sexta-feira, 26 de junho de 2015

Revista Colégio Campos Monteiro - Excertos ( IV )

“Pessoa amiga e ainda ‘meio família’ que visitava a casa dos meus pais, residente em Moncorvo mas com propriedades em Maçores, insistia para que o menino que eu era, com os seus nove anitos, fosse estudar para a vila, ficando albergado em sua casa na rua da Misericórdia. Decisão difícil para os meus pais, pois era filho único”

(Para lá do Roboredo…--Alípio Tomé Pinto)

“Dizer adeus a Moncorvo não foi fácil, nem para mim, nem para a minha mulher, nem para os meus filhos ( dois, na altura). Já tínhamos, todos nós, deitado raízes no chão criançoso dessa terra acolhedora.
Pela minha parte, vivi ali três nãos que me tinham transmitido experiências novas e sobretudo novos amigos “

(A minha ida à guerra—A.M. Pires Cabral)

“Antítese do perfil típico do funcionário público, sendo um homem de relacionamento fácil, rapidamente se inseriu no meio, fazendo amizades à esquerda e à direita (literalmente), tem, por gosto ou necessidade, multiplicado as suas actividades: Chefe de Secretaria, Professor no Colégio Campos Monteiro ou dedicando parte do seu tempo à Livraria – Selecta de seu nome – a primeira de Torre de Moncorvo”

(Pai e Amigo Leandro—João Mário)

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2 comentários:

  1. A. M. Pires Cabral nasceu em 1941 na freguesia de Chacim, concelho de Macedo de Cavaleiros, Trás-os-Montes. Licenciou-se em Filologia Germânica na Universidade de Coimbra e é actualmente professor do Ensino Secundário. Tornou-se conhecido ao ganhar o Prémio Círculo de Leitores de 1983 com o romance Sancirilo. É um escritor cuja matéria literária se centra essencialmente na ruralidade.

    Obras: Algures a Nordeste (poesia, 1974); Solo Arável (poesia, 1976); Trirreme (poesia, 1978); Roleta em Constantim (poesia, 1981); O Saco de Nozes (teatro, 1982); O Diabo Veio ao Enterro (contos, 1985); Memórias de Caça (contos, 1987); O Homem que Vendeu a Cabeça (contos, 1987); Crónica da Casa Ardida (romance, 1992); Raquel e o Guerreiro (romance, 1995); Três Histórias Transmontanas (contos, 1998); Os Arredores do Paraíso (crónicas, 1991); O Diário de C* (Vila Real, 1995); Sancirilo (romance, 1ª ed. em 1983; 2ª edição reescrita, Editorial Notícias, Lisboa, 1996); Vilar Frio (novela, ilustrando o álbum de fotografias Portugal Terra Fria, de Georges Dussaud, edição conjunta de Marval, Paris, e Assírio & Alvim, Lisboa, 1997); Na Província Neva (crónicas de Natal – edição de autor, Vila Real, 1997); Três Histórias Trasmontanas (contos, edição de autor, Vila Real, 1998); Artes Marginais (antologia poética, Guimarães Editores, colecção Poesia e Verdade, Lisboa, 1998); Desta Água Beberei (poesia, Vila Real, 1999); O Livro dos Lugares e Outros Poemas (poesia, João Azevedo Editor, Mirandela, 2000); Vila Real: Um Olhar Muito de Dentro (com fotografias de Albano da Costa Lobo, Câmara Municipal de Vila Real, 2001); Douro Leituras (antologia, Museu do Douro, Régua, 2002).
    Projecto Vercial

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  2. PINTO, Alípio Tomé

    Nasceu em 14.1.1936, no lugar de Maçores, do concelho de Torre de Moncorvo. É licenciado em Ciências Militares e seguiu a carreira do Exército, na Arma de Infantaria. Teve um percurso brilhante, chegando ao posto de General, (em 5.5.1981) quando tinha apenas 45 anos de idade. Todos os seus actos em campanha foram reconhecidos como "heróicos de abnegação e de Valentia extraordinários", pelo que foi condecorado com a medalha de prata de Valor Militar com Palma e promovido, por distinção, ao posto de major. Cumpriu missões em Angola e na Guiné e comandou uma Brigada Portuguesa (durante 2 anos), intervindo em exercícios da NATO de que resultaram duas menções honrosas e as melhores ligações com o Exército Italiano e Reino Unido. Teve papel decisivo nos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975, os quais levaram à consolidação da democracia em Portugal. Foi Chefe de Estado Maior da Região Militar de Lisboa, logo após esses acontecimentos, com o posto de Coronel. Em 28 de Agosto de 1982 é escolhido para Comandar a Guarda Nacional Republicana, até 4.1.1988. Foi assessor do General CEMGFA para os assuntos de pessoal e logística, desde Maio de 1981 a Agosto de 1982. Exerceu as funções de Quartel Mestre General no Exército a partir de 4 de Janeiro de 1988 e depois as de Vice-Chefe do Estado maior do exército de que pediu a exoneração em Março de 1991. Em Junho de 1991 foi nomeado, por escolha, para representante de Portugal na Comissão Conjunta para a Formação das Forças Armadas Angolanas nos termos do Acordo de Bicesse. Em 4.5.1993 foi colocado como Juiz Vogal no Supremo Tribunal Militar. Da sua folha de serviços constam: treze louvores ao nível de Ministro ou Oficial General, quinze condecorações nacionais, dez condecorações estrangeiras. Desde Janeiro de 1995 tem vindo a exercer funções de Curadoria ou Consultadoria nas Instituições ou Empresas de Direito Privado, fazendo parte em alguns órgãos sociais. O General Tomé Pinto é um dos mais prestigiados militares Portugueses da sua geração
    Bragancanet.pt

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