segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

MEMÓRIAS DA LINHA DO DOURO II -Do Pocinho a Miranda

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Texto de Rogério Rodrigues.

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13 comentários:

  1. Boas memórias, com a qualidade de RR.
    E já que se fala em linha, evitem os descarrilamentos e atropelos dos posts.
    Tal como os descarrilamentos,não são intencionais, mas se os pudermos evitar, tanto melhor!

    O Maquinista

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  2. Associação Sabor a Vapor
    Associação Sabor a Vapor A Associação Sabor a Vapor, entidade privada, sem fins lucrativos, tem como objectivo central da sua acção a divulgação, preservação e valorização do património natural, documental e construído da linha de caminhos de ferro do Sabor. Constituíd...a formalmente em Março de 2011, o elo comum aos seus membros é a ligação e o interesse pela Linha do Sabor. A dinamização desta associação tem na origem pessoas que, informalmente, e no contexto do ciberespaço, e mais especificamente através de websites, blogs e das redes sociais, foram contribuindo para a expansão do conhecimento e da preservação de documentos históricos (sejam eles escritos ou fotográficos), que ao longo do tempo foram construindo um acervo significativo relativo à Linha do Sabor. É desta dinâmica que nasce a associação que agora se apresenta, já com o planeamento de actividades concretas a desenvolver. *** 1911-2011 – Comemoração da chegada da Linha do Sabor a Carviçais A 17 de Setembro de 1911, começaram a circular comboios do Pocinho a Carviçais, Linha do Sabor. A presença de caminhos-de-ferro é sempre um elemento estruturante da vivência das comunidades, com impactos profundos na mobilidade individual e na economia de uma região. A construção da Linha do Sabor, abrangendo uma parcela do território português muito afastada do litoral, zona de tradicional concentração de pessoas e actividades económicas, em inícios do século XX, representou uma imensa oportunidade de desenvolvimento regional, transformando a paisagem física e o potencial de desenvolvimento económico. Toda esta dimensão estruturante do território e das actividades humanas e económicas destaca-se ainda mais em aglomerados populacionais, como Carviçais, de dimensão reduzida, por comparação com a sede de Concelho, Torre de Moncorvo, onde a presença do comboio passa a ser o centro do quotidiano. A 1 de Agosto de 1988, circulou a última composição na Linha do Sabor. A exemplo do que sucedeu com a abertura, também o seu encerramento provoca grande alvoroço, desta vez condicionando as já de si difíceis condições de vida e de desenvolvimento económico da região. Registam-se na altura grandes protestos por parte da população, para quem o encerramento da linha significava o aprofundamento da distância aos principais centros económicos e aglomerados populacionais do país, levando, a prazo, a uma contracção das actividades económicas e ao progressivo isolamento das populações, com o consequente aumento da desertificação humana de toda uma região. Esta dimensão estruturante do caminho de ferro, faz com que hoje, passados 22 anos do seu encerramento, a Linha do Sabor ainda esteja presente na vivência dos habitantes de Carviçais, com uma fortíssima dimensão memorial que importa preservar – e, de certa forma, reaproveitar, contribuindo assim para a discussão pública, que se pretende participada, relativamente a projectos a desenvolver no antigo traçado da linha e nas estações e apeadeiros ainda existentes.
    Continua

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  3. CONTINUAÇÃO:
    O mesmo se passa em todos os Concelhos por onde passava a Linha do Sabor (Vila Nova de Foz Côa, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e Miranda do Douro), onde o comboio – e a sua ausência – continuam a marcar o quotidiano dos indivíduos. Simultaneamente, e para além do interesse local, pensamos que esta temática poderia atrair um público mais vasto, tanto proveniente de turistas atraídos pela região de Trás-os-Montes e do Douro Superior como aqueles que, de uma forma mais genérica, se interessam por comboios (um público em expansão, tanto interna como internacionalmente). Exposição comemorativa da chegada do comboio a Carviçais É neste contexto que a Associação sabor a Vapor propõe como sua primeira actividade a organização de uma exposição comemorativa da chegada do comboio a Carviçais, estruturada em torno de três eixos centrais: I) Organizar uma exposição fotográfica em torno do trabalho foto-jornalístico de Paulo Pimenta, cujo trabalho sobre a Linha do sabor foi galardoado com o Prémio Internacional de Fotojornalismo Estação Imagem/Mora. Após contactos com o seu autor, a Sabor a Vapor tem já a devida autorização por parte de Paulo Pimenta II) A organização de uma exposição inédita, baseada na existência de um vasto acervo fotográfico e documental, da linha, das estações e do material circulante; III) A realização de um documentário original, da autoria de Leonel Brito, que juntará os registos em vídeo já existentes com o registo, inédito, das memórias pessoais, tanto de antigos funcionários como de utilizadores. Actividades Exposição fotográfica de Paulo Pimenta Esta seria a primeira actividade, em termos temporais. Trata-se de reunir, no espaço do antigo cais da estação de Carviçais, algumas das fotografias de Paulo Pimenta dedicadas à linha do Sabor. Trata-se de uma oportunidade única de dar a conhecer estas fotografias, de as aproximar do seu objecto, sobretudo quando se trata de um trabalho reconhecido e consagrado – o que poderá contribuir significativamente para uma divulgação mais vasta de todo o projecto. Exposição 100 anos da Linha do Sabor Composta por uma selecção apurada de todo o acervo fotográfico e documental existente, a exposição inclui uma componente multimédia, com a projecção do documentário. Documentário 100 Anos Depois Realizado por Leonel Brito, este documentário irá retratar a importância da Linha do Sabor ao longo do tempo em que esteve activa, bem como preservar as memórias pessoais, tanto de antigos funcionários como de utentes. Tendo em consideração que a Linha foi encerrada em 1988, esta dimensão de preservação da memória das vivências adquire um carácter fundamental, pois com o passar do tempo diminui consideralvelmente a memória pessoal, mesmo que perdure a memória colectiva. Circulação das exposições As duas exposições, de forma sequencial, circularão por todos os municípios abrangidos pela Linha do Sabor. A última sede de Concelho a receber as exposições será Torre de Moncorvo. Sede do Concelho onde se situa Carviçais, é objectivo da Associação Sabor a Vapor que a exposição da memória aí permaneça, enquadrada no Centro de Memória de Torre de Moncorvo, que será seu fiel depositário até estarem reunidas as condições para a sua instalação em Carviçais. Associação Sabor a Vapor Rua da Fonte do Prado nº 4 5160-069 Carviçais saboravapor@gmail.com

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  4. O restaurante "O Artur" é sem dúvida alguma uma mais valia para Carviçais, e que deve ser sempre citado. Mas Carviçais tem além d´"O Artur", muitas mais coisas. Tenho pena que na maior parte dos livros do concelho a palavra, a terra Carviçais seja praticamente inexistente. Pq?? Não sei....
    Dos livros que tenho, sobre o Concelho, apenas "História Política de Torre de Moncorvo 1890-1926" de António Júlio Andrade, foge dessa realidade e fala muito de Carviçais. Olhando para esta 2ª página do Pocinho a Miranda...mais uma vez Carviçais passa ao lado, nem à esquerda, nem à direita. Claro que o autor é que sabe o que escreve, mas a realidade é esta, parece muitas vezes que Carviçais não faz parte do Concelho.

    É a minha opinião

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  5. Não há descarrilamentos.A nossa placa giratória funciona bem.Postamos o que entendemos que tem qualidade e a sua interligação.Passe o fim de semana a ler o nosso/seu blogue...Tem muito por onde escolher.Neste momento há 921 posts e 3369 comentários.

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  6. Mais do que memórias, tirando o fecho da Linha do Sabor, a actualidade mantém-se. Para quem nunca percorreu o que o Rogério descreveu (qual postal ilustrado), não sabe o que perde. Fantástico roteiro para um passeio de fim de semana, ou, para quem venha com tempo, muito mais pode desfrutar neste "reino maravilhoso", independentemente das capelinhas. Parque Natural do Douro Internacional, Vale do Côa Património da Humanidade,Alto Douro Vinhateiro Património da Humanidade. Obrigado Rogério por nos lembrares que vivemos neste território abençoado e que por vezes nos esquecemos, amaldiçoando-o vezes sem conta, graças ao azedume causado por não conseguirmos mostrar e rentabilizar esssa mais valia, e, sem que ele tenha alguma culpa da escolha que fizemos.
    O Índio

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  7. BENDITA PÁTRIA QUE TAIS PRODUTOS TEM...
    Assim se divulgam os nossos produtos.Bem-haja!

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  8. Belo roteiro.Bem escrito e com conhecimento dos sitíos e da história local.Gostava de ver os Lusíadas em mirandês.Onde há exemplares?

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  9. A fotografia da domus municipalis é fantástica.Deve ser dos anos vinte.Foi reconstruida em 1932.
    Terra Fria

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  10. O texto é, de facto, extraordinário; a paginação não poderia ser melhor. Ficámos a saber, isto é, eu fiquei a saber que há uma tradução de "Os Lusíadas" para Mirandês e que há uma Associação chamada "Sabor a Vapor", e que estão em marcha belos projectos, como exposições fotográficas, documentários, vídeos, e ... o que mais surgirá.

    Abraços
    Júlia

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  11. Tem razão a drª Júlia Ribeiro,tanta "coisa" que vem aí.Espero que não caiam em saco roto.O livro em mirandês é uma realidade.

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  12. "Gostava de ver os Lusíadas em mirandês"
    Na Editora Âncora.(ver no google)

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  13. Só um pequeno reparo neste roteiro apetitoso: a Gabriela é de Sendim. Como no texto se escreve a "Gabriela das Duas Igrejas", deixa entender que o restaurante é desta aldeia. Se os sendineses descobrem, as coisas vão ficar feias para o lado do Rogério, eheheheh...
    A.N.

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