Seguiu a ação católica
desde cedo. Tinha 15 anos e já sabia que a sua vocação seria ajudar os
outros. “Fazíamos as reuniões e íamos também às pessoas que
necessitavam, víamos os casos e depois resolvíamos. Estava um vizinho à
minha porta, “olhe Celestinha, o Sr. António está com fome”, “então
vamos-lhe dar um dinheiro para ele comprar o pão para comer durante o
dia”. Celeste Neto nunca casou mas diz que sempre se realizou na vida e
mais importante que isso, foi ter sido
útil à sociedade. Escapou ao trabalho no campo mas as tias e os avós
sempre lhe contavam como a vida era dura. “As mães coitadas, faziam um
sacrifício, muitas vezes andavam a segar com os meninos (filhos ao colo)
e quando eram assim mais grandinhos levavam-nos também para as
segadas”.
Durante 70 anos nunca pensou em riquezas diz, porque a "missão” era usar os recursos que tinha na ajuda aos mais necessitados. “Levei uma vida muito abençoada porque nunca senti falta de nada, eu só queria ser útil a toda a gente, Deus deu-me este dom e levei-o até ao fim”. Hoje, aos 82 anos é ela quem precisa de ajuda. Está no Lar em Lagoaça e a primeira pedra da sua construção foi colocada com o dinheiro de um peditório que ela própria organizou, 700 contos na altura.
Confessa que sempre foi alegre e bem disposta e que gostava de estar em Ligares, ao pé da Freiras e rodeada de crianças, que sempre são a alegria de “uma casa” para lhes cantar e ensinar as “cantiguinhas” de antigamente, “Minha trigueirinha, olaré, meu bem/ Ai tu és só minha e de mais ninguém”...
Durante 70 anos nunca pensou em riquezas diz, porque a "missão” era usar os recursos que tinha na ajuda aos mais necessitados. “Levei uma vida muito abençoada porque nunca senti falta de nada, eu só queria ser útil a toda a gente, Deus deu-me este dom e levei-o até ao fim”. Hoje, aos 82 anos é ela quem precisa de ajuda. Está no Lar em Lagoaça e a primeira pedra da sua construção foi colocada com o dinheiro de um peditório que ela própria organizou, 700 contos na altura.
Confessa que sempre foi alegre e bem disposta e que gostava de estar em Ligares, ao pé da Freiras e rodeada de crianças, que sempre são a alegria de “uma casa” para lhes cantar e ensinar as “cantiguinhas” de antigamente, “Minha trigueirinha, olaré, meu bem/ Ai tu és só minha e de mais ninguém”...
(abril de 2015)
Veja a entrevista na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=aG9F7C7JMeo
Texto: Joana Vargas
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