Guerra Junqueiro - De Freixo para o Mundo 15 -17 Setembro 1º Dia from Leonel Brito on Vimeo.
A 15 de setembro de 2016, dia em que se comemora o nascimento do grande poeta Guerra Junqueiro reabriu a Casa do Poeta. Neste primeiro dia do evento "Guerra Junqueiro: De Freixo para o Mundo" através de exposições, dramatização teatral e música, o visitante pôde percorrer a riqueza da obra do "nosso" escritor Abílio Guerra Junqueiro.
Reveja agora o resumo do 1º dia do evento "Guerra Junqueiro: De Freixo para o Mundo".
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
NORDESTE TRANSMONTANO - EFEMÉRIDES (30/09)
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Norberto Lopes |
30.09.1702 – Deliberação da câmara de Moncorvo:
- … Que seja notificado Miguel Garcia, ferreiro do lugar de Urros deste termo, para que em tempo de 8 dias venha com sua frágua e mais instrumentos para esta vila trabalhar, por não haver outro oficial ferreiro nesta vila e o sobredito ter assistido já nesta vila.
30.09.1873 – Ofício da câmara de Moncorvo para o gov. civil dizendo “haver toda a probabilidade de que muito em breve se estabeleça nesta vila um Banco com capitais avultados”.
30.09.1900 – Vimioso - nascimento de Norberto Lopes, um dos mais conceituados jornalistas e homens de letras trasmontanos do nosso tempo.
Freixo de Espada à Cinta -Morreu Valentim Xavier Pintado, economista e fundador do CDS
Morreu Valentim Xavier Pintado, economista e fundador
do CDS
29/9/2016, 11:11263
O economista e professor universitário Valentim Xavier
Pintando, secretário de Estado de Marcelo Caetano e um dos fundadores do CDS,
morreu na quarta-feira aos 91 anos
O economista e professor universitário Valentim Xavier
Pintando, um dos fundadores do CDS, morreu na quarta-feira aos 91 anos, disse
esta quinta-feira à Lusa fonte da família.
De acordo com a mesma fonte, o corpo vai estar a partir
desta quinta-feira em câmara ardente na capela de Nossa Senhora, junto à igreja
de São João de Deus, à Praça de Londres, em Lisboa, estando agendada missa de
corpo presente para as 21h.
Na sexta-feira realiza-se uma missa de corpo presente na
igreja de São João de Deus, pelas 10h00, saindo depois o cortejo fúnebre para o
cemitério dos Prazeres.
Valentim Xavier Pintado era natural de Freixo de Espada a
Cinta. Licenciou-se em Ciências Económicas e Financeiras pelo Instituto
Superior de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa (1949) e fez o
doutoramento em Economia na Universidade de Edimburgo (1961).
Dirigiu o Gabinete de Estudos e Relações Económicas
Internacionais da Associação Industrial Portuguesa (AIP) e, em 1964, foi
diretor do gabinete de estudos económicos do Banco Português do Atlântico.
Na década de 70 foi secretário de Estado do Comércio do
governo presidido por Marcelo Caetano, tendo participado, igualmente, em várias
organizações internacionais como a EFTA (Associação Europeia de Comércio Livre)
e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
Foi igualmente professor catedrático e diretor da Faculdade
de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa, da
qual foi Vice-Reitor.
Valentim Xavier Pintado foi, com Diogo Freitas do Amaral,
Adelino Amaro da Costa, Basílio Horta, Vítor Sá Machado, João Morais Leitão e
João Porto fundador do CDS, a 19 de julho de 1974.
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Torre de Moncorvo - Rota da Fonte do Gil contou com cerca de 100 participantes

A população aderiu à iniciativa e muitos foram os
participantes que percorreram cerca de 4 Km por caminhos bastantes antigos e
passando por locais que fazem parte da história da freguesia. De destacar a
Fonte do Gil, que dá nome à rota, a Canelhinha do Fogo e as antigas minas de
Volfrâmio de Carviçais, denominadas de Minas do Lagar Velho.
Este percurso pedestre é mais uma aposta do Município de
Torre de Moncorvo no turismo de natureza aliado à promoção do património
histórico e cultural da freguesia de Carviçais e do concelho de Torre de
Moncorvo.
No final, realizou-se um almoço convívio entre todos os
participantes.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 29 de Setembro de
2016
Luciana Raimundo
Apresentada mais uma edição da Revista CEPIHS em Torre de Moncorvo
O Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno
Gonçalves, abriu a sessão dando as boas vindas a todos os presentes, de seguida
tomou a palavra Bruno Maurício, das Edições Húmus, e o Professor Luís Alexandre
Rodrigues que apresentou esta 6ª edição da CEPIHS. Por fim a diretora da
Revista, Adília Fernandes, falou também ao público pres
ente.
Esta edição conta com autores/investigadores de reconhecido
mérito, que abordaram temas relacionados com as Misericórdias, num total de 32
artigos não só sobre Torre de Moncorvo, mas relacionados como todo o território
de Trás-os-Montes e Alto Douro. A revista possui ainda uma
nota de abertura do Presidente da Câmara Municipal de Torre
de Moncorvo, Nuno Gonçalves, uma mensagem do Provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Torre de Moncorvo, Fernando Gil, e o editorial do Professor
Adriano Vasco Rodrigues.
No final da sessão, Adília Fernandes autografou as revistas
que o Município de Torre de Moncorvo gentilmente ofereceu a todos presentes.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 29 de Setembro de
2016
Luciana Raimundo
O Cavalo de Mazouco
Há muito que as gravuras rupestres do Mazouco eram conhecidas pela população local aquando da sua apresentação à comunidade arqueológica. Foi em 1981 que um estudante da faculdade de letras do Porto as deu a conhecer aos seus professores. Os habitantes da pequena aldeia de Mazouco chamavam à representação mais preservada "o carneiro". No entanto, este núcleo foi sendo geralmente designado como O Cavalo de Mazouco. Trata-se da primeira estação portuguesa de arte rupestre paleolítica ao ar livre. Em 1981, foram identificadas e publicadas as gravuras de Mazouco (Freixo-de-Espada-à-Cinta), que se tornaram no primeiro sítio de arte rupestre (ao ar livre) paleolítica conhecido em toda a Europa. Estão representadas muito poucas figuras, entre as quais sobressai a representação completa de um cavalo. O núcleo do Mazouco está inserido numa pequena cavidade rochosa composta por dois painéis relativamente bem conservados, formando uma espécie de abrigo de pequenas dimensões. O facto de as gravuras se encontrarem um pouco protegidas, permitiu que estivessem menos vulneráveis aos efeitos de desgaste natural. São constituídas por quatro gravuras executadas sobre uma parede xistosa, sendo que apenas uma das figuras se apresenta completa. Bem definida nas proporções e dando a sensação de movimento, tem o corpo e a cabeça de perfil. Dos membros traseiros só as coxas foram representadas. A cauda também se encontra incompleta, enquanto o focinho foi danificado em época posterior à execução da figura. O sexo é bem visível, e demonstra tratar-se de um macho, o que contradiz a teoria dos que pretendem ver nele uma égua grávida, dada a forma volumosa da barriga.
Texto completo e mais fotos em:http://mazouco.no.sapo.pt/gravuras.htm
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Texto completo e mais fotos em:http://mazouco.no.sapo.pt/gravuras.htm
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O Diabo e as Cinzas,por António Tiza
Sinopse
Os rituais da máscara são o fundamento e a linha
condutora deste conjunto de 13 contos.
São rituais litúrgicos da religiosidade do povo nordestino,
celebrados no tempo hiemal, o tempo das noites longas e frias, das bruxas e
diabos, dos caretos e máscaros, das fogueiras que quebram a noitidão e das
cinzas restantes do sacrifício sagrado que nem por isso
deixam de ser simbolicamente valiosas para a fertilidade da Natureza. No
decorrer da leitura, a tradição vigente e histórica afirma-se
por si mesma e distingue-se claramente da ficção.
Ambas convivem aqui em perfeita harmonia.
O autor estuda esta temática há três décadas, assistiu
à sua evolução – real e inevitável – e ficcionou histórias
verídicas, que ajudam o leitor a compreender o “como” e o “porquê” desta
evolução: a entrada das mulheres em rituais tradicionalmente masculinos, as
rebeldias permitidas, as subversões salutares, os repugnantes oportunismos, o
apelo da honra… Enfim, as vivências de um povo que, ciclicamente
e por um período de três ou quatro dias, entrega o governo da comunidade nas mãos
dos jovens: o rito iniciático imprescindível a um futuro sustentado em valores
perenes.
NORDESTE TRANSMONTANO - EFEMÉRIDES (29/09)
29.09.1643 – Um corpo de tropas castelhanas pôs cerco à aldeia de Moimenta, concelho de Vinhais. Pelas ruas da povoação houve rijos combates entre os invasores e os moradores, estes munidos dos mais diversos instrumentos de uso agrícola, sobretudo. Um grupo de 70 homens da aldeia procurou defender-se no adro da igreja e depois dentro do próprio templo. Esforço inglório. As tropas espanholas entraram na igreja e quiseram obrigá-los a gritar: - Viva el-rei Filipe I! Aqueles recusaram e foram passados todos á espada. Este foi apenas um dos episódios da Guerra da Restauração em Trás-os-Montes, a qual se prolongou por uns 26 anos e que na raia trasmontana se caracterizou por constantes assaltos e razias como aquela de Moimenta, tanto do lado de cá como no lado de lá da fronteira.
29.09.1804 – Notícia da “maior colheita de torcidos de seda de que há memória em Trás-os-Montes”.
29.09.1886 – Lançamento do jornal “O Atleta” em Macedo de Cavaleiros.
29.09.1904 – Notícia de Carrazeda:
António Júlio Andrade
29.09.1804 – Notícia da “maior colheita de torcidos de seda de que há memória em Trás-os-Montes”.
29.09.1886 – Lançamento do jornal “O Atleta” em Macedo de Cavaleiros.
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Carrazeda |
- Chegou a esta vila uma companhia espanhola de Zarzuela, composta por 14 personagens. Tivemos ocasião de ouvi-la na noite de domingo, agradando, em geral. Conta com alguns elementos de grande valor, principalmente a triple, que tem uma voz bem timbrada e muito agradável. A nossa terra, porém ( e vergonha é dizê-lo) é que não está habituada a receber companhias como esta, porque… por muita coisa.
António Júlio Andrade
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
TORRE DE MONCORVO - AVOZINHAS
Fotografia enviada por Carlos Ricardo |
. A data escolhida para a celebração do Dia dos Avós é o dia 26 de Julho, por este ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.
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Setúbal - Prémio Secil Engenharia Civil 2014 Atribuído ao Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor
O Prémio Secil de Engenharia Civil 2014 foi atribuído pela
Secil e pela Ordem dos Engenheiros ao Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo
Sabor. O galardão, reconhecido como o prémio referência de engenharia civil em
Portugal, distingue, de dois em dois anos, o mais significativo projeto na
área.
O projeto do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor foi
desenvolvido por uma equipa multidisciplinar de engenharia da EDP Produção,
coordenada pelo Eng. Domingos Silva Matos. Este projeto foi distinguido por
unanimidade pelo Júri do Prémio Secil, presidido pelo Eng. António Campos
Matos.
O Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor, que está
situado no concelho de Torre de Moncorvo e abrange também os concelhos de
Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros, tem a potência instalada de
189 MW, sendo constituído por dois escalões, o de Baixo Sabor a montante e o de
Feiticeiro a jusante. O escalão de montante, com uma barragem de 123 metros de
altura (a segunda mais alta do País), cria uma albufeira com a capacidade de 1
095 hm3, que é também a segunda maior do país.
O dono da obra é a EDP Produção, a construção esteve a cargo
do Baixo Sabor ACE, constituído pelas empresas Odbrecht – Bento Pedroso
Construções, SA e Lena Construções, SA, e a fiscalização da obra foi assegurada
pela Consulgal – Consultores de Engenharia, SA.
A Secil instituiu o Prémio Secil em 1992, que é hoje
reconhecido como o galardão de máxima referência em Engenharia Civil em
Portugal, merecendo o Alto Patrocinio da Presidência da República desde a sua
primeira edição.
Bragança-Miranda lança passaporte do peregrino
Iniciativa está inserida no Dia Mundial do Turismo que a
diocese celebra na cidade de Mirandela.
A Pastoral do Turismo de Bragança-Miranda vai lançar esta
terça-feira, em Mirandela, o passaporte do peregrino. Um instrumento onde o
peregrino, ao visitar determinado templo ou monumento, vai poder registar a sua
passagem e assim ficar com um registo da sua peregrinação pelo “valioso”
património religioso da diocese.
“Notamos que cada vez mais cresce o número de pessoas que
visita as diversas igrejas e santuários e queremos que fiquem com uma recordação
da sua passagem por aqui”, afirma Alexandrina Fernandes.
A directora do serviço diocesano da Pastoral do Turismo
acrescenta que “alguns dos visitantes até podem vir por desporto ou para
fruírem do património e da natureza, mas há sempre um carácter religioso a
valorizar”.
O passaporte pode também funcionar como um mecanismo de
incentivo e atracção de turistas ao Nordeste Transmontano.
“A melhor forma de preservar qualquer tipo de património é
usá-lo. O que não é usado acaba por não ter qualquer tipo de finalidade. E para
o podermos usar temos que o divulgar”, realça Alexandrina Fernandes que vê no
turismo religioso “uma nova forma de evangelização”.
“É um meio para chegar às periferias. Chegar a pessoas um
pouco mais afastadas da Igreja pelos mais variados motivos, pelo
constrangimento pessoal e pela evolução da sociedade”, conclui.
Chegar a toda a gente
A iniciativa integra a celebração do Dia Mundial do Turismo
que este ano procura ‘promover a acessibilidade universal’.
O programa tem início na biblioteca da Escola Superior de
Comunicação e Turismo de Mirandela (ESCTM), do Instituto Politécnico de
Bragança (IPB), às 15h00, a que se segue “um lanche para os idosos”.
MONCORVO - EFEMÉRIDES (28/09)
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Auto de Fé |
28.09.159I – Vasco Pires Isidro pede autorização ao rei Filipe II para vender as casas que tem em Moncorvo e ir fixar sua residência em Madrid. Este homem era de nação hebreia, grande mercador, à escala nacional e europeia, importador de produtos da Índia e do Brasil que reexportava para vários países europeus. Em Madrid estabeleceu-se como banqueiro, ganhando o cobiçado título de “Banqueiro do Rei”. Acabou por fugir para França, por causa das perseguições da Inquisição.
28.09.1836 – Tomada de posse das novas autoridades e empregados públicos do concelho de Moncorvo, com juramento de obediência à Constituição de 1822. À cabeça da lista aparece o administrador do concelho – Luís Bernardo Pinheiro, seguindo-se o presidente da câmara – Manuel António Monteiro. Em Novembro seguinte este acto seria considerado subversivo e as autoridades e funcionários Setembristas substituídos, aclamando-se a rainha D. Maria II e a Carta Constitucional de 1826, com José Luís Henriques de Oliveira Pimentel à frente.
António Júlio Andrade
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Terras do côa - Maratona BTT
Está à porta a 8ª edição da Maratona de BTT Terras do Côa,
que no dia 2 de Outubro vai brindar os participantes com um magnífico percurso,
que inclui a passagem por diversos locais emblemáticos do concelho do Sabugal,
incluindo três praias fluviais: Rapoula do Côa, Vale das Éguas e Sabugal.
Após a última edição, que decorreu debaixo de um grande
temporal, este ano a organização conta oferecer uma excelente oportunidade para
os participantes desfrutarem dos melhores trilhos e mais deslumbrantes cenários
do Concelho do Sabugal.
Contando já com oito anos de vida, a prova tem coroado os
campeões regionais da Beira Interior, colocando-os à prova em percursos
desafiantes, onde o Rio Côa tem sido o companheiro de todo o percurso.
O rio Côa será o companheiro de todo o percurso
Os moldes da prova serão semelhantes aos da 7ª edição, com
destaque para a Maratona que terá este ano uma distância superior, contando com
90 Km de extensão. O percurso definido para esta edição será em grande parte
coincidente com a edição de 2015,sendo acrescentados alguns troços em ambas as
distâncias, que irão tornar o percurso ainda mais desafiante e divertido!
Conheça tudo aqui.
Fonte: http://capeiaarraiana.pt/2016/09/26/maratona-terras-do-coa-btt/
Alfândega da Fé - Assembleias Comunitárias
As Assembleias Comunitárias do projeto artístico VOLTAGEM chegam a Alfândega da Fé. Artistas e promotores vão estar no concelho nos dias 26 e 28 de setembro para apresentar as propostas de intervenção artística em Alfândega da Fé, Vales, Sambade e Gebelim. Estas foram as localidades selecionadas para receber um projeto que procura através da arte encontrar caminhos para a inclusão social.
O VOLTAGEM é um projeto artístico com a comunidade promovido em parceria com a Fundação EDP e a Rede Inducar e surge integrado no ARTE PÚBLICA da Fundação EDP. Um projeto direcionado para os territórios de baixa densidade, no qual se desafia a população a envolver-se no processo de criação artística. O VOLTAGEM tem assim como objetivo promover o acesso à arte e o envolvimento da população em novas experiências culturais, bem como estimular o desenvolvimento local, através da realização de obras de arte pública em meio rural. Em Trás-os-Montes abrange os concelhos de Alfândega da Fé, Miranda do Douro, Mogadouro e Torre de Moncorvo.
O concelho de Alfândega da Fé vai receber obras dos artistas Frederico Draw, Godmess, Hazul, que nos próximos dias vão dar a conhecer os seus projetos de intervenção. Esse é o principal objetivo das Assembleias Participativas assumindo-se como um espaço de diálogo entre os artistas e a comunidade local.
Participe, faça parte deste movimento!
Ester Andrade: Memórias Orais - Freixo de Espada à Cinta

A
vida seguiu sempre sem grandes preocupações do “viver”, o pai era proprietário
e a lavoura dava para o sustento da família de uma forma despreocupada, o que à
época não era comum. “Nunca segamos mas a
lavoura era grande, colhíamos muito trigo, muito centeio e cevada para os
animais, o centeio também para os animais e para vender, e o trigo para o gasto
de casa”.
A vida “desafogada” não impediu que Ester não tivesse
vontade de trabalhar. Queria ceifar como ceifavam as filhas dos outros
lavradores mas o pai achava que não tinha jeito. Um dia calhou ir para a ceifa
mas um acidente com a foice fez com que lhe
ganhasse medo e esse ofício ficaria para sempre esquecido. Aos 25 anos
casou e como quase sempre acontecia, Ester seguiu os passos do marido. “Não me
casei mais cedo porque não quis. Tinha medo aos homens. Tinha-lhes medo, porque
alguns davam porrada, enchiam-nas de filhos e maltratavam-nas”. Ester teve “sorte”,
acompanhou o marido para onde quer que ele fosse e não enumera sequer uma
queixa.
Com o marido esteve na Guiné sete anos. Foram sem
trabalho e já com um filhos nos braços. O seu último trabalho foi como polícia
e numa das vezes que veio de licença a Portugal acabou por não regressar. Os
tempos na Guiné eram difíceis de ver e o regresso à terra do marido era o que
tinham como certo. Assim foi, e Ester não mais saiu da aldeia de Poiares. O
tempo agora passa-o no Centro Social e Paroquial onde as ausências e esse passar de tempo talvez
lhe pareçam menores.
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