Compensação ambiental pela construção da barragem da EDP é
também feita a pensar no desenvolvimento económico da região. Objetivo que já
gerou 74 empregos
Dez milhões de euros. O número equivale ao que a EDP já
investiu no âmbito do plano de compensação ambiental devido pela construção da
barragem do Baixo Sabor, em Trás-os-Montes. Ao todo, a empresa prevê gastar, ao
longo dos 75 anos que dura a concessão, mais 50 milhões de euros numa área
equivalente a 20 mil campos de futebol. O objetivo é que, além da conservação
da natureza, a concretização das cerca de cinco dezenas de ações previstas
permita também desenvolver economicamente a região. Um objetivo que levou,
aliás, ao alçamento de outras iniciativas.
"Um problema apontado foi o da falta de emprego, pelo
que foi desenhado e implementado desde 2010 um programa de empreendedorismo no
Baixo Sabor", explica ao DN fonte oficial da EDP, precisando que, até ao
ano passado, foram criados 71 postos de trabalho no território que inclui os
concelhos de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo.
"O total de desempregados colocados nesta região, em 2013, foi de 32
pessoas, tendo sido criadas 47 empresas. As companhias que nasceram no programa
de empreendedorismo do Baixo Sabor correspondem a cerca de 109% do saldo das
empresas criadas e extintas na região em 2011", acrescenta.
Só deste programa - que abrange outras barragens - proveio
até ao momento um investimento de cerca de três milhões de euros, a que há que
juntar uma contribuição anual para o Fundo Financeiro do Baixo Sabor, gerido
pela Associação de Municípios do Baixo Sabor através de um protocolo
estabelecido com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
"Em 2014, a EDP contribuiu com 375 mil euros, que se destinam ao
desenvolvimento de projetos de criação de valor económico e social e de criação
de emprego, na lógica de conservação da natureza", adianta a mesma fonte.
O envolvimento dos agentes locais é, de resto, um dos
principais traços daquele que é o "maior investimento do plano
hidroelétrico da EDP em Portugal" (ver fotolegenda). "Só envolvendo
as comunidades podem ser conhecidas as expectativas locais e desenhadas as
iniciativas que lhes tragam benefícios efetivos", defende, frisando que as
populações têm mostrado interesse.
Prova disso, exemplifica, é o "processo de transladação
do Santuário de Santo Antão da Barca", cujo edifício datado do século
xviii - que se situava numa área que vai ficar submersa - foi transferido para
uma colina a um quilómetro de onde antes se encontrava. "É um bom exemplo
de preservação do património cultural e de resposta aos anseios das populações
locais", sustenta.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4414999
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