27.06.1854 – Carta da câmara de Moncorvo para a de Carrazeda de Ansiães:
- Constando a esta câmara que nesse concelho foi arrematada a Barca de passagem denominada do Vilarinho que navega em porto do Douro cuja margem direita é do termo da freguesia de Lousa, hoje pertencente a esta concelho, e sendo mister que esta câmara se entenda com a que Vossa senhoria dignamente preside, vou rogar a Vossa Senhoria que se sirva declarar-me qual a razão por que nesse concelho se procedeu à arrematação da já mencionada Barca e se entende que o produto da arrematação ou parte dele deve pertencer a esse município e com que fundamento, para que esta câmara possa ficar habilitada a saber como deve proceder neste assunto, pois que lhe parece incontestável que navegando a dita Barca em ponto do Douro cujas margens pertencem a território deste concelho, é a este município que deve pertencer qualquer rendimento que não seja percebido pelo município ou municípios da margem esquerda do Douro…
URROS (2011) |
27.06.1942 - carta do Regedor de Urros para o Administrador do Concelho de Moncorvo:
- (...) Está-se tornando revoltante a atitude dos operários "cegadores" pois preferem ficar à boa vida e recusam-se a ir trabalhar não lhes dando 18 a 20$00 e de comer. Agora pergunto. Como é que o lavrador amanhã há-de vender o centeio e o trigo, pagando 18 a 20$00 e dando-lhes de comer 5 vezes ao dia? Ao preço da tabela, não. Urge tomar providências sobre o caso reprimindo tal abuso e pondo também um termo a isso. Em Mogadouro consta-me que estabeleceram o preço de 12$00 e de comer e eu acho no nosso concelho seria bom estabelecer a mesma medida. Frederico carlos Dias.A carta foi remetida ao governo civil e este respondeu nos seguintes termos:
- (...) Sobre o assunto em causa, informo que, se o preço das ceifas puder ser estabelecido em são e justo critério, poderá tornar-se efectivo, cortando o fornecimento de géneros àqueles que se recusarem a trabalhar nas ceifas e o façam somente com o propósito de exigirem salários incomportáveis..
António Júlio Andrade
Agora é que são um escândalo, as jeiras!
ResponderEliminarQue diria agora o Regedor de Urros?!
Havia rendimento minimo garantido? Se sim ,quanto?
ResponderEliminarA barca em questão era a da Louza?onde ficava?
ResponderEliminarA Barca funcionava no sítio da Cadima, ligando à estação de caminho de ferro, na margem esquerda do Douro. J. Andrade
ResponderEliminarCom todo o respeito, escândalo são os vencimentos dos politicos e administradores bancários e das empresas. Com tanto Dr. e tanta inteligência, como é que deixaram o país cair no que caiu.
ResponderEliminarE agora, há trabalho mínimo garantido? Se não, que se estabeleça!
ResponderEliminarOu então, apenas uma justa indemnização para quem paga muito mais do que recebe. Isto é que é exploração.