sexta-feira, 17 de maio de 2013

TORRE DE MONCORVO

Foto A.F.F.M.
Em plena encosta da Serra do Reboredo, Torre de Moncorvo é hoje uma bela vila de património arquitectónico e ruas estreitas de casario caiado de branco, cuja história leva a memória a tempos longínquos. Moncorvo terá tido origens medievais num local próximo chamado derruída, a 240 metros acima do esplendoroso e fértil vale da Vilariça. Ali terá existido, nos séculos XII e XIII, uma povoação com uma torre flanqueada e um muro denominada Santa Cruz da Vilariça, à qual foi concedido foral em 1225. Só a partir de 1285 o concelho passa a chamar-se Torre de Moncorvo e recebe novo foral pela pena de D. Dinis. D. Manuel concede-lhe ainda um terceiro foral.
Em Moncorvo, a cada passo, uma janela, um varandim conduzem aos anos férteis do século XVI. Aonde quer que os caminhos nos levem ou olhos se fixem, estamos rodeados de impressionantes casas manuelinas. Em muitas delas se respiram ainda histórias quinhentistas de fidalgos e senhores latifundiários, orgulhosos dos seus brasões de família. Muito mais os pode encher de orgulho. As suas tradições gastronómicas e os saberes artesanais. Em Moncorvo é incontornável o Museu do Ferro e as lojas de doces e sobremesas de amêndoa. Nos dias de romaria aos seus santos e padroeiros, não faltam os odores dos folares, a posta, os enchidos, os queijos e os vinhos.
Em redor da pacata vila manuelina até onde a vista alcance, todo o horizonte é uma mancha de terra recortada por pedaços verdes, castanhos, cor de mel, salpicada por oliveiras e amendoeiras como se de uma paleta de cores de um pintor impressionista se tratasse. Nos meses de Fevereiro e Março, a tela adquire um tom mais naif, as flores esbranquiçadas e rosadas dos quatro milhões de amendoeiras do concelho, rebentam numa explosão primaveril, inundando de branco toda a paisagem e nela tudo se esbate sob um autêntico manto monocromático que tudo envolve. Imperdível.

Igreja Matriz MN (séc. XVI)
Solar dos Pimentéis (séc. XVII)
Igreja da Adeganha (séc. XII)
Igreja da Misericórdia (Renascença)
Igreja de Santo Apolinário em Urros
Capela da Senhora da Teixeira em Açoreira
Castro do Baldoeiro em Adeganha
A “Derruída” ou Vila Velha
Museu do Ferro
Mata Nacional do Reboredo
Miradouro de S. Gregório em Adeganha
http://www.douro-turismo.pt/concelhos.php?op=tm

3 comentários:

  1. Durval Forte escreveu: Que imensa honra e alegria sinto ao contar com a valiosa colaboração de Lelo Demoncorvo !!

    ResponderEliminar
  2. Pedro Felgar Couteiro escreveu:Um local de re-localização mal escolhido... talvez por isso não terá desenvolvido todo o seu potencial...

    ResponderEliminar
  3. Carlos Manuel Ferreira Caetano · Amigo/a de Centro De Interpretação Cogula escreveu:
    Moncorvo é uma vila esplendorosa! Viva Portugal!!!

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.