A memória é para um Povo, como a raiz para a árvore•.
Conhecer o passado para construir o presente, perspetivado no futuro, foi o
sonho do grande historiador — Padre Ernesto Sanes — mirandelense ilustre.
Exercendo o seu ministério em Lisboa, como capelão militar, doou-se
devotadamente à sua terra, investigando nos arquivos da Torre do Tombo a sua
identificação histórica. Este Prefácio deveria ser a carta magna de
apresentação da obra memorável do Padre Ernesto Saltes sobre a sua e nossa
Mirandela. Mas, como o salmista, «Quomodo cantabimus in terra aliena». Como
poderemos nós apresentar tema Obra e tem investigador tão profundo, nós,
simples «amadores» dos Caminhos Históricos, Amor semelhante como o que consigna
o Padre Ernesto Saltes à terra mirandelense os impulsionou a pegar na pena, e
rascunhar esta mensagem de homenagem ao nosso ilustre conterrâneo, Padre
Ernesto Saltes, e apresentar o seu trabalho — «MIRANDELA — Apontamentos
Históricos». «E aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando»
(Lusíadas, Canto I — estância 2).
Como cantou o grande épico português, também o Padre Saltes
se «libertou» da morte pela «obra valerosa» que nos legou; em gesto significativo
largo, presenteou os seus conterrâneos, várias gerações com esta achega valiosa
para o conhecimento e incitamento do estudo monográfico das terras
mirandelenses e suas gentes.
É que adiar este trabalho, consagrado em monografia, é mancha
profunda no roteiro turístico do coração da Terra Quente Transmontana...
Acreditamos que está perto o raiar, da autora que velozmente se aproxima.
Que saibamos soprar, e fazer crepitar, na lareira
transmontana, a faúlha latente que o Padre Ernesto Saltes acendeu.
Brilhará a luz do
passado histórico destas terras, em fulgurante candelabro cultural, etnográfico
e arqueológico, transformado na monografia das Terras de Mirandela.
Não esqueçamos que «um povo perde tristemente o seu valor,
quando esquece as suas tradições históricas, poéticas e religiosas» in «Memorias
Histórico-Arqueológicas do Distrito de Bragança», Tomo I — página 8, por
Francisco Manuel Alves) e «extinguem-se as pátrias que perdem a memória do
passado» (in - Lendas e Narrativas», de Alexandre Herculano).
A CASA DA CULTURA DO CONCELHO DE MIRANDELA
Reedição de posts desde o início do blogue
Seria melhor corrigir o apelido do padre Sales neste artigo, já que aparece incorretamente escrito por duas vezes.
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