[Folha de couve. Bornes. Macedo de Cavaleiros]
descobriu o fotógrafo fascinantes mundos em poucos
centímetros de folha de couve, com sua máquina fotográfica indo além dos olhos:de azul vestiu seus mundos de cristal a folha de couve: uns
para melhor os beber, outros fazendo-os sair à janela de gotas que a mais
nenhum intruso deixam espaço, miríades de cabeças formadas na parada com suas
imensas abóbadas como céus azuis, tudo comandado por um terrível sonho de
tartaruga que na ponta espreita;- se puderes voar, como estas gotas te verás sobre a terra,
cada vez mais amplo o espaço a enquadrar todas as tuas minúsculas grandezas,
que sempre aquém das palavras ficarão.
Poesia no texto e na imagem.Dois poetas transmontanos.O texto está escrito em português e a foto foi "tirada" em mirandês.Bilingue para distraídos.O mundo às avessas, ou, como dizia outro poeta transmontano,isto anda tudo ligado.Texto e foto paridos das fragas como a figueira na igreja de Moncorvo.Se Cristo não passou pelo Nordeste -diz o povo-também Torga não passou pela couve do Luís nem pela poesia do Amadeu.
ResponderEliminarAmigo Lelo Demoncorvo (Lelo Brito)faça uma manta com todos farrapos destes dois senhores, que saúdo tirando o chapéu.
Afonso L.G.
Júlia Guarda Ribeiro escreveu: Os textos do Amadeu Ferreira, acompanhados das fotografias do Luís Borges são do melhor que já li e observei. Vejam com os vossos próprios olhos e me dirão se tenho ou não razão.
ResponderEliminar