.
Muitas lápides funerárias e outros abundantes achados confirmam a romanização intensa desta localidade. Da sua abundância histórica, sobressai o episódio do “Santo afogado na lagoa“, ocorrido pelo ano de 1790 e conhecido pela expressão emblemática de “inda refunfunhegas, caramonico de mil demónios”. Tanto este episódio como o abundante acervo histórico desta localidade encontram-se expressivamente descritos no livro “Mirandês e Caramonico”, de José Francisco Fernandes.
A anexa de Prado Gatão, cujo nome remonta a documentos da Idade Média, como uma quinta ou simples propriedade de alguém chamado Gatão.
Património
A Fraga da Moura, Buraco Negro, gravuras rupestres, Passadeiro, Penha do Castro, Castelo da Serra, Estradica, igreja Matriz, capela de N. Srª Carrasco e S. Sebastião, forjas de ferreiros, Orrieta Castilha, cruzeiros, troncos, marras, teares artesanais, o Toural, os Casales. Prado-Gatão: Penhas Negras, igreja Matriz, capela de Stº Cristo e da Maçaneira, Frauga Comunitária, Barroco, caminho das Calçadas, Noras e Cegonhos, cruzeiro, troncos, teares e Casa Grande.
Anexa: Prado Gatão
Orago: S. Miguel
Área: 4044 ha
Residentes: 678
Actividades Económicas: Tanoaria, cutelaria, serralharia, construção civil, agricultura, artesanato, oficinas de reparação de automóveis e comércio.
Serviços:Serviço de recolha de lixo; Rede púb. abastecimento de água e águas residuais; Lar 3ª idade; Cooperat.; Inst. bancária; Tipografia; Extensão saúde; Hotelaria; Cafés e Rest.; Escola do pré-escolar e 1º Ciclo.
Colectividades: Ass. Caramonico; Zona de Caça Associativa, Grupo de Pauliteiros e Ass. Caçadores Gatões, Ass. LÉRIAS, Ass. "La Frauga d'les Gatones".
Festas: Palaçoulo: S. Sebastião (20 Jan); S. Miguel (8 Mai); N. Sr.ª do Carrasco (15 Ago); Srª Rosário (2 Set); Stª Bárbara (20 Set ou no Dom a seguir);
Prado-Gatão: Stª Isabel (7 Jul); Stª Bárbara (8 Ago); Srª do Rosário (16 Ago);
Gastronomia: Posta à mirandesa, cabrito assado, caça.
Website: http://palacoulo.no.sapo.pt/
Também se come um bom leitão em Palaçoulo. Vale a pena passar por lá.
ResponderEliminarGostei de ler isto tudo. Desconhecia a maior parte da informação aqui apresentada. Obrigada.
ResponderEliminarJúlia Ribeiro