31.01.1711 – Alvará régio autorizando a câmara municipal de
Moncorvo a assalariar para cirurgião do partido a António de Varejão de Gamboa, com o ordenado de 20 mil réis
anuais.
31.01.1891 – Revolta republicana no porto. De entre os Trasmontanos
que nela participaram devemos referir o advogado e jornalista Augusto Alves da Veiga, nascido em
Izeda e criado em Mirandela e o sargento Henrique
José dos Santos Cardoso. De Torre de Moncorvo citamos:
Tibério José Teixeira, nascido na freguesia de Açoreira em 1869,
que tinha a patente de sargento.
Alfredo José Durão |
Felício da Conceição, soldado, guarda fiscal, que terá sido o
primeiro dos revoltosos a ser abatido.
Álvaro Machado, da vila de Moncorvo, filho de Francisco António
Machado e Maria Cândida Machado, que depois emigrou para o Brasil.
Do outro lado da barricada, em
defesa da monarquia, encontravam-se os tenentes José Alfredo Ferreira Margarido, nascido em Moncorvo em 16.2.1852,
irmão do político dr. António Joaquim Ferreira Margarido e Alfredo José Durão, nascido ocasionalmente em Bragança em 1860, mas
originário de Urros, filho do professor da aldeia, que então foi condecorado
com a Torre Espada e depois foi deputado republicano à Assembleia Nacional
Constutuinte.
31.01.1908 – Lançamento do jornal “A Pátria Nova”, em Bragança,
pelo advogado João José de Freitas,
natural de Carrazeda de Ansiães e que viria a ser o primeiro governador civil
do distrito depois da implantação da República, em 1910.
31.01.1911 – Lançamento do “quinzenário republicano – O Povo de Murça” , fundado por Carlos
Cutelo, dr. João de Azevedo e Maximiano Seixas, de que saíram 10 números.
António Júlio Andrade
NOTA
Já deu uma volta pelos 12 meses do ano a roda
das efemérides. Espero que tenha ajudado ao conhecimento da história da nossa
região. Naturalmente que existem muitos factos e acontecimentos que ficaram por
recordar, mas.. eu não consegui fazer melhor. Também houve uma ou outra
informação menos correcta e sempre que isso aconteceu dei a mão à palmatória. A
partir de agora peço ao amigo Leonel, autor do blog, que me escuse de compilar
diariamente nova lista de efemérides. Se achar que vale a pena repetir a sua
publicação e agora com os comentários que entretanto surgiram… esteja à
vontade. Eu prometo, esporadicamente, acrescentar alguma que surja e entenda
que vale a pena. E deixo um desafio a cada um dos amigos do blog: porque não
carreiam para ele novas efemérides, acrescentando o conhecimento de todos nós?
Para mim a riqueza e a alegria da vida está no dar e receber. Um abraço a
todos. J. Andrade
Reedição de posts desde o início do blogue
Um herói anónimo.
ResponderEliminarFelicio da Conceição, criado e casado no Felgar, é um daqueles anónimos heróis republicanos e sobre quem os fazedores da história nem uma palavra dizem, talvez por ter sido um mero soldado raso, um obscuro e pobre republicano despido de andranjos que abrem muitas portas, e a quem o novo regime republicano tratou muito mal, deixando-o, diz um cronista de então, a morrer à fome, ali no Felgar e agarrado ao seu novo oficio de serrador para arranjar sustento.
Ao contrário do afirmado, o Felicio da Conceição não foi " o primeiro dos revoltosos a ser abatido " foi, isso sim, o 1º dos revoltosos a disparar ali no meio da rua S.António - hoje, 31 de Janeiro - contra as guardas municipais e monarquicas que estavam ao cimo da Rua, junto ao Largo S.Ildefonso, em defesa do regime em vigor.
Ele teve a honra republicana de ter sido o 1º a disparar, a pessoa que deu inicio ao tiroteio que se seguiu, com mortos e feridos, mas este heroi republicano não foi abatido. A paga foi a imediata condenação a prisão e degredo, á despromoção e ao esquecimento, e sem receber qq. sinecura republicana, pois está visto que os heróis, afinal, eram ( são) outros.
Tb. o que é que esperamos se a pp. República comemorou 100 anos e o feriado já vai ser extinto.
Tb. com esta Republica comemoramos o quê ?
Gandarado.
Obrigado, Amigo (posso dizer assim?) Gandarado (eu já palmilhei muitas vezes pelo Gandarado) pelos esclarecimentos prestados que ajudam efectivamente a fazer a história... Afinal o soldado Flício não ficou esquecido pois apareceu um "fazedor de história" a recordá-lo e a emendar outro humilde "fazedor de história"... J. Andrade
EliminarObrigada ao A. J. Andrade por nos informar sobre a nossa história; desta vez a referência é também a Alfredo josé Durão, filho do professor da aldeia.Alfredo e Durão ainda são nomes de referência na nossa aldeia, Urros: estou a pensar no Arqitecto Alfredo Durão Matos Ferreira, que todos nós conhecemos.
ResponderEliminarSaudades para todos!
Tininha, de Urros
O carimbo dos " fazedores da história " como é obvio não era dirigido à pessoa do J. Andrade o qual, afinal, até trouxe, e bem, á liça a figura republicana do Felicio da Conceição, figura esta que comparada com as figuras heroicas republicanas da propaganda cá da terra - um, que ofereceu uma bandeira,outro, que fugiu para a fragada... - parece que nos querem fazer crer que ela é uma figura menor, um verdadeiro zero.O que não está correcto, mas é assim que muitos outrs " fazedores da história " têm xucesso.
ResponderEliminarO que vale é que há pessoas que têm a coragem de trazer ao conhecimento do publico figuras republicanas como o Felicio, e a estas eu fico grato,e ja´agora aproveito para informá-lo que vai para uns anitos já li algo inédito sobre o Felicio da Conceição, o revolucionário, escrito por alguém do Felgar e que é uma pena que não seja publicado, mas quando não se pertence á confraria publicar torna-se dificil.
Mas olhe, que entre o 31 de jANEIRO e o 1 de Fevereiro, prefiro mil vezes aprender sobre o regicidio, por isso cá fico a aguardar as suas efemerides sobre este dia.
Gandarado.
Caro amigo! Falando uma linguagem desportiva e encarando isto como uma estafeta,dir-lhe-ei: - Em vez de esperar, porque não pega na bandeira e a leva ao companheiro seguinte? Eu já dei o meu melhor!...Um abraço! J. Andrade
ResponderEliminarMuitos parabéns ao Amigo António Júlio que connosco partilha o seu labor de grande investigador e o seu saber de historiador, a que ele quer chamar apenas "fazedor de História" .
ResponderEliminarMuitos parabéns e um grande abraço
Júlia Ribeiro
António Júlio Andrade, ou melhor, professor António Júlio, será sempre o grande professor de português que, despertou em mim o gosto pela leitura e escrita. Num tempo em que metodologias e tecnicas de ensino não vinham nos manuais, mas sim da sabedoria, amor e dedicação à arte de ensinar.
ResponderEliminarObrigada professor, pelo excelente trabalho que continua a fazer em prol da nossa região.
Misé