quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O Cavalo de Mazouco

Há muito que as gravuras rupestres do Mazouco eram conhecidas pela população local aquando da sua apresentação à comunidade arqueológica. Foi em 1981 que um estudante da faculdade de letras do Porto as deu a conhecer aos seus professores. Os habitantes da pequena aldeia de Mazouco chamavam à representação mais preservada "o carneiro". No entanto, este núcleo foi sendo geralmente designado como O Cavalo de Mazouco. Trata-se da primeira estação portuguesa de arte rupestre paleolítica ao ar livre. Em 1981, foram identificadas e publicadas as gravuras de Mazouco (Freixo-de-Espada-à-Cinta), que se tornaram no primeiro sítio de arte rupestre (ao ar livre) paleolítica conhecido em toda a Europa. Estão representadas muito poucas figuras, entre as quais sobressai a representação completa de um cavalo. O núcleo do Mazouco está inserido numa pequena cavidade rochosa composta por dois painéis relativamente bem conservados, formando uma espécie de abrigo de pequenas dimensões. O facto de as gravuras se encontrarem um pouco protegidas, permitiu que estivessem menos vulneráveis aos efeitos de desgaste natural. São constituídas por quatro gravuras executadas sobre uma parede xistosa, sendo que apenas uma das figuras se apresenta completa. Bem definida nas proporções e dando a sensação de movimento, tem o corpo e a cabeça de perfil. Dos membros traseiros só as coxas foram representadas. A cauda também se encontra incompleta, enquanto o focinho foi danificado em época posterior à execução da figura. O sexo é bem visível, e demonstra tratar-se de um macho, o que contradiz a teoria dos que pretendem ver nele uma égua grávida, dada a forma volumosa da barriga.
Texto completo e mais fotos em:http://mazouco.no.sapo.pt/gravuras.htm

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4 comentários:

  1. Afinal em que ficamos? É um carneiro ou um cavalo? O povo é quem mais ordena!

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  2. Quando crecer quero ser arqueólogo.O meu pai é pastor e ensina-me onde estão os riscos com bonecos e fico mais famoso do que os famosos da televisão.
    P.S. paleolitico superior

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  3. O aluno em 1981 era e ainda se chama Nelson Rebanda, natural de Mazouco. O Professor de que se fala no texto era e creio que ainda vive no Porto e Vitor Oliveira Jorge ( que com Susana Jorge ) eram titulares da cadeira de (?) Estudo da Pré - História ( incluindo matérias de Arqueologia , pelo menos desenvolvidas a um nível preliminar pois era apenas uma cadeira de 1º Ano)..O especialista Oliveira Jorge , a quem o Nelson reportava aquando das polémicas gravuras de Fozcôa , aprimorou o seu basto conhecimento com Jean Roche da Universidade de Bordéus e reputado especialista mundial sobre arqueologia pré historica...

    A publicação de 1981 sob o titulo " gravuras rupestres de Mazouco ( Freixo de Espada à Cinta ) consta da Separata da Revista de Arqueologia Número Três de Junho de 1981, sendo para além dos atrás mencionados Vitor e Susana O.Jorge, Carlos Alberto Ferreira de Almeida, M. de Jesus Sanches e M. teresa Soeiro..

    A. Salgado

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  4. E o Nelson não chama a si o mérito de ter sido o primeiro a dar a conhecer estas gravuras ?
    É que, pelo que me consta, os arqueólogos costumam ser muito ciosos dos seus achados.
    Pelos vistos não será o caso do Nelson.
    Eu não o saberia, se não tivesse sido o Artur Salgado a escrevê-lo aqui com todas as letras.
    Obrigada ao A. Salgado e parabéns ao Nelson Rebanda.

    Abraços para ambos
    Júlia

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