quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Baixo Sabor - Dez milhões investidos para proteger as águias e os lobos

Dez milhões investidos para proteger as águias e os lobosCompensação ambiental pela construção da barragem da EDP é também feita a pensar no desenvolvimento económico da região. Objetivo que já gerou 74 empregos
Dez milhões de euros. O número equivale ao que a EDP já investiu no âmbito do plano de compensação ambiental devido pela construção da barragem do Baixo Sabor, em Trás-os-Montes. Ao todo, a empresa prevê gastar, ao longo dos 75 anos que dura a concessão, mais 50 milhões de euros numa área equivalente a 20 mil campos de futebol. O objetivo é que, além da conservação da natureza, a concretização das cerca de cinco dezenas de ações previstas permita também desenvolver economicamente a região. Um objetivo que levou, aliás, ao alçamento de outras iniciativas.


"Um problema apontado foi o da falta de emprego, pelo que foi desenhado e implementado desde 2010 um programa de empreendedorismo no Baixo Sabor", explica ao DN fonte oficial da EDP, precisando que, até ao ano passado, foram criados 71 postos de trabalho no território que inclui os concelhos de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo. "O total de desempregados colocados nesta região, em 2013, foi de 32 pessoas, tendo sido criadas 47 empresas. As companhias que nasceram no programa de empreendedorismo do Baixo Sabor correspondem a cerca de 109% do saldo das empresas criadas e extintas na região em 2011", acrescenta.
Só deste programa - que abrange outras barragens - proveio até ao momento um investimento de cerca de três milhões de euros, a que há que juntar uma contribuição anual para o Fundo Financeiro do Baixo Sabor, gerido pela Associação de Municípios do Baixo Sabor através de um protocolo estabelecido com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. "Em 2014, a EDP contribuiu com 375 mil euros, que se destinam ao desenvolvimento de projetos de criação de valor económico e social e de criação de emprego, na lógica de conservação da natureza", adianta a mesma fonte.
O envolvimento dos agentes locais é, de resto, um dos principais traços daquele que é o "maior investimento do plano hidroelétrico da EDP em Portugal" (ver fotolegenda). "Só envolvendo as comunidades podem ser conhecidas as expectativas locais e desenhadas as iniciativas que lhes tragam benefícios efetivos", defende, frisando que as populações têm mostrado interesse.
Prova disso, exemplifica, é o "processo de transladação do Santuário de Santo Antão da Barca", cujo edifício datado do século xviii - que se situava numa área que vai ficar submersa - foi transferido para uma colina a um quilómetro de onde antes se encontrava. "É um bom exemplo de preservação do património cultural e de resposta aos anseios das populações locais", sustenta.

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4414999

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