O Ministério de
Economia avançou hoje que com a Declaração de Impacto Ambiental (DIA)
"favorável" se preenche um pressuposto para análise do pedido de
concessão de exploração mineira em Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança.
A proposta de exploração já se encontra a ser
"instruída" pela Direção-Geral de Energia e Geologia.
Em nota enviada à agência Lusa, o ministério tutelado por
Manuel Caldeira Cabral, explica que o pedido de concessão e exploração está em
curso e dentro dos termos legais.
Porém, ainda é "prematura" qualquer pronúncia
sobre o desfecho da proposta apresentada pela concessionária.
"Existe um contrato de exploração experimental em
curso, desde 2012, para as minas de Torres de Moncorvo", indicou.
A tutela acrescenta, que este projeto mineiro, com a DIA
aprovada, embora de "forma condicionada" demonstra estar acautelado
os valores ambientais e de qualidade de vida das populações locais em matéria
ambiental.
"Este é um projeto que se reveste especial relevância,
pois é gerador de emprego e desenvolvimento social para a economia regional e
nacional", acrescentou.
Contactado, o presidente o presidente da câmara de Torre de
Moncorvo (PSD), Nuno Gonçalves, avançou que se aguardada com
"elevada" expectativa pelo desfecho de todo o processo, concordando
que o mesmo é vital para o desenvolvendo local, regional e nacional.
O ministério do Ambiente indicou no passado dia 13 de
novembro que a proposta do EIA para a exploração mineira em Torre de Moncorvo
obteve um parecer "Favorável Condicionado".
O processo de avaliação de impacto ambiental reporta-se à
reativação das Minas de Ferro de Moncorvo, uma exploração a céu aberto de
quatro depósitos minerais de ferro (depósitos do Eluvial da Mua, da Carvalhosa,
de Pedrada e de Reboredo-Apriscos), para produção de concentrados de ferro e de
inertes densos.
As minas de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da
região na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros.
A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência
da Ferrominas, e o ferro esquecido até que a MTI - Minas de Ferro de Torre de
Moncorvo, uma empresa de capitais nacionais e estrangeiros, ganhou, em 2008, os
direitos de prospeção e pesquisa e, em 2011, foi-lhe atribuída pelo Governo a
concessão de exploração durante 60 anos, até 2070.
Fonte: http://portocanal.sapo.pt/noticia/78512/
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.