sábado, 7 de fevereiro de 2015

TORRE DE MONCORVO - ESCAPARATE - I

AUTOR

Nasceu no Felgar, freguesia do concelho de Torre de Moncorvo, ainda frequentou o Colégio de Campos Monteiro, prosseguindo os estudos liceais em Lamego, no Colégio da Imaculada Conceição.
Em 1955, licenciou-se na Universidade de Coimbra em Ciências Históricas e Filosóficas, distinguida com gradum laudabiter honorifice. Também naquela Universidade fez o curso de Ciências Pedagógicas.
Embora tivesse recebido convites para leccionar no Ensino Superior, seguiu a actividade docente liceal.
De 1965 a 69 esteve vinculada ao Instituto de Investigação Cientifica de Angola, dirigindo, em Luanda, o Centro de Documentação Cientifica e trabalhando no departamento de Ciências Humanas.
Regressada a Portugal, voltou ao ensino, no Porto, onde foi metodóloga para a formação de docentes na área de Filosofia. Finalmente, na Bélgica, trabalhou como técnica científica de educação da União Europeia no ensino da Filosofia, Schola Europaea (1990-2000).(Continua no primeiro comentário)

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5 comentários:

  1. CONTINUAÇÃO:
    É membro da Association International des Professeurs de Philosophie. Tem participado em congressos, colóquios e seminários. É autora de obras de investigação e de poesia. Indicamos alguns títulos:
    - Subsídios para uma monografia da Vila de Torre de Moncorvo (trabalho de Licenciatura na Universidade de Coimbra), policopiado, 1955.
    - Subsídios para o estudo das ferrarias do Reboredo.
    - Noções de Filosofia (ed. Porto Editora. 1962).
    - Historia Geral da Civilização, 2vol. (de col. com Adriano Vasco Rodrigues).
    - Personalismo, liberdade e compromisso (ed. Instituto Liberdade e Democracia, s/d).
    - A Trovas do Bandarra - sua influência judaico-cabalística na mística da paz universal. (de col. com Adriano Vasco Rodrigues) Ed. Universidade Portucalense, 1982.
    - A dimensão moral nas comunidades africanas de expressão bantu. Ed. Universidade Portucalense. 1982.
    - Versos do meu diário. 1978 (pseudónimo Miriam).
    - Porquê mais que nada? (poemas). 2002.
    - Os tempos do tempo (poemas). 2005.
    - Felgar (de col. com Adriano Vasco Rodrigues), 2006.
    - Documentos medievais de Torre de Moncorvo, 2007.

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  2. FICHA TÉCNICA

    Título: Documentos medievais de Torre de Moncorvo
    Autor: Maria da Assunção Carqueja
    Apresentação: Eng.º Fernando Aires Ferreira, Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
    Prefácio: Prof.ª Doutora Elvira Cunha de Azevedo Mea (Univ. do Porto)
    Informatização: Ana Rita Duarte Carqueja Rodrigues, António Vasco Rodrigues Loja e Luís Vasco Carqueja Rodrigues
    Desenhos: Isabel Miriam Carqueja Rodrigues Konrad
    Edição: Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
    Execução Gráfica: G.C. GRÁFICA DE COIMBRA, LDA. | Palheira - Assafarge | 3001-453 Coimbra | producao@graficadecoimbra.pt

    Abril, 2007

    Depósito Legal: 255394/07

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  3. CONTINUAÇÃO:

    PREFÁCIO

    Não serão muitas as pessoas que, como, no meu caso, são convidadas pela sua antiga Professora de História do Liceu, responsável pela minha escolha em enveredar pela mesma Ciência Humana, para prefaciar uma obra sua, nada menos que a sua dissertação de licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas, defendida em 1955.
    Ou seja, a Drª. Maria da Assunção Carqueja, reformada por estatuto, mas sempre activa (como o prova a publicação recente do livro Os Tempos do Tempo), decidiu-se a publicar a dissertação, anuindo assim a um desejo antigo da respectiva Câmara; fê-lo por insistência minha nesse sentido, já que, aquando duma visita que fiz no verão passado à Torre de Moncorvo, vi uma exposição notável da Câmara, em que documentos da sua tese eram transcritos. Daí, o pedido para a prefaciar.
    É não só uma honra, como uma imensa prova de amizade, mas algo extremamente embaraçoso, dada a minha condição de universitária, se a tese não fosse de alguém com a craveira da Senhora Drª. Maria da Assunção Carqueja, que já então fez uma licenciatura brilhante na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em que teve como orientador o insigne Professor Doutor Avelino de Jesus da Costa, o grande medievalista de meados do século XX.
    Indirectamente presto também aqui homenagem ao grande Mestre, que modelou a minha primeira grande Mestra e a mim, pois nunca esquecerei as nossas conversas na Torre do Tombo, onde me deu sábias sugestões e conselhos acerca da minha pesquisa.
    Com base na documentação medieval encontrada por acaso num baú da Câmara, a "licencianda" Maria da Assunção, procedeu à escolha de parte da documentação, o período medieval de 1298 a 1456, que estudou exaustivamente. Mas não se limitou à sua difícil leitura e respectiva transcrição, mas à sua interpretação, ao comentário, cotejando toda essa massa documental com outras informações, de várias origens e níveis diferentes de conhecimento, de molde a construir uma monografia do que então conseguiu reunir sobre o concelho de Torre de Moncorvo.
    Todavia, não esqueçamos que se trata duma pesquisa realizada no profundo Trás-os-Montes, na década de cinquenta, por uma jovem, que certamente então não tinha as facilidades de contactos, procura de dados e até mobilidade de movimentos de que hoje uma jovem dispõe. E se chamamos a atenção para o facto, é porque precisamente a dissertação não enferma de qualquer fragilidade que possamos justificar desse modo. Muito pelo contrário, a então Vila e o concelho e Moncorvo são estudados sob o ponto de vista demográfico, evolução histórica em termos políticos, económicos, administrativos, etc.
    Com efeito, ficamos com uma percepção muito clara da origem, posição estratégia, potencialidades de Torre de Moncorvo, mas sobretudo mediante a documentação então inédita, cruzada com várias outras fontes, assistimos à evolução da vila, que vai crescendo, aumentando o seu termo à custa das povoações vizinhas, a partir de D. Dinis, que lhe concede feira em 1284-85, um pilar essencial para o desenvolvimento, a começar por uma crescente autonomia concelhia, cuja administração foi alvo dum cuidado especial, assim como o exercício de protecção aos seus moradores.
    É de salientar o papel da comunidade judaica bem evidente em pleno século XV, mas já fruto duma situação muito particular relativamente a todo Trás-os-Montes, dado que Torre de Moncorvo era a sede da dita comarca.
    CONTINUA.

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  4. CONTINUAÇÃO:
    Curiosamente a dissertação é agora enriquecida não só por um glossário de termos medievais usados nos documentos, como por achegas oportunas procedentes de trabalho arqueológico do Dr. Adriano Vasco Rodrigues, realizado no início dos anos sessenta, portanto quando já tinha casado, deduzindo-se que o trabalho da esposa o deve ter motivado para as escavações.
    Mas a família da autora está bem presente nesta publicação, para além do citado Dr. Adriano Vasco Rodrigues, os desenhos são da filha, Isabel Miriam; às fotografias da autora juntam-se as do filho Adriano Jorge e da neta, Ana Rita, que, também se ocupa da informatização com o tio, Luís Vasco e o primo, António Vasco.
    Inserida na obra, um anexo importante para o conhecimento da Torre de Moncorvo e da sua igreja matriz, o célebre retábulo flamengo do referido templo, um estudo criterioso e exaustivo do Professor Adriano Vasco Rodrigues.
    Para além da qualidade de toda a obra, realçaria o sentido de equipa da família Carqueja Rodrigues, um exemplo deveras invulgar no nosso tempo, em que o próprio conceito de "família" é cada vez mais redutor.
    Parabéns, Senhora Drª Maria da Assunção, também pelo êxito absoluto nesse nível, onde é sempre preciso investir muito mais para se conseguir algo de positivo do que no campo científico, onde é evidente que é uma vencedora, como já o demonstrava esta sua dissertação de licenciatura de 1954, perfeitamente actual em 2007.

    Professora Doutora Elvira Mea

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  5. Parabéns à Dra. Maria da Assunção Carqueja e a toda a Família.

    Júlia Ribeiro

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