terça-feira, 2 de agosto de 2016

FELGAR - FAMÍLIA DE EMIGRANTES

  O meu pai, Joaquim Auguto de Carvalho, nasceu em Ligares no dia 4 de Março de 1924. Foi para o Felgar aos 14 anos, sozinho, e encontrou trabalho na quinta de Crestelos dos  Mirandas. Ai conheceu a minha mãe Albertina dos Anjos Seixas,que lá trabalhava com os seus irmãos.Casaram e tiveram 5 filhos: Albertina, Teresa, António, Joaquim e José. Em 65 resolveu vir para  França para arranjar vida melhor.Veio de salto para Paris, onde já estavam meu primo António Manuel Seixas e ti António Pinto. Trabalhou de trolha .Depois foi trabalhar para Condrieu, perto de Lyon e para aí nos mandou vir para junto dele em 67.Hoje ainda é vivo com 87 anos  e vive em Roussillon ,perto de Lyon e de nós todos, menos a minha irmã Maria, que vive em Faro. Meu pai tem 7 netos e 3 bisnetos. Festejámos há pouco tempo os 60 anos de casamento.
Nota do editor: texto e fotografias enviados por Joaquim Carvalho.
No seu mural do facebook diz que trabalha na empresa ouvaroff .Andou na escola lep de l'edit a Roussillon .Vive em Salaise-Sur-Sanne, Rhone-Alpes, France. Casado com Veronique Kinkal .Do Felgar, Bragança, Portugal.
Na primeira fotografia: Joaquim  Augusto Carvalho e companheiros emigrantes em Paris (1965);na segunda fotografia: Joaquim Augusto Carvalho ,recruta (1943) ; na terceira,Joaquim  Carvalho (filho),irmã  e primos.

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2 comentários:

  1. Regozijo-me com o sucesso desta família de emigrantes,desejando ainda muitos anos de vida ao patriarca,Senhor Joaquim Augusto de Carvalho.

    Uma moncorvense

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  2. O Felgar começou por ser uma terra de muitos imigrantes quando durante o séc. XIX mts. familias galegas e leonesas vieram viver para esta aldeia. Estou a lembrar-me dos Sanches, dos Ledesmas, dos Duques, dos Milhanos...

    Depois, à semelhança do resto do reino ou país, começou a ser uma terra de emigrantes; Ele era felgarenses a abalar para tudo o que era Mundo e a diáspora estava bem espalhada: América do Norte, do Sul, Africa e Europa.

    Caracteristicas muito peculiares teve a emigração para a França, entre a decada de 60 e parte da 70, - a do " salto " - com todas as suas glórias ( com a integração plena de muitos nesse grande País que é a França) e tb. algumas não menos pequenas misérias.

    Muitos(issimos) foram os que partiram em busca de melhor vida para si e os seus e cujo sucesso e plena integração no País que os acolheu é sempre de realçar, como é o caso desta noticia neste farrapo de memória relativo a uma de muitas familias que assumiram igual risco.
    Outros, em menor nº e mais herois badalados pela imprensa dita correcta, partiram por outros motivos não menos despiciendos- do tipo fugir à prisão certa, v.g. o grande Aquilino Ribeiro - ou ainda à prestação do então serviço militar obrigatório.

    A França lá estava pronta para receber todos e muito deu e muito recebeu. As estórias do salto seriam infindáveis. Que as contem quem souber.
    Em vez disso digo só que a minha gratidão e o meu reconhecimento a este País será eterno.

    Oxalá que venham mais emigrantes do salto contar-nos as suas aventuras desses tempos e para Lyon, cidade paradigma da liberdade e da resistência, o meu bonjour.

    Um felgarense.

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