segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

TORRE DE MONCORVO - FEITORIA DO LINHO CÂNHAMO

 





















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Documentos enviados por António Júlio Andrade; o texto ,de sua autoria ,foi publicado no jornal "Terra Quente".

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5 comentários:

  1. O que eu aprendi hoje ! Não fazia ideia da importância que a Feitoria havia tido.
    Obrigada, António Júlio.
    Da Feitoria - e sem qualquer ligação com o linho-cânhamo - recordo apenas duas enormes laranjeiras, ao lado do tanque de lavar roupa, que davam laranjas grandes e sumarentas, doces como mel, mas que a avó do Quim Morais nunca apanhava porque, dizia ela, sabiam a sabão.

    Um abraço
    Júlia

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  2. Então e aquela figueira imensa que ainda lá está, à frente de uma casinha arruinada e que será o que resta mesmo da antiga fábrica?! J. Andrade

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  3. Se é a casa em ruínas em frente à Escola Primária trata-se da casa onde viveu a minha tia Amélia e o marido José Dengucho, - o tal do "San fé riã, camone, iesse, sé la guerre ! Vive la France ! " - quando chegava à Praça nas tardes de sábado. Se não me engano também havia uma ameixieira.
    A minha tia Amélia era tia-avó do Daniel Catalão da RTP, e a avó dele (minha tia Maria) vivia no Canaf(r)echal.
    Como tinha família na Corredoura eu era aceite pela rapaziada que lá vivia e não era corrido à pedrada . . .
    F. Garcia
    Mirandela

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  4. Em frente da casa da Tia Amélia havia uma latada enorme, de apenas duas cepas, mas com uns troncos grossos como a perna dum homem. Em frente da casita pegada, à esquerda, havia uma grande figueira, mas penso que já não seria dos tempos áureos da Feitoria, a não ser que as figueiras durem mais de 300 anos.

    Agora uma do tio do Fernando:
    O Tio Zé Dengucho da Tia Amélia era um dos bêbados castiços da Corredoura. Como ainda não havia lá tabernas, todos os Sábados à tardinha, ele subia a Rua dos Palheiros e dirigia-se à capelinha da sua devoção. Subia a rua perfeitamente. Quando a descia vinha sempre resmungando: "Esta cabrona desta rua é larga quando vou p'ra cima, mas a filha duma p... fica estreita quando venho p'ra baixo".

    Um abraço
    Júlia

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  5. “Cânhamo (Cannabis sativa), planta herbácea da família das Monáceas, originária da Ásia Central. De sua casca extraem-se fibras utilizadas na indústria textil e em cordoaria; o lenho, além de fornecer óleo de propriedades medicinais, pode ser usado como forragem, adubo e matéria-prima para a fabricação de papel. As folhas e as inflorescências femininas possuem qualidades alucinógenas. Introduzida no Brasil no final do século XVIII para uso textil, seu cultivo foi proibido e abandonado em meados do século seguinte, restando pequenas plantações clandestinas, para emprego como entorpecente. No Brasil, a planta é mais conhecida como maconha, diamba ou marijuana. No Oriente, recebe o nome de haxixe.”
    Este curto verbete diz muito e sugere fortemente que a fazenda implantada no Rio Grande do Sul pelo governo português era uma grande plantação de maconha. Mas restavam dúvidas. Afinal, o nome da feitoria não era Real Feitoria do Cânhamo. O produto da fazenda governamental tinha um outro nome: linho cânhamo. Seria um nome antigo do cânhamo ou uma outra planta?
    Conseguimos eliminar esta dúvida ao consultarmos uma antiga enciclopédia editada em Portugal, que encontramos na biblioteca pública de São Leopoldo: a Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira. Na página 168 do volume XV desta grande obra encontramos exatamente o que estávamos procurando: o verbete Linho Cânhamo. É curto, mas esclarecedor:
    “Linho Cânhamo: Nome que, por vezes, se atribui ao cânhamo.”
    Não restava dúvida, portanto. O que se produzia na feitoria era, realmente, a planta que conhecemos hoje pelo nome de maconha.
    BY GOOGLEMAN

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