A António
Monteiro Cardoso
A Rua
das Flores em Freixo de Espada à Cinta parece estreita para tanto conhecimento
que dali partiu para o mundo. (Talvez o nome não tenha sido escolhido ao acaso).
Não falamos de Guerra Junqueiro mas de António Monteiro Cardoso. É aqui, na
casa onde nasceu que se inicia a homenagem ao profissional sublime e ao homem
que tanto gostava dos regressos à sua terra.
A
Presidente da Câmara, Maria do Céu Quintas, abre a sessão aos familiares,
amigos e conterrâneos do autor referindo que “esta é a homenagem a um homem que
soube com o labor da sua escrita e a sua bondade humanista, difundir a história
e a cultura desta nossa pátria da Pátria”. No final deste ato, num gesto como
que a imortalizar a vida e a obra, uma flor sobre “aqui nasceu a 8 de setembro,
António Monteiro Cardoso”, em nome de um
“até sempre”.
A evocação
a “Toné” como carinhosamente o tratavam os mais chegados prossegue, talvez com
a maior das homenagens que lhe podiam ser dedicadas: a atribuição do nome
“Biblioteca Municipal A. Monteiro Cardoso”, à Biblioteca de Freixo. A
inauguração com o novo nome é feita pelas
mãos dos netos que pela primeira vez não sopraram as velas ao avô mas
que ainda assim, pelos risos tímidos, estão muito felizes.
A
cerimónia prossegue com a visualização de um painel alusivo ao romance “As Boas
Fadas que te Fadem”, colocado na Rua da Fonte Seca, e terminou no Convento de
São Filipe de Néri para a apresentação de um livro que reuniu textos do autor.
Joana Gomes Cardoso, filha do autor, dirigiu as palavras iniciais agradecendo o
gesto ao executivo autárquico e referindo que “toda a homenagem acabou por
tornar o dia do aniversário do pai, que todos os anos era passado em Freixo, um
pouco mais fácil”.
Para apresentar o livro, “O Oratório de S. Filipe Néri em Trás-os-Montes: A
Congregação de Nossa Senhora Do Vilar de Freixo de Espada à Cinta” e “Os
Guerras de Freixo de Espada à Cinta: Aventuras de uma família no tempo das
lutas liberais”, tomou da palavra o Vice Presidente, Artur Parra, referindo em
primeiro lugar “que Freixo irá sempre recordar António Monteiro Cardoso de
sorriso aberto e carinhoso”. Depois da reedição do romance “As Boas Fadas que
te Fadem” apresentado no passado dia 20 de fevereiro em Freixo de Espada à
Cinta, o Vice Presidente sublinhou ainda
que muito se orgulha em ver este livro fazer parte do plano nacional de leitura
do ensino secundário e formação de adultos.
Para Freixo de Espada à Cinta António Monteiro Cardoso é antes
de tudo, um filho da terra, “nasceu cá na nossa vila” dirão os demais quando
lhe perguntarem sobre ele, e talvez aqui esteja a maior das homenagens.
(Parabéns, onde quer que esteja, certamente de sorriso aberto
e carinhoso)
Joana
Vargas
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