Características
edafoclimáticas do nordeste transmontano são as mais adequadas para a produção
deste fruto seco.
A
produção de pistácio pode ser uma aposta rentável e uma boa oportunidade para
dar dinâmica económica a regiões como a transmontana. É esse o entender dos
responsáveis da Fruystach, uma empresa detida por produtores de pistácio, que
está a tentar captar investidores para esta cultura no interior do país, entre
Bragança e Évora.
De
acordo com José Martino, presidente do conselho de administração desta empresa,
a região transmontana reúne características edafoclimáticas propícias para a
produção deste fruto seco, com uma amplitude térmica muito elevada.
“Pretendemos
encontrar investidores para a empresa, que quer vir a ser uma organização de
produtores de pistácio. A zona do distrito interessa-nos, em especial a terra
quente, porque a cultura requer muito frio durante o Inverno e muito calor
durante o Verão”, refere.
José
Martino sublinha que esta actividade agrícola “apresenta uma margem bruta em
regadio superior a 10 mil euros por hectare e em sequeiro superior a 5 mil
euros por hectare”, considerando que pode ser uma “boa cultura alternativa para
as culturas de Trás-os-Montes”.
Já
no mês de Janeiro, estão previstas sessões de esclarecimento em diversos
concelhos do distrito de Bragança, como Alfândega da Fé, Freixo de Espada À
Cinta, Mirandela, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Flor, promovidas pela
empresa que se pretende transformar numa organização de produtores, sendo
garantido apoio para apresentar um projecto, assistência técnica e o escoamento
da produção por parte da Fruystach.
José
Martino garante que o escoamento da produção está assegurado para a União
Europeia, onde a procura supera em muito a oferta. Na perspectiva do
responsável, para suprir as necessidades dos mercados da União Europeia será
necessário plantar mais 120 mil hectares, com a perspectiva de chegar em dois
anos a mais de 3.000 hectares de uma cultura praticamente inexistentes em
Portugal.
“A
cultura tem um potencial de negócio de gerar uns largos milhões de euros nestes
distritos do interior do país. O que se procura é fazer investimentos com a
melhor tecnologia e que a rentabilidade possa ser maximizada”, adianta ainda
José Martino.
A
Fruystach, empresa detida por produtores de pistácio, vai entrar em
funcionamento na próxima segunda-feira, 4 de Janeiro, com a abertura da sua
sede no Fundão.
Fonte:
http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=722&id=21737&idSeccao=6726&Action=noticia#.Vo0waDZhSOM
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