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Nota do editor:Foto retirada da net. |
“ A quinze quilômetros da sede do concelho, Vilar Chão situa-se numa zona planáltica com o mesmo nome (também designado planalto Castro Vicente) que a nascente termina num vale apertado e profundo por onde corre o rio Sabor. Vilar Chão foi integrado no concelho de Alfândega da Fé em 1855, tendo pertencido anteriormente aos extintos concelhos de Castro Vicente e Chacim. É hoje uma das mais importantes e ricas freguesias do concelho, com uma atividade agrícola e pecuária assinaláveis, bem patente no número de alfaias agrícolas modernas e na existência de uma sala de ordenha, apesar de ser uma zona com pouca água. A cultura de cereais (sobretudo trigo e centeio), hoje em declínio, fez do termo de Vilar Chão um autêntico "celeiro" do concelho e das regiões vizinhas. As origens da localidade transportam-nos ao período suevo e ao despovoamento provocado pela invasão muçulmana. No período medieval foi objecto de repovoamento. Na localidade anexa, Legoinha, (local de interesse turístico) existem vestígios de um castro. A obra do Pe. Belarmino Afonso, "Cerâmica do Distrito de Bragança", refere bem a importância econômica que o fabrico da telha teve em tempos para a freguesia: "Uma fornada de telha vinha equilibrar ou suprir as dívidas de uma má colheita, ou pagar por um filho que foi preciso livrar da tropa. (...) Um bom número de fornos, de que conseguimos notícia, eram da comunidade local. Não admira, pois, que este tipo de atividade artesanal se enquadrasse perfeitamente dentro das banalidades — fornos, moinhos, forja e lagar — da economia medieval agro-pastoril." Mas para além do fabrico da telha, em Vilar Chão, também existiram lagares de azeite comunitários e em finais do século passado, princípios do nosso até uma certa dinâmica na tentativa de exploração de alguns minérios, havendo conhecimento do registro de onze minas entre 1883 e 1911, uma das quais de prata. Em termos patrimoniais a casa da família de Manuel António Ferreira de Aragão (Marechal de Campo e morgado, natural da freguesia) é o mais importante patrimônio de Vilar Chão. Possui brasão e foi construída para solar daquela família em 1760. João Vilares, em "Monografia do Concelho de Afândega da Fé" descreve-o assim: "em campo de ouro quatro palas vermelhas; timbre um touro vermelho saltante com coleira e campaínha ao pescoço; por cima, num dos cantos, uma flecha". A igreja paroquial é antiga e destaca-se pelos seus cinco bonitos altares, bem trabalhados. Tem como parte integrante do seu espólio uma custódia, com decoração barroca. Outro local de interesse patrimonial é a Fonte Limpa, construída em 1796, também de estilo barroco e exemplar único no concelho. Para além de outros aspectos, Vilar Chão destaca-se ainda por uma tradição cultural que tem especiais referências na "arreata dos burros", uma forma diferente de festejar o Carnaval. Na doçaria, são conhecidos os "rochedos", feitos com amêndoa e de excepcional qualidade. “
Nota do editor :este texto foi-nos enviado pelo Dr. Artur Aragão como a sua contribuição para um melhor conhecimento da região de Alfândega da Fé. Agradecemos o artigo enviado e aguardamos que nos cheguem mais textos,fotografias e documentos de outros alfandeguenses que desejam colaborar. Desde já o nosso obrigado.
Reedição de posts desde o início do blogue.
Julia Guarda Ribeiro escreveu:Vilar Chão , a terra da Amélinha das cruzes na mão e na testa....
ResponderEliminarBelíssimo texto senhor doutor.Fiquei a saber mais de Vilarchão dos feitos da sua família e de história.Devia publicar em livro o estudo sobre a sua família que se confunde com o da nossa terra,a vila linda de Alfândega da Fé.
ResponderEliminarAlfandeguense
Este texto, sem ser assinado, foi publicado a 30 de julho de 2010 no blog de Vilarchão pelo professor de história João Nunes.
ResponderEliminarhttp://vilarchao.blogspot.pt/2010/07/casa-aragao.html .
Afinal quem é o autor do texto?
Um alfandeguense
Quando a casa foi construída o brigadeiro ainda não tinha nascido e ele pouco lá terá residido se é que chegou a residir. Investigue-se.
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