Norberto Lopes |
30.09.1702 – Deliberação da câmara de Moncorvo:
- … Que seja notificado Miguel Garcia, ferreiro do lugar de Urros deste termo, para que em tempo de 8 dias venha com sua frágua e mais instrumentos para esta vila trabalhar, por não haver outro oficial ferreiro nesta vila e o sobredito ter assistido já nesta vila.
30.09.1873 – Ofício da câmara de Moncorvo para o gov. civil dizendo “haver toda a probabilidade de que muito em breve se estabeleça nesta vila um Banco com capitais avultados”.
30.09.1900 – Vimioso - nascimento de Norberto Lopes, um dos mais conceituados jornalistas e homens de letras trasmontanos do nosso tempo.
LOPES, Adolfo Norberto
ResponderEliminarJornalista e escritor (Vimioso, 30.9.1900 - Linda-a-Velha, Ociras 25.08.1989). Obteve a licenciatura em Direito na Universidade de Lisboa (1917), mas nunca exerceu a profissão, por ter enveredado pelo jornalismo no qual se iniciou (1919) no diário lisboeta O Século. Pouco depois (1921) fundou com Pinto Quartim, o jornal última Hora, de curta vida, e logo a seguir entrou para a redacção do Diário de Lisboa, dirigido por Joaquim Manso. Neste jornal desenvolveu a sua mais demorada actividade como escritor, cronista, repórter e jornalista, de estilo muito apreciado, pela clareza, objectividade e imparcialidade. Assumiu a direcção do jornal em 1956 e nessa qualidade ali se manteve até 1967, ano em que abandonou o cargo para fundar (1968) o diário A Capital, a que deu o carácter de um jornal moderno, e que dirigiu até 1970. Escreveu livros em colaboração com outros jornalistas, por ex. Morais Carvalho e publicou variadíssimas reportagens de acontecimentos e de viagens que efectuou um pouco por todo o mundo. A memória registou a que fez da viagem aérea de Gago Coutinho e de Sacadura Cabra]. Participou na fundação do Sindicato dos Jornalistas e da Caixa de Reformas e de Pensões dos mesmos. Pelos seus méritos recebeu a insígnia de ouro do Sindicato dos Jornalistas ( 1968) e o Prémio de Imprensa Artur Portela ( 1986). Agraciado com a Ordem da Liberdade (1981) foi sócio correspondente da Academia das Ciências (desde 1977) e membro eleito, pela Assembleia da República, do Conselho de Comunicação Social. O Sindicato dos Jornalistas instituiu um Prémio de Reportagem com o seu nome. Obra de referência da sua vasta bibliografia (muito ampliada depois de abandonar a direcção de A Capital, em conferências, artigos regulares no Diário de Notícias, ele.) é o estudo dedicado à vida do antigo Presidente da República e escritor Teixeira Gomes.
OBRAS PRINCIPAIS: A Filha de Lázaro. Lx.ª, 1922; O Crime de Augusto Gomes. Lx.ª, 1924 (de col. com Artur Portela); A Cruz de Brilhantes. LX.ª, 1923; O Cruzeiro do Sul, Porto, 1923; O Exilado de Bougie. Lx.ª, 1942; Perfil de Teixeira Gomes. Lx.ª, 1942; Emigrantes, Lx.ª, 1964; Visado pela Censura (A Imprensa, Figuras, Evocações da Ditadura à Democracia. Lx.ª, 1975; Sarmento Pimentel ou uma Geração Traída. Diálogos com o Capitão Sarmento Pimentel. Lx.ª, 1976; Alexandre Ferreira, no centenário do seu nascimento, Lx.ª, 1977; A Magnífica aventura de Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Lx.ª, 1978; Perfil do Jornalista Joaquim Manso. Lxª., 1979; A Posição Espiritual de Guerra Junqueiro. Lx.ª, 1980; A Crise do Livro em Portugal. Lx.ª, 1982. (Assinou diversas traduções de autores estrangeiros.
Bragancanet
A freguesia de Urros está localizada numa cadeia de montanhas a norte da margem direita do Rio Douro. A sul é dominado por cumes elevados e declivosos, em particular o do Poio e o do Castelo.
ResponderEliminarOs vestígios arqueológicos romanos e mesmo anteriores, fazem desta aldeia uma localidade muito antiga e com um passado histórico bastante importante.
Durante a formação de Portugal, esta freguesia era vista como uma fortificação avançada, na zona fronteiriça de Leão. Esta aldeia, foi palco de lutas das discórdias de D. Afonso II e suas irmãs.
Em 1182, D. Afonso Henriques dá-lhe foral, passando a designar-se por "Foral de Orrio". Em 1236, o rei mandou que os habitantes de Freixo povoassem Urros
http://www.torredemoncorvo.pt/urros
Misé Fernandes :Pois é este nosso familiara, trabalhou na sua arte de ferreiro que, segundo consta era único, assim deu continuidade à família Garcia ( terá sido meu trisavô), também sei que havia umas quintas junto da estação de caminhos de Ferro que eram sua pertença.
ResponderEliminarSeria também meu familiar já que, o meu falecido Pai ,era mestre no ofício.Ainda hoje vejo com muito orgulho e vaidade lindas varandas a embelezarem dezenas de casas Transmontanas,noras em hortas(havia uma na Nogueira),portões em propriedades rústicas e urbanas.Mto obrigada por tão gratas recordações.Ireninha
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